Angela Davis - Uma autobiografia

Angela Davis - Uma autobiografia Angela Davis




Resenhas - Angela Davis - Uma autobiografia


62 encontrados | exibindo 16 a 31
1 | 2 | 3 | 4 | 5


Simone361 19/09/2020

Necessário
É um livro necessário, importante! Todas as pessoas deveriam ler, infelizmente o mundo continua assim, os preconceitos relatados no livro nos anos 60 e 70 continuam a acontecer ainda hoje, estamos em 2020! Por mais livros que nos façam refletir e perceber o quanto ainda precisamos mudar.
comentários(0)comente



Renata (@renatac.arruda) 06/12/2019

Racismo, genocídio da população negra, violência policial, prisões políticas e anticomunismo são os assuntos abordados na autobiografia de Angela Davis, escrita em Cuba quando ela tinha apenas 28 anos.

Angela Davis se tornou mundialmente famosa ao ser presa pelo FBI nos anos 70. A acusação é complexa e não cabe explicar aqui, mas o motivo real foi um só: perseguição política. Isso porque Davis já era uma ativista antirracista conhecida nos EUA e assumidamente membro do Partido Comunista. Não fosse a campanha "Libertem Angela Davis e todos os presos por razões políticas", ela poderia ter sido condenada à pena de morte por crimes que nem cometeu.

Convencida por Toni Morrison a contar sua história, Davis escreve uma autobiografia política. Dando continuidade a um gênero iniciado por pessoas escravizadas, ela vai relatar o que acontecia ao seu redor dentro do contexto político da época. Vamos entender como era a vida em cidades segregadas, como os coletivos políticos se organizavam, como funciona o sistema prisional estadunidense, mas também ter um vislumbre do que se passava em outros lugares do mundo, principalmente Cuba, para onde ela foi dormir em acampamento e cortar cana debaixo do sol junto da população local. É importante frisar isso: embora seja uma intelectual, Davis abriu mão de um doutorado na Alemanha, onde seria orientada por Adorno, para fazer trabalho de base nas comunidades negras dos EUA.

Outro ponto que vale mencionar é que, oficialmente, Davis não foi filiada ao Partido dos Panteras Negras. No entanto, ela trabalhou em coletivos e organizações que atuavam em conjunto com os Panteras. E é a partir do seu envolvimento na militância que ela começa a articular reflexões feministas, principalmente após ser confrontada com o profundo desejo de supremacia masculina de seus irmãos de luta.

Pra quem quer começar a ler Angela Davis e entender o seu pensamento, esse livro é uma boa pedida. É gostoso de ler, cheio de insights brilhantes, e traz o embrião de tudo o que ela viria a produzir. O que assusta é quase 50 anos depois ele continuar atual

@renatac.arruda
https://www.instagram.com/p/B5txOoVjz7_/

site: https://www.instagram.com/p/B5txOoVjz7_/
comentários(0)comente



Dunder 13/04/2021

Um livro essencial
Ainda que seja uma autobiografia o foco não é na vida pessoal da autora, mas sim na sua vida como ativista política, o que remonta todo contexto politico da época. É incrível poder ler essa história de dentro do movimento.
comentários(0)comente



Nick 29/09/2020

Leiam Angela Davis bom demais!
Leiam Angela Davis bom demais! quando eu crescer eu quero ser ela.... que mulher!!!!! livro perfeito. vão ler!
comentários(0)comente



Ludmila 11/03/2021

Potência política!
Angela Davis qdo aceitou escrever sua autobiografia com apenas 29 anos em 1974, o objetivo não era contar sua história individual e sim a do movimento negro nos EUA. Todo o ativismo da campanha ?Libertem Angela Davis e todas as pessoas presas por razões políticas? ? que numa sociedade segregada e racista, associa-se diretamente a opressão e subjugação dos negros ? culminou na sua absolvição em 1972. Segundo as palavras da autora, o momento não marcava a vitória e o fim de uma luta, mas sim o início do movimento de libertação dos negros e que originou posteriormente a ?Aliança Nacional contra a Repressão Racista e Política?.

