Resenhas - Brumas do Tempo

La Oliphant 30/05/2018

Lembra aquele papo que o primeiro livro nunca é tão bom quanto o segundo em séries de romance de época? Vocês lembram também que eu amei ler Guerreiro Domado e que ele era o segundo livro da série Highlanders, porque eu consegui ler os livros na ordem errada?! Bem, eu queria começar essa resenha dizendo que a minha teoria estava errada, mas não está. Apesar de eu ter adorado toda a fantasia de Brumas do Tempo, o enredo tem vários pequenos problemas que me incomodaram bastante e fizeram com que a sua leitura fosse um pouco mais complicada do que eu estava esperando.

Não vou mentir, eu realmente amei a parte histórica e fantasiosa do livro. A ideia de trabalhar a “viagem do tempo” e misturar isso com a cultura folclórica das fadas que, pelo menos naquela época, era algo muito forte nas terras escocesas, foi simplesmente sensacional. Eu amei que Moning tenha focado em explorar a liberdade da cultura da época, fugindo muito do enredo engessado dos britânicos e seus salões de baile. Vocês acham que já viram de tudo em um romance de época, mas a verdade mesmo é que o mundo só é revelado a você depois de se apaixonar por um bom escocês – e de raiz, viu? Com um clã enorme e kilt.

O problema de Brumas do Tempo está no desenvolvimento do enredo, o que em romances de época é bastante comum no primeiro livro. Eu tenho para mim que, quando Moning começou essa série, ela estava muito impactada com o universo mágico da Escócia e acabou colocando mais plots no livro do que ele realmente precisava. O começo de Brumas do Tempo é confuso, cheio de informações que não se conectam e coisas mal explicadas. Você não entende bem o que está acontecendo até a metade do livro e mesmo depois disso, é difícil da história te prender, por mais que os personagens principais sejam muito bons.

“Mas ela não conseguia. As palavras venenosas de acusação despencaram rápidas e furiosas contra o único homem que já tinha feito seu sangue pagão cantar, o homem que, entre as coxas dela, naquela noite mesmo, tinha o tédio gravado na face perfeita. Na verdade, já fazia muitas noites.”

Mas Moning usou esse romance de época para falar de coisas importante e, apesar de eu não gostar nada de Adrienne, eu me identifiquei com ela. Adrienne é uma heroína que viveu toda a sua vida em 1997 e antes de viajar no tempo e conhecer Falcão, ela estava metida em um relacionamento abusivo que fez com que ela ficasse traumatizada em relação aos homens e relacionamentos em geral. Em parte, eu acho que a autora poderia ter lidado com esse “trauma” de uma forma mais cuidadosa, mas isso não impede que você se identifique com a personagem ou não sinta a sua dor. Mesmo que essa parte do enredo não tenha sido melhor trabalhada, eu fiquei feliz com o resultado final dentro de todas as limitações que o livro tinha.

O romance do livro não é o ponto forte da história, ou o ponto que eu mais gostei. Verdade seja dita, eu acho que Falcão apenas se apaixonou por Adrienne porque ela o desprezava e o fez acreditar que ela estava interessada em outro homem. Foi como uma grande batalha de egos onde nem Adrienne e nem Falcão iriam ganhar. Ela estava completamente apaixonada por “aquele homem bonito detestável” e ele só queria ter nos braços aquela mulher de língua afiada. Por mais que eu acredite no amor dos dois e veja como são bons um para o outro, o processo de “se apaixonar” deles foi meio conturbado e não me envolveu tanto quanto o romance do segundo livro dessa série.

“Uma moça que não queira você. Que seja adorável; não, que seja linda de causar terremotos e ainda se mostre espirituosa e sábia. Uma de rosto perfeito e de corpo perfeito e que tenha nos lábios um “não” perfeito para você, meu amigo tão perfeito. E eu também desejo poder assistir à batalha. Falcão deu um sorriso presunçoso. — Isso nunca vai acontecer.”

Para não dizer que eu me incomodei com tudo no livro, o envolvimento feérico no enredo foi algo que me atraiu bastante. Eu sou uma grande leitora de fantasia e adoro quando os autores colocam uma pitada de impossível na leitura e ver como Falcão lidava com o povo do mundo das fadas brincando com o seu destino sem a menor vergonha era bem interessante. Eu realmente acho que o fato de ele ser um homem muito bonito que todas as mulheres querem, no caso dele, era mais uma maldição mesmo do que uma bênção. E antes que eu me esqueça, nós temos uma cigana nesse livro que se chama Esmeralda – e ela nem é importante, mas eu gostei muito de saber que ela existe.

