A Cidade de Bronze

A Cidade de Bronze S.A. Chakraborty




Resenhas - A Cidade de Bronze


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Gabriela.Mello 26/04/2023

Merece os títulos que tem?
Um dos melhores livros de fantasia que li em tempos recentes! Chakraborty consegue manter exatamente o nível necessário de informações para manter um mistério e dúvidas. Desenvolve bem os personagens e faz com que sejam complexos e mais humanos.
Tive uma certa dificuldade com os termos, vestimentas e arquiteturas árabes, mas foi interessante pesquisar e conhecer mais
Estou ansiosa para ler o segundo!
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Ivy (De repente, no último livro) 20/12/2022

Cidade de bronze
Finalmente consegui conferir esse livro, ele estava na minha TBR há mais de 2 anos e eu morria de preguiça de ler, por conta da quantidade de páginas (não sou dos calhamaços) mas valeu a pena. Eu gostei de Cidade de Bronze, é um livro bem construido, com um fundinho religioso (baseado na cultura muçulmana) que a mim me encanta, e os personagens começaram bem interessantes, a ambientação do Cairo, me chamava tanto a atenção e depois esse cenários dos djinn foi viciante. Porém não deu pra dar 5 estrelas pro livro, não desta vez. A autora meio que constrói um triângulo amoroso que eu, sinceramente, desgostei. O Ali não conseguia me conquistar, muito Mister Perfeito. Por outro lado o Dara foi interessante, um personagem cheio de nuances e surpresas que infelizmente merecia seu ponto de vista e não teve (espero que no próximo livro tenhamos algo assim). A Nahri começou ótima,mas depois achei que vai regredindo, ficando meio clichezinha, sei lá, esperava me surpreender mais com ela, no começo dava essa impressão, tão destemida.
A ambientação é boa, a trama é rica em informações e tradições, e final deixa a gente mega curioso pra seguir acompanhando porque fica muito em aberto, e vários possíveis possibilidades para cada personagem. Apesar de ser um ótimo livro, não me conquistou por completo AINDA, mas pretendo seguir lendo os livros da trilogia, o contexto todo é muito bom e tenho expectativas de que ainda vai melhorar muito do que em princípio não me agradou.
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Clara 20/06/2022

Conhecendo Daevabad
Um aviso importante se você for ler: Jamais, em HIPOTESE ALGUMA, leia a última página do livro antes da hora, caso contrário você pegará um MEGA spoiler que poderá estragar toda sua experiência de leitura.

Conheci A Cidade de Bronze pois sempre mencionaram a semelhança do livro com A Rebelde do Deserto e admito que existe semelhanças: Protagonistas com condições de vida semelhantes além de serem brabas, a região da história se passar no mesmo território (Norte da África e territórios Árabes), além de ter uma "religião"/crenças semelhantes e conter palavras dessa cultura. Fora isso, A Cidade de Bronze acaba sendo mais denso e um tanto mais rico que A Rebelde do Deserto.

Além disso, apesar dos vocábulos diferentes já que no final do livro há uma parte com a explicação do vocabulário e isso facilita a leitura, a história apresenta uma riqueza de detalhes e a trama política do livro é bem desenvolvida. O melhor de todo esse livro, tirando os inúmeros surtos que vão desde as cenas de ação e reviravoltas desde as cenas de certos casais, é que conhecemos todo esse mundo através da protagonista a Nahri, que assim como nós está tendo que vivenciar tudo isso pela primeira vez, como também está conhecendo todo esse reino.

Contudo, nem toda a história é narrada pela Nahri, nós também temos a visão do Alizayd que é um príncipe e que já vive em Daevabad, o que acaba nos trazendo uma outra perspectiva e já vendo os conflitos e o comportamento dentro dos portões do reino. Contudo devo avisar que os capítulos dele podem dar uma desmotivada (eu mesma quase desistia, mas pela Nahri me mantive)

Além de uma belíssima capa, A Cidade de Bronze é um livro que vale a pena conhecer essa cultura e principalmente os personagens. E o final, simplesmente me deixou tão louca que foi por conta dele que fui direto pro segundo livro.
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Dany 29/12/2021

Só tenho uma coisa a dizer: Que personagem chato é esse Ali, quando a narração chegava nele, só tinha vontade de pular. Esse é o meu problema com as leituras, me fixo tanto em algo que não gostei no livro, que não consigo falar de outra coisa. Por mim tirava todas as partes do Ali.
Será que no segundo, vai ter ele tanto assim?!
Não consegui enxergar, nem romance, química, física ou qualquer outra coisa com a Nahri.
Lara 14/02/2022minha estante
Nossa tô me sentindo MUITO assim com o Ali! Tipo os capítulos da Nahri são muito fluídos e eu sempre para de ler nas do Ali


Dany 14/02/2022minha estante
Todas as partes dele eram chatas, não foi um personagem convincente.




