Os 27 Crushes de Molly

Os 27 Crushes de Molly Becky Albertalli
Becky Albertalli




Resenhas - As 27 Paixonites de Molly


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Kennia Santos | @LendoDePijamas 15/12/2017

"E às vezes isso acontece. As pessoas se afastam."
Classificação: 2,5/5
Título: Os 27 crushes de Molly (Becky Albertalli)

Molly Peskin-Suso tem 17 anos, 26 crushes e 0 beijos. Apesar de tantas paixões, ela nunca se declarou para nenhum, apenas guardou os sentimentos para si mesma, por diversas questões, principalmente por estar acima do peso, e como sabemos a sociedade tem sérios problemas com excessos.

Sua irmã gêmea, Cassie, é seu completo oposto: loira, alta, magra, simpática e extrovertida... o protótipo de beleza americana. Elas sempre foram muito unidas, Molly sempre viu em Cassie um porto seguro. Mas as coisas mudam quando Cassie começa a namorar Mina, e Molly se vê sendo deixada de lado e a solidão a cerca.

Mas ainda bem que Mina tem um amigo lindo, fofo e hipster que tem grandes chances de se tornar o crush número 27. O que Molly não esperava era se sentir atraída também por Reid, um garoto do seu trabalho que usa todos os dias os mesmos tênis brancos rídiculos. Molly sente uma conexão incrível com Reid, mas Will (o amigo de Mina) parece a melhor opção para recuperar sua proximidade com Cassie e estar novamente constantemente presente na vida da irmã.

Os dois parecem ter muitos prós e nenhum contra. Quem será que Molly vai escolher para dar seu primeiro beijo e ter sua iniciação na vida romântica?

"Os 27 crushes de Molly" é o segundo livro de Becky Albertalli lançado aqui no Brasil, e minha primeira e última experiência com a autora. Pode parecer meio "pesado" mas é o que eu quero: nunca mais ler nada dela. Muitas pessoas me recomendaram Simon, mas como já tinha esse livro, comecei por ele.

A princípio existem algumas coisas chatas, mas eu relevei pelo fato de ser uma adolescente, então não adianta esperar atitudes maduras e racionais o tempo todo. Mas a grande questão é que só piora. SÓ. PIORA. Vou pontuar algumas coisas que me fizeram detestar o livro:

1) Molly é CHATA
2)Molly depende da irmã até para tomar banho
3)Molly tá com fogo pra beijar
4)Molly tem vergonha de namorar o menino que ela gosta porque tem medo dos outros acharem ele feio
5)Molly é a pessoa que mais impede ela mesma

Eu achava que esse livro se tratava sobre as dificuldades de ser diferente na sociedade.Sobre como quando você não segue um padrão, você muitas vezes é excluído e esquecido tão frequentemente, que quando alguém te enxerga, nem parece realidade.

Mas definitivamente NÃO É ISSO. O livro se trata de uma adolescente de DEZESSETE ANOS que depende da irmã para absolutamente tudo. De uma adolescente de DEZESSETE ANOS cuja a irmã não pode sair com a própria namorada que ela acha que está sendo ABANDONADA à sua triste vida. De uma adolescente de DEZESSETE ANOS que se importa TANTO com o que os outros pensa que chega a ser doentio.

E não me venha com essa de "se colocar no lugar". Eu SEMPRE fui acima do peso, sempre fui gorda, desde a pré-escola. Hoje tenho 21 anos, mas já passei pelos 17, e essas coisas que a Molly faz e pensa NÃO SÃO NORMAIS. Essas coisas não são saudáveis ou aceitáveis. Molly só dá importância para o conceito de namorado, não para a pessoa com a qual ela vai namorar. Ela passa o livro INTEIRO se sentindo desconfortável, e quando começa a namorar, se olha no espelho e se sente uma princesa da Disney em ascensão. HAJA PACIÊNCIA.

Isso não é normal, não é uma mensagem que vale a pena ser lida e absorvida, não é. Pelo fato de a autora ser psicóloga, eu achei que a temática teria uma melhor abordagem, mas não teve. Que grande decepção. O livro me irritou e me cansou do início ao fim, não trouxe uma mensagem útil sequer para no final, SÓ NA PORCARIA DO FINAL, a Molly finalmente conseguir entender que boas relações, familiares ou não não precisam de contato constante para serem duradouras e verdadeiras, porque a vida acontece, e nem sempre conseguimos ficar cercados eternamente por quem amamos.

