O corpo dela e outras farras

O corpo dela e outras farras Carmen Maria Machado
Carmen Maria Machado




Resenhas - O corpo dela e outras farras


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hippiemusic 16/06/2022

comecei a ler com muita expectativa e acho que foi por isso que eu nao gostei tanto assim. claro, dentre os 8 contos eu gostei bastante dos primeiros mas conforme eu ia lendo foi ficando uma leitura meio chata e os contos igualmente. apesar de tudo, é um livro razoável mas eu nao leria novamente :/
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Cristiane 22/12/2022

Não funcionou pra mim
Parece que nem é a mesma escritora de "Na Casa dos Sonhos."
Nem sei bem o que dizer sobre, só sei que não me agradou. É tudo muito mórbido e da pra perceber os devaneios da autora, devaneios meio preocupantes.
Até tentei gostar, fui até o final do livro, mas não me agradou.
Mas é óbvio que compreendo que nem todos os livros vão funcionar para mim, e que para muitas outras pessoas pode ser uma boa leitura.
É isso... nem sei o que falar.
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Rute31 12/10/2022

O corpo dela e outras farras
?Acredito num mundo onde coisas impossíveis acontecem. Onde o amor pode sobrepujar a brutalidade, pode neutralizá-la, como se nunca tivesse existido, ou transformá-la em algo novo e mais bonito. Onde o amor pode sobrepujar a natureza.?

Que livro poderoso!!

O Corpo Dela e Outras Farras é composto por 8 contos em que as mulheres são protagonistas. São histórias distópicas, insólitas, de ficção científica e fantasia, mas com aspectos claramente relacionados as especificidades de vivências femininas.

A escrita de Carmen é muito gostosa, repleta de metáforas e de imagens que se fixam na mente, como mulheres costuradas em vestidos e fitas em volta do pescoço.

Amei essa leitura, todas as histórias, com destaque pros contos O Ponto do Marido, Especialmente Hediondas (para fãs de Law & Order) e A Residente.

Leiam!
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douglaseralldo 13/09/2018

10 CONSIDERAÇÕES SOBRE O CORPO DELA E OUTRAS FARRAS, DE CARMEM MARIA MACHADO
1 - Potente e acre como o sangue a escorrer, O Corpo Dela e Outras Farras é a pungente seleção de oito contos que têm como unidade tratar das angústias e das tragédias femininas numa literatura tanto lésbica quanto feminista e que desnuda um universo opressor, às vezes até mesmo claustrofóbico, a pressionar constantemente as protagonistas e as habitantes das respectivas narrativas;

2 - Exceto Especialmente Hediondas que discorre sobre 272 visões de Law & Order: SVU por meio de pequenos verbetes, os contos que compõe o livro acabam demonstrando unidade estética ultrapassando as barreiras do insólito, estando mais para o realismo mágico tão presente na América Latina (e nem sempre visto no Tio Sam) que por exemplo, ara o mero horror ou suspense. Na verdade, a narrativa de Carmen parece-me rivalizar e aproximar-se de autores como Cortázar e no Brasil, Murilo Rubião. Aproximar-se no sentido da opção estética, mas distanciar-se porque no caso temos esse realismo mágico, mas também insólito e surreal a trabalhar para as perspectivas e ideologias femininas, opção está que ganha força porque justamente o estranhamento de sua estética é exitoso sobremaneiras quando joga-nos os dramas, dando-nos a melhor percepção da luta feminista;

3 - Vejamos então que trata-se sim de uma obra de forte cunho político, cujo engajamento não e mascarado. Nesse sentido, alguns contos podem soar mais ou menos panfletários, mas estando todos eles, sem exceções ligados ligados às questões do corpo da mulher e cuja percepção mais distópica é justamente a de abordar o quanto independentemente do conto o corpo acaba não sendo tão somente de sua "proprietária", mas algo a instigar a curiosidade dos outros, a sofrer as preços sociais, e não só isso, algo a construir relações conflituosas com a própria mulher, de modo que tais corpos a partir da inserção de elementos insólitos dão vazão para a discussão de comportamentos da contemporaneidade em que se permanece a estabelecer sobre o corpo da mulher diferentes condicionamentos;

