Kafka à beira-mar

Kafka à beira-mar Haruki Murakami




Resenhas - Kafka à Beira-Mar


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Michele.GaviAo 16/12/2023

Achei uma leitura nua e crua. Foi meu primeiro contato com o escritor e achei um pouco confuso mas ao mesmo tempo fascinante e polêmico.
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Carlos.Leao 11/12/2023

O Murakami mais ambicioso
Tudo o que gosto no Murakami está aqui. As descrições, a Jornada, o ritmo lento, uma dose de distanciamento da realidade. Aí talvez esteja o que não me agradou tanto assim nessa obra. O universo fantástico criado aqui é por vezes muito hermético nos seus significados. Um livro-sonho, mas é sonho de outro.
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brunoribeirovls 02/12/2023

O menino chamado corvo
Esse livro foi o mais surpreendente de todos que li no ano de 2023, sua forma de ser escrita e como ela vai sendo desenvolvida te prende de uma forma surpreendente.
Apesar de tudo tenho minhas ressalvas o livro em certos momentos cai em um fatalismo tremendo dando margem para uma passividade das personagens.
O final é divino
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Fabio.Nunes 16/11/2023

Original
Kafka à beira-mar - Haruki Murakami
Editora: Alfaguara, 2022

Isto aqui me tirou completamente da zona de conforto. Trata-se de um calhamaço japonês de realismo mágico-psicanalítico.
Nele, acompanhamos a história de Kafka Tamura e Nakata. O primeiro, um menino de 15 anos que resolve fugir de casa, onde vivia com seu pai, numa busca desconhecida até mesmo para si próprio. O último, um idoso que quando criança sofreu uma espécie de acidente ?mágico? que o deixou mentalmente deficiente mas com a capacidade de conversar e entender gatos.
Um romance com narrativa bem cadenciada, mas, ao mesmo tempo, fluida, que me capturou após alguns minutos de estranhamento inicial. Realmente a experiência para mim foi imersiva.
Quanto à história e ao contexto, sem apresentar spoilers só posso dizer que se trata de uma obra tipicamente surrealista, em que o autor não se importa em deixar pontas soltas (e não são poucas) e onde o leitor é convidado a interpretar os acontecimentos, tal qual fazemos diante de um sonho.

Acompanhar Kafka Tamura foi estar diante de um jovem assolado pelo trauma do abandono e que no fundo, a pretexto da busca por sua mãe e sua irmã, tenta encontrar a si mesmo. Um personagem que me cativou por viver de maneira extremamente ordenada, obsessivo pelo medo de perder o controle de si e, por isso mesmo, vivendo dentro de muros psicológicos que o isolaram do mundo.

Enquanto os capítulos referentes a Kafka são apresentados em primeira pessoa, os de Nakata já são em terceira (narrador onisciente).
Nakata é o tipo de personagem que desperta carinho, piedade e respeito do leitor; e é com ele que ficam os maiores questionamentos e pontas soltas.

Claramente Murakami não estava se importando em entregar um romance bem explicado, tampouco com final definido, o que sugere que o leitor deve focar a leitura no caminho tomado pelos personagens, no seu processo de transformação, e não nas suas conclusões; talvez uma metáfora para nossa própria vida.

Se você possui um viés artístico nato ou já possui experiência imaginativa ou conteúdo terapêutico ? essa obra é para você!
Mas se você procura por uma obra mais acabadinha, sem pontas soltas, recomendo deixar para depois esse livro.

Única coisa que dá pra ter certeza: Murakami fumou uma "diamba forte" pra escrever esse livro rsrs.
Recomendo.
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Joao366 08/11/2023

Um lugar para retornar
Murakami é meu autor confortável, porque sempre sei que seus livros caem sobre mim que nem uma chuva fria depois de um dia quente. Esse livro é antes de mais nada algo indescritível. O mágico é que tudo que ele coloca na narrativa nos deixa com dúvidas e aberto a nossas interpretações.

Existe um artificio criado nas narrativas gregas que se chama ?Deus Ex-Machina?, consistindo de um acontecimento absurdo para resoluções de narrativas que se tornaram confusas. Aqui nesse livro - na minha opinião- Murakami usa desse artificio no decorrer da trama inteira, mas com outro objetivo. A narrativa do livro não é necessariamente confusa, e sim completamente absurda (quase criada por imaginação de uma criança) e uaaaaau, intensamente apaixonante. Mas essas coisas absurdas que ele trás fazem completamente sentido no âmago de todos esses personagens que são extremamente mitológicos e humanos.

Nesse livro me senti no meio de ser uma criança e um adulto. Experimentando essa diversão de imaginar todas as coisas que estavam escritas e ao mesmo tempo me aprofundar em assuntos que nos afligem enquanto adultos: solidão, destino, seguir em frente.

