E Se Eu Fosse Pura

E Se Eu Fosse Pura Amara Moira




Resenhas -


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Lorraine 11/03/2021

Conhecendo Amara
"E se eu fosse pur(t)a" é uma autobiografia ou autoficção composta por relatos das experiências da Amara, travesti e doutora em Letras pela Unicamp, com seus clientes (os bons e os lixos). Com o decorre dos programas compartilhados com o leitor, entramos no mundo da prostituição em toda sua complexidade (prática e emocional). Acompanhamos um processo reflexivo da autora que começou a se prostituir, como ela diz, por "safadeza e carência". Ela nos provoca a pensar o que é a prostituição, pra quem ela serve, a quem ela acolhe, quem são essas profissionais, em que lugares ela acontece, quais os riscos, quais as sutilezas. O livro cria uma conexão por meio da transparência dos relatos, tudo é nu, inclusive as dores estão muito escancaradas. Uma leitura pra quem se permite repensar os moralismos mais enraizados, pra quem busca desconstruir. E aí "Programinha, amor?"
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Matheus 01/08/2021

Muito bom!!!
Relato sincero e sem firulas de Amara, juntamente com as participações ilustríssimas, fizeram desse livro uma leitura que me agradou demais e surpreendeu também.
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@moniquebonomini 25/06/2021

Muito bem escrito
A autora no leva para o mundo da prostituição travesti, inserindo neste contexto gírias e vocabulário muito próprios mas que, em nenhum momento atrapalham a compreensão. Ela nos mostra o panorama da prostituição das ruas, sem o glamour surfistinha de flats e clientes endinheirados, aqui a gente vê e entende um pouco mais da realidade daquelas mulheres que vemos em esquinas durante a noite, sujeitas ao frio e a violência, batalhando seu sustento da forma que podem. A realidade dos clientes também dá muito o que pensar, porque as pessoas buscam o prazer pago é uma das reapostas que ela nos oferece. Um livro muito interessante, dá algumas voltas, mas propõe um debate importante.
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Kau 21/07/2021

E se eu fosse p*ta
Achei excelente o trabalho da Amara, escrever sobre a própria experiência sem romantização, expondo a realidade de quem trabalha na prostituição.

E ainda é uma leitura fluida, daqueles que tu quer sempre ler o próximo capítulo. Recomendadíssimo!
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Brubs 11/07/2021

Um livro autobiográfico, de Amara que é uma travesti, prostituta e doutora em Letras pela Unicamp, nesse livro encontra relatos da vida de Amara nas ruas, algumas passagens são fortes, mas tem algumas situações engraçadas e Amara escreve pelo dialetos que os travestis falam, bem legal e indico a leituras a todos
Bernardo 22/03/2022minha estante
*as travestis, seria o termo correto, as travesti usam pronomes femininos.




Uri 29/09/2021

Importante leitura
Escrevendo essa resenha só pra dizer que estou irritado com a insensibilidade de alguns leitores que escreveram comentários aqui, teve gente até errando os pronomes da Amara, acusando-a de feminista liberal ou citando o ?nome morto?. Pessoas cis, vou pedir que tenhamos cuidado quando forem falar de uma obra tão potente como essa.

Aqui a autora traz um conjunto de relatos de suas experiências na prostituição, e eu confesso que esperava que esse livro fosse trazer alguma crítica ou defesa à prostituição de forma mais incisiva, mas no fim acabou sendo mais um diário mesmo. Em nenhum momento ela romantizou a vida dessas pessoas, só contou os motivos que a levaram a ser ?puta? e não se esquivou de mostrar a realidade do que passou. Muito importante se colocar no lugar dessas mulheres, mesmo que por alguns instantes durante a leitura.
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Wanessa_Gabriela 03/07/2021

A realidade de ser quem se quer ser
O direito de ser quem se quer ser. E ponto.
Palmas para Amara Moira! A realidade de como as pessoas tratam as outras, é algo assustador.
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Zabély 02/07/2021

Real.
Essa frase já é meio batida mas define muito bem o livro: ele mostra a nudez, de corpo e alma.
O livro não vem com porcentagens e números que sempre te entendiam, mas te instiga a buscá-los, saber mais como é a vida da travesti, sendo puta ou não.
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Victória Silva 26/02/2023

Sem espaço para tabus
Cerca de 90% das mulheres transsexuais e travestis do Brasil vivem da prostituição. Isso, fruto do preconceito que ainda impera por aqui.

Por mais que estudem, não conseguem trabalho.

Mesmo que busquem empregos que não exigem qualificação, têm seus currículos descartados.

Nos poucos casos em que são contratadas, precisam encarar olhares discriminatórios e falas ofensivas.

