Eu, Christiane F., Treze Anos, Drogada, Prostituída...

Eu, Christiane F., Treze Anos, Drogada, Prostituída... Kai Hermann...




Resenhas - Eu, Christiane F., Treze Anos, Drogada, Prostituída...


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Ana Helena 26/10/2020

Forte
Livro bastante forte e com relatos pesados mas ao mesmo tempo extremamente reais, deveria ser obrigatório no ensino médio.
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Ricardo.Borges 25/07/2022

Muitas formas de violência
Eu já havia assistido ao filme, mas resolvi relembrar a decadente história que, mesmo agora, tanto tempo depois, permanece repleta de atos abomináveis de violência, em vários aspectos.
Não se trata ?apenas? de drogas e prostituição. Esse livro narrado como um depoimento em primeira pessoa apresenta uma história muito dura e forte, com momentos inimagináveis que beiram a ficção, mas não são. Informações, em uma semana, em que as notícias reais sobre um assassinato motivados por questões políticas e o flagrante de um anestesista que estuprava as pacientes rechearam as redes sociais, a história de Christiane F. passa muito longe de ficção.
No início do livro, a normalização da violência doméstica cotidiana, com agressões descritas como se fosse algo normal, corretivo, como, por exemplo, ??esse par de bofetadas na estação provavelmente evitou muita coisa? também me fez lembrar de uma recente e assustadora matéria em que uma grande empresa de HomeScholling considera saudável o castigo físico em crianças! Em outro momento, há um texto avassalador atribuído a Jurgen Quandt que mostra a impotência quanto a percepção da realidade, enqto, ao longo do livro, os depoimentos da mãe da protagonista, ao se culpar por não enxergar a situação, exibem um outro aspecto cruel das relações humanas, afinal ?um viciado só serve para se destruir e destruir os outros?.
Há uma ampla questão social e filosófica em suas descrições sobre comportamento humano, complementadas por devaneios reais sobre o modo de vida que a sociedade vem desempenhando e como a possibilidade de qualquer tipo de fuga parece inevitável que ?[?] na realidade, Christiane e centenas de milhares de crianças e adolescentes só se afastaram de nosso mundo por decepção, pq os adultos não lhes souberam oferecer a imagem de uma comunidade humana em q eles tivessem seu lugar?.
Julia Mendes 29/07/2022minha estante
Que triste ?


Ricardo.Borges 29/07/2022minha estante
Sim, história bem pesada, Júlia?




Erika.Giovana 13/09/2021

Eu, Christiane F., 13 anos, drogada, prostituída? é um relato comovente e impactante sobre o efeito avassalador das drogas na vida de uma adolescente.
Um ótimo livro, recomendo. Li em 2016
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Ed Lopes 04/05/2011

A droga da sociedade.
Uma ótima leitura, não só porque trata dos problemas que a droga causa, mas sim pelo fato de mostrar que a droga é um fenômeno gerado por nossa sociedade.Pode-se observar principalmente que o problema não se restringe pelas características de uma classe marginalizada,onde muitas vezes o problema da droga é apresentado exclusivamente como conseqüência de atividades criminosas, e talvez por não encontrarem no mundo respostas às suas necessidades.
No livro Christiane vê na na droga uma forma de escapar do mundo e dos diversos problemas que enfrenta,principalmente crises com a família e do sentimento de alienação, cujo qual Christiane busca escapar.Durante o livro percebe-se que Christiane tem necessidade de criar uma nova realidade, na qual, possa ter liberdade,e principalmente constituir um espaço onde possa ser ouvida e entendida.
Christiane consegue passar no livro o clima do universo da droga e o da prostituição, que aparece como conseqüência ao primeiro, logo após a frustração para se obter a droga.Nos locais de prostituição muitos jovens, tanto meninos quanto meninas vendem seu corpo e passam a entrar num ciclo vicioso.
Assim permite avaliar melhor a decadência de nosso modo de vida, como gradativamente nossa indiferença às questões sociais aumenta,como a comunicação entre as pessoas acaba se tornando superficial à medida em que as pessoas permanecem muitas vezes encerradas em um realidade artificial, pois vivem com medo de tudo e criam um casulo para se protegem de todos os males que afetam a sociedade, acreditando que isto é a melhor maneira de cultivar a paz e sua segurança; essa é a sociedade que se diz "normal".
Valfloripa 03/06/2011minha estante
Gostei da sua escrita e do seu posicionamento em relação a esse livro, foi muito bem construído magnífico a sua analise e principalmente a sua postura política, social e econômica quando se refere ao papel do Estado.
Falar de drogas é sempre uma situação delicada para todos; ?Chistiane F? no Brasil se transformou em vários nomes, freqüenta vários lugares e as famílias não importar a classe social, todos estão ainda sofrendo.
O que mudou meu amigo Edgleison, da Chistiane F, para as nossas crianças, jovens e adultos, que hoje no Brasil, com suas histórias também dariam um livro, porém na maioria dos casos com um final TRISTE E MUITO DOLOROSO.





