Da poesia

Da poesia Hilda Hilst




Resenhas - Da Poesia


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Iara 12/04/2023

Da poesia
Esse foi o meu primeiro contato com a obra de Hilda e por mais que eu não tenha dado cinco estrelas, muitos desses poemas me marcaram de maneira profunda e que permanecerão para a minha vida.
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Laurinha 08/03/2023

Visceral! Hilda Hilst é um poetisa que faz das palavras um grito de socorro, um urro desesperado. Obrigada por ser tanto, Hilda!
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Rildery 24/01/2024

Me apaixonando por Hilda Hilst
Sempre foi da minha vontade ler Hilda Hilst, principalmente seus poemas. Ela é aquela ideia de lenda da literatura que todo mundo comenta, mas poucos realmente leem. Lembro até hoje quando consegui comprar esse exemplar impecável em uma promoção, e começar a devorar cada folha.
Os primeiros livros foram os poemas que eu mais me conectei. Eles falavam sobre amores e morte com uma proximidade entre os temas. A linguagem poética desses primeiros trabalhos possuem um sentimento quase palpável de tão proxima da realidade. A maior parte dos outros livros seguem um tema voltado para religião e espiritualidade, as ideias de um Deus e suas individualidades. O ultimo livro é muito engraçado e genial. Hilda mistura uma linguagem de prosa com o formato de poesia e fala sobre personagens cotidianos com uma grande pitada de humor.
Amei ler toda a poesia dessa autora que já me apaixonei nessa primeira experiência. Já estou com os exemplares da prosa reunida da autora e mal vejo a hora de ler.
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esquadroz 07/02/2023

GIGANTE!!! Sou completamente apaixonada por Hilda Hilst e por sua poesia. Tudo nela é desnudo e visceral. ????

?Se eu te disser que o desejo é Eternidade
Porque o instante arde interminável
Deverias crer? E se não for verdade
Tantos o disseram que talvez possa ser?.
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Alexandre Kovacs / Mundo de K 24/05/2017

Hilda Hilst - Da poesia
Editora Companhia das Letras - 584 Páginas - Lançamento: 13/04/2017.

Um livro absolutamente imperdível. Tão pouco conhecida, a poesia de Hilda Hilst (1930-2004) finalmente começa a ganhar o merecido lugar de destaque na literatura brasileira. Todos os seus poemas lançados em 25 livros, desde "Presságio", de 1950, até "Cantares do sem Nome e de Partidas", de 1995, reunidos em um único volume, em uma bem cuidada edição que conta com desenhos da própria Hilda, posfácio de Victor Heringer, texto de Lygia Fagundes Telles, carta de Caio Fernando Abreu para a autora e uma entrevista que Hilda concedeu a Vilma Arêas e Berta Waldman, publicada originalmente no Jornal do Brasil em 1989. Finalmente uma seleção de versões e esboços de poemas inéditos, recolhidos na Casa do Sol e na Unicamp. Uma obra que se lê com prazer do início ao fim, mas que deve ser relida aos poucos, uma espécie de livro sagrado (e profano) para nos acompanhar por toda a vida.

Hilda Hilst não obteve o devido reconhecimento em vida e se tornou mais famosa pelo seu comportamento exótico do que por sua obra, como ocorre normalmente com os autores à frente do seu tempo. "Em 1963, abandonou a agitada vida social e se mudou para a fazenda da mãe em São José, próxima a Campinas. Lá, em um lote desse terreno, construiu sua chácara, Casa do Sol, onde passou a viver a partir de 1966, ano da morte de seu pai. Na companhia do escultor Dante Casarini — com quem foi casada entre 1968 e 1985 — e de muitos amigos que por lá passaram, ela, sempre rodeada por dezenas de cachorros, se dedicou exclusivamente à escrita. Além de poesia, na década de 1970 ampliou sua produção para ficção e peças de teatro."