Matheus 19/12/2023

Até Tolkien teria inveja desse livro
Livro: A Cidade de Bronze
Autor(a): S.A. Chakraborty
Faixa etária: +16
Nota: 5/5 favoritado

Quando alguém pedir uma recomendação de high fantasy eu não vou mais dizer outra coisa senão esse livro. "A Cidade de Bronze" é o primeiro volume da trilogia de Daevabad, escrita pela autora S.A. Chakraborty e eu nunca esperaria ter feito uma leitura tão prazerosa como essa parar concluir o meu ano de leituras.

Nahri é uma moradora no Cairo e ganha a vida enganando viajantes fingindo que pode curá-los, ou, ao menos, ganhava. Sua vida mudou no dia em que, presidindo mentirosamente um ritual religioso, invoca um djinn acidentalmente. Dara, o djinn, mostrará a Nahri as pistas sobre o seu passado e a levará para a misteriosa Daevabad, onde o sangue de seus antepassados será bem valorizado.

Por outro lado, temos Ali, o príncipe de Daevabad. Filho de Ghassan, um rei totalitarista e preconceituoso, Ali busca ideais revolucionários para a justiça dos shafits - seres de sangue mestiço entre djinn e humano - os quais estão sendo massacrados pela coroa de Daevabad. Juntos; Nahri, Ali e Dara estarão indo para um caminho perigoso, o qual eles nem mesmo desconfiam.

De início, eu queria falar que essa trilogia me tirou de uma ressaca literária de cinco meses. Eu fiquei impressionado com a capacidade da autora de escrever algo indiscutivelmente bom e que, mesmo carregado de nomes difíceis e detalhes culturais, consegue manter o leitor interessado a um nível absurdo.

S.A Chakraborty é um gênio. Foram muitas as vezes em que eu ri de mim mesmo por estar entendendo o que eram djinns, daevas, ayaanles, zuhlfiqaris, Nahids e muitos outros nomes igualmente complicados que a autora consegue encaixar os significados na mente do leitor perfeitamente.

Os personagens... não há o que falar. Nahri é a típica protagonista badass que rouba seu coração e qualquer coisa dourada que encontrar no caminho. Ali é... indescritível, um príncipe perfeito, uma manga rosa no meio de um cesto de manga podre. E Dara... olha KKKKK um anti-herói que eu - como um leitor atualmente no terceiro livro da saga - ainda tenho muito a decidir.

Nunca tirarei da minha cabeça o quanto seria perfeita uma adaptação dessa trilogia. Os ambientes são maravilhosos, a fantasia é bem desenvolvida e surpreendentemente cinematográfica, os personagens são maravilhosos e os plots são de tirar o chão. Netflix, Prime Video, reajam!!

Recomendo DEMAIS essa trilogia para absolutamente todo mundo que ama fantasia e está disposto a se desafiar para uma leitura mais densa mas que, no entanto, mantém um padrão altíssimo de qualidade ao longo de cada capítulo. Leiam A Cidade de Bronze URGENTEMENTE e depois a gente se fala.

Repost: 10/05/24
RafaelaLindaperfeitaduarte 19/12/2023minha estante
MLR LIVRO FALA MSM????


Juan199 19/12/2023minha estante
Doido pra ler


Ynnay@! 24/12/2023minha estante
Tem personagens lgbt nesse livro?


RafaelaLindaperfeitaduarte 24/12/2023minha estante
Tem sim,mas n são muitos são bem poucos na vdd




andreza 30/12/2022

muito bom, mas não me apeguei a muitos personagens, a quase nenhum na verdade, até pq ainda não sei de que lado ficar e isso pra mim tornou o livro muito real e os personagens mais palpáveis, pq ser humano não é sempre bom nem sempre ruim, nem sempre é autruista mas também nem sempre é egoísta, apesar disso não sei se vou continuar com a trilogia não, apesar do epílogo ter né deixado muito muito curiosa
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Ley 28/08/2021

Eu não consigo mais para de pensar nesse livro
A Cidade de Bronze é o primeiro volume da trilogia Daevabad, um livro com bastante páginas, mas que consegue fisgar a atenção do leitor. Seu enredo baseia-se, em grande parte, na mitologia islâmica, construindo uma fantasia única, com enormes críticas empregadas no contexto. Ele inicialmente retrata o Cairo há alguns séculos atrás, bem quando havia algumas disputas, mas o cenário logo sofre uma mudança.

