Era uma vez uma mulher que tentou matar o bebê da vizinha

Era uma vez uma mulher que tentou matar o bebê da vizinha Liudmila Petruchévskaia




Resenhas - Era uma vez uma mulher que tentou matar o bebê da vizinha


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Rafa 27/03/2021

Contos a cantos
"Era Uma Vez Uma Mulher Que Tentou Matar o Bebê da Vizinha". Me interessei por essa obra justamente pelo título, mas ir com muitas expectativas pode não ser uma boa ideia. O livro de Liudmila Petruchévskaia é uma reunião de diversos contos dividido em 4 parte, o que é uma proposta extremamente interessante.
Porém, Liudmila faz um livro pouco fluído. Como são contos, alguns são muito bons (um salve para o Higiene) e outros, obviamente, não. Alguns são de uma leitura muito parada, mas no final acaba sendo uma leitura interessante.
Confesso que esperava terror, mas poucos contos seguem essa narrativa. É um livro que envolve histórias fantasiosas, mas também alguns são vivências em uma Rússia (antiga União Soviética) difíceis.
Os contos como "A vingança", "Higiene" "A menina-nariz" compensa alguns como o "O segredo de Marilena".
No final vale a experiência e quero conhecer mais da autora.
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Samuel539 07/11/2021

Sobre as diversas formas de amar e suas consequências
"É verdade, ele ficava calado a respeito daquele coração cru que teve que comer para que ela não comesse."
E a surpresa do ano vai para esse livro muito doido, que amei demais. São vinte e quatro contos, e eu não diria que todos são assustadores, isso da capa engana. Porém, os contos possuem elemementos estranhos, e não procure lógica, cada conto é uma experiência diferente. Um prato cheio para quem gosta de Gógol e Tchekhov, pois é perceptível a influência desses dois escritores.
Meu conto favorito foi "a lanterna", em que uma jovem, a caminho de casa a noite, se perde porque estava seguindo uma luz, e achou que fosse o caminho certo. Foi clichê? Foi, mas como diria Maria José: "Ó meu ombro, ó, sobe e desce, sobe e desce".
Obs: O livro é dedicado ao amor, então em cada história você tem uma manifestação diferente dele: por alguém ou por algo. Até que ponto o ser humano consegue amar?
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Juju 29/09/2021

não é assustador mas a autora cria uma atmosfera de miséria em algumas histórias que é meio sinistra
talvez eu seja meio burra mas não entendi alguns contos
tbm
meus contos favoritos foram:
- praticamente todos de "Réquiens" sendo o conto mais daora "tem alguém em casa"
- o sobretudo preto
- a história do relógio
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Manu 30/10/2020

Esse livro com enorme título é uma antologia: alguns contos curtíssimos, entre 2 e 3 páginas, alguns pouco maiores, somando 21 histórias. A autora, Liudmila Petruchévskaia, tornou-se célebre no território russo, após suas obras terem sido banidas da União Soviética, só tendo sido publicadas ao final do regime, quando a autora beirava os 50 anos de idade.
A forma de contar de Petruchévskaia é diferenciada: a autora utiliza da oralidade como marca registrada em todos os contos. No início causa uma estranheza, e ela não sumiu para mim. A autora também utiliza elementos alegóricos muito fortes: há a magia, a fantasia e o inimaginável para explicar elementos presentes na vida de muitos cotidianamente: a fome. o padrão estético, a solidão, a morte. A própria celebração da morte, mas também a celebração da vida. É fato registrado que, nas entrelinhas, há duríssimas críticas ao regime soviético. Mas ao mesmo tempo em que há dureza, há uma sutileza infantil. É quase como a justificativa que é dada às crianças quando elas questionam de onde vêm os bebês, e a reposta dos adultos é: "a cegonha carrega eles até as casas dos futuros pais". É uma alegoria num elemento real, uma inverdade que traz em seu contexto um situação totalmente verdadeira.
Apesar de tudo isso, não me encantei pelo livro. Já fui com expectativas moderadas, e assim elas foram atendidas. Entendo totalmente a consagração de Liudmila, mas ao mesmo tempo tive um distanciamento forte com a escrita, não acontecendo o "brilho nos olhos" que tantos livros me trazem.
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@versaoleitora 21/06/2020