Os seus primeiros livros foram publicados em pequenas editoras como a Anhambi de São Paulo e posteriormente pelo amigo Massao Ohno, e já se esgotaram, passando a ser relançados em 2001 pela Editora Globo, organizados pelo crítico literário Alcir Pécora, com a intenção de editar as obras completas. Luiz Schwarcz, presidente do Grupo Companhia das Letras, admite, nesta matéria, que a nova edição é uma reparação de um erro do passado. Hilda enviou os seus livros para ele no início dos anos 1990, mas foi rejeitada. "É a reparação de um erro cometido no passado", afirmou o editor. "Na ocasião, a linha editorial da Companhia das Letras em poesia era bem mais restrita. Fico feliz em reparar esse erro e é uma pena que não tenha acontecido com a Hilda ainda em vida."

Na verdade, a própria autora tinha consciência da importância de sua obra e, por isso mesmo, lamentava não poder ser mais lida, como afirmou no trecho abaixo, ao Suplemento Literário de Minas Gerais, em abril de 2001:

"Não é que eu queira uma aceitação do público. Mas quando a gente vai chegando à velhice como eu, com setenta anos, dá uma pena ninguém ler uma obra que eu acho maravilhosa. Fico besta de ver como as pessoas não entendem o que escrevi. Recuso-me a dar explicações. Falam coisas absurdas, que a minha obra não tem pontuação, não tem isso, não tem aquilo... Acho desagradável ter que falar sobre a minha obra, é muito difícil. Sei escrever." - Trecho da Apresentação (Pág. 13)

A poesia de Hilda Hilst é complexa sim, mas sempre transbordante de emoção, amor, vida e morte. Surpreendeu a crítica e o seu pequeno público da época ao tratar o sexo de maneira natural. Alguns de seus livros chegaram a ser chamados de pornográficos, talvez em uma estratégia de marketing, de certa forma suicida, para chamar a atenção para sua literatura transgressora em três publicações em prosa: "O caderno rosa de Lori Lamby," de 1990, "Contos d'escárnio/ Textos grotescos", de 1990, e "Cartas de um sedutor", de 1991. Independente desses livros que a aproximavam do obsceno, colocando-a na vanguarda do movimento feminista, ela tinha uma visão bem diferente do seu estilo quando afirmava: "O erótico, para mim, é quase uma santidade. A verdadeira revolução é a santidade".

Presságio (1950)
Pemas primeiros - Pág. 70

Tenho pena
das mulheres que riem com os braços
e choram de mentira para os homens.
E descobrem o seio antes do convite
e morrem no prazer... olhos fechados.

Tenho pena
do poeta feito para só ser pai... e ser poeta.
E daqueles que dormem sobre o papel
à espera do vocábulo
e dos que fazem filhos por acaso
e dos doidos e do cão que passa

e de mim... que espero a morte
na confusão e no medo.


Roteiro do Silêncio (1959)
Sonetos que Não São - Pág. 90

Aflição de ser eu e não ser outra.
Aflição de não ser, amor, aquela
Que muitas filhas te deu, casou donzela
E à noite se prepara e se adivinha

Objeto de amor, atenta e bela.
Aflição de não ser a grande ilha
Que te retém e não te desespera
(A noite como fera se avizinha)

Aflição de ser água em meio à terra
E ter a face conturbada e móvel.
E a um só tempo múltipla e imóvel

Não saber se se ausenta ou se te espera.
Aflição de te amar... se te comove.
E sendo água, amor, querer ser terra.


Ode Fragmentária (1961)
Testamento Lírico - Pág. 159

Se quiserem saber se pedi muito
Ou se nada pedi, nesta minha vida,
Saiba, senhor, que sempre me perdi

Na criança que fui, tão confundida.

À noite ouvia vozes e regressos.
A noite me falava sempre sempre
Do possível de fábulas. De fadas.

O mundo na varanda. Céu aberto.
Castanheiras doiradas. Meu espanto
Diante das muitas falas, das risadas.