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Ale 18/07/2021minha estante
um clássico!




xtuannyx 09/05/2023

Deveria ser obrigatório.
Fiquei tão imersa nesse livro que, honestamente, não vi o tempo passar. Todo o relato é bem impactante, principalmente se passando naquela época, e deveria ser leitura obrigatória para algumas pessoas.
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yomaeli 21/12/2020

"Pensava que devia haver um meio-termo entre fugir dessa sociedade podre e me adaptar totalmente."
O livro nos leva a conhecer toda a jornada de Christiane F pelas ruas e pontos de Berlim. Aqui, vemos toda a decadência da região nos anos 70 e o aumento do uso de drogas pela juventude.

No prefácio de alguma forma há a culpabilização dos pais e responsáveis na dependência química de jovens, e acho que aí há um fator que se estende para o resto do livro: os usuários não são vistos como pessoas, mas sempre como "viciados" pelas instituições que são apresentadas. Não se olha para subjetividades, mas para as substâncias apenas, para a "baderna", para a "rebeldia". Infelizmente esse é um olhar bem comum no que tange a discussão sobre drogas, e no livro essa visão punitivista e policialesca continua. Quando há tentativa de tratamento, é sempre baseado na privação, no tratamento biológico e higienizante. Quando há menção à outras terapias, são colocadas como mirabolantes e ineficazes. Entendo que pode ser uma questão compatível à todo contexto social da época, mas não deixa de ser algo bem relevante à nossa análise.

Apesar disso, a obra destaca bastante os sentimentos, picos, e recaídas de Christiane, numa tentativa de humanizá-la acima do uso de drogas. Para bom entendedor isso enfatiza que a droga é só um dos fatores presentes na dependência química, pois abaixo dessa camada, no caso dela, encontramos solidão, violências, traumas, necessidade de pertencer a um grupo, entre tantos outros elementos.

Achei um livro completamente visceral, brutal e real. Alternar a visão entre os envolvidos também ampliou nossa visão e principalmente a compreensão de que não há um grande culpado na história e que as variáveis são imensuráveis. Para além das drogas, temos pessoas. Sentimentos. Faltas. Angústias.

As últimas páginas me destruíram.
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Dilalilac 30/03/2020

Um livro triste sobre uma jovem que quis sonhar
O livro é mesclado com o relato da própria Christiane (bem cru e real) que compõe uns 95% do livro, e uns 5% são opiniões da mãe, da polícia, dos médicos, de estudiosos que acompanharam ela em algum momento e etc.
É meio assustador como ninguém quer ver a situação da droga. O governo se isenta, como se dissesse: "A culpa não é minha, que deixei a sociedade saturada e insustentável por querer trabalhadores robôs que brigam em casa pelo estresse e acabam sem dar atenção aos filhos, que crescem em meios às brigas e em uma cidade de cimento sem lazer, a culpa é das crianças e dos estrangeiros".
Profissionais se recusando a tratar, afinal as instituições não recebiam apoio e nem sabiam como lidar com essa nova onda de drogados com menos de 16 anos.
O sistema de "Não vamos tratar, vamos prender" (sendo que nas cadeias tem droga igual).
A operação limpeza ao invés do tratamento, porque é cômodo e conveniente ignorar e fingir que está tudo bem.
Pais desesperados ao perceberem a situação dos filhos e sem nenhuma ajuda.
Pais que preferem o filho longe de casa, porque assim não têm que lidar com isso.
Pais que desistem das crianças.
E ainda tem o caso da prostituição infantil para arcar com a droga. E mais uma vez não há ajuda, pois pessoas que são "pais de família" querem usar essas crianças viciadas por meio dessa pedofilia institucionalizada.
As crianças que, para fugir da realidade, foram para as drogas, se sentindo acolhidas entre outras crianças com vidas tão complicadas quanto as suas próprias, acreditando que as doses em seus corpos fosse como sonhar, em um mundo que não lhes permitiu isso.
É um livro muito profundo e triste e que ensina muito. A Christiane realmente é muito inteligente, ela merecia um mundo melhor.
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Vinicius39 06/03/2022