"E às vezes isso acontece. As pessoas se afastam." (p.167)

A dica do dia é: se vocês gostam de ler livros que agregam, não leiam este. #pas
Consumindo Sagas 15/12/2017minha estante
"3) Molly tá com fogo pra beijar" é só o que tenho a declarar kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk #maravilhosa


Kennia Santos | @LendoDePijamas 15/12/2017minha estante
KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK não tenho paciência, não tenhooooooooooooo


Tali @letrasmaislivros 15/12/2017minha estante
Amei sua resenha sincera hehe


Carol 15/12/2017minha estante
sabia! mesmo com todos os elogios a esse livro, nunca tive vontade de ler pq desconfiava que a molly seria muito, muito, muito chata kkkk. depois da Cath (de Fangirl, único livro da rainbow q eu nao consegui engolir) e de metade dos livros da colleen hoover (amo os livros, odeio as protagonistas) peguei trauma com protagonista chata kkk valeu pelo alerta kkkkkk


Bárbara 08/01/2018minha estante
"A dica do dia é: se vocês gostam de ler livros que agregam, não leiam este."
Perfeito!


Paulinha 14/01/2018minha estante
Adorei sua resenha! Eu amei Simon e recomendo muito a leitura. Não parece que Os 27 crushes de Molly foi escrito pela mesma autora. :(


Kennia Santos | @LendoDePijamas 22/01/2018minha estante
Obrigada! Mas depois desse acho difícil eu pegar algo da autora pra ler kkk


Fabi 10/04/2018minha estante
Eu concordo que ela é meio chata em alguns momentos e eu entendo que sua adolescência não foi nada assim, mas de fato a adolescência É assim pra muita gente, eu achei bem factível, MAS também esperava mais discussão sobre ser diferente, houve essa discussão de forma sutil e o fato de ela ser gorda impedia ela de ter uma auto estima maior e de se considerar um par romantico, mas poderia ter sido mais abordado. Eu achei que a pegada da autora foi a mesma que ela teve com Simon.... Não focar NO PROBLEMA (aspas) mas mostrar que aquela pessoa tem OUTRAS preocupações e um mundo todo, ela não é só aquilo.




Alvv 22/02/2024

Molly sou eu e ponto.
Me identifiquei em alguns aspectos com ela e me senti amigo dela ao mesmo tempo. Diversas vezes queria só dar um abraço nela.
Gostei muito de conhecer outros personagens do universo de ?Simon?
Naraliz 03/03/2024minha estante
Amg esse livro tem hot?


Alvv 04/03/2024minha estante
Zero amg, chega a ser humilhante kkkkk


Dedeia 31/03/2024minha estante
Nós meio Molly ?


Naraliz 31/03/2024minha estante
@alvv Ué humilhante por não haver hot? Oxi


Alvv 01/04/2024minha estante
Kkkk por deixar a gente na ?espera?




Taina.tas 12/05/2020

Os 27 crushes de Molly
Se eu li o livro inteiro em um dia? Sim, e não me arrependo nem por um segundo.

Minhas bochechas estão doendo até agora de tanto que eu sorri, um romance tão gostoso que dói, ele faz você se sentir caindo de amores por alguém tudo de novo junto com os personagens.
Amor merece ser visto, e respeitado em todas as formas e jeitos, e isso foi uma das coisas que eu mais amei nesse livro, a representatividade.
Em cada capítulo eu sentia a autora me falando: "você é perfeita do jeito que você é, e não precisa ter vergonha disso"
Ele também te mostra que muitas mudanças vão acontecer na sua vida, e isso não é uma coisa ruim.


Ps: I'm not gay, but I support gay rights, because I believe in freedom of love.
Gihwest 13/05/2020minha estante
uma pergunta meio boboca, mas acho quê ja li esse livro...


tem alguma parte que ela está em um trem ou um ônibus ou algo assim?
com alguma amiga?
Acho que eu possa ter abandonado o livro, espero que me perdoe por isso(faz tempo, eu deveria ter 11 a 13 anos)
consegue me ajudar?