Um livro para se retornar para lembrar sempre que a vida pode ser absurda.
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Raphael L. 01/11/2023

O livro desenvolve duas tramas em paralelo que aos poucos começam a convergir. Em uma a História de Kafka Tamura, um jovem independente lidando com questões existenciais, em fuga, para encontrar a si mesmo, e na outra a história de Nakata, um senhor que viveu uma situação misteriosa na infância e desenvolveu a capacidade de se comunicar com gatos. As tramas são muito interessantes e o livro traz questões filosóficas interessantes como o complexo de Édipo, existencialismo, relação com a morte e o inevitável. Tudo isso regado a realismo mágico e cultura pop. Muito bom
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Maria V 18/10/2023

Detestei esse livro. Um verdadeiro show de horrores.

Eu ia largar em 30% (quando acontece o massacre dos gatos), mas insisti porque uma amiga minha ama muito esse livro e falou que era incrível. Não é. A história é confusa e praticamente nenhum dos personagens é cativante.
amorula 24/12/2023minha estante
Meu deus, assino embaixo. Vim aqui olhar as resenhas negativas do livro pra provar que eu não tava doida kkkkkk. Achei um show de horrores também.




Lavinia 13/10/2023

“Kafka à beira-mar” acompanha Kafka Tamura, um adolescente solitário que foge de casa para escapar de uma horrível profecia edipiana, além de tentar encontrar sua mãe e irmã desaparecidas. Sua jornada se cruza com a de Satoro Nakata, um homem idoso, que nunca se recuperou de um trauma de infância que o fez adquirir habilidades sobrenaturais.

A coisa que mais me fascinou nessa leitura de Murakami é a escrita do autor, que pode causar estranhamento por ser extremamente crua, direta e sem muita pretensão, algo que ironicamente acaba sendo bem ousado. Na verdade, como leitora, essa “simplicidade” da linguagem de Murakami acaba sendo muito interessante. Coincidentemente, eu acabei lendo o prefácio de “Ouça a canção do vento & Pinball 1973” em que Murakami fala como escreveu seu primeiro livro em inglês para em seguida traduzi-lo para o japonês, o que resultou nessa escrita minimalista.

Em contraponto a isso, em “Kafka à beira-mar” encontramos a loucura do realismo fantástico de Murakami. Gatos falantes, chuva de peixes, fantasmas, uma floresta mágica.
Esse romance é um acúmulo de elementos e camadas, com várias referências a música, literatura, tragédias gregas, história do Japão e símbolos do capitalismo ocidental que exercem influência na cultura japonesa.

No geral, foi uma leitura que eu gostei e que achei interessante. Mas tenho que admitir que depois de 70%, eu estava cansada e lutando para terminar o livro. Esse acúmulo de camadas é fascinante, mas chega um ponto que fica muito cansativo. Além de que teve momentos que eu não consegui superar a estranheza de algumas cenas.

(Para ter uma ideia, a história tem personagens chamados Coronel Sanders, do KFC, e Johnnie Walker (???). Além de todas as cenas de incesto que... okay, fazem sentido devido às referências a Édipo e tals, mas né? Não deixa de ser estranho. Ah, e tem uma cena explícita de violência animal, que eu pulei)

Porém, a história também traz reflexões e cenas esteticamente muito bonitas, que fazem você imaginar um lindo filme de animação. E o Nakata é um personagem muito fofo e querido, acredito que o melhor personagem de tudo que já li do Murakami.


site: @sobrepaginas
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AventureiroLiterário 10/10/2023

Como sempre, ler Murakami é uma jornada
De todos os autores japoneses que já li, Murakami sempre se destacou por uma série de motivos: Sua escrita é bem crua e expressa sentimentos e a natureza humana como ela é, sem romantizar ou florear as cenas. Por vezes, sua escrita também é bem filosófica, deixando sempre tudo muito aberto para a reflexão. E Kafka à beira-mar, obviamente, reúne tudo isso e um pouco mais.

Assim como o título dessa resenha, mais do que nunca aqui, ler Murakami é uma jornada. Eu nunca sei o que esperar quando estou lendo um livro dele, pois sempre acabo encontrando situações imprevisíveis. As vezes, essas situações parecem ter sido concebidas no meio de uma viajadas no LSD. Situações do tipo em que você nunca tem certeza se o que ele está descrevendo de fato é o que está acontecendo com os personagens, ou tudo é uma grande metáfora. Murakami tem essa pegada de realismo mágico sempre muito presente em seus mundos.

Foi interessante acompanhar simultaneamente a história desses dois personagens e ver como tantos acontecimentos bizarros e, aparentemente sem conexão, vão se interligando até o final. Essa é uma das coisas que mais gosto quando estou lendo Murakami, como ele amarra tudo e cria essas pontes de conexão.