Nahri, uma moradora do Cairo, leva a vida trapaceando, mas também esconde alguns detalhes curiosos a seu respeito. Ela tem afinidade de cura, consegue identificar várias línguas e rapidamente aprendê-las, mas desconhece suas origens. Nahri viveu fugindo e tentando sobreviver, e é assim que seus dias são até o momento.

Ao fazer um ritual do qual não acredita, ela acidentalmente conjura um guerreiro djinn. Sua vida muda a partir daí, quando descobre que há um mundo com outros seres comuns na mitologia que conhece, entre outros, e que ela mesma pode fazer parte deles. Nahri e o guerreiro que invocou partem em uma viagem para levá-la à cidade onde residem outros como ele.

A desconfiança sobre a natureza de Nahri é questionada frequentemente pelo guerreiro, e para quem está lendo, pode sentir uma certa dificuldade em se situar, mas passamos a descobrir mais sobre esse novo mundo graças a curiosidade de Nahri. A viagem dos dois também é pontuada por uma tensão crescente. No início, é comum ver a hostilidade do guerreiro ser mais acentuada, mas nem sempre entendemos o motivo. A perspectiva de Nahri permite que tomemos as mesmas impressões, de modo que comecei a me afeiçoar a eles conforme essa convivência se tornava mais natural.

Também interpretei essa tensão como uma possível abertura para um romance, já que uma boa primeira parte do livro é destinada para acompanharmos o progresso dessa viagem e a relação dos personagens. Depois de chegar mais adiante na leitura, concluí que esse tempo juntos serviu bem para criar algo ali, mas conforme lia, percebi que tudo é bem mais complicado que isso.

Nahri possui o centro da narração por várias páginas, contudo outro personagem ganha rapidamente atenção. Ali, um príncipe dos djinns, é um jovem guerreiro que tem uma ideologia diferente da sua família e das pessoas ao seu redor. Ele aparenta ser um príncipe ingênuo a princípio, devido às suas decisões impensadas e falas que causam bastante impacto. Não foi de imediato que concluí isso. Ali tem pensamentos que demorei para entender porque toda a fantasia envolve bem mais política do que parece, e as decisões tomam um peso maior quando entendemos seu verdadeiro significado.

Ali tem uma atenção destacada pela autora, evidenciando que ele também é um personagem importante, dividindo o protagonismo com Nahri. Ao contrário da conexão que senti com Nahri desde o início, demorei para me apegar de verdade a Ali, mas acho que um grande motivo foi a falta de entendimento de suas falas no início.

Enquanto acompanhamos Nahri e o guerreiro viajando para Daevabad, conseguimos saber o que está acontecendo na cidade através da perspectiva de Ali. O lugar é um dos pontos centrais de toda a história, devido a história que cerca a natureza dos djinns. Tal história é sangrenta e chocante a cada vez que conhecemos mais detalhes.

O sistema de magia do livro é fenomenal, resgatando seres mitológicos com histórias, guerras, e princípios que deixam o leitor ávido para saber mais. Além da cidade, os próprios personagens são pontos que intensificam o interesse do leitor. A maioria deles possuem pensamentos deturpados, idealizados em ódio, e empregados em um sistema de leis que favorece uns e fere outros.

Há toda uma hierarquia envolvendo djinns, tribos, costumes e poderes. A intriga política é tão intrincada que mal consigo por em palavras o quanto esse livro pode empolgar e estraçalhar o coração do leitor. Aos poucos tudo começa a fazer sentido, mas nem tudo é bonito de se ver. A história é sim empolgante, contudo as questões sociais envolvidas transforma alguns personagens em monstros que é difícil de acompanhar.

