Cidadã de segunda classe

Cidadã de segunda classe Buchi Emecheta




Resenhas -


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Giuliana.Costa 22/07/2021

Um retrato da sociedade patriarcal
Realizada por ter lido esse livro incrível que trata sobre a sociedade machista e racista em que vivemos. O livro conta a história de Adah uma nigeriana que se muda com o marido e os filhos para a Inglaterra. Adah, uma mulher negra num país de brancos, é constantemente diminuída e desconsiderada. Não supero a perfeição do termo ?cidadã de segunda classe?, que expõe exatamente a realidade. Indico demais!!
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MBressan 21/07/2019

Ter filhos, culpa. Usar métodos contraceptivos, culpa. Querer estudar, culpa. O marido trabalhar, culpa. Não ter dinheiro suficiente, culpa. Qualquer acontecimento com os filhos, culpa. E assim sucessivamente. A leitura lembrou uma frase que ouvi certa vez (e não me recordo a fonte) que dizia que se procurássemos por uma mulher sem culpa, acharíamos um homem.
O livro traz em uma leitura fluida, mas intensa e dolorida, a vivência de uma mulher nigeriana que se muda para a Inglaterra e vive na pele (literalmente) os contrastes culturais. A maior parte da leitura se refere aos próprios pensamentos da protagonista, angustiados, questionadores, repletos de sonhos e, concomitantemente, imersos em culpa e em ideais conservadores. Usando um trecho do próprio livro que descreve muito bem a leitura: (...) Ela escrevera aquilo como se houvesse alguém falando, falando depressa, alguém que nunca mais ia parar de falar.
Ao mesmo tempo que traz à tona o patriarcado nigeriano, coloca o calor afetivo da Nigéria em contraste com a frieza europeia, incapaz de enxergar Adah em suas minúcias, intensificada em racismo e exclusão àqueles que são relegados a cidadãos de segunda classe.
Emecheta descreve muito bem as dores e as lutas de ser colocada como cidadã de segunda classe sob diversas posições: de criança órfã; de mulher; de negra; de migrante; de mãe; de classe social.
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Daniele.Sana 07/01/2024

Maravilhoso
Um livro escrito há 50 anos mas com uma temática tão atual!
Casamento, abuso, preconceito, filhos, mudança de país são alguns dos temas abordados na obra, numa narrativa direta e envolvente a partir das experiências de uma mulher jovem e negra, e que nos faz refletir sobre o fato de que talvez a sociedade não tenha evoluído tanto assim desde então.
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Maria.Fernanda 11/04/2021

leitura necessária
personagem nigeriana, feminina, envolvida nos costumes de uma sociedade patriarcal e machista que se muda para Londres para ser considerada uma cidadã de segunda classe. O texto trata de todas estas questões que vão culminar no despertar de uma mulher forte e empoderada.
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elainegomes 19/02/2023

Quanta dor!

Por diversas vezes fechei o Kindle com a intenção de abandonar o livro, mas a leitura de textos assim que machucam nos fazem encarar de frente quanto é privilegiada nossa vida de cidadã de primeira classe e quanto sofrimento carrega a alma de cada cidadã de segunda classe.

Quantas no passam por nossas vidas com o sorriso alegre e feliz, só para disfarçar as marcas, lágrimas e horrores suportados.

Cidadã de segunda classe vai nos contar a trajetória de sonhos, conquistas, dores e desilusões de Adah, e através de personagens fictícios a escritora Buchi Emecheta relata experiências da sua própria trajetória, é possível notar em diversos momentos o tom de angústia, submissão, misturados aos da coragem característicos da catarse autobiográfica.

Desde o nascimento, subjugada por ter nascido mulher, em um país patriarcal, depois órfã, abandonada e entregue a solidão, negociada por familiares como se fosse um objeto, mas sem nunca deixar de sonhar e buscar no impossível a realização de seus sonhos.

Destaco aqui, entre tantos sonhos, o emblemático sonho do colonizado viver em terras do seu colonizador, como forma de grito de liberdade, da Nigéria para Inglaterra, mais uma vez seu sonho se tornou seu algoz e passou a viver seus piores anos como cidadã de segunda classe, onde sentiu que ?sua cor era uma coisa da qual supostamente deveria se envergonhar? mas determinada, não desistiu e encontrou nos livros seu refúgio e conheceu James Baldwin quando finalmente passou acreditar que BLACK IS BEAUTIFUL.

Destaco um trecho:
?Se o pior se transformasse em muito pior, abandonaria Francis com os filhos, já que não tinha nada a perder exceto seus grilhões.?