Brumas do Tempo não vai ser a leitura favorita de muita gente, inclusive a minha – mas por motivos diferentes. Eu acredito que sair dos enredos vitorianos e salões de baile polidos deva ser um choque de realidade para muitos leitores de romances de época. Ir de 1800, onde os homens eram verdadeiros cavalheiros e as mulheres vestiam seda, para 1500 onde a cultura folclórica escocesa ainda não tinha sido destruída e as mulheres tinham um temperamento forte e ainda não controlado pela etiqueta é sair totalmente da zona de conforto literária de muita gente, o que dependendo do leitor poder ser algo muito ruim ou muito bom.

site: https://www.laoliphant.com.br/resenhas/resenha-brumas-tempo-karen-marie-moning

Regiane Moreira 26/04/2018

Um medieval repleto de magia...
Séc. XVI
O Rei Jaime da Escócia, depois de se sentir humilhado, resolve se vingar do clã Douglas obrigando o filho de seus desafetos a serví-lo por 20 anos.
Nesse período ele humilha de todas as formas ao mais bonito e perfeito Laird que existe.
O magnífico Laird Falcão Douglas para salvar seu clã e sua família, se submete a todas as humilhações calado, sendo, inclusive, nomeado de prostituto do reino. A fama de sua beleza e de seu desempenho sexual é conhecida por todos chegando até ao reino das fadas provocando a fúria do rei das fadas e do seu bobo da corte.
E são eles que, através de um plano diabólico, levam a órfã Adrienne de Simone, literalmente, para o colo do Laird Comyn e, dali, para os braços do Falcão...
Demorei muito para pegar esse livro. Ficava adiando... adiando... adiando, mas nao me arrependi.
Um medieval envolvendo magia das fadas... Diferente... Gostei muito.

site: https://meupitacoliterario.blogspot.com/

Hester1 24/03/2018

Li este livro há tempos atrás e agora resolvi reler Detestei! é olha que gosto do tema. Se fosse livro físico o jogaria fora.

chrisakie 13/02/2018

Sidheach Douglas, mais conhecido como Falcão, é um homem que possui muitas admiradoras e desperta inveja de vários homens.

Ao avistar uma estrela cadente, seu melhor amigo, Grimm, brincando, desejou que o Falcão conhecesse uma mulher imune aos seus avanços sedutores. E uma fada atende ao desejo, trazendo a Adrienne do século 20, e forçando a casar-se com o escocês. Ela é uma esposa determinada a resistir às investidas do marido.

Numa mistura de romance de época com muita magia féerica, com direito a viagem no tempo, o começo é confuso e o livro alterna entre as narrativas das histórias paralelas.

Adrienne tem aversão aos homens bonitos por causa de seu passado. A autora institiu tanto nessa aversão que o desenvolvimento do relacionamento ficou prejudicado. Além disso, os personagens masculinos são bem "brutos" e machões, e não gostei muito dessa caracterização nesse livro em particular.

Senti que a autora quis um romance com bastante erotismo, querendo inserir várias cenas de sexo, aliados a uma história de amor. Mas o relacionamento achei que não convence muito, e as tais cenas são forçadas.

Se você busca um livro para ler descontraidamente, com bastantes cenas sensuais e romance não tão desenvolvido, você pode ler tranquilamente. É um livro que requer o "momento dele", quando o leitor precisa estar na "vibe".