Grande parte das intrigas presentes na obra são pelo passado sangrento, resultado de guerras entre tribos djinns. O abuso de poder, favorecimento, morte e discursos de ódio estão sempre envolvidos para tentar justificar uma guerra onde apenas o ganhador sairia bem. As consequências depois de anos e anos de guerra e pessoas silenciadas são desastrosas. A protagonista, que viveu no mundo dos humanos esse tempo todo, é jogada no meio disso tudo, tendo que conseguir novamente sobreviver com novos meios.

É um livro que traz sentimentos extremamente dolorosos. Djinns com cargos de proteger outros e reger tribos, não o fazem. Várias falas são permeadas de hipocrisia em que não dá para defender todos os lados. Há injustiça por toda parte, mas ela é mais presente quando se trata de seres classificados inferiores, segundo a maioria dos djinns.

A natureza de Nahri é uma incógnita que torna toda essa intriga ainda mais estreita. Conforme os princípios do guerreiro invocado pela protagonista se tornaram mais evidentes, acreditei que as coisas fossem acontecer de um modo diferente, entretanto isso também não é nada simples de ser resolvido. A história não resume-se a apenas um casal de enemies to love que terão que superar várias fases para ficar juntos. A princípio realmente pensei que seria algo mais ou menos assim, mas fui surpreendida a cada novo aspecto discutido na trama. Os personagens têm relações que serão trabalhadas, mas tudo rege-se em torno da política, tribos, costumes e hierarquia de Daevabad, criando uma imensa rede complicada de escapar.

A história me trouxe diversos sentimentos, inclusive o puro desespero por contemplar a impotência de alguns personagens na história e a grande desigualdade social. Os acontecimentos são brilhantes, reflexivos, com uma junção da mitologia islâmica e seus vários seres. Há muita representatividade não branca, também discussões sobre discriminação entre tribos por conta disso. A verdade é que não consigo parar de pensar nesse livro e me apeguei a ele de modo irreversível. Os pontos discutidos foram incríveis, assim como uma fantasia que eu precisava.

site: https://www.imersaoliteraria.com.br/2021/08/resenha-trilogia-daevabad-cidade-de.html
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dragonrider 14/07/2021

A Cidade de Bronze
Definitivamente uma surpresa esse livro todo. A história, narração e eventos são bem interessantes. Um ponto positivo é a cultura, bem como os problemas sociais que são apresentados.

Infelizmente eu levei tempo demais lendo. Os capítulos são enormes e eu desisto fácil... O começo foi bem lento e só comecei a ter um ritmo bom de leitura lá pela página 300.

Uma coisa que eu gostaria que tivesse no livro seriam notas de rodapé com as traduções ou explicações de termos. Sei que é um livro, tecnicamente, de ficção e não é comum, mas eu me sentia bem perdida e normalmente pulava as coisas. E o glossário no final do livro é meio ruim, já que eu descobri que existia ao finalizar a leitura :)

No fim o que tiro desse livro é: não sei Árabe, não li nenhum nome certo e não confie em absolutamente ninguém no livro.
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Gabi 03/06/2020

Perfeito!
Vou ter que enviar msg pra editora Morro Branco implorando pelo segundo volume desse espetáculo de livro. Rico em mitologia, fantasia, detalhes. Nahri é uma personagem feminina forte, que lutou pra sobreviver sozinha nas ruas do Cairo. Dara é o meu amor todinho. Que personagem incrível e fantástico. Arrogante, poderoso e protetor. O final, o grito que eu dei. Preciso dessa continuação pra ontem. Ali me irritou bastante no começo, muito imaturo e indeciso, mais o desenvolvimento dele ao decorrer foi maravilhoso. A amizade entre Ali e Nahri me deixou de orelha em pé, e é algo que estou louca pra saber se terá continuidade no segundo volume. História muito bem desenvolvida e personagens únicos.
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Gu Vaz 17/06/2021

Um mundo totalmente rico
As descrições são bem detalhadas, a cultura é rica e os costumes muito curiosos, além de uma mitologia de tirar o fôlego. Achei corajoso, não sei se intencional ou não, da autora tornar os personagens muito dúbios, você sabe que houve e haverá um conflito, mas ainda assim fica totalmente nebuloso para qual lado torcer plenamente.
Nahri é uma protagonista corajosa e fascinante, mas no final do livro senti uma certa incoerência com ela e com outros personagens que permeiam a trama, como Dara e o chato Ali. Achei o final meio inconsistente, mas não estraga em nada a história e as intrigas políticas de uma tribo muito suspeita.
Rah 18/06/2021minha estante
É +16?