Apesar de ter me divertido durante a maior parte do livro, houveram alguns pequenos momentos em que fiquei um pouco entediado. Mesmo com a capacidade dele em tornar todo um capítulo que é basicamente o dia cotidiano de um personagem em uma leitura interessante, houveram momentos em que eu só queria saber o que iria acontecer no final e seguir em frente.

Como é costumeiro, Murakami não dá todas as respostas e deixa muita coisa aberta para a própria interpretação do leitor. Aqui isso também acontece, mas a um nível bem maior do que a trilogia 1Q84, que havia lido anteriormente. Eu realmente gostaria de ter tido um pouco mais de explicações para certos acontecimentos dentro do livro, em especial, para o Incidente da Montanha Tigela de Arroz.
Apesar de tudo, ainda gosto bastante do autor e planejo continuar lendo seus livros futuramente.
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clarisse87 08/10/2023

Não acabei o livro, sentia que só estava a lê-lo para poder ódia-lo.
a única coisa boa neste livro é o senhor nakata, excelente personagem.
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Vanessa 01/10/2023

A vida é uma maré revolta, mas a arte nos põe à beira-mar...
Liberdade? Destino? Luto? Perdão? Para mim, a obra do murakami se propõe, de maneira divertida, a tocar sucintamente - sem objetivar uma resposta filosoficamente elaborada - tais questões.
É maravilhosa a forma como ele apresenta as duas narrativas (de Kafka e Nakata) sem permitir que uma se sobreponha sobre a outra: ambas são, a seu modo, bastante curiosas e com ritmos agradáveis.
Um outro aspecto que me agradou muito foram as alusões a obras artísticas de diversos segmentos. Tive a impressão de que as artes exercem um papel importante na vida do escritor e, consequentemente, na vida de seus personagens, e que a narrativa, por sua vez, está a nos dizer que o belo, o artístico e o sublime podem ser um ponto de alívio no meio do furdunço que é a vida. E daí que o murakami é considerado negativamente um autor "pop" por aludir à cultura popular? Popular não quer dizer, necessariamente, ruim. Dê-me mais, Murakami!

Dito isso, há também aspectos esquisitinhos >demais< na obra: por que razão meter um complexo de Édipo (e com um adendo: envolvendo até a irmã)? Por que raios a participação de todas as mulheres do livro estão envoltas por erotismo? E quando não, aparecem como chatas defensoras de um feminismo infundado e idiota (lembre-se da conversa das duas senhoras com Oshima na biblioteca)? Incomodou-me muito a relação de kafka com saeki (trata-se, terrivelmente, de uma criança de 15 anos e uma senhora) e a violência narrada, ainda que em sonho, contra a sua irmã Sakura. Honestamente, não vi, nessa primeira leitura, motivo plausível para a profecia proferida contra Kafka pelo seu pai (quem sabe numa segunda leitura?) e, assim, a impressão que fica é que mesmo sem o complexo edipiano a história correria para o mesmo lugar. Entendo que a pretensão do realismo fantástico de murakami não é tornar explícitas e resolutas todas as coisas, como o motivo de chover peixes do céu ou o ponto desencadeador do transe que acomete as crianças e transforma Nakata. No entanto, visto que o complexo é algo tão incômodo a qualquer leitor sensível, eu realmente queria, ou melhor, necessitava, de uma explicação mais concreta.

Ainda assim, é um livro que me encantou muito pela delicadeza artística, pelos personagens encantadores em seus diferentes modos e pelo ritmo delicioso da escrita desse senhor haruki. A retratação do feminino foi o único e importante fator a me incomodar, o que não tira o mérito de sua obra mas o arrefece. Quero muito ler outros livros dele para ver o que muda e o que permanece.
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jhwnnyboy 23/09/2023

Kafka à beira-mar
é incrível como o murakami ao mesmo tempo que diz as palavras mais lindas do mundo, também consegue escrever uma página inteira do personagem descrevendo seu próprio 🤬 #$%!&
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MariBrandão 20/09/2023

Foi meu primeiro contato com o autor, e confesso que não sabia o que esperar.
Eu gostei tanto do início desse livro. Até a metade, acho, estava totalmente interessada. Eram muitas coisas poéticas e misteriosas no ar. Todo o início contando sobre o caso das crianças, a profecia que fez Kafka fugir de casa, Nakata, senhor fofinho, que, embora com suas dificuldades, pode falar com gatos!
Mas lá pro meio do livro, a coisa começou a ficar extremamente repetitiva, com trechos altamente desconfortáveis (alô mamãe e irmã), e aparentemente indo para lugar nenhum.
Capítulos que estavam ali por não sei qual razão.
E no final, uma parte do livro se vai e a outra volta pro começo?!
Gostei até um ponto, e depois me perdi, ou o livro se perdeu. Não sei.
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