site: https://www.instagram.com/p/BdqjrAanFMl/

Amanda 03/02/2018

Como não se apaixonar pelo Falcão?!
Como não se apaixonar pelo Falcão?! Então gente essa foi a pergunta que eu me fazia durante todo o livro, o cara era lindo, apaixonado, sexy e tinha umas frases de amor que misericórdia. Tudo bem que no começo ele foi um imbecil, mandando seu melhor amigo em seu lugar para a cerimônia e que às vezes ele era tão arrogante que eu queria socar ele, mas a Adrienne demorou um pouquinho a aceitar ele.Mas vamos ao resumo da história...
Falcão era o pegador do século XVI com a fama de ser o melhor amante da Escócia ele passou o rodo pela corte (claro que depois descobrimos que não foi bem pela vontade dele, mas enfim...), então a rainha das fadas querendo implicar com seu marido e seu seguidor mais fiel, o bobo, diz a ambos que já havia se deitado com ele e nem um fado e nem homem algum se comparava ao Falcão. Extremamente ofendidos, eles resolvem montar uma vingança, entregando ao Falcão uma mulher que o desprezaria pelo que as mulheres mais o adoravam, sua beleza e perspicácia com as palavras.
Daí chegamos Adrienne de Simone, americana de Nova Orleans, ela já ouviu falar de todas as lendas, nas nunca acreditou realmente. Ela vive em fuga e não acredita em homens bonitos desde que seu ex-noivo a traiu, usando-a de mula para fazer tráfico internacional de drogas. Ela é "sequestrada" e vai parar no século XVI onde se vê obrigada a assumir a identidade da filha de um Laird conhecida como "a Louca", que foi morta pelo próprio pai.
Ela então se casa com Falcão (que não apareceu na cerimônia por estar muito bebado, ela casou por procuração com Grimm representando o Falcão) e vai para Dalkeith se encontrar com seu marido que a ignora nos primeiros dias. Ela então conhece o ferreiro Adam Black, um homem muito sexy e bonito, mas que não desperta nela sentimentos diferentes da luxúria. Falcão chega no momento em que ela observa Adam trabalhar na forja (vamos combinar né? Deve ter sido uma bela de uma visão hahahaha) e fica ensandecido que sua esposa está demonstrando desejo por outro homem que não ele.
Adrienne então conhece o legendário Falcão e descobre que ele realmente é tudo o que falam, resolve então afastá-lo de si, dizendo-se apaixonada pelo ferreiro, quando na verdade, um único olhar para Falcao a deixa doida. Eles então começam aquele jogo tradicional de gato e rato tão comum em romances. Esse livro foi inspirado em "Sonhos de uma Noite de verão" de Shakespeare, então qualquer semelhança não é mera coincidência .
Dá uma raivinha da Adrienne, uma mulher tão forte e decidida se prender a uma crença boba como essa de "homens bonitos me farão sofrer" e do Falcão considerado quase um deus entre as mulheres, ser tão inseguro quando se trata da sua própria, mas o livro é isso aí. É fofo, tem a fantasia com as fadas e a viagem no tempo, é divertido e eu curti bastante. Só achei que o começo poderia ser um pouco mais detalhado quando ao mundo das fadas e as lendas, eu dei uma boiada, só me encontrei um pouco mais na frente.
Em suma, é um romance leve, divertido, sexy e que te faz oscilar entre alegria e tristeza, principalmente quando ela volta pro futuro é o Falcão fica só (nossa que triste meu povo, mas não vou entrar em detalhes para não dar spoiler). Vale super a pena para quem curte fantasia, romance e coisas medievais na mesma mistura.

Leituras e Delírios 31/01/2018

Brumas do Tempo é o primeiro volume da série Haighlanders escrita pela Karen Marie Moning e publicado aqui no Brasil pela Verus. Como vocês sabem somos apaixonadas por romance de época e por homens que usam kilt! Então corremos para ter essa primeira experiência com essa autora que foi mais que satisfatória.

Adrienne é uma mulher complicada, órfã, com uma vida difícil ela caiu na armadilha de um homem rico que mexia com drogas. Depois de finalmente conseguir fugir, ela jurou nunca mais chegar perto de nenhum homem bonito. Enquanto isso no século XVI, existe um laird chamado Falcão que é uma lenda entre as mulheres e que irritou o rei das fadas por ser elogiado pela rainha, assim em sua vingança o rei envia o bobo da corte das fadas para trazer uma mulher do futuro que resista a esse homem e o faça pagar pela desfeita. Ao ser trazida magicamente através dos séculos, Adrienne é obrigada a casar, levada a propriedade de Falcão como um objeto e ao chegar se encanta com o ferreiro o que causa uma reação inesperada de seu novo marido.

Me surpreendi positivamente com essa narrativa, não tinha lido nada ainda dessa autora e essa história me cativou logo de cara. Um homem que era um canalha notório e uma mocinha que tinha um "não" como resposta antes de saber a pergunta, além de ser uma história de viagem no tempo bem diferente por envolver seres mágicos.

Adrienne foi muito machucada no passado e muitas vezes só queremos que Falcão só coloque ela no colo e a proteja do mundo. Ela tem uma personalidade forte, é ciumenta e muito independente. Ela conquista a todos ao seu redor rapidamente mesmo que sua rejeição ao Falcão traga sofrimento ao chefe do clã.

Confira a resenha completa no blog!

site: http://www.leiturasedelirios.com.br/2017/12/brumas-do-tempo-karen-marie-moning.html

Cris Paiva 25/01/2018

O Falcão, foi vítima de uma cenas de ciumes da rainha das fadas, e acaba, sem saber caindo em desgraça com o marido dela, o Rei, que o amaldiçoa e junto com o bobo da corte planejam casá-lo com uma mulher do futuro.
Adrienne, estava quietinha em New Orleans, se recuperando de um relacionamento terrível, quando é transportada para a Escócia medieval e levada a se casar com um highlander grosso e que se acha um presente de Deus para as mulheres. Ela o detesta de imediato, enquanto ele cai de amores pela noiva e jura fazer de tudo para que ela também se apaixone por ele. Só que ele vai ter um concorrente no amor da esposa, o ferreiro (tambem conhecido como bobo da corte) vai fazer de tudo para estragar o casamento do Falcão e completar a vingança do Rei das Fadas.
Confesso que torci para o ferreiro, ficava ansiosa pelas cenas com o escocês grandalhão e sedutor, que de bobo não tinha nada. O Falcão teve de penar muito para conquistar a minha confiança, e a Adrienne também, mas acabou fazendo por merecer.
Já comprei o segundo livro da série, o do melhor amigo do mocinho e estou na torcida para que a editora publique logo o livro do ferreiro, antes que desista da série, como sempre acontece.