Gu Vaz 19/06/2021minha estante
Olha, acredito que não seja. Há violência e romance, mas nada explícito ou descritivo.


Beto 24/02/2022minha estante
Sua resenha me fez querer muito ler esse livro. Obrigado!




Ari Phanie 18/05/2021

“A grandeza leva tempo, Banu Nahida. Em geral, os mais poderosos têm os princípios mais humildes”

A Cidade de Bronze estava na minha estante desde 2019, esquecido. Eu estava saturada do gênero fantasia, ainda estou, e me aventurei apenas em raras exceções, principalmente naquelas afastadas do molde eurocêntrico ou que me pareceram não ser jogadas de marketing para atrair certo tipo de leitor. Mas mesmo se tratando de uma fantasia que se encaixava nas minhas exigências atuais, eu tive que me obrigar a colocar ele na minha meta desse ano, e sinceramente, não esperava NADA dessa belezinha, mas estava na torcida pra não ser outro desperdício do meu tempo. E estou aqui agora felicíssima pela S. A. Chakraborty ter me surpreendido de todas as formas possíveis. Bastaram apenas umas poucas páginas para eu me afeiçoar à protagonista e mergulhar na história.

Nahri é o tipo de personagem feminina que eu gosto. Ela é esperta, sarcástica, ousada e cética. É uma ladra e trapaceira de 20 e poucos anos que tira dinheiro de gente rica usando truques baseados em poderes que ela tem, os quais ela não sabe de onde vieram, nem porquê os tem, mas isso não é importante para ela. A única coisa com a qual se importa é ter dinheiro suficiente para tentar ser uma médica de verdade. Mas é em um dos seus golpes que algo sai errado pela primeira vez, e ela acaba conjurando um djinn (na realidade, daeva) e sendo perseguida por um demônio (um ifrit). E é aí que começa a saga de Nahri e as descobertas sobre quem é e de onde vêm seus poderes.

Dara é o daeva que Nahri conjura, e assim como aconteceu com a protagonista, eu gostei do Dara assim que ele surgiu. A expressão “smokin’ hot” se aplica perfeitamente a ele, em todos os sentidos. O personagem é um grande guerreiro, super poderoso, misterioso, feroz, impetuoso e taciturno, com olhos dourados e a pele quente que solta fumaça quando está bravo. E vamos acrescentar ainda que ele é gato. Não sei o resto do mundo, mas eu virei cadelinha do personagem. Não posso dizer que o Dara é um mocinho; ele, na verdade é bem dúbio e eu diria que ele até tem características de anti-herói, tomando algumas decisões bastante questionáveis. Mas eu ainda amo o personagem, e espero que o segundo livro traga mais do Dara e desvende alguns dos seus mistérios.

Nahri e Dara não são mocinhos, mas Ali é. Filho do rei de Daevabad, é com Ali que conhecemos o lugar ao qual Dara e Nahri pertencem, e é aí que a história fica complexa e intrincada. São tantos nomes, termos e tribos apresentados que é impossível não se perder em meio a tanta informação. Mas o principal que você consegue pegar com os capítulos de Ali é que Daevabad é um lugar dividido, onde o principal reinado é o da opressão e injustiça. Os chamados shafits (mestiços descendentes tanto de humanos quanto de djinns) sofrem atrocidades por não terem o sangue puro. São punidos injustamente por crimes que não cometeram, não tem acesso a tratamento médico, tem seus filhos roubados e vendidos, e outras tantas atrocidades que faz Ali se envergonhar e tentar aliviar mais as injustiças. O personagem é bastante idealista e tem um senso de moral admirável, mas ele é também ingênuo em vários níveis, se resigna fácil, mesmo sabendo que está do lado errado e enche o saco com a sua moral de menino pudico. Acho que só fui gostar do Ali bem depois do meio do livro. Ele é fiel à família, e tudo bem, mas a família dele é uó, e ele se sente culpado pelas coisas que acontecem e deseja fazer diferente, deseja um reino pacífico, mas faz muito pouco ou nada pelo povo que tanto ama. Eu torço para que no segundo livro o Ali seja mais firme naquilo que quer, que sabe ser certo, e tome alguma atitude. E cresça também.

