Memórias póstumas de Brás Cubas

Memórias póstumas de Brás Cubas Machado de Assis...




Resenhas - Memórias Póstumas de Brás Cubas


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GabrielOsodrac 21/05/2024

Machado afiado pelo ódio de conviver com nossa elite ignorante
Imagina o quão pica no negócio tu precisa ser pra ser preto e chegar no topo como escritor naquele Rio de Janeiro daquela época. Ok, foda, agora chegou ao topo, sentou do lado dos ocupantes, botaram uma cadeira ali pra ele, beleza. Mas quem é que ele encontrou ali, ocupando o topo? Quem era a elite do Rio de Janeiro na época e como eles dormiam de noite? Esse livro fala disso.

Se você faz parte da lista dos primeiros da família a entrar numa faculdade, a passar num concurso, a conseguir alguma ascensão social, você conhece um Bras Cubas. Aquela pessoa que tem tudo na mão, mesmo assim não se ajuda, não quer nada com nada. Faz faculdade forçado pelos pais, diz que o curso não ajuda em nada; por conta do tédio de uma vida herdade, só se relaciona com pessoas em busca de aventura, que envolva traição, posse, disputa de ego, política, alguma agitação numa vida pacata e mediocre. Ele envelhece e se desespera, tenta virar filósofo buscando dar sentido à sua existencia e no desespero ele morre. Morto ele aparece, na sua melhor forma, pra te contar sua vida.
Pra fechar: imagina você escrever 300 páginas debochando da cara de algum idiota, publicar isso, e no fim essa mesma pessoa chegar pra te dizer: “cara, que livro ein! Realmente, descreveu muito bem a humanidade!”. Por isso é um dos maiores livros da história da humanidade. Os cara são burro? beleza são, mas o Machado usou o sarcamo muito bem aqui, e chuto que deve ter adorado o processo de escrever esse livro, enfim.
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Daniel.Tschiedel 21/05/2024

Uma grata surpresa
Lembro de minha professora de literatura do ensino médio falando maravilhada sobre este livro. Obviamente não o li na época, mas resolvi ler agora, mais velho.

Achei o livro mais interessante e divertido que o Dom Casmurro. Brás Cubas é um maldito que te prende em sua vida futilidades. E o próprio protagonista admite ao final que teve uma vida sem nenhuma conquista, mas que também "não precisou suar pra comprar pão".

Eu fiquei meio perdido durante as divagações dele ao longo do livro e, certamente, caberia uma segunda leitura mais lenta e atenta para destrinchar as mensagens do autor.
Mas foi divertido acompanhar os relatos sem pudor de Brás Cubas.
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Diego940 21/05/2024

Inutilidade
A renomada obra de Machado de Assis, sintetiza as contradições de um burguês do século XVIII no Brasil, com uma vida sem direção e cheia de contradições. Desse modo, nos é apresentado Brás Cubas, o protagonista do livro que narra sua vida após a morte, e que muitas vezes faz reflexões que não condizem com o que se mostra.
Diversos capítulos o personagem fica à deriva, ou então escreve capítulos que não possuem a menor importância. Brás Cubas não completou nenhum feito até o final de sua vida e mesmo assim viveu tranquilamente.
Logo, o livro todo nos mostra como Machado de Assis critica de forma extremamente irônica a elite da época, mostrando sua futilidade e privilégios. Isso numa época de miséria e escravidão no Brasil.
A obra é formada por capítulos curtos que por sua vez acabam sendo estruturalmente lúdicos em certos momentos. Entretanto, por ser uma obra antiga, acaba sendo difícil de digerir as ideias propostas no livro, por conta de vocabulário e expressões já não tão usadas. Além de nuances históricas e culturais que não estão mais presentes no nosso cotidiano.
Assim, Memórias Póstumas de Bras Cubas se mostra um livro ligeiramente complexo, mas nada que beire o impossível de se consumir. Tive bons e momentos com essa leitura e acredito que seja o tipo de obra que sempre devemos retomar com outros olhares.
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Ana R. Rodrigues 21/05/2024

