Eduarda Lima 16/10/2011ComentárioEm Aprendendo Inteligência, de Pierluigi Piazzi, percebi que a intelectualidade deve ser trabalhada arduamente para que se tire dela real proveito. São ações essenciais para aquele que deseja alcançar excelência: estudar a cada dia, abster-se de hábitos negativos, como assistir muito à televisão e gastar tempo ociosamente, definir metas e entender a importância da educação. Em negligenciar esses mesmos pontos é que tem fracassado a educação brasileira de forma geral.
Pude avaliar dessa maneira a partir da experiência que há pouco tive com um garotinho, cuja mãe pediu-me que estudasse com ele. Está ainda em fase de alfabetização, com 6 anos. Após abrir o caderno, pedi-lhe que escrevesse o cabeçalho. Vi que a falta de atenção é um de seus maiores problemas. Frisei repetidas vezes que “Curitiba” deve ser escrito com letra maiúscula, expliquei-lhe onde ficava a vírgula e que “de agosto” se escrevia separadamente. Errou umas três vezes em cada um dos itens, criando vários borrões, e, mesmo tendo finalmente concluído o enunciado, sei que cometeria os mesmos erros se tivesse que escrever novamente.
Falta de atenção. Nas páginas 83 a 86 do livro já citado, Piazzi explica que o mesmo comportamento de não prestar atenção no que é passado na TV, enquanto a deixamos ligada ao realizarmos nossas atividades, é refletido no processo de aprendizado. Os alunos consideram o professor como a televisão, um barulhinho ambiente, e o ignoram. Da mesma forma, essa postura também é adotada diante de outras situações.
Eu não tenho dúvidas de que o “efeito imbecilizante” do aparelho é real. Ficou bastante evidente para mim agora, pois em nenhum instante a TV é desligada na casa do referido menino, mesmo que ninguém esteja assistindo.
A respeito do termo “imbecilizante”, pelo qual o autor revelou gosto em usar, não acredito ser ele exagerado, mas, na verdade, muitíssimo bem empregado. Afinal, quando dei por mim, o garoto estava na minha cama, com as perninhas viradas para cima, murmurando “Ahn... não quero mais estudar...”
Escrito em 22/agosto/2011