Haja estômago para essa leitura.
Que livro pesado,um dos mais pesados que eu já li na minha vida,foi um dos motivos que eu demorei tanto para ler...

Esse livro aborda um assunto chocante de uma menina de 13 anos que se prostitui e é viciada em drogas,tão nova e com uma vida tão complicada.E mesmo que essa história seja tão antiga,o relato dela bate muito com a nossa sociedade falha de hoje em dia,é completamente doloroso e difícil de ler,mas mesmo assim todo mundo deveria ler,pois é necessário saber disso e sentir um pouco o que ela sentiu.
professorananias 06/03/2022minha estante
Bom saber, meu amigo
Fiquei com vontade de ler


Vinicius39 06/03/2022minha estante
leia,vale muito a pena ler,mais gente deveria conhecer!


professorananias 06/03/2022minha estante
Esse tipo de debate é muito importante




Jeh New 19/07/2022

Mais sincero e verdadeiro não há!
Clássico absoluta sobre uma luta tão atual! O livro conta tudo com mínimos detalhes: Desde a infância simples, o bairro pobre , a vizinhança, os lugares de brincar até a triste decadência de onde as drogas podem te levar. Cruel, porém necessário, a história te alerta e te ensina de forma bruta, nos fazendo torcer pela protagonista a cada próximo capítulo. Quando o livro acaba para sempre ela viverá com você, em seus pensamentos e quem lê ou assiste ao filme (obra prima e bem adaptada) sabe o que estou dizendo. Sou apaixonado por David Bowie por causa dela.
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Paulo.Felipe 02/07/2020

Insuportavelmente pesado e envolvente.
Fazendo jus ao título que eu fiz é incrível como o livro consegue ser insuportável e ao mesmo tempo envolvente porque a cada página que passa você fica mais interessado na história da Christiane e torce pra que ela consiga sair do mundo das drogas.
Li o livro em um dia e no início já é bastante triste ver como uma criança era espancada tanta vezes muitas vezes sem ter nem um motivo pelo seu pai, além disso, uma coisa que eu percebi e senti no livro bem no início que ele é um crítica não só para a negligência da família mas pra situação urbana em que conjuntos habitacionais não tem condições mínimas de lazer para crianças e como isso somado a ausência da família reflete na vida de Christiane. Acho que o ponto principal do livro que a cada capítulo mostra ela mais envolvida com as drogas e com a prostituição é o triste sentimento que ela não tem nada a perder, nada na vida tem sentido e as drogas é apenas uma fuga da realidade. Gostei muito do livro e de como foi escrito tendo a visão da mãe dela e de outros personagens sociais ao redor de Christiane, apesar de ser muito triste e insuportável.

site: https://www.youtube.com/watch?v=4TITz9oNmp8&t=3s
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Waleska 31/07/2021

Christiane F. 13 anos
Foi o primeiro livro "grosso" que li, saindo das coleções infanto juvenis. Por isso ele é tão importante em minha formação de leitora. Tinha exatamente 13 anos quando o li pela primeira vez e por isso o título me chamou atenção, depois a história, não dava nem para dormir, me prendi totalmente nele que em menos de 2 dias finalizei. Hoje tenho a visão clara de como poderíamos salvar tantos jovens (e a nós mesmo) dando uma melhor educação, cultura, esportes, enfim, ocupação de qualidade com apoio social. Investimento nessas áreas resultaria em baixos índices de violência, abandono e diversos crimes.
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Catharina.Mattavel 01/09/2020

Visceral e intenso
Eu, Christiane F., treze anos, drogada, prostituída... Que baita título, não? Um livro sobre a perda da inocência, sobre drogas, violências e prostituição que te leva a encarar a realidade de uma jovem que conheceu uma parte do mundo diferente do que muitas garotas aos 13 anos conhecem. A história aqui se passa através de um depoimento no tribunal da Christiane, escrita por dois jornalistas que possuíam grande interesse na história da jovem.

Conhecemos toda a juventude problemática da protagonista em Berlim, passando por questões intensas na família que aos poucos foi levando a jovem a conhecer um caminho destrutivo. São pequenos fatores que vão sendo costurados ao longo das páginas, o contexto social e cultural que também contribuem para as "escolhas" de Christiane.

É interessante que o livro nos contextualiza o que era ser adolescente naquele época, naquele lugar e o que era o mercado das drogas. Por ser menos de idade, é acusada de consumir substâncias e misturas químicas proibidas por lei e pela prostituição. Temos a visão também da mãe de Christiane, de psicólogos e policiais que passaram pela vida dela em algum momento.

História que provoca empatia, te leva a pensar o que você faria no lugar desta jovem que passou por tanta destruição e negligência. O tipo de narrativa que pede ao leitor um coração aberto, sem nenhum tipo de julgamento moral. É assim que deve se embarcar neste relato necessário, doloroso e visceral.

Li esta obra há muitos anos atrás, e mesmo naquela época, me pegava pensando na auto degradação que o ser humano se sujeita como válvula de escape de seus problemas e de sua realidade. Já vi isso muito de perto, então com certeza foi uma leitura que mexeu e mexeria ainda hoje em dia.

Os acessos de raiva, amores, ódios e sentimentos pessoais são descritos de forma intima e sincera, sem romantizações, ou censuras. Até as crises de abstinências são presentes. Tudo isso torna a experiência de leitura nada fácil mas necessária.

site: https://www.instagram.com/p/CD9y6yGjUzx/
Amanda 05/09/2020minha estante
Lembro de ter ficado tão impactada por esse livro! Tenho a nova biografia dela




Samysx 11/07/2023

Por favor, mamãe. Eu realmente quero parar..
A Frase que eu cansava de ler no livro, era de Christiane falando de como aquele mundo onde ela se afundava, era horrível e imundo. A questão levantada por mim foi que, a Christiane poderia até querer sair desse mundo onde ela se encontrava (e que se encontra até hoje. Para quem procurou saber sobre a vida dela, sabe que até hoje, Christiane ainda é dependente de drogas), mas por causa das pessoas a sua volta, mais especificamente do seu namorado na época, Detlef, nunca conseguiu.
Detlef era um viciado em heroína e não ajudou muito Christiane a se desintoxicar. A leitura do livro se baseia no ciclo vicioso que é a vida de Christiane e seu relacionamento deplorável, que para ela, eles saíram da dependência juntos. O que nunca aconteceu. Não entrava na cabeça de Christiane que Detlef, assim como ela, era um viciado e se não parasse sozinha de se drogar, não seria Detlef que a ajudaria.
Christiane e centenas de milhares de crianças e adolescentes se afastaram de nosso mundo por decepção, porque os adultos não lhes souberam oferecer imagem de uma comunidade humana em que eles tivessem seu lugar, à qual eles gostariam de se integrar e na qual encontrassem compreensão e calor.
Na maioria das vezes, são crianças como Christiane, particularmente sensíveis e cheias de dignidade que, em consequência do fracasso da geração de seus pais, refugiam na marginalidade.
Allencar0 11/07/2023minha estante
É tudo sobre quebrar ciclos ?




Ludmilanog 14/04/2024

"Vou me matar porque um viciado não dá nada aos seus pais e amigos, a não ser aborrecimentos, preocupações e nenhuma esperança. Ele não destrói somente a si mesmo, mas destrói também aos outros.[...] Fisicamente não passo de uma ruína. Ser drogado é o fim de tudo. Mas o que leva a isso seres jovens e cheios de vida? Gostaria de advertir a todos aqueles que um dia ou outro se perguntam: 'E se eu provasse?' Olhem-me, olhem em que me transformei, pobres cretinos."
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