Brabo demais! (e uma história trevosa subestimada)
Valeu a pena ler só depois de adulta! Já havia entrado em contato com a obra do Machado por meio de alguns contos hoje entendidos como sendo de terror, mas "Memórias póstumas" foi meu primeiro romance dele. Me impressionou os elementos fantásticos e o quão divertida é a narrativa (assiti o filme de 2002 e minha impressão da história muito foi muito mais divertida na minha mente do que o jeito como o diretor a adaptou para o cinema). Agora que uma influencer gringa coneguiu deixar esse livro no topo das listas da Amazon, é mais um motivo para nós brasileiros não deixarmos de lê-lo e sentir orgulho da nossa literatura!
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Dr Perônico 21/05/2024

Machado... Que dizer sobre este homem? Ou melhor, sobre sua obra? "Memórias póstumas" inaugura o movimento realista no Brasil; uma tarefa deveras ousada, no entanto, feita com êxito pelo autor.O livro é de um pessimismo, uma ironia, que indiscutivelmente me encantam, por se tratar de uma crítica à sociedade fluminense daquele final do século XIX; além de anunciar temas que seriam abordados em outros trabalhos do escritor. É puramente genial e... é Machado!
Obra de finado! Afinal, 
"Senhores vivos, não há nada tão incomensurável como o desdém dos finados."
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Nicolly524 20/05/2024

Memórias Póstumas
Não tenho oq dizer , li obrigada, e obrigada terminei , livro não tem sentido , não entendi real boa parte do livro .
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Bianca 20/05/2024

Machado de Assis, sempre arrasando
Após ler 3 livros desse autor, posso dizer que ele é brilhante. A maneira com que ele conversa com nós leitores é incrível.

A história de Brás Cubas é a de um homem triste que em toda sua vida não teve desafios, porém também não houve conquistas.

A sua morte antes de mostrar ao mundo sua maior criação é trágica, e ao nos contar o decorrer de sua vida ela se torna mais triste.

Mesmo sendo antigo ainda é possível se identificar com alguns de seus pensamentos, por isso este livro é considerado um clássico.
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Chica.Bear 20/05/2024

Memórias Póstumas
Memórias Póstumas de Brás Cubas é um livro de Machado de Assis dando início a uma nova era do Brasil, o Realismo. Noto que no livro, ao ser um defunto autor, ele expressa sua realidade melhor e consequentemente fala mal dos outros de algumas formas.
Confesso que esse livro é incrível, principalmente considerando o seu autor, li apenas um livro de Machado, Dom Casmurro, e adorei pela estrutura dos personagens e como é algo leve de rir, o único problema mais pessoal mesmo é sua escrita que as vezes não entendo, mas isso passa despercebido quando lembro que é um livro antigo. Mesmo que não tenha sido meu livro favorito, me fez rir em cenas, percebendo que sua linguagem se assemelha com a nossa. Recomendaria para aqueles que precisam de uma leitura leve e curta.
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Matteus5 20/05/2024

"Na morte que liberdade, que desabafo"
O maior livro da literatura brasileira, se não concordam em qualidade, são obrigados a concordar em grandeza. Uma obra que quebrou os paradigmas narrativos, de enredo, de personagens, de ideologias, de reflexões e de moral.
Nas Memórias Póstumas de Brás Cubas somos apresentados a um homem elegante, educado, bem humorado e indiferente a tudo, afinal, está morto. A narrativa começa pela sua morte, e como o próprio Cubas diz: "o escrito ficaria assim mais galante e mais novo". Cubas foi um burguês comum, viveu, teve amores, paixões, ambições e reflexões; sempre embebido do ar pedante; vive sem conquistas e morre sem venturas, com tudo que fez na vida ficando no passado, jamais tendo alçando a glória. Mas nem tudo é negativo, afinal, sobrou um saldo positivo: "Não tive filhos, não transmite a criatura nenhuma o legado de nossa miséria".
A obra é simples, escrita com a pachorra de alguém desafrontado da brevidade da vida; Cubas nos leva por suas memórias, fazendo anedotas aqui e ali, com uma interatividade absurda entre narrador, obra e leitor. Por diversas vezes a obra é pausada ou perde o fio do raciocínio, levando o interlocutor (se é que assim posso nos chamar) a um estado de confusão. Contudo, tudo isso é friamente planejado. Machado conduz a narrativa de modo a realmente transparecer um desabafo do passado, ainda remontando os erros do defunto autor.
Há, obviamente, críticas à burguesia e aos moldes ideológicos e existenciais da época: O adultério feminino, a inveja, a cobiça, o deszelo pela religião e pela moral; como uma boa obra realista.
O que mais chama atenção é o seu narrador, uma vez posto que não é confiável e, por muitas vezes, hipócrita. Essa inversão de polos, já vista em escritos anteriores e por autores diferentes, cai muito bem na pedida do enredo. Em momento algum Brás se compunha em transpassar uma obra de grande magnificência, não! Ela é feita pra posterioridade, porém, não se interessa por ela ? um simples relato.

