Debi 15/07/2023
O livro que Zafón não precisava ter escrito
Zafón foi um autor de quem eu leria até a lista do supermercado. Li todas as suas obras e não posso dizer nada além de que são impecáveis.
Infelizmente, O Labirinto dos Espíritos é a exceção da regra. No começo do livro me senti perdida, e aí já percebi que tinha algo de destoante na escrita. Algumas dezenas de páginas depois, me encontrei e consegui ser envolvida pelos habituais mistério e suspense da narrativa de Zafón.
No entanto, ao longo do livro, ele se perde várias vezes e quanto a mim, não consegui me conectar com a essência de seus personagens, com o propósito e a relevância.
O final foi mais decepcionante ainda, como se ele tivesse escrito às pressas e acabou estragando a história de personagens centrais que apareceram em livros anteriores da série O Cemitério dos Livros Esquecidos.
Esse livro reserva, sim, muita surpresa, emoção, revirada no estômago, personagens misteriosos e afins. Mas, sinceramente, é um livro que Zafón não precisava ter escrito, não acrescentou em nada e foi um triste desfecho para a série do cemitério dos livros esquecidos.