Taina.tas 13/05/2020minha estante
No trem, sim. Elas não tem carro, por isso em vários momentos do livro ela está em um trem.


Gihwest 13/05/2020minha estante
A então é sim, vou reler por via das duvidas Hihihihihi


Malu 05/11/2020minha estante
eu disse pra vc mulher, e vc enrolou tanto




Mi 06/02/2018

Sinceramente? Gostei.
Então gente ...eu tinha feito uma resenha super linda , mas acabei perdendo ela, e tipo..bateu certo desânimo de reescrever ela.
Enfim,vou resumir sobre o que é a história ,e o que eu achei. A Molly é uma menina de 17 anos que nunca teve um relacionamento sério, e bem...nunca deu o seu primeiro beijo. Foi por ela não querer? Não. Mas digamos que todas as vezes que ela estava interessada em alguém, ela não conseguia demostrar os seus sentimentos, fora que ela não tem lá muuuita habilidade para se comunicar com o sexo masculino.
Em certa noite, numa festa com uma amiga e sua irmã gêmea ( não gêmea), ela conhece Mina, e seus dois amigos. Acaba que a irmã de Molly, Cassie, cre que captou um clima de romance no ar, e que a Molly está interessada em um dos garotos, o Will, e ela se compromete a fazer desse "27 crush " da irmã, um namorado fixo. Ela quer que a irmã tenha o seu primeiro beijo e relacionamento. Quer que ela seja feliz, e encontre a sua cara metade.
Nesse meio tempo, Molly começa a trabalhar, e no seu emprego, uma raridade acontece: ela consegue se comunicar casualmente com o filho do dono do estabelecimento. E enfim, eles ficam amigos. Mesmo o Reid não sendo laaaaa muito o seu tipo, pouco a pouco ela começa a criar sentimentos por ele , e se inicia um certo conflito de sentimentos, pois ela não é totalmente indiferente ao Will.
Só que independente do garoto o qual o coração dela escolher , ela terá que arriscar a talvez levar um fora, e acreditar que independente da sua aparência física, um garoto legal pode muito bem se apaixonar verdadeiramente por ela.

Mesmo que o livro trate a gordofobia , engana-se quem acha que ele é um livro triste e melancólico. É uma história bem...como posso dizer..? Real, simples.
Eu por exemplo, me identifiquei com a protagonista. Eu já tive a minha fase gordinha. Não que isso seja algo errado, ruim. Eu compartilho da opinião, que devemos é na verdade ter cuidado com a saúde. Tanto o sobrepeso e magreza, não são sinais de saúde ou má saúde. Acredito que cada pessoa deve ter o corpo, cabelo , personalidade, enfim..ser do jeito que melhor se sente. Ser feliz consigo mesma. Se amar acima de tudo. E no livro você vai acompanhar esse processo da Molly, não que ela não se aceitasse, mas ela se vendo sabe.. mais como mulher ( que ela pode muito bem ser atraente ), me entende?.
Outra coisa que me identifiquei bastante, foi na vida amorosa dela, a minha infelizmente também não é uma das melhores ( mas não vou entrar em detalhes,porque tipo...é triste demais ela. E tipo...eu preciso terminar a resenha. Resumindo, não está nos meus planos ter uma crise aqui. )
Outra coisa que vale ressaltar nesse livro, que não se vê em muitos, é a questão da representatividade. Molly, sua irmã gêmea, e seu irmãozinho, na verdade vivem num lar comando por mães. Sim, eles são criados por um casal lésbico, que tiveram eles por inseminação artificial, não por adoção.
(Mesmo uma das mães tendo uma dificuldade para engravidar, ela não desistiu do sonho.
Temos até um casal gay, mas ele aparece só no fim do livro, numa cena ,se não me engano.
E mesmo a homobia , não sendo o foco central do livro, observamos um trabalho ali.( pois uma das mães da Molly, tem uma irmã que não aceita o seu relacionamento ).
Eu só não dei 5 estrelas pra esse livro, por uma questão mais pessoal, referente ao ritmo da história, mas independente disso, eu super indico o livro.
Samila Moura @soresenhasdelivros 06/02/2018minha estante
quase comprei, mais acabei por comprar Antes de Tudo Acabar, no lugar... mais agora quero comprar :)


Mi 06/02/2018minha estante
Ahh que legal :) :) :)
Nunca ouvi falar de antes de tudo acabar, é bom esse livro ?