Poderia ficar muitas horas a falar sobre as qualidades deste livro, contudo, já me prolonguei demais, resta apenas dizer o básico: O MAIOR LIVRO DA LITERATURA BRASILEIRA.
Jackson135 20/05/2024minha estante
Perfeito a sua resenha, concordo plenamente contigo.




Giselle221 19/05/2024

Por que isso é um clássico?
O porquê de ser um clássico, antes de ler, eu me perguntava e com uma pulga atrás da orelha iniciei o livro. Larguei em primeiro momento, concordando com o Brás sobre o que o próprio achava de sua biografia póstuma. Pois bem, reiniciei e em 4 dias terminei: é um clássico porque tamanha espontaneidade não poderia não ser.
Não sei quanto ao processo criativo, mas esse livro te deixa perdida quanto à existência de Brás. Como assim um autor fez a vida inteira de alguém que passou a existir por sua pura criança e ainda parece q deu a extensão de consciência pós mortem. Cara, Brás leria esse comentário com a cara mais cínica e eu só consigo pensar isso porque o autor foi maestro na criação de sua existência. Os altos e baixos, os devaneios e os fracassos do personagem são tão espontâneos que parece que a história não foi criada, parece um rascunho de biografia com os pensamentos mais sinceros de alguém que existe.
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Taís 19/05/2024

Bem merecido o Título de Mago
Machado de Assis é realmente um escritor incrível!!! Ele tinha a capacidade de criar personagens extremamente complexos e histórias únicas. Brás Cubas é burguês, que trabalhava por hobby, um homem cínico, irônico e por vezes melancólico, que tinha desejo de ser lembrado na sociedade, mas morreu sem sequer cumprir a principal regra da sociedade burguesa da época: constituir uma família. No trabalho tb não conseguiu ser ministro, ou seja, um metido a besta que no fundo fundo era um medíocre. A unica forma que ele encontrou de se fazer ouvido foi escrevendo suas memórias do alem tumulto, que mesmo assim, ele sabia que seria lida por "uns 5 leitores" (pela sua desimportancia, mas tb considerando a epoca, onde a maioria das pessas era analfabeta). É um personagem de sentimentos ambíguos. Mas eu não consegui ter raiva do Brás Cubas, pois os cinismos dele me arrancaram boas risadas!!
Machado é realmente o mago da literatura brasileira.??
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Ninive 18/05/2024

Machado como sempre nos presenteando com obras incríveis. O começo do livro é um pouco cansativo mas depois a leitura prende a atenção que a gente não consegue parar de ler. A narração do defunto e o diálogo dele com nós leitores, traz tons de humor, ironia, drama e também críticas! A maestria com que Machado usa a língua portuguesa é simplesmente admirável ?
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nsimo 17/05/2024

Machado de Assis nunca decepciona!
Nesse livro, Machado de Assis traz um "defunto-autor", o Brás Cubas, que narra a história da sua vida de forma irônica e bem descritiva, típico de Machado de Assis.

Como toda obra do Machado, o livro surpreende e traz críticas sobre a elite do Brasil do século XIX, com muito humor e ironia.

"Ao verme que primeiro roeu as frias carnes do meu cadáver, dedico como saudosa lembrança estas memórias póstumas." Nunca vou esquecer essa frase! Só leiam! Uma obra prima!
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Rupinho 16/05/2024

Maravilhoso.
Ainda bem que não li esse livro no ensino medio, pois não teria a inteligência e nem esperteza para poder apreciar essa obra. Brás Cubas é de longe meu anti-herói favorito. Ele é um cara do bem, porém, com atitudes duvidosas mas totalmente justificáveis.
Apesar de algumas dificuldades com a escrita, eu amei a leitura e espero reler esse livro novamente, e aproveitar ainda mais essa filosofia humanista hahaha?
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lucaismaia 16/05/2024

Nada menos q 5 estrelas. tenho nem palavras pra descrever o maior livro da nossa literatura brasileira PQP. o maior representante do realismo brasileiro.

"não tive filhos; não transmiti a nenhuma criatura o legado da nossa miséria."

POUTAQPARIL
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