+: http://www.listasliterarias.com/2018/09/10-consideracoes-sobre-o-corpo-dela-e.html


site: http://www.listasliterarias.com/2018/09/10-consideracoes-sobre-o-corpo-dela-e.html
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Victor Hugo 06/04/2022

Que é original não tem como negar, mas não gostei das experimentações. Um dos contos é um monte de avaliações de episódios de Law and Order, por exemplo kkkkk
Achei as tramas muito abstratas e com um nível de alegoria, metáfora e sensibilidade que provavelmente não tiver maturidade pra digerir rs
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~Lu 15/07/2023

Não é fácil mas não desista
O livro é composto de várias histórias curtas sobre mulheres e suas relações com seus corpos. É um
livro confuso, violento e em partes, erótico. Sua escrita não é fácil de compreender e não é uma leitura rápida, é daquelas que você precisa de um tempo pra digerir cada uma das histórias e ler de novo e pesquisar e analisar pra entender MESMO. Repito, não é uma leitura fácil mas são histórias intrigantes invocaram emoções minhas enterradas no meu ser, como artista e como mulher.
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gio :) 10/03/2022

esperava mais
Comprei o livro porque gostei muito do primeiro conto (?The Husband Stitch?), porém o restante da leitura foi ladeira abaixo, a cada conto ia ficando mais difícil e os contos menos interessantes. Pode ser porque sou burra? Sim (kkkkkk), mas acredito que se esse for o motivo, a target audience do livro é de acadêmicos literários. É um livro que utiliza muitos recursos (como analogias, metáforas etc) e acredito que dê mais trabalho pra ler e, por isso, talvez um dia o dê mais uma chance e o releia.
Gostei bastante de como o livro retrata diversos tipos de violência que as mulheres sofrem, inclusive tornando a leitura bem perturbadora em alguns momentos, porém achei a leitura maçante e tive dificuldade em entender o ponto por trás de alguns dos contos (de novo, pode se tratar apenas da minha falta de intelectualidade kkkk).
Tábata 14/01/2023minha estante
Me senti assim também. Daqui uns anos leio de novo kkkk




tici 02/09/2023

Finalizado dia 02/09
Só não foi para mim. Todos os contos são sem pé nem cabeça, uma escrita muito chata, e o feminismo que vocês tanto falam só é mesmo presente em alguns, em outros só é algo tão supérfluo e escondido, que parecem algo separado a história que a autora quis jogar pra ter seu lacre. Bem decepcionada.
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Ash 17/09/2023

2 estrelas só pelo esforço
Tava adorando a escrita e mesmo não entendo nada pq tudo é MUITO abstrato, tava disposta a dar umas 3/4 estrelas.
o capítulo/resenha de law & order me deu a dúvida de uma nota mais baixa e o capítulo sobre TA que me fez ter uma crise do 🤬 #$%!& (já q não tinha nenhum aviso de gatilho e LUGAR NENHUM) me deu a certeza de um dois no máximo (e sendo bem positiva ainda).
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Mhayra.Rhara 06/12/2021

não sei direito como resenhar um livro que me tocou tanto mesmo eu não tendo entendido por completo.

a imagem criada ao decorrer dos contos faz jus à obra que mais parece uma colcha de retalhos de experiências de violências nas mais distintas esferas, mas ao mesmo tempo as histórias se conversam de um forma muito sutil, e juntas criam uma verdadeira obra.

eu sinto que tem uma coisa muito peculiar na escrita dessa autora que me faz ter certeza de que realmente tem alguma coisa em comum unindo todas as mulheres, ou talvez nossas experiências só sejam ridiculamente parecidas.

pontos altos: a metalinguagem da protagonista feminina complexa-clichê em ?a residente? e as inúmeras camadas de metáfora em ?mulheres de verdade têm corpos?.
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Maria 15/01/2023

Eu nunca leio com a ganância de terminar logo só por terminar, mas esse aqui eu já não tava aguentando mais. Ao mesmo tempo que não conseguia abandonar, por curiosidade. As premissas são massas e a escrita é muito boa, só que eu achei muito cansativo (leia-se: achei que nunca mais ia terminar de ler o conto que são mais de 200 episódios de Law & Order reimaginados e isso esgotou minha sanidade pro restante do livro, mesmo eu tendo dado uma pausa pra ler em dias diferentes).