Eu era uma criança delirante.

Nem soube defender-me das palavras.
Nem soube dizer das aflições, da mágoa
De não saber dizer coisas amantes.

O que vivia em mim, sempre calava.

E não sou mais que a infância. Nem pretendo
Ser outra, comedida. Ah, se soubésseis!
Ter escolhido um mundo, este em que vivo

Ter rituais e gestos e lembranças.
Viver secretamente. Em sigilo
Permanecer aquela, esquiva e dócil

Querer deixar um testamento lírico

E escutar (apesar) entre as paredes
Um ruído inquietante de sorrisos
Uma boca de plumas, murmurante.

Nem sempre há de falar-vos um poeta.
E ainda que minha voz não seja ouvida
Um dentre vós resguardará (por certo)

A criança que foi. Tão confundida.


Da Morte. Odes Mínimas (1980)
Poema XXIII - Pág. 330

Porque conheço dos humanos
Cara, crueza,
Te batizo Ventura
Rosto de ninguém
Morte-Ventura
Quando é que vem?

Porque viver na terra
É sangrar sem conhecer
Te batizo Prisma, Púrpura
Rosto de ninguém
Unguento
Duna
Quando é que vem?

Porque o corpo
É tão mais vivo quanto morto
Te batizo Riso
Rosto de ninguém
Sonido
Altura
Quando é que vem?
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Yara 19/04/2024

Começando Hilda com o pé direito, tá? Ela vai de 0 a 100 em muitos versos. Impressionada como ela é pouco falada, apesar de tão boa.
Anaí Bueno 19/04/2024minha estante
??????




etnoelisa 15/03/2022

Hilda foi muito perspicaz nessa, uma das minhas preferidas
[....]

(Não sei porque Maria
quer compreender
muito, demais
a vida do suicida.
E Maria vai acabar
se fartando da vida)

A vida, coitada,
é camarada, gosta de Maria,
quer fazer Maria viver mais,
porque Maria é desgraçada.
Quer deixá-la para o fim,
assim à mostra,
e eu francamente não entendo
por que que Maria não gosta
da vida.
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Elineuza.Crescencio 08/03/2024

Surpreeendente
Leituras de Março 2024 – 5
Título: Da Poesia
Autoria: Hilda Hilst
País: Brasil -SP
Páginas: 584
Companhia das Letras – SP - 2017
Avaliação: 5/5
Início da Leitura: 04/03/2024 Término da leitura: 08/03/2024

Autora
Nasceu em São Paulo.
Foi poeta, cronista, ficcionista e dramaturga.
Hilda foi a escritora mais completa e mais polêmica que eu já li.
Todas as vezes que resolvo ler algo dela fico impactada e me apaixono ainda mais.

Sobre o livro
É uma coletânea de poemas das mais diversas épocas vivenciadas por Hilda.
Ainda consta no livro comentários, entrevistas e achados em manuscritos na Casa do Sol a residência Oficial de Hilda onde ela recebia os amigos e dava abrigo a animais, em sua maioria cães.
Vocês não imaginam a intensidade de cada poema.
As dedicatórias aos seus amigos diletos.
O seu flerte com a morte.
É um livro fantástico e surpreendente de forma igual ao que foi Hilda em vida.
Recomendo muitíssimo que leia mais essa dama da literatura brasileira.


site: https://entremeadaselivros.blogspot.com/2024/03/2024-marco5-leitura-anual-37-da-poesia.html
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Manu 01/07/2020

É sobre liberdade e sobre amor também
Hilda Hilst não é simples e não é fácil. Não posso dizer que compreendi ela, nem sequer parcialmente. Talvez tenha entendido uns 1/4? Talvez. Porém, do pouco de absorvi, senti uma vontade de ser livre e de amar intensamente que me fará revê-la muitas vezes. Espero gostar ainda mais da próxima vez.
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RayLima 16/11/2021