Leitura difícil, mas fundamental!
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Vinicius Lima 22/08/2020

Intrigante
Gostei bastante da história, apesar do sofrimento da protagonista ser constante. É revoltante ler sobre o relacionamento abusivo de Adah e, pior ainda, saber que até hoje muitas mulheres vivem em condições assim. Super indico!
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Ana Paula Tárrio 28/08/2020

Um livro angustiante, mas necessário
Cidadã de Segunda Classe é um tipo de livro que todo mundo deveria ler. Ele me trouxe empatia por realidades muito distantes de mim. Adah é uma mulher, mãe, negra, nigeriana, que vai tentar a vida em Londres. Enfrenta todos os desafios possíveis, como xenofobia, racismo, violência doméstica e mesmo assim não deixa de lutar pelos seus objetivos e sonhos. É uma história que angustia nosso coração mas que traz uma lição fantástica de vida e nos ajuda a ver o mundo além do nosso umbigo. Nota 9/10.
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Amanda 28/04/2024

Cidadã de segunda classe
A vida de uma nigeriana que luta desde criança pelo seu direito de ser um humano em um mundo onde as mulheres não são nada. Mesmo saindo da Nigéria e indo para a tão sonhada Inglaterra, além dos preconceitos machistas, se acrescenta o racismo no seu dia-a-dia. Uma vida de luta que vale a pena ser contada e refletida.
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Carol 07/11/2020

Livro de primeira classe
Escrita maravilhosa, o livro flui muito bem, apesar de a história ser sofrida. Adah vive a realidade de muitas mulheres, lutando não só pela vida, mas por uma vida digna.
Afinal, parece que para o mundo o simples fato de ser mulher nos torna cidadãs de segunda classe.
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Gabi Guerra 09/07/2021

Um tiro no coração, mas o sangue que jorra faz milagre
Buchi escreve de forma direta e sem floreios.
O melhor da obra é que ela te prende: a leitura te induz a continuar. Mesmo que a temática não seja leve, a força da mulher africana torna a narrativa poderosa e transformadora.
O livro trata de um assunto tenso: a condição de subcidadão dos imigrantes africanos/latinos em países de “1º mundo”. No caso de negros na década de 70, período do livro, é ainda mais gritante o racismo/preconceito, mas mesmo hoje os cidadãos de 2ª classe seguem sendo os mesmos.
É primordial reconhecer que vangloriar culturas imperialistas e que só cresceram às custas de outros países, esmagando outras cultura, é um equívoco. Nisso é preciso sempre reforçar o óbvio: brasileiro, ainda que de pele clara, nos EUA, por exemplo, são cidadãos de 2ª classe. Mesmo com dinheiro? Sim. O estigma do subdesenv. do Estado impregna a pele, o sotaque e o que quer que seja notado como “diferente”.
Sobre a história: Ada era uma nigeriana que alcançou sucesso na sua terra por meio da sua inteligência e resistência, era rica, era elite. Mesmo com poder financeiro, porém, ela precisou casar, sendo mulher ela não era muita coisa pra sociedade. O marido vai para o Reino Unido e em sequência ela o acompanha: com seus dois filhos.
Na Inglaterra eles eram pessoas descartáveis: não podiam morar em vários bairros, não podiam pleitear vários empregos e acabaram sendo pobres e passando necessidades. Mesmo que ambos fossem estudados, a cor da pele lhes fechavam portas.
Alem de tudo,Ada era uma mulher muito fértil e a cada investida do marido engravidava. Seu marido não trabalhava, demandava o tempo todo, não ajudava com os filhos, além de violentar fisicamente, moralmente e sexualmente a esposa. Nada de diferente para o machismo escancarado que regia as vidas na Nigéria - mesmo as que estavam na Europa.
Ada/Buchi é incrível. Pela história autobiográfica podemos conhecer mais sobre a autora e valorizar ainda mais sua trajetória. Ainda que nesse contexto inglório, Buchi/Ada se tornou escritora e criou seus 4 filhos com tudo que lhe foi possível garantir, sem ajuda da sua pátria, do país de primeiro mundo, ou do marido.


site: https://www.instagram.com/p/CPTHFs2jMhz/
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PaulaFrancoNetto 25/04/2022

Uma das melhores leituras africanas que já li. Conta a história de Adah, uma mulher forte que percebe tarde demais estar num relacionamento extremamente destruidor e abusivo. Adah é uma mulher que não mede esforços para ir em busca de sua felicidade, embora esteja ao seu lado uma pessoa dominadora e cruel. Ela que se culpa de suas escolhas, que se questiona o tempo todo sobre suas atitudes. A clássica culpa das mães é das mulheres
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Letícia 24/03/2022

Adah me conquistou
O livro é envolvente, tornando a leitura rápida. Adah, a protagonista da história, compartilha conosco os seus sentimentos mais profundos, o que causa uma conexão profunda sobre os seus sonhos, medos e mudanças.
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Ale 04/05/2022

Uma mulher forte.
Leitura incrível, impactante e profunda.
Nos mostra o quão difícil é ser mulher, mulher negra na Europa. Mas a mulher da história é Uma mulher forte, inteligente e resistente!

"Porque você não para de querer coisas e começa a encarar a realidade? Agora é tarde. Só nos resta fazer uma melhor possível com a situação. Eu, se fosse você, não ficava me lamentando".

"...pode ter centenas de empregadas; pode estar vivendo como uma pessoa da elite, mas no dia em que chega à Inglaterra vira cidadã de segunda classe. De modo que você não pode discriminar seu próprio povo, porque todos nós somos de segunda classe".
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