Samila Moura @soresenhasdelivros 06/02/2018minha estante
sim é de um autora brasileira Mary C Müller.. ele teve mais de 2 milhões de leitores no whatpadd.... e foi lançado o livro físico.. eu amei o livro na verdade acho que é um dos meus favoritos que eu já li esse ano... tem uma resenha no meu perfil se tiver interesse.. eu super indico =D


Mi 06/02/2018minha estante
Vou dar uma procurada sim :)




Luiza 16/07/2022

Tão maravilhoso
Aquela leitura leve que consegue nos deixar quentinhas por dentro.

Um romance tão fofo e um livro tão incrível.

Molly tem 27 crushes, nenhum namorado e nunca levou um fora. Até que conhece alguém por quem vale a pena se arriscar.

O livro é tão bem construído, os personagens são tão maravilhosos, que nos pegamos suspirando, dando risada e comemorando junto.

Molly é linda e maravilhosa independente do seu peso, pois não é o peso que define uma pessoa. Ela é inteligente, engraçada, estilosa e uma ótima decoradora. Amei a relação dela com sua irmã gêmea, Cassie, a forma que as duas sempre se entendem (ou quase sempre).

E o Reid? aí? tava torcendo pelos dois desde o começo, Will que nada, Reid que é maravilhoso.

Gostei da forma leve que o livro tem, uma leitura fácil e rápida. Molly e Reid forever.
Joana 17/07/2022minha estante
Para que idade é recomendado?


Luiza 21/07/2022minha estante
Ele não é um livro pesado, acredito que 14-15 anos. Achei ele bem infanto-juvenil


Joana 21/07/2022minha estante
Ta bom obrigada :)




Joice (Jojo) 19/08/2017

Ó vida, ó azar!
Adolescentes são repletos de inseguranças. A maioria não está completamente à vontade com seu corpo, alguns não confiam tanto em suas habilidades/talentos, e falar de relacionamentos, amorosos ou não, pode ser o mesmo que desarmar uma bomba. Nada disso é novidade, e diversos livros já trataram do tema (alguns de modo brilhante). Qual o problema de "Os 27 crushes de Molly"? A protagonista. Dificilmente você vai encontrar uma garota tão insegura (e lamuriante) quanto Molly Peskin-Suso.

Molly é gordinha, muito tímida e considera-se a menos interessante das criaturas. Por tudo isso, ela é extremamente insegura, e acredita que nenhum dos garotos por quem se interessa possa corresponder seus afetos. Isso é até compreensível quando se trata de relacionamentos amorosos, mas chega a ser irritante o fato de Molly estender essa reação a TODOS os seus relacionamentos (com a irmã gêmea, que claramente fica tentando incluí-la em seus programas; com as mães que a amam; com as melhores amigas). Isso a torna uma personagem que vive se lamuriando. "Ó vida, ó azar!"

Apesar de ter uma boa escrita, o argumento de Becky Albertalli é fraco, com um arco dramático quase inexistente. Em certo ponto tive a sensação de que a própria autora não sabia para onde conduzir sua história. E ela usou de fatos verídicos até interessantes para embasar sua narrativa, como a legalização do casamento homo afetivo nos EUA. Todavia, todo e qualquer aprofundamento do tema foi eclipsado.

Reconheço que é um livro que possa ser apreciado por leitores mais jovens. Todas as inseguranças de Molly, afinal, devem ecoar de alguma forma. Contudo, para leitores mais experientes, não recomendo.
vickpezzini 29/12/2017minha estante
Concordo muito com você, não entendo o porquê de as pessoas exaltarem esse livro. O argumento em maior parte é "representatividade", muito fraco na minha opinião. A única coisa boa do livro é o fato de te remeter à adolescência/infância, pq a molly parece uma adolescente de 13 anos, não uma quase-mulher de 18.