Da Poesia
Não sou uma grande leitora de poesia, apesar de apreciar esse tipo de texto, ainda não encontrei uma forma prática e não-cansativa de ler um livro desse estilo. Mas deixando isso de lado, gostei bastante da escrita intensa de Hilda Hilst e quero ler mais coisas dela.
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May 10/09/2021

Tu não te moves ti
Livros maravilhosos. Ler a obra poética de Hilda é uma atividade que faço mensalmente. Foi um desafio, mas quanto mais é lida, mais compreendo e (res)significo.
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jessica.guabiraba 26/05/2024

HH
O que dizer sobre Hilda Hilst ? Sua poesia me devorou enquanto eu a devorava, não consegui parar de ler, não entendi porque as pessoas já rejeitaram sua escrita. Sua poesia é intensa, única, sólida e fugaz. Agora quero me aprofundar em sua prosa e mergulhar nas profundezas de suas palavras polêmicas e certeiras.
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Ronaldo Thomé 19/05/2018

Uma Superfície de Poesia Ancorada Na Loucura
Hilda é uma das vozes mais originais da nossa literatura e, infelizmente, não recebeu em vida o valor que mereceu.
Esta edição vem preencher esse vazio e ajudar a reparar este terrível erro...
Bem, o que falar de sua obra? Hilda mistura os gêneros literários, prosa e poesia se alternam em seus textos.
A impressão pessoal, no entanto, vai além de tudo isto. É interessante como ela se aproxima do surrealismo, temática pouco abordada dentro dos nossos versos. Sua obra é cheia de imagens extremamente originais, cheias de detalhes, principalmente depois dos anos 80. Esse mosaico de ideias vai desde a poesia sacra de Jorge de Lima e Vinicius de Moraes aos escritos de Santa Teresa, passando pela pesquisa metafísica da existência e, claro, pela busca de Deus.

P. S.: os últimos livros de Hilda são fantásticos, principalmente o final, Cantares.

Recomendado para: quem gosta de viajar entre símbolos e se aventurar em algo novo, entre o misticismo, o mágico, o irônico e o romântico. Ah, Hilda e o amor...

Nota: 10,0 de 10,0.
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Na Literatura Selvagem 12/10/2017

Da poesia
A poesia de Hilda Hilst foi compilada num volume lançado recentemente pela Editora Companhia das Letras e com prazer me deleitei numa leitura densa e poética de uma das mais significativas escritoras que nossa literatura já teve...

Da Poesia reúne textos que datam desde a década de 1950 até sua obra escrita pouco tempo antes de sua morte, em 2004. Foi na poesia que Hilst começou sua carreira. Em seus versos ela retratava o amor, a amizade, sexo e morte mescladas à doses de solidão e existencialismo. Há um quê de espiritualidade e busca pelo divino pairando em sua obra. Publicada inicialmente por editoras menores, Hilda almejava ser lida, sua escrita febril e mítica não possuía irreverência.

leia mais em

site: http://torporniilista.blogspot.com.br/2017/08/da-poesia-de-hilst.html
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Mariane 28/02/2023

Hilda Hilst era um furacão
Durante a leitura da obra eu me fiz íntima de Hilda Hilst e fico imaginando o quão interessante deveria ter sido conhecê-la pessoalmente. A mulher não tinha papas na língua e talvez por ser tão franca/intensa em suas ideias, em seu trabalho e em seu jeito de ser e de viver é que o público da época rejeitou por um bom tempo as suas obras. Uma pena! Como ela mesma disse: ser poeta no Brasil é uma merda! rsrsrs
Pude sentir o peso de suas palavras e o quanto isso traduziu muito a sua jornada vivida em toda a plenitude possível.
Maravilhosa, é só o que tenho a dizer.

Obs: a leitura tem que ser feita aos poucos, sentida e debulhada. Caso contrário, os textos parecem em outra língua. Ative também o seu imaginário e terá uma ótima experiência.
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