Para além da MARAVILHOSA criação de um mundo fantástico baseado na espetacular Mitologia Árabe, e da criação de personagens tão interessantes (TODOS!) e para além de abordar um sistema autoritarista facilmente compreendido e bastante realista, a Chakraborty escreveu uma história com abundância de diversidade. A autora nasceu e foi criada nos Estados Unidos por pais católicos, e isso poderia totalmente influenciar na sua história, mas aqui ninguém é branco e ninguém é americano. Eu confesso, eu achei tudo lindo; fiquei encantada da mesma forma que fiquei quando li Golem e o Gênio. Queria que mais histórias assim fossem contadas, principalmente no gênero fantasia.

Enfim, essa foi a história que eu dei a sorte de conhecer. O começo é difícil de acompanhar com tantas infos para guardar, mas no meio de tudo isso, tem um monte de coisa fantástica acontecendo, um monte de intriga loka, gente traiçoeira e golpes bem no estilo G.R.R. Martin, umas batalhas de acelerar o coração, umas mortes violentas, uns plot twists geniais, tudo acompanhado de uma escrita muito boa para uma, até então, iniciante. Se tornou um favorito, com certeza. Espero mais coisa boa em O Reino de Cobre. Me surpreenda um pouco mais, dona S. A. Chakraborty.
Ander 18/05/2021minha estante
BOAAAAAAA


Ari Phanie 18/05/2021minha estante
Ander, coloca na tua lista. ?


Ander 18/05/2021minha estante
Já está desde quando lançou aqui no BR haha




Kaue.LourenAo 15/05/2022

Proposta interessante, um bom mundo fantasioso e muito boa a construção de personagens, o livro tem pontos altos, mas acho q enrolou em algumas partes.
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Joao.Felipe 22/03/2021

O livro já ganha por introduzir uma mitologia fora do padrão dos livros de fantasia, o livro vai te lembrar muito os contos de mil e uma noites ou o próprio Aladin da Disney pela referência aos Jinns(gênios) .

O world building acontece dentro do nosso próprio mundo mas com boa descrições de alguns povos e cultura diferentes, além de apresentar uma trama político social rica.

Ainda quero ver mais da cultura de outros seres mitológicos, mas acredito que por ser o primeiro livro ela fez um excelente trabalho.

Os personagens me cativaram desde cedo, aqui seguimos a perspectiva de 2 personagens, eu gostei muito dos dois, a verdade é que gostei de todos os personagens que me foram apresentados no livro, todos eles foram convincentes e tiveram um papel importante para o desenvolvimento da trama.

O livro não é 5 estrelas porque embora não tenha achado ele lento, não senti ele acelerar em momento algum pra conclusão da trama, talvez tenha sentido falta de um momento super empolgante, faltou alguma coisa pra as 5 estrelas.

Mas recomento muito, principalmente se você quiser quer experimentar um livro de fantasia com uma mitologia diferente.

4.5
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Gabi 16/03/2021

que livroo-
Conta sobre Nahri, uma mulher que vivia no Cairo, que certo dia ela vai fazer um ritual para curar uma menina e acaba chamando um guerreiro, eles vão ter que fugir de várias criaturas que estão atrás deles.
Bom, eu me apeguei muito a esse universo porque é bem diferente dos outros universos de fantasia.
Os personagens são muito bem desenvolvidos e você acaba se apegando muito a eles.
A escrita da autora é perfeita, descreve os cenários muito bem, mas tem vezes que ela exagerou.
A única coisa que me incomodou foi que os capítulos são MUITO grandes, alguns no começo foram bem cansativos.
O jeito que terminou esse livro me deixou muito curiosa. Já quero ler o próximo
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Analu. 13/10/2021

Fantasia nas areias do deserto
Ainda tô tentando processar o final que em um momento entrei em desespero e no outro não entendi mais nada...é sobre isso ??

Um livro de fantasia BEM complexo cheio de seres, povos, tribos, política, traições, conspirações e um romancinho de leve.
Tive bastante dificuldade de me situar várias vezes, talvez por ter lido ele muito em prestação (levei 3 meses no total) e cada vez que pegava eu demorava pra entender o que tava acontecendo, tive que usar o glossário várias vezes. Em alguns momentos achei bem monótono... podia ter umas 100 páginas a menos tranquilamente. MAS conforme a história vai se encaminhando e o relacionamento do Dara e a Nahri vai desenvolvendo e eles chegam na cidade de Bronze, o livro flui melhor.

Enfim, achei um bom incio de série e os poucos refrescos que teve do casal foram bem aproveitados! Recomendo ?
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