Joice (Jojo) 31/12/2017minha estante
Pois é, Vick. A autora tinha um argumento interessante, mas que não soube desenvolver. Mas às vezes tenho a impressão - do ponto de vistas das resenhas - de que se há um romance então está tudo bem. Rs... Não cola comigo. Obrigada pelo feedback. ;)


vickpezzini 31/12/2017minha estante
Na verdade é mais "se há alguma minoria, tudo bem", sendo que a autora em momento algum demonstra algo sobre essa minoria.




Franciane36 05/12/2023

Lir esse livro em 2022, não fiz histórico e nem falei sobre ele. Mais guardo muitas coisas dele na minha memória ?
É um ótimo livro, bem clichêzinho, história com um desenvolvimento bacana. Aconcelho, muito a lerem ele.
Principalmente pra sair de uma ressaca literária, pra mim funcionou
Bianca537 05/12/2023minha estante
Tá na minha lista


joice.santos.90 05/12/2023minha estante
Eu comprei recentemente, quero começar logo...


Franciane36 05/12/2023minha estante
Acredito que Não vai se arrepender, em dá uma chance a ele




Queria Estar Lendo 19/09/2017

Resenha: Os 27 Crushes de Molly
The Upside of Unrequited é o segundo livro publicado da autora Becky Albertalli, que também escreveu Simon vs A Agenda Home Sapiens. Aqui no Brasil o livro foi publicado pela Editora Intrínseca, que também publicou Simon, com o título de Os 27 crushes de Molly.

Molly é uma adolescente de 17 anos que, apesar de já ter tido 26 crushes nunca chegou a de fato beijar um garoto. E isso passa a ser um desafio na vida da garota a partir do momento que sua irmã gêmea, Cassie, conhece uma garota e passa a se interessar por ela. Mais do que se interessar, Cassie está se apaixonando por Mina e as duas se envolvem em um relacionamento. O que está ok para Molly, afinal ela ama a irmã e quer que ela seja feliz, o problema é que com o namoro de Cassie ela começa a ter de dividir a atenção da mesma, e, pela primeira vez na vida, Molly se vê sozinha.

"Eu sempre nos imaginei casadas, com nossas próprias casas e companheiros e um grupo de crianças incríveis. Eu nunca pensei no tempo entre essas coisas. A parte de onde nós passamos de "nós" para "ela e eu"."

É por isso que quando a irmã sugere uma operação secreta para arranjar um namorado para Molly, a garota topa, porque se ela tiver um namorado - principalmente se ele for o Will, melhor amigo da Mina - então elas poderiam fazer programinhas de casais, e Molly e Cassie estariam na mesma página de novo. O plano tinha tudo para funcionar, exceto que Molly não tem certeza se ela realmente quer namorar com Will, ou se ela ao menos tem uma crush nele, e principalmente, ela não tem certeza se está pronta para se arriscar.

Porque o motivo de Molly ter um total de 26 crushes e nenhum beijo, é ela nunca ter feito nada sobre isso. Porque se ela se arriscasse, ela correria o risco de levar um fora, e talvez ela não esteja preparada ainda para isso. Um amor não correspondido platônico soa muito melhor do que um amor não correspondido real, do que levar um fora.

"Mas há essa sensação terrível que vem quando um cara pensa que você gosta dele. É como se ele estivesse completamente vestido e você nua na frente dele. É como se o seu coração subitamente vivesse fora do seu corpo, e sempre que o cara quiser, ele pode estender a mão e apertá-lo."

E para ajudar a deixar a garota ainda mais confusa, sua relação com seu companheiro de trabalho começa a mexer com seus sentimentos. Reid é um nerd engraçado e cheio das suas peculiaridades, que em um primeiro momento não tem nada a ver com os garotos em quem Molly costumava ter crushes, mas que vai crescendo cada vez mais no dia-a-dia dela. As diferenças entre Reid e Will são enormes, e Will é o cara ideal para que Molly possa retomar a boa relação que tinha com a irmã, mas as conversas com Reid fluem muito mais fácil, é quase como se ela não estivesse falando com um garoto e então, do nada, ela se pega flertando com ele. Naturalmente, como se não fosse nada de mais, enquanto com Will ela está sempre nervosa e pensando no que fazer e como fazer.