Taty Assis 23/01/2018

Mencionei em um post anterior que eu estava bem apaixonadinha por escoceses, mas não sei o que está acontecendo, já que os dois últimos livros que li sobre eles não curti muito. E, infelizmente, Brumas do Tempo foi um deles ?.

De um lado temos Sidheach James Lyon Douglas, mais conhecido por Falcão, que vive no século XVI, e do outro, temos Adrienne, que vive no século XX, mas que num passe de mágica vai parar no século XVI.

Falcão está de casamento marcado com uma mulher que nunca viu. Janet, sua prometida, é taxada de louca e ninguém a conhece. Esse casamento só acontecerá porque o rei, que odeia a família de Falcão, o ameaçou de destruir todo o seu reino caso ele não se casasse com sua filha.

Adrienne não confia mais nos homens, principalmente nos bonitos. Afinal, sua experiência com um deles não foi nada boa. E sua surpresa não poderia ser maior ao ser transportada para a Escócia Medieval e saber que precisaria se casar com um completo e total desconhecido e de uma beleza incomparável.

Adrienne não faz ideia de como foi para ali. E o pior de tudo, ela caiu nos braços do rei que acaba usando-a para se passar por Janet e se casar com Falcão. E bem, Falcão é praticamente um deus grego, não há mulher que resista aos seus encantos, será Adrienne capaz de resistir a ele?

Brumas do Tempo é aquele típico livro com altos e baixos; uma hora eu estava completamente envolvida com a história, e em outras eu não via a hora de terminar a leitura. Veja bem, o livro mistura viagem no tempo, magia e uma história épica, tinha tudo para ser perfeito, mas não foi. Achei que a autora foi jogando as informações sem se importar em dar muitas explicações aos leitores.

A magia presente no livro e a superficialidade com a qual foi abordada me incomodou bastante. Sem contar que os motivos que levaram Adrienne para o século XVI não me convenceram.

Outro fato que me incomodou bastante foi a construção dos personagens. Adrienne me irritou profundamente ao se negar a admitir que estava completamente atraída por Falcão, o tipo de homem que ela jurou nunca mais se envolver. O que é até compreensível, já que não teve uma boa experiência em sua vida, mas acontece que ela é completamente infantil e tenta machucar Falcão da forma mais baixa: usando outro homem.

Falcão não queria se casar por obrigação, e é por isso que envia seu melhor amigo Grimm como seu representante, só que nada poderia prepará-lo para a beleza de Adrienne. E, ele que sempre teve todas as mulheres que quis em sua cama, acaba se vendo apaixonado pela única que lhe recusa. Talvez isso se deva ao fato de Grimm ter pedido para um estrela cadente que Falcão se apaixonasse por uma mulher que lhe recusasse, que lhe dissesse não. Independente dos motivos que o levou a se encantar tão profundamente por sua esposa, ele declara seu amor por ela e faz o possível para conquistá-la, mas talvez o amor não seja o suficiente para mantê-los juntos, já que há muita maldade presente em suas vidas.

"[...] soube que estava com problemas pela primeira vez na vida. Enterrado neles até a cabeça, pois, se aqueles olhos prateados o arrastassem para um terreno de areia movediça, ele iria de bom grado."

Magia, inveja, vingança, paixão, ciúmes, lealdade.. são os ingrediente dessa trama que tinha tudo para ter me conquistado. Mas, apesar de a história não ter me convencido, preciso dizer que já comprei o segundo livro e que vou lê-lo. Vou dar uma segunda chance a Karen Marie Moning, vai que eu me apaixono por uma de suas histórias. Além do mais, as edições estão maravilhosas e acho digno tê-las na estante.

Enfim, apesar de não ter me apaixonado pela história de Falcão e Adrienne, aconselho que leiam e tirem suas próprias conclusões. ?