O primeiro conto e o conto das mulheres desaparecendo foram meus favoritos. Pensei bastante pensamentos e etc.

?"Uma esposa não deveria guardar segredos do próprio marido", diz ele.
"Não tenho nenhum segredo", digo.
"A fita."
"A fita não é um segredo; apenas é minha."
[...]
"Eu lhe dei tudo o que você sempre pediu", digo. "Não posso ter essa única coisa?"
"Eu quero saber."
"Você acha que quer saber, mas não quer", retruco.
"Por que você quer escondê-la de mim?"
"Não estou escondendo. Ela só não é sua."?
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Maíra 03/10/2021

Um livro sobre o corpo feminino (e todas as violências que o atravessam)
Assim que comecei O corpo dela e outras farras, livro de contos da Carmen Maria Machado, já fui pega no susto por uma das epígrafes do livro: "deus devia ter feito as garotas letais quanto transformou homens em monstros" (Elisabeth Hewer). O primeiro conto, “O ponto do marido”, parece pegar a deixa da citação para abordar uma violência masculina que não se manifesta da forma como nós estamos acostumados a ver. Nele, conhecemos uma mulher que vive com uma fita no pescoço que, segundo ela, não pode ser tirada em hipótese alguma. Todos respeitam a existência dessa fita sem questionar, exceto seu marido, que constantemente demonstra a vontade de arrancá-la, apenas por curiosidade.

Nos contos seguintes, o corpo feminino segue ocupando o papel de protagonista. Atravessando e sendo atravessado por afetos, violências, metamorfoses, cirurgias, mutilações, desejos... Em "Oito bocados", uma mulher faz uma cirurgia para emagrecer e passa a receber a visita de uma criatura estranha em sua casa. Já em "Mulheres de verdade têm corpos", presenciamos uma epidemia inusitada: mulheres por todo o mundo estão começando a perder a materialidade e desaparecer, tornando-se corpos transparentes.

A violência a que estão sujeitos os corpos femininos aparece com força nos dois contos, seja na preocupação com o emagrecimento, na vontade de arrancar pedaços de si mesma para caber no molde da mulher ideal, seja na imagem de mulheres cada vez mais invisíveis, tão invisíveis que se tornam fantasmáticas, perdendo aos poucos a própria humanidade.

Em vários dos contos, também chama a atenção a incidência de mulheres que se relacionam com outras mulheres. Não apenas afetivamente. Temos casais de mulheres, mas também irmãs, filhas, amigas... São mulheres que tendo o próprio corpo atravessado por inúmeras demandas e agressões eventualmente vão buscar refúgio em outras mulheres - ou, em alguns casos, também reproduzem a violência sofrida em suas relações com outras.

O corpo dela e outras farras foi a leitura em que eu mergulhei depois de terminar As coisas que perdemos no fogo, de Mariana Enriquez, e é impossível não traçar um paralelo entre as duas (embora Mariana não se debruce completamente sobre a violência sofrida por corpos femininos). Carmen, ao contrário, parece fazer desse o eixo principal de seu livro, se utilizando de elementos fantásticos e eventuais acontecimentos insólitos para tratar de uma dor que é concreta e real. Afinal, ainda hoje o corpo da mulher é tratado como uma farra, embora poucas vezes nós sejamos convidadas para participar da festa.

site: https://www.mairaferreira.com.br/post/sobre-o-corpo-dela-e-outras-farras-carmen-maria-machado
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joaoderstand 11/01/2021