O que sobra é encarar as ruas. Que aqui, são destrinchadas em crônicas. A essência do que a rua para uma mulher trans. Quem são os clientes, como agem e o que falam.

Sem romantização. Relatos honestos, tanto sobre os clientes quanto sobre ela.

A escrita da Moira é fácil. Parece que ela está compartilhando histórias com uma amiga na mesa de bar. É difícil de ler, mas também é fácil na mesma medida.
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Jonas307 12/02/2022

Um livro que conta explicitamente a vista de uma Travesti na Prostituição com seus relatos de trabalho seus conflitos sociais e pessoais de uma forma que te faz refletir sobre tudo e que te levanta questionamentos durante toda a história, o livro me prendeu de uma forma incrível nao conseguia parar de ler. INCRÍVEL!
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Juliana (Ju/Jubs) 24/07/2022

Eu não esperava tanta sinceridade. Peguei esse livro pra ler por indicação de um amigo, não conhecia Amara, não sabia o que esperar, mas gostei muito do título; e li.

A primeira coisa que reparei foi: 3 revisores em um livro (trabalho na área), logo pensei que ou ia dar muito certo ou ia ser uma tragédia (Spoiler: deu certo, vou falar sobre isso mais pra frente).

A segunda coisa que reparei foi a linguagem, junto à sinceridade. Tão despojada, tão natural, isso muitas vezes faz um texto ser mal escrito, o que aumentou meu receio.

A questão é: o conteúdo é tão incrível que deixei de lado a parte chata de mim. Amara me fez sentir amiga dela, fez com que eu quisesse conhecer ainda mais dela e de seus pensamentos. Ela ganhou uma fã.

Ela fez eu perceber a transfobia no meu dia a dia, e eu tentei fazer algo a respeito, infelizmente, não deu resultado, é algo tão naturalizado. Na hora eu fiquei muito chateada e triste, mas fiquei feliz de ter feito algo a respeito, de ter tentado.

Acredito que esse é o caminho, não só (re)conhecer o preconceito, mas fazer algo a respeito. A questão é que quem não faz parte, não vê, não sente, e, assim, é só mais uma piada, mais uma campanha publicitária sobre/para mulheres/homens cis, mais um ditado popular. Mas não, é mais uma forma de fechar os olhos e fingir que uma parte da população não existe.

Enfim, voltando (antes que eu me esqueça). Sobre a revisão, está muito bem feita, quase bem feita demais. Acho que a revisão poderia ter acompanhado mais o tom despojado do livro, não exagerado, mal escrito, mas natural, como um livro de comum de literatura. A revisão seguiu à risca as regras gramaticais, fiquei com medo de ela atrapalhar a linguagem usada, no fim, foi uma mistura interessante.
Livrendo 23/08/2022minha estante
Amei a resenha e concordo com você sobre o ponto de vista da revisão .
As vezes a forma como ela é aplicada pode descaracterizar o estilo narrativo no texto .
Vou ler e focar na sua sugestão que achei mais completa em detalhes ?




Dandara Virgínia | @dandaravmachado 30/01/2022

Leitura muito boa. A escrita da Amara é maravilhosa, é literalmente a leitura de um relato. É quase que impossível não comparar com vivências sexuais que as próprias mulheres (sejam elas cis ou trans) não prostitutas vivenciam.
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Moni 25/03/2021

E se eu fosse...
Impactante no começo, talvez por estar vestida ainda com o moralismo intrínseco da gente quando o assunto é esse.
Abra a cabeça para essa leitura, pois além das vivências relatadas é necessário entender o espaço que a mulher trans ocupa, em quais condições ela trabalha.
Além disso é preciso abrir os olhos para o desequilíbrio do moralismo, que é gigante em cima das profissionais e nulo para quem procura o serviço, aquele que tem esposa em casa, aquele hétero top padrão buscando variar.
Vá além da leitura...e busque, como Amara diz: "Por um mundo onde não seja preciso coragem nem desconstrução para amar uma travesti."
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chuwanning 26/09/2021

carambolas
isso foi forte e extremamente visceral. no começo, uma pessoa alucinada, cheia de brilho, tesão, vontade de se jogar. mas aos poucos essa pessoa vai tomando consciência das várias faces deste trabalho que, sim, é tão mal falado, e de deparando com repulsa, nojo, violência, ocasional prazer, sim, mas também muita discriminação, medo, pavor. absolutamente real, é claro, pois é autobiográfico (creio eu). a cada crítica ácida que ela faz aos homens, à sociedade, você vê que não é ensaiado ou performático, é um desabafo, cada mínima coisa. intenso e, por que não, vulgar, espalhafatoso, explícito. genial.

contém gatilhos gráficos de estupro.
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