Del | @nmundoliterario 20/01/2018

Uma história fantástica, repleta de magia, lendas, sensualidade e romance
Adrienne se deixou enganar por um homem de beleza estonteante, um homem que lhe prometeu amor e devoção mas que no final apenas a usou como uma peça insignificante em seu jogo atroz, e dessa forma roubou sua paz. A ferida aberta deixada por esta ilusão deu a Adrienne a certeza de que ela jamais voltaria a cair de encantos por outro homem tão belo ao ponto de cegar seus instintos. Mas quando ela de forma inexplicável viaja quinhentos anos para o passado e se vê obrigada a casar com o Highlander mais deslumbrante de toda a Escócia do século XVI, ela sabe que não há muito o que fazer para proteger seu corpo e seu coração que começam a clamar por ele. Mesmo assim ela se recusa a ceder de imediato e reúne toda a determinação que possui para afastar o galante Falcão, o guerreiro imponente, desejado por todas, que mesmo inocente despertou a ira de dois reis, um mortal que o aprisionou e humilhou durante vários anos e um sobrenatural que traçou um plano sórdido para feri-lo como nunca antes. Inconsciente da origem dos ataques de que é vítima, Falcão luta como o guerreiro que é, forte e destemido, ele se vê completamente encantado pela esposa que o despreza abertamente sem lhe dar qualquer oportunidade de aproximação, mesmo assim ele está determinado a lutar por aquela que mexeu com todos os seus sentidos e fez aflorar os seus desejos mais secretos, ele a quer em sua vida e lutará com tudo que estiver ao seu alcance para que ela o corresponda na mesma intensidade.

Quando se lê muito de um determinado gênero ou a respeito de um mesmo assunto torna-se comum a busca constante por singularidades, você passa a ansiar por novidades e por algo que te surpreenda nem que seja minimamente. Com o tempo os déjà vus tornam-se mais frequentes e incômodos, e por isso é bem difícil manter o interesse por um período longo. E esse é o primeiro ponto que fez meus olhos brilharem para esta história. Vamos começar pelos tão falados guerreiros, quem lê sabe como são fortes e viris os líderes de clãs poderosos e senhores de grandes castelos que precisam impor seu poder e domínio não apenas sobre o exército que comandam mas também sobre suas mulheres, o que os levam por vezes a agirem como ogros, claro que esse detalhe incomoda. Então eis que aqui eu me deparo com um homem deslumbrante, ardente e um modelo de virilidade que de tão bem arranjado em seus dotes é considerado uma lenda viva por toda a Escócia, que quando rejeitado abertamente pela esposa, ao invés de impor seus desejos e exigir seus direitos, opta por conquistá-la, nada de gritos e imposições aqui senhoras e senhores, o lendário falcão se empenha em seduzir aquela que despertou seus mais íntimos interesses, porque quando ela enfim for sua será porque ela escolheu estar com ele e entregar-se a ele. Outro diferencial desse personagem é que na maior parte do tempo ele se deixa guiar pela paixão e posteriormente pela devoção que nutre pela esposa, ao invés do orgulho e vaidade, mesmo estes últimos tendo sido feridos incontáveis vezes, ele não se deixa desistir e demonstra acreditar verdadeiramente que algo mais sólido pode ser construído entre eles. Nem preciso dizer muito mais para que vocês saibam que me deixei conquistar por esse highlander galante.

Quando o jogo de sedução teve inicio, passei a ansiar para que Adrienne deixasse seus receios de lado e cedesse ao encantos do marido, essa ansiedade me levou a desmerecer as justificativas dadas para sua resistência, mas conforme a história se desenrola fica claro que as atitudes da "moça" tem uma razão de ser plausível, só então eu compreendi e me tornei solidária a ela. Além disso toda essa resistência trouxe dinamicidade e muito mais emoção a trama, diferente do que se está acostumado em livros do tipo, Adrienne mesmo estando inegavelmente atraída pelo highlander não se deixou dominar por este anseio. Sempre me incomodei com as mocinhas que mal aguentam estar perto do homem desejado e já perdem o sentido, a razão, e tudo o mais, sempre me soa muito fantasioso que uma mulher excitada não consiga dizer não, nem mesmo nas situações mais incômodas ("Ah! essa atitude é horrível, mas estou eufórica demais para pensar ou mandá-lo pastar." Ah, vá!). E o fato de Adrienne ter a principio se negando a Falcão, por um motivo que agora já considero razoável, deu uma base sólida para que o enredo se desenrolasse. O que começa com uma atração pulsante e reprimida, vai tomando forma conforme os personagens se apresentam. A paixão se une a admiração e ao entendimento, e juntos caminham em direção a um sentimento pleno, a aproximação é gradativa e crível. Os protagonistas amadurecem suas personalidades e crenças, se conhecem e entendem para só então poderem usufruir do tão ansiado néctar.

A quem se incomode com o fato de Adrienne ter se adaptado tão rapidamente ao mundo estranho para o qual foi lançada, para mim no entanto ficou bem claro desde o início que a jovem vivia uma vida atribulada no século XX, que a ausência de paz em sua própria época a estava enlouquecendo pouco a pouco e que estar na Escócia do século XVI casada com um completo estranho foi para ela algo mais tolerável que a solidão assustadora da qual era refém, além disso fica nítido o encantamento que esse novo cenário despertou na personagem, soma-se a isso a aura mágica que a envolveu nesse novo lugar e pronto, nada a impedia de desfrutar dessa experiência inusitada. Sempre me deparei com menções a lendas e mitos em todas as histórias que já li do universo Highlander, mas até agora não havia lido nenhuma que trabalhasse tão abertamente com estes elementos. Moning da vida e importância significativa a seres místicos, usa e abusa de magia e torna Brumas do tempo uma história abrangente e profunda, isto porque tudo que se apresenta nessa trama está interligado, e para que estas pontas se unam tão perfeitamente sem deixar brechas, a autora não poupa nos detalhes, e o melhor sem tornar a história massante e/ou cansativa. As grandes doses de magia ditam os rumos da história, é através deste elemento peculiar que se apresentam as dificuldades e possibilidades partilhadas pelo casal.

Brumas do tempo é uma história fantástica, repleta de magia, lendas, sensualidade e romance. Possui uma narrativa ágil e cativante que te aprisiona durante toda a leitura, personagens carismáticos de personalidades bem definidas que conquistam com suas ações e dilemas, uma trama dinâmica que te faz ansiar pela próxima página e pelo próximo capítulo. Este é o tipo de livro que te deixa com um sorriso bobo nos lábios e te faz suspirar sonhadoramente. E além de tudo isso, ainda trás incontáveis pequenos suspenses capazes de te deixar apreensivo pelo que está por vir. Muitos são os obstáculos enfrentados, e devido a complexidade desses, fica difícil prever de onde virá a solução para tais problemas, isso por si só proporciona um número considerável de surpresas. O desfecho é previsível, mas o caminho trilhado para se chegar até ele é impressionante e por vezes angustiante. A edição está magnifica, com uma diagramação agradável aos olhos e repleta de detalhes, composta por letras medianas e as tão amadas páginas amarelas. Já faz um tempinho que não lia um livro que me deixasse tão satisfeita de modo geral, sempre existe este ou aquele pormenor capaz de anular a plenitude da experiência, mas não desta vez. Claro que não trata-se de uma obra perfeita, existem um ou dois pontos que lhe privam deste feito, mas nem mesmo isso rouba a magnitude de tudo que esta história me proporcionou. Um livro para entretenimento, escrito de forma impecável.

site: http://www.nossomundoliterario.com.br/2017/12/resenha-brumas-do-tempo-karen-marie.html

Laura 25/11/2017

Gostei, mas não amei!
Eu fico com a alma lava e enxaguada na tristeza quando dois dos meus temas favoritos, romance de época e viagem no tempo não me arrebatam. Foi exatamente isso que aconteceu com esse. Gostei, mais ou menos. Comecei o livro cheia de expectativas e gostando, depois ficou tão chatinho e foi melhorando lá pelos últimos 2 capítulos e o final foi ótimo, compensou o "meio de campo embolado" do livro, e por isso leva 3 estrelas

Adrya.Ribeiro 04/11/2017

2,5
Fui com muita expectativa, mas não foi assim tão bom para mim.
Tive várias emoções durante a leitura, comecei gostando, no meio estava entediada e no final, não via a hora de acabar.
Mesmo sendo medieval, achei o mocinho bastante abusivo no pensamento e em alguns momentos. E a mocinha bem lerda...aff
Esperei bem mais devido a toda propaganda.

Vânia 27/10/2017

Highlanders #1
Este livro mistura passado e presente. Viagem no tempo. Guerreiros escoceses e terra das fadas.

Sidheach Douglas, mais conhecido como Falcão, tinha uma fama que fazia com que muitos homens quisessem matá-lo. Ele tinha uma beleza inigualável e sua aptidão para seduzir as mulheres também era famosa. Mulheres queriam matar e morrer por ele, para serem exclusivas. Mas Falcão não tinha cabeça para isso. Além de ser um exímio guerreiro, ele sabia que sua vida era pautada para ser peça de jogo de uma pessoa poderosa que só queria vingança.

O rei Finnbheara, casado com Aoibheah das Fadas, sente ciúme ao ouvir sua rainha falar tão bem do guerreiro escocês.
O Bobo da Corte, então, é convocado para fazer algo contra Falcão. Não matá-lo, mas destruir sua confiança e acabar de vez com essa sua fama.

Enquanto isso, na Escócia, o rei James decreta que Falcão deve se casar.
Isso era mais do que comum naquela época. O problema era que a noiva escolhida, de outro clã, era conhecida por ser louca. Falcão ficaria até a morte preso a um casamento sem amor e sem herdeiros.
Grimm, melhor amigo de Falcão, conversa com este sobre o encanto que ele exerce sobre as mulheres, como um flautista encantado.
À noite, sentados no telhado, quando um estrela cadente passa no céu, Grimm faz um pedido inusitado: deseja que o amigo encontre uma mulher que lhe diga NÃO e que ele tivesse que batalhar por ela.
Grimm só não sabia que não seria só a estrela a ouvir esse pedido...

Adrienne vivia fugindo.
Depois de ter tido uma vida difícil, criada num orfanato, aos poucos ela conseguiu dar um rumo à sua vida.
Conheceu Eberhard Darrow Garret, um homem que a cativou desde o início, tratando-a como nunca ninguém o fez. Ele mostrava que queria que ela tivesse oportunidades na vida e se tornasse uma mulher que todos veriam ser a certa para ele.
Ele incentivava que ela fizesse viagens, sozinha, para crescer como pessoa.
Ela ficava triste por ele não poder ir com ela, mas fazia o que ele pedia, por amor.

Até que um dia ela chegou num momento errado e entreouviu uma conversa entre Garret e seu amigo, e ela entendeu o porquê das viagens sozinha.
Adrienne tornou-se a principal testemunha de acusação contra o noivo quando ele foi levado à justiça.
Para desespero dela, ele conseguiu fugir e ir atrás dela.
Agora, ela vivia escondida, com medo que o fantasma de Garret, ou algum de seus comparsas, a encontrasse.

Quando ela fugiu dele pela primeira vez, ela roubou um valioso jogo de xadrez e acreditava que num momento de necessidade, poderia vendê-lo para ter dinheiro e fugir para algum lugar mais longe.
Numa tarde em que estava olhando as peças e deixou-as cair, ao abaixar-se para pegá-las, Adrienne teve sua vida completamente mudada no tempo e no espaço.

De 1997, ela foi parar na Escócia de 1513, literalmente nos braços de um homem, como um milagre.
E acontece que aquele homem asqueroso precisava de um milagre.

A filha dele, por ordem do rei James, deveria se casar com um guerreiro, mas havia morrido. Se ele não apresentasse a filha para se casar, o rei viria com fúria para cima dele e de seu clã.
Com o aparecimento daquela mulher em seus braços, e como poucas pessoas conheciam sua filha porque ela tinha passado os últimos anos aprisionada por conta da loucura, ele resolve fazer com que Adrienne se passe pela filha.
E é assim que Adrienne se vê casada com Falcão.

Falcão sabia que o nome de sua futura esposa era Janet Comyn, mas nunca tinha visto-a.
E no dia do casamento, Falcão continuou sem vê-la porque ele sequer aparece, mas manda Grimm como seu procurador.
Quando Janet/Adrienne é levada ao clã Douglas, ela vê um homem lindo e pensa tratar-se de seu marido - já sabendo de sua fama de conquistador -, mas não era ele, e sim, o novo ferreiro do clã.

A partir daí, há uma luta de poder e interesse entre Falcão e o ferreiro. Os dois interessados em conquistar Adrienne.
Ela achou o ferreiro, Adam Black, lindo, mas ficou absolutamente encantada por seu marido.
Mas desde sua péssima experiência com Garret, que também tinha sido muito bonito, ela ficou "de pé atrás" com homens assim, e por isso, ela não iria ceder a Falcão tão facilmente.

Adrienne foi alvo não apenas dos dois belos espécimes masculinos, mas tentativas de assassinato, que a princípio achavam se direcionar a Falcão, começaram a acontecer.
Veneno, flechas, várias vezes Adrienne esteve entre a vida e a morte. E se já não bastasse tanta briga de interesses, Adrienne se vê frente a frente a uma antiga amante de Falcão da corte, Olivia.

As estações vão passando.
O embate entre Falcão e Adrienne prossegue.
Mistérios e magia circundam o casal.
Pelo trato entre a Rainha das Fadas e os humanos, estes não podiam ser mortos quando havia alguma rusga entre as duas raças.
O rei Finn decide que o Bobo deve parar com a vingança, mas este, encantado por Adrienne de verdade, não quer fazê-lo. Mas diante do poder do rei, o Bobo resolve que seria melhor enviar Adrienne de volta ao seu tempo do que deixar Falcão vencer a aposta.
Falcão poderia ser muito bonito e um guerreiro muito bom, mas ele não tinha os poderes mágicos do Bobo.
Adrienne já não queria mais voltar para o seu tempo e sentia-se dividida entre os belos homens. Mas primeiro, ela precisava salvar o próprio pescoço ante tantas ameaças.

Qual seria a melhor escolha? Teria mesmo a peça de xadrez poderes para fazê-la voltar no tempo?
E entre magia e viver numa época que não a sua, Adrienne descobre um poder muito mais forte do que qualquer coisa já conhecida e que talvez ela não precisasse viver fugindo, mas sim, fosse a rainha de seu próprio castelo...