"Nunca disse isso a ninguém - nem para as minhas mães, nem para Cassie - mas é o que mais temo. Não ser importante. Existir em um mundo que não se importa com quem eu sou."

The Upside of Unrequited é um livro maravilhoso e não consigo fazer jus a essa leitura por meio de uma resenha, então mais do que dar uma premissa da história preciso contar sobre como ela me fez sentir, e ela me fez sentir com um sorriso no rosto, uma esperança renovada no amor e uma vontade louca de sair pelo mundo e me apaixonar. Os prazeres deste livro estão nos pequenos detalhes, na maneira como Becky Albertalli nos presenteou com personagens tão bem escritos e tão diversos, sobre como ela nos contemplou com um livro cheio de representatividade e fez isso de uma maneira simples e sem grandes estardalhaços. A representatividade esta ali, pura e simplesmente, na família e no dia-a-dia da vida de Molly porque é assim que ela está na nossa vida. O mundo é um lugar de diferenças, e quando percebemos isso não existe o porquê dar destaque a isso. Porque ser diferente é ser normal.

A primeira coisa interessante sobre a família da Molly é que as mães dela são de origem e sexualidade distintas. Elas não são duas lésbicas, uma delas é bi e isso é vivido de uma forma muito clara na história, sem apagar a sexualidade da personagem só por ela se relacionar com outra mulher. Molly, Cassie e Xav, o irmãozinho delas, são todos filhos do mesmo doador anônimo, mas Molly e Cassie são gêmeas gestadas por Patty enquanto Xav foi gestado por Nadine. Molly tem uma família na qual, descartando o pequeno Xavier, ela é a única personagem heterossexual; um lado da família é judeu e tanto Xav quanto Nadine são personagens de cor. Já deu para perceber apenas neste núcleo familiar o que eu disse sobre representatividade sendo abordada da maneira mais natural o possível, não é mesmo?

"Odeio que estou sequer pensando nisso. Odeio odiar meu corpo. Na verdade, eu nem odeio meu corpo. Eu apenas me preocupo que qualquer outra pessoa possa fazer isso. Porque as garotas gordas não têm namorados, e elas definitivamente não fazem sexo. Não nos filmes - não de verdade - a menos que seja uma piada. E não quero ser uma piada."

Outro ponto importante da leitura é o fato da protagonista ser uma personagem gorda. Nada de gordinha, fofinha ou "levemente acima do peso". Molly é gorda e se assume como tal, e eu espero sinceramente que seus leitores façam o mesmo. Ser gorda é um problema para Molly a partir do momento que isso cria algumas inseguranças, afinal vivemos em uma sociedade que em sua grande maioria é gordofóbica, se ela não se importasse ou percebesse situações envolvendo seu peso eu acharia ela muito fora da realidade, principalmente se tratando de uma adolescente de 17 anos. Mas as inseguranças geradas por causa do seu peso são também relacionadas às inseguranças da adolescência. Gostei muito de como a Molly não deixa que o seu peso anule a sua beleza. Ela se veste bem, tem estilo, ela é bonita, e não "bonita para uma garota gorda". Bonita e fim.

Molly é maravilhosa, e eu amei cada segundo da leitura com ela. E ela precisava mesmo ser uma boa personagem, porque os personagens secundários são simplesmente fantásticos. Amei cada um deles, e gostaria de poder dar o destaque especial que cada um deles merece, mas vou deixar para que vocês descubram durante a leitura. Embora o romance seja muito fofo e do tipo que deixa o leitor com um sorriso no rosto, são estes outros detalhes que fizeram do livro algo tão mágico. Terminei a leitura com uma fé na humanidade que me faltava, com uma vontade de me apaixonar (pelo mundo, pelas pessoas... não sei!). Com vontade viver e ser feliz!