Minha experiência de leitura
Um livro de contos russos divididos em quatro partes: Canções dos eslavos do leste, Alegorias, Réquiens e Contos de fadas, somando um total de 21 contos. Confesso que logo nos primeiros já me senti perdida, sem saber se eu tinha entendido o que a história queria passar, e isso me incomodou um pouco. Até cheguei a procurar a interpretação deles na internet mas não consegui encontrar. Porém, a partir de "Uma saudação materna" foi tudo ficando mais claro. A narrativa direta da autora passa uma sensação de que os fatos simplesmente ocorriam, e até em seus desfechos surpreendentes, o clima da história ainda era suave e normal. Arrisco dizer que até mesmo um pouco frio.
Apesar disso, quando vamos avançando na leitura já temos uma ideia do que esperar. Aceitamos a presença da morte como pessoa ou uma entidade que interage com o mundo dos vivos, aceitamos a presença de personagens que são sobrenaturais que interferem na "vida real", e outros elementos semelhantes a esses.
Tentei ler um conto por dia para ter tempo de absorver as mensagens e interpretá-los de ângulos diferentes. Encontrei meus contos favoritos em "Alegorias" e "Contos de fadas", e digo que apenas uma mente brilhante e fora dos padrões poderia escrever essas historias de forma tão direta e ainda conseguir nos comover de uma maneira tão profunda.
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Carol 04/07/2022

Impressões da Carol
Livro: Era uma vez uma mulher que tentou matar o bebê da vizinha {2013}
Autora: Liudmila Petruchévskaia {Rússia, 1938-}
Tradução: Cecília Rosas
Editora: Companhia das Letras
268p.

Liudmila Petruchévskaia é uma das autoras contemporâneas das mais intrigantes, não apenas por sua prosa afiada, mas também por sua persona. Assistam ao vídeo dela cantando "Only You" na FLIP 2018 e me digam se ela é ou não é um espetáculo =)

Os contos reunidos neste "Era uma vez uma mulher que tentou matar o bebê da vizinha" nos dão um vislumbre do seu estilo literário intrincado. Fábulas místicas, de terror, histórias nas quais a linha que separa o real do inaudito é bem tênue.

Narradores não-confiáveis, espaços claustrofóbicos, distópicos, conflitos familiares, o bizarro do cotidiano, guerra e fome à espreita, mas, sobretudo, narrativas de esperanças possíveis, de uma religiosidade não-institucionalizada, calcada na tradição do povo russo, ecos gogolianos.

Para Petruchévskaia, o não-dito ressoa mais do que o exposto. Assim, seus contos demandam uma leitura mais vagarosa a fim de superar o estranhamento inicial e acessar camadas recônditas, como neste trecho de 'Tem alguém na casa', que trata de uma conturbada relação mãe e filha:

"O piano também tem uma história. A menininha havia aprendido a tocar nele. A mãe insistia. Obrigava a menina, fazia com que sentasse ali. Não deu em nada. A teimosia venceu. A teimosia com a qual uma pessoa se defende da vontade alheia. Protege sua vida. Mesmo que essa vida acabe sendo pior do que a que alguém planejou, mais pobre, mas é sua, não importa qual, mesmo sem música, sem talentos. Sem audições familiares para parentes. No entanto, também, sem o sofrimento desnecessário porque alguém é melhor. Mamãe sofria muito que outras crianças fossem mais talentosas que a filha dela. Essa filha muitas vezes se vingava da mãe tornando-se totalmente imprestável do ponto de vista das duas." p. 119.

Releitura para o Clube do Livro Russo, mediado pelo @litrussa (perfil do instagram), só me fez admirar ainda mais a autora.
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@livrosdelei 03/01/2021

Contos de terror super curtinhos e de alta qualidade!
?A morte anda por onde não há juiz ? e a morte se instalou na cidade. Gente espancada morria, na rua ou na famosa floresta do Paraíso, e não havia julgamentos ou investigações. Todos tinham medo de buscar a verdade, ninguém se queixava por roubo ou furto. porque as próprias pessoas que haviam apresentado a queixa eram presas e levadas para fora da cidade?. Página 144.

Pensa em contos russos, curtos e de terror super bons. Se você parou para pensar, com certeza deve ter lembrado da Liudmila Petruchévskaia! Que livro interessante.

Vale recordar que Liudmila foi muito censurada pelo regime da União Soviética, além de ser, atualmente, uma das escritoras contemporâneas mais proeminentes da Rússia e uma das escritores mais aclamadas de todo o leste europeu, sendo considerada uma das melhores escritores russas vivas (comparada à Poe e Gógol).

