Breno Torres 05/11/2012Cinco Pontos sobre o Sexo e a CidadeÉ realmente muito fácil não gostar deste livro se você não está acostumado com Chick-Lit (literaturas que falam sobre o universo feminino). E é muito, muito mais fácil ainda de não gostar se você não tem uma mente aberta e não se colocar no momento histórico em que o livro foi escrito e lançado (1997), além do local onde tudo se passa (Manhattan). Mas vamos aos pontos principais: enumerei cinco pontos que acho que precisam ser comentados para preparar o futuro leitor.
Primeiro: Sex and the City é um livro formado por histórias sobre o dia-a-dia de amigos e próximos da escritora Candace Bushnell, ou histórias baseadas nestes dia-a-dia - portanto, não é um tipo de leitura linear, a qual tem um princípio, meio e fim determinado. Cada capítulo trata de um assunto decorrente na realidade da escritora, então há também um visual proporcionado pelo ângulo da mesma (apesar de muitas vezes ela colocar a responsabilidade da opinião nos personagens);
Segundo: os assuntos tratados no livro são muito pouco comprometidos com um criticismo social - tradução: são assuntos divertidos e muitas vezes considerados até ridículos pelos leitores mais críticos. Além disso, há uma quantidade considerável de drogas, bebidas e sexualidade através das 352 páginas (por isso que eu comentei sobre ter a mente aberta para ler: se não tiver, vai se assustar e odiar mesmo);
Terceiro: para os fãs da série televisiva ou dos filmes, o livro pode ser sim uma decepção. Sendo franco, foi para mim. Para todos aqueles que assistem à serie, acompanham as quatro amigas Miranda, Charlotte, Samantha e Carrie (aliás, parênteses esclarecedores: só Samantha e Carrie são como na série), será estranho perceber que a forma com que os assuntos são tratados é totalmente diferentes da feitas para televisão. É menos dinâmico, é muito conciso e direto; não há tanto envolvimento e causa menos (perdoem-me o uso da palavra, mas cai bem no livro em questão) tesão pelo enredo. Muitas vezes a leitura se torna até mesmo cansativa;
Quarto: não é uma leitura para quem busca romantismo. De cem por cento, talvez 0,01% mostre algum romantismo ou docilidade;
Quinto: Carrie em si é pouco explorada, assim como seu relacionamento com Big. E, sinceramente, há tempos eu não lia um final tão decepcionante (minha opinião).
Porém, eu aconselho sim a ler Sex and the City, até porque é uma leitura mais ou menos rica do pensamento das pessoas bem sucedidas na Manhattan da última década do século XX. Particularmente, não gostei muito; enquanto escrevia esta resenha, decidi ler de novo para ter uma visão mais clara de tudo. É uma boa leitura, sim. Só basta ter paciência e compreensão para que se mergulhe totalmente na história.