Prepare-se porque a história é interessante, mas tem uma gama de confusão.
A começar pelos nomes escoceses. A impressão que dá é que tem letra demais neles. Eu particularmente não consegui decorar boa parte deles, a não ser os menores.

Como tem magia no esquema, quando você menos espera algo de surreal acontece. Isso está além da capacidade dos humanos.
Adrienne e Falcão são usados como peças de xadrez sempre.
Ela, pelo Bobo, que a faz viajar no tempo e a envolva numa história com tentativas de assassinato e nenhum direito de escolha, já que naquela época as mulheres não tinham direitos.
Ele sempre se viu frente à ira do rei James por causa de algo que ocorreu antes de seu nascimento. E agora, por possuir uma beleza e encantamento com as mulheres, um rei ciumento quer fazê-lo ser humilhado.

O enredo é interessante. Os personagens são fortes.
A narrativa às vezes se torna cansativa com detalhes que poderiam não existir.
Obviamente, às leitoras apaixonadas, a partir do momento que Falcão se vê querendo conquistar sua esposa, a história toma uma nova dinâmica, mas, ainda assim, algumas páginas poderiam ter sido retiradas. O vai e vem na viagem no tempo fica cansativo.
Sem cliffhanger.
4 estrelas

Kelli 29/09/2017

Um mocinho intenso e apaixonado!
Falcão é um mocinho maravilhoso e intenso. Muito apaixonado....
É linda sua determinação. E as declarações que ele faz pra mocinha são as melhores. Adrienne, é que lá pra metade do livro começou a me irritar um pouco. Mas um personagem falou umas verdades que ela precisava ouvir. Disse tudo que eu mesma queria dizer pra ela se pudesse entrar no livro, claro rs.... mas ao decorrer da leitura ela toma jeito. Que bom ne!

Bem, parece que essa série é daquelas que crescem, melhoram a cada livro. Agora entendi porque lá em Portugal começaram a partir do 4. O 4, 5, 6, 7 são os melhores avaliados lá fora. E ainda bem, que a Verus
parece que não vai demorar a lançar essa
série aqui.
No geral, gostei muito. Nao é aquela leitura arrebatadora mas sim leve, divertida e com uma dose de magia, fantasia, que eu adorei. O final foi perfeito, bem fofo e me agradou bastante.

Recomendo sim , escrita da autora é ótima, E me deixou curiosa pra ler os próximos. Adorei Grim, mocinho do proximo livro e ansiosa mesmo pra conhecer a história do Adam, nosso vilão aqui. Um personagem complexo, intrigante e misterioso e esses geralmente nos garantem as melhores histórias não é?! E de fato, ouvi isso mesmo. Que a história dele é uma das melhores e mais lindas da série.

Izabella 23/07/2017

"Voa para mim, doce falcão!"
Minhas expectativas estavam bem altas a respeito desse livro, pois pensei que seria algo parecido a "Transcendence" ou "Perdida" - livros que eu ameeeei!
Porém, apesar dessa temática da mocinha viajar no tempo, o livro não narra as dificuldades dela em se adaptar ao novo século, por exemplo. Na verdade, só mostrou mais o romance entre o casal. Então eu fiquei um tantinho decepcionada.

Mas o Hawk supera tudo! Que maravilindo, forte, guerreiro, viking, protetor, construtor (aaah, berçário), tudão. Ele se dá tão bem com as mulheres, que até virou uma lenda. Por isso, o rei das fadas fica com ciúmes e resolve aplicar um castigo a ele: concede o desejo de seu melhor amigo, que pediu uma moça linda, formosa, inteligente e com um grande NÃO na boca para o Hawk se apaixonar.

Adrienne é do século XX e odeia os homens bonitos. Ela já sofreu na mão de um deles e, por isso, promete a si mesma se afastar desses homens. Ela também acredita um pouco em magia, então sua transição para o século XVI não foi absolutamente estranha. Mas claro que ela chega sem entender nada e vai vivendo conforme as ordenanças - inclusive de um casamento arranjado. E daí surge Hawk :))

Ela tenta fugir dele como o cão foge da cruz. Mas Hawk é irresistível.
Ele tenta seduzi-la com todas as forças, pois está apaixonado. Mas toda vez recebe um grande NÃO de sua esposa. Então eles vivem nessa caça de gato e rato. Ou melhor, de falcão e domador.

"Nenhum de meus falcões voou de minha mão algum vez sem voltar.
Voaria para mim, doce falcão?
Eu a levarei mais alto do que esteve alguma vez."

O romance é lindo, mas um pouco atrapalhado pelo maldito Adam (não posso falar dele). Que ódio eu senti desse cara!
O final é sublime e trouxe muitos sorrisos aos meus lábios. Então LEIA sem medo! ;)