Como ela era muito censurada, você não vai encontrar palavras como ?comunismo? na obra, mas sim uma descrição completa da situação de pobreza e solidão que as pessoas viviam durante o período soviético. Eu senti que a questão do machismo e angústias femininas aparecem bastante em alguns contos.

O livro é um conjunto de contos curtos de terror e com uma forte pegada política. Ele é dividido em 4 partes: Canções dos eslavos do leste, alegorias, réquiens e contos de fadas. Você consegue notar que a escritora tenta recuperar muitos elementos do folclore/contos de fada russo e trata de questões sinistras que muita gente pode se identificar (como aquela sensação de Poltergeist dentro de casa quando se está sozinho?).

São contos realmente assustadores e com finais bastante surpreendentes. Aquela sensação de ler os grandes clássicos russos permanece por conta da escrita de Liudmilla, só que se torna bastante especial ao tratar de temas do nosso mundo atual.

Os meus contos prediletos foram: ?A vingança?, ?Higiene?, ?Tem alguém em casa?, ?A menina nariz? e ?O segredo de Marilena?. Esses contos falam da relação de duas vizinhas (na qual uma delas quer matar o bebê da outra), de magia envolvendo um nariz horrível em uma mulher e uma maldição que juntou duas bailarinas em uma só pessoa.

Eu indico para todo mundo que quer conhecer uma escritora russa super boa e que curte sentir um medo na leitura.
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Elineuza.Crescencio 17/01/2023

Contentamento, desespero e esperança.
Leituras de Janeiro 2023 - 6 – 6
Título: Era uma vez uma mulher que tentou matar o bebê da vizinha
Autor: Liudmila Petruchèvskaia
País: Rússia
Páginas: 268
Editora Companhia das Letras – SP - 2013
Avaliação: 4/5
Término da leitura: 16/01/2023

Autora
Liudmila Petruchèvskaia nasceu em 1938 em Moscou, onde mora até hoje.
Sua obra foi banida na União Soviética e só publicada após a Perestroika, quando a autora já tinha quarenta e nove anos e sua obra tornou-se muito respeitada.
Petruchévskaia assina mais de quinze volumes de prosa e também é reconhecida como dramaturga: desde os anos 1980, suas peças vêm sendo encenadas pelas melhores companhias de teatro da Rússia.
Em 2002, recebeu o prêmio Triumph, o mais prestigioso do país, pelo conjunto de sua obra.
Aqui no Brasil tem também traduzida “A menininha do Hotel Metropol” publicada em 2020.

Temática do livro
Apresenta vinte e um contos divididos em quatro temáticas: 1. Canções dos eslavos do leste; 2. Alegorias; 3. Requiens e 4. Contos de fadas.
Os contos falam de temores que tocam o âmago do ser humano com narrativas dos temores sobre psicológicos da maternidade, da paternidade, da vida e da morte.
Em alguns momentos a autora remete a situações passada na União Soviética antes da Perestróika.
Há contos tristes e outros de grande contentamento e esperança.
Esse foi o primeiro contato que tive com a autora e gostei bastante.
Em 2018 foi uma das celebridades que compareceram a FLIP aqui no Brasil.
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Evelyn529 25/07/2023

Não consegui terminar
O livro não é ruim, longe disso. Tem histórias boas e assustadoras. O que me incomodou é que tem muitas histórias cansativas também, muito confusas. Mas acho que o problema foi eu sendo lenta e não entendendo a história.
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Lua 13/02/2022

Bem chatinho
Um livro só de contos... Fiz força pra terminar isso. Não é de terror e é bem sem graça. Pior do que isso só os contos dos irmãos Grimm.
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Yuri 01/05/2022

Tapeado pela editora
O livro é interessante, porém a editora engana, esses contos não são de terror, são estórias com elementos mágicos, falam das faces do amor, sofrimento, fome, morte... São contos para adultos pelas lentes da escritora russa.
Há escritos muito bons e alguns desordenados, ficando difícil para acompanhar o raciocínio da autora em certos momentos.
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Medusa 03/11/2021

Gostei
Eu li sem saber do que o livro se tratava (faço isso com todos os livros, assim não crio expectativas e não as quebro) gostei bastante, alguns contos dão sono, mais outros achei bastante interessante
Contos que eu gostei:
? A vingança, 15
? Uma saudação materna, 22
? Higiene, 29
? A menina nariz, 40
? O milagre, 61
? A casa da fonte, 93
? tem alguém na casa, 117
? a mãe repolho, 145.
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