MUITO mais do que parece
Carmen Maria Machado possui todo o potencial de não apenas se destacar no mar de autores contemporâneos, como de ser a queridinha de muitos. Sua escrita exala frescor e, de palavra em palavra, é capaz de cativar a ponto de chegar ao final com vontade de imediatamente colocá-la no rol pessoal de autores favoritos (entrou no meu).
O Corpo Dela e Outras Farras e um livro com uma série de contos não relacionados entre si, mas que em comum possuem uma natureza que mescla o cotidiano ordinário ao fantástico (e o fantástico aqui que pende ao terror, mais construção de suspense e menos aventura), fortemente galgado no fluxo de consciência das protagonistas e na forma como essas personagens lidam coma realidade que as oprime ao seu redor, questionando a propria sanidade mental de dentro pra fora em face aos próprios padrões de normalidade que se lhe impõem e fomentam esse dilema. E no meio de todos os conflitos, como se fosse mais uma camada, quase banal, é que entram os elementos fantásticos de forma extremamente sutil.
É importante o destaque às protagonistas, às personagens visto que a grande força do livro, e mesmo da marcante literatura da Autora como um todo, é dar a perspectiva feminina. É um mundo feminino que necessariamente é visto da perspectiva da mulher, e a forma como ela o faz é precisamente o que a destaca. Enquanto leitor homem e heterossexual que sou, pra mim é aí que reside toda a riqueza da literatura de Carmem Maria Machado e que se traduz brilhantemente em cada um dos contos.
Dois paralelos que consigo traçar ao terminar o livro são os filmes do Jordan Peele, que sendo clássicas construções extremamente bem feitas de terror cinematográfica, o cerne é sempre a questão racial e o verdadeiro terror é o racismo, o horror que se estende ao apagar da tela. É este tipo de genialidade que a Autora me transporta com o livro.
O segundo paralelo é musical, uma vez que ela é grande influência artística para muitas cantoras em proeminência atualmente, dentre elas a minha favorita é certamente a Phoebe Bridgers, o tom do livro transmite muito fortemente a impressão de um universo expandido das letras da cantora-compositora, cujas letras e forma de composição é justamente seu grande forte e foi o que me levou à Autora antes de mais nada.
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sareja 24/06/2021

Gostei muito da escrita da autora, mesmo às vezes ela sendo um pouco confusa por misturar vários elementos da realidade com o sobrenatural, mas no fim isso não foi um problema, me fez refletir sobre a questão da opressão da mulher e do corpo dela no dia a dia, acho que "OITO BOCADOS" é um bom exemplo disso.
Minhas histórias favoritas com toda certeza foram "ESPECIALMENTE HEDIONDAS" e "DIFÍCIL EM FESTAS".
"ESPECIALMENTE HEDIONDAS" usa os personagens e 120 episódios da série "Law & Order: SVU" (que eu nunca assisti) para contar sobre meninas com sinos nos lugares dos olhos, doppelgangers, assassinatos de prostitutas e, até, abdução alienígena.
Já em "DIFÍCIL EM FESTAS", a história foca na vida de uma mulher depois de uma violência sexual, como ela tenta superar o seu trauma, sem realmente lidar com ele, vendo filmes pornô pelo seu namorado querer que ela seja como ela era antes de tudo. Ela consegue ler os pensamentos dos atores durante as cenas e vai relembrando do que aconteceu com ela aos poucos. Esse conto em especial mexeu muito comigo, a escrita e a paranoia da personagem com câmeras e com as fechaduras foram coisas que ficaram comigo depois de terminar o livro.
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Leonardo Bezerra 10/12/2022

Os três primeiros contos são bons, mas o quarto destrói toda a essência do livro. Uma ideia infeliz querer comentar (?) ou fantasiar (?) sobre episódios de Law & Order - e aqui não sei porque nunca assisti essa série então nem sei sobre o que ela tava falando direito. O último conto realmente bom foi o da cirurgia, mas os outros últimos depois desse sobre Law & Order foram medianos/ruins. Embora não tenha gostado do livro, tenho certeza que a autora deve ter êxito em romances - até porque ela escreve bem - e não descarto a possibilidade de ler outras coisas dela.
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