Becky Albertalli ganhou meu coração de uma maneira incondicional, não tem nada dessa mulher que eu não leria. Indico esse livro de olhos fechados e com minha mão no fogo, se fosse o caso. Os 27 crushes de Molly é um livro para rir, para amar e para renovar as esperanças em um mundo melhor.

site: http://www.queriaestarlendo.com.br/2017/09/resenha-os-27-crushes-de-molly-upside.html
Isabella Bloch 19/09/2017minha estante
Já estava interessada em ler "Os 27 Crushes de Molly" antes mesmo de ler a sua resenha, agora me encontro ainda mais interessada. Adoro suas resenhas, são sempre autênticas.


Queria Estar Lendo 20/09/2017minha estante
Primeiro de tudo: muito obrigada pelo seu comentário, nós ficamos muito felizes em saber disso!


Clau @meuescapeliterario 04/01/2018minha estante
Que resenha maravilhosa! Estou na metade do livro e já me sinto esperançosa e cheia de vontade de me apaixonar




aurora ð¹ 19/04/2021

ler e se ver no livro. é incrível
parece que não, mas eu estava esperando ler um livro em que a personagem fosse fisicamente igual a mim, e que por incrível que pareça, tivesse as mesmas inseguranças que eu. ler esse livro me deu um calorzinho no peito, uma vontade de ler e não parar mais. a representatividade desse livro é surreal de incrível. a primeira coisa é: a personagem principal é gorda. com todas as letras, G-O-R-D-A, e enfrenta todos os problemas que uma garota de dezessete anos fora da média nacional enfrenta. os comentários escrotos e desnecessários, a sensação de que ninguém nunca vai gostar de você exatamente por aquele motivo, por seu corpo não ser igual ao das outras meninas, e entre tantos outros pontos importantes. o bom desse livro é que ele evoluí a personagem nesse aspecto, passa pelo processo de aceitação de uma forma tão natural que você só percebe que aconteceu quando a própria personagem se dá conta. e eu adorei isso. com todas as minhas forças, eu adorei isso. me senti representada pela molly e seus vinte e seis crushes não correspondidos, pela sua ansiedade e pelos problemas de aceitação do próprio peso, pela mina e sua pansexualidade, pelo reid da terra média e sua nerdisse fofa. e literalmente todo o resto porque esse livro é incrivelmente bem escrito e leve de se ler, uma leitura gostosa que acaba te ensinando mais do que você espera. adoro ler livros que tem esse efeito sobre mim, me sinto energizada. precisa ler isso, e exatamente nesse momento da minha vida. obrigada por isso molly, eu vou te amar pra sempre!
Tassio 25/04/2021minha estante
esse livro é perfeito demais.??


Tassio 25/04/2021minha estante
Molly merece o mundo


aurora ð¹ 25/04/2021minha estante
sim!! amo muito




Maria Fernanda 27/09/2017

MAIS DO MESMO, SÓ QUE COM DIVERSIDADE.
O título do livro (aqui no Brasil) é bem sugestivo e, logo de cara, diz bastante sobre o enredo: Molly é uma típica adolescente que em seus 17 anos de vida já coleciona um total de 27 "crushes", porém 0 beijos. E parece levar a questão muito a sério. Ela simplesmente não consegue conhecer um garoto sequer sem se perguntar "meu deus, será que agora vai?"

Parece bobeira, né? E é mesmo, mas só depois que a gente cresce. Acontece que, quando você faz parte do reduzido grupo de adolescentes que estão cada vez mais perto da maioridade mas continuam bv, é praticamente inevitável começar a fantasiar a experiência com qualquer pessoa que apareça na sua frente. E, pior, a achar que existe algo de errado com você. Eu falo por experiência própria, pois fiz parte desse grupo. E, assim como a Molly, eu também pensava que a demora se devia à minha aparência, ao meu corpo...

Em Os 27 Crushes de Molly, Becky Albertalli novamente nos apresenta uma história que, além de contar com uma grande diversidade étnica, familiar e sexual, vai permitir que os incontáveis jovens que sofrem por estar fora dos padrões físicos e sociais impostos pela mídia se encontrem e percebam representações de si mesmos. Como todo YA que se preze, a narrativa aborda uma gama de questões características da adolescência, e pode ser uma ajudinha muito bem-vinda para se conseguir passar por essa fase em que tudo parece ser o fim do mundo. É aquele tipo de livro que pega na sua mão e diz "ei, você não está sozinho".

Contudo, querendo ou não, no geral é só mais do mesmo. Plot raso e personagens com tantas dimensões quanto uma folha de papel A4. Sério, se eu descrevesse aqui as (poucas) características dos personagens, sem dar nomes, eles poderiam pertencem a qualquer outro YA da face da Terra. Juro, QUALQUER um. Verdade seja dita, é tudo a mesma coisa, só muda o nome e o livro. Fora que, vamos combinar que chega um ponto na vida de todo leitor que certos tipos de livro perdem totalmente o encanto, e eu já passei 100% da fase de me identificar com YA. Só tô aqui porque é a Becky, e sinto em dizer que não valeu a pena.

site: http://instagram.com/_bookhunter
Iris Ribeiro 27/09/2017minha estante
Adorei a resenha mas o que é YA?


Maria Fernanda 27/09/2017minha estante
ajshdjashd young adult, gênero que engloba todos esses livros tipo john green e cia


Carolina 20/11/2017minha estante
Uau!!! Precisamos de mais resenhas assim Maria Fernanda! Ate nas avaliações tem mesmice!! Mais sinceridade!!!! Adorei! Me fez repensar a compra! ??????




Maria 08/08/2021

Reid, voce impôs metas altas na minha vida
eu amei esse livro, favoritado com certeza! Cheio de representatividade não forcada, falando de temas super importantes, eu tô apaixonada por reid. E isso é tudo que eu tenho pra falar
gi. 08/08/2021minha estante
é sáfico amg?


Maria 20/08/2021minha estante
nao, mas tem uma personagem lésbica e uma pan que tem um romance secundário no livro


gi. 20/08/2021minha estante
eu li, gostei muito




Dani 22/02/2024

Esperava que fosse o pior e talvez seja o melhor
Estava preparada pra não gostar desse livro, porque, Leah fora de Sintonia já me surpreendeu muito positivamente, mas a autora não cansa de se superar.

Um romance muito gostosinho, adoro de novo, todos os personagens, gosto de como as inseguranças e ansiedade são abordadas e num geral a mentalidade leve de adolescente.
Naraliz 03/03/2024minha estante
Amg esse livro tem hot?


Dani 04/03/2024minha estante
Não tem n! Ele fala um pouco tipo do que ela acha de sexo, mas tudo só suposições e nada explícito


Naraliz 04/03/2024minha estante
Aah muito obrigado!! ?




Leo Oliveira 02/01/2018

Uma história divertida, cheia de representatividade e personagens marcantes.
"Os 27 crushes de Molly" me surpreendeu em alguns pontos, mas deixou a desejar em outros. Eu adorei a dinâmica dos personagens, como Becky apresenta a história de cada um deles e como toda a questão de "preciso de um namorado" é bem desenvolvida. Molly é uma personagem maravilhosa, no entanto eu não consegui gostar nem um pouco da Cassie (na verdade o que sinto por ela se resume a: ranço). Reid é o meu segundo personagem favorito, ele é tão fofo e cheio de referências geeks. Eu amaria ler um livro inteiro com ele como protagonista, sério. A representatividade nessa história também é muito importante, é inegável o carinho e atenção que Becky deu as minorias ali representadas. Ela trata tudo de forma sutil, como se o preconceito fosse quase inexistente... Acho que precisamos de mais livros assim, que mostrem o quão normal pode ser a sua irmã namorar uma menina e você ser filha de duas mães.

A única coisa que realmente me incomodou e fez com que eu desse 4 estrelas ao invés de 5, foi a maneira mesquinha como a Cassie tratou a Molly. Achei completamente desnecessário, mas foi uma leitura válida e, claro, está mais do que recomendada.
Igu 02/01/2018minha estante
Oi pra você que já está mitando


Clau @meuescapeliterario 08/01/2018minha estante
Peguei ranço da Cassie também durante a leitura, e olha que ainda não terminei o livro! Hahaha Reid é o melhor personagem, na minha opinião.


Roberta Amorim 12/02/2018minha estante
Caramba! Estou quase terminando o livro e pensei que era a única que tinha ranço da Cassie. Achei ela muito babaca em várias situações.. .. Não consegui engolir a personagem!




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