Paulo Silas 13/01/2023Uma história mediana, bem bobinha, com um enredo regular e personagens bastante superficiais. "Menina Veneno" é como uma releitura contemporânea de "A Branca de Neve", adotando o ponto de vista da madrasta - que pelo fato de ser narrado pela própria, não entende ser má, culpando a enteada a todo instante pelas suas preocupantes ações. O leitor é convidado aqui, portanto, para acompanhar a narrativa da madrasta sobre sua derrocada após quase ter matado a filha de seu falecido marido.
Malvina Neves é uma grande celebridade no mundo da moda, vivendo uma luxuosa e ao mesmo tempo compromissada vida repleta de afazeres profissionais e sociais. A modelo vê sua enteada como um problema a ser resolvido quando a jovem Bianca Neves passa a ser cobiçada nesse mesmo social, chegado a ser substituída como nome representante da campanha da fragrância Menina Veneno. O voltar de olhos cada vez mais presente para Bianca faz com que seja despertado um grande estado de alerta motivado pela inveja e ganância de Malvina, a qual elabora e põe e prática um plano que não parece ser tão inofensivo quanto pensa, buscando a grande custo tirar a menina de cena para permanecer no posto de suma celebridade que ocupa.
Esse é um estilo de livro que está longe de ser o tipo de leitura que costumo fazer. - que é bastante diversificada, vale registrar. Não me agrada essa forma de enredo que parece muito cativar o público teen e young adult, de modo que li o livro como regular, médio. Ainda assim, a obra diverte em alguns pontos, mas nada muito além disso, pois no todo é bem fraquinha, sendo interessante, porém, a forma com a qual a autora releu para o seu universo de leitores um grande clássico. No entanto, a madrasta da história não se salva - mesmo se afastando de um julgamento prévio pela dicotomia bem X mal, sua mesquinhez, ganância e inveja faz com que Malvina mereça todo o repúdio do leitor.