Livro importante para entender a sociedade americana no período. Uma sociedade que se deparava com o movimento de contracultura paz e amor, as atrocidades da guerra do Vietnã e a Corrida Espacial inerente a disputa geopolítica da Guerra Fria que resultou na chegada do homem a lua. Como eram essas pessoas, como viviam, como se sentiam com parte de uma nação que ocupava papel de destaque no mundo? Angela Davis traz nessa obra a vida daqueles que são constantemente invisibilizados pela sociedade branca!
comentários(0)comente



Bruna Rosa 03/05/2021

Aula sobre perseguição política
Logo nas primeiras linhas Davis diz que não queria fazer uma autobiografia que não fosse útil para a sociedade.
E assim usa da sua história para contar sobre racismo, encarceramento, perseguição política, articulação política em movimentos sociais coletivos...

Foi maravilhoso ler e aprender tanto com a história de uma das mulheres mais importantes para os movimentos sociais no mundo todo.
comentários(0)comente



el0is4 03/02/2024

"Eu sou uma mulher negra revolucionária"
Que Angela Davis é incrível, eu já tinha ouvido falar, mas esse livro vem pra expor que esse adjetivo é simples demais pra dimensionar a grandeza de Angela Yvonne Davis.
Angela que perdeu irmãos, amigos, companheiros de luta, um amor..., para o racismo e ainda assim insistiu em canalizar a raiva em algo construtivo: uma luta direcionada politicamente. Angela que no primeiro momento não se interessou em escrever esse livro, pois não queria criar esse lugar de excentricidade sobre si, e posteriormente só aceitou escrever uma autobiografia política, enfatizando o que ela e o seus vivenciaram naqueles tempos.
Para além de conhecer Angela, o livro nos permite compreender nós mesmos, o mundo. O que nós andamos fazendo para mudar a realidade mórbida que vivemos? Raiva, tristeza, indignação não valerão de nada se não encontrarmos uma expressão para esses sentimentos.
"Somos nossa única esperança de vida e liberdade?.

E que sensação mágica conhecer a magnitude de Angela Davis e saber que ela ainda está entre nós. Nossa história está sempre tão atrelada ao passado, aos que foram, que ter Angela aqui com seus 80 anos é algo a ser celebrado.

Essa edição está incrível, a editora Boitempo fez um trabalho massa.
comentários(0)comente



moonsoleu 27/09/2020

Resistência e muita luta!
Durante toda a leitura, acompanhar todos os relatos da Angela foi de travar a garganta.
Essa mulher é incrível, assim como a comunidade unida com a qual ela cresceu são revolucionários.
Esse livro me transmitiu muita esperança.
Necessário, inspirador e historicamente educativo.
O final foi incrível, o sentimento de apreensão e as memórias de todas e todos os camaradas que não desistiram lutaram e lutam em todo o mundo.
comentários(0)comente



Ju Correia 02/03/2021

The free Angela Davis. ??
Angela Davis serve em sua autobiografia um banquete para todos, sem deixar ninguém de fora. Quer você seja branco, quer não-branco, Angela e sua autobiografia fazem você entender um pouco mais sobre seu lugar no mundo -e quem sabe até seu lugar de fala.
Quando a autora relata que teve receio de fazer um livro sobre a sua história para que não ganhasse a atenção indevida em cima da causa, e que faria o máximo ao seu alcance para que fosse uma autobiografia política, ela não brincou em serviço. Lendo o livro fica muito óbvio que a militância de Angela vai muito além da militância narcisista que vemos hoje; que é essa militância baseada apenas em experiências pessoais, opiniões próprias, a militância que não te deixa espaço para discordar e para tudo atribui o famoso "esse é MEU lugar de fala."
Pois bem, do SEU lugar de fala, Davis simplesmente refutou comportamentos como esse. No livro é possível nos sentirmos bem próximos dos fatos, visto que a maneira que a autora narra os acontecimentos é tão verossímil que chega parecer "ficção" (?) Não, essa afirmação não faz sentido, mas a verdade é que ler Angela é quase o mesmo que assistir um filme, pois sua narrativa é tão real que é quase tangível. Aplausos para a rainha.
Ver uma mulher negra sendo em muitos espaços a pioneira da militância - a militância que vai para as ruas, que ensina a comunidade, que acolhe quem ainda está na ignorância- é tão inspirador quanto parece ser. É um mergulho refrescante na lembrança que ainda há muitas Angelas por aí. É suspirar pesado, na esperança de que elas não somente existem, mas resistem.
Ao ler esse livro, é impossível não se indignar, rir, CHORAR, principalmente se você é negro. Como uma mulher "parda" que viveu anos (e ainda vivo), num "não-lugar" sendo rejeitada pela branquitude e barrada em Wakanda, eu não tenho como expressar em palavras o que significou para mim ler a autobiografia de uma feminista negra pioneira e respeitada, e saber que a sua autora é uma mulher preta de pele clara. Sim, nós existimos. E ver os relatos de Angela sobre todos os ataques que ela sofreu por sua pele ser clara e as frequentes tentativas de embranquecimento, só me lembraram: sim, nós resistimos.
Entre sua infância num país segregado e extremamente racista, e sua adolescência e vida adulta descobrindo seu lugar - ou a falta dele- num sistema supremacista branco, Angela nos ensina em detalhes as artimanhas sutis -e outras não tão sutis- de uma estrutura racista e dos que tentam mantê-la. A grande questão de Angela ser uma preta de pele clara, é que se você é branco, provavelmente não passou o mesmo que ela, e se você é retinto, também não. Então Angela carrega nas costas uma responsabilidade imensa de representar o que ela mesma chama de "grande parte da população" .
Em sua frequente luta contra o racismo e os inúmeros ataques sexistas e racistas que sofreu, em 384 páginas Angela se recusa a ser narcisista e deter o """"privilégio""" do sofrimento. Ela reconhece que os ataques não são pessoais, mas que ela era apenas o elo escolhido para ferir o povo negro. A autora se recusa a se lamentar sobre os próprios sofrimentos, pois quer se concentrar em derrubar o sistema que os causou.
E o que eu desejo para todos nós, todos vocês, é que não desanimem. Que possamos sempre revigorar nossas forças a fim de conseguir livrar nós mesmos e os nossos das correntes que esse sistema supremacista tenta nos colocar. E que como aliados, simpatizantes, ou participantes da causa, que possamos sentar e aprender de pessoas que tem tanto a nos ensinar, como Angela.
Saio desse livro mais forte, revigorada, e consciente de quem eu sou e quem teve que lutar para eu chegar onde cheguei. Sem dúvidas carregarei esse aprendizado enquanto viver.
Anderson 04/03/2021minha estante
Arrepiei todo




Camila.Faria 12/11/2020

Extremamente inspirador. Angela Davis é uma das mulheres mais incríveis que conheci e adentrar sua história vale cada minuto. Não há como passar por esse livro sem chorar, se arrepiar e ter a certeza de que precisamos ser revolucionários.
comentários(0)comente



codinome.villanelle 02/06/2020

A história de uma mulher, militante, negra, comunista, filosofa. Este livro não conta apenas a história da militante Angela davis, mas também a de muito de seus companheiros presos políticos, mostrando a triste realidade do sistema prisional norte americano.
O livro é bom, mas lento. Alguns detalhes eu considerei desnecessário mas outras partes me deixou curiosa, deixando a desejar mais explicações. Mas ainda é um livro muito interessante, e emocionante, pois em suas jornadas Angela perdeu muito de seus companheiros para o racismo, e sua narrativa me emocionou.
comentários(0)comente



Tatá 24/05/2020

Agradeço a Toni Morrison por ter incentivado Angela Davis a escrever essa autobiografia, de um caráter político fundamental para entendermos a lógica do sistema prisional racista estadunidense, da violência contra um povo e das semelhanças dessa lógica que atravessa fronteiras e atinge países como o Brasil.
Ela conta sobre sua infância, sobre antes da prisão e sobre depois, narrando todo o processo de julgamento.
Ao contar sobre o período que ficou presa, Angela explicita as recorrentes faltas de direitos das presidiárias, como ao narrar o cotidiano das detentas e como tudo lhes era proibido: livros, papel higiênico etc. Ela conta o absurdo da ala conhecida por “ala das loucas”, onde as detentas eram dopadas com drogas para ficarem imersas dentro de si, num estado lastimável e desumano, agravando qualquer problema que aquelas mulheres poderiam ter, ou a falta de cuidados básicos de saúde, entre tantas outras questões. Ainda diante de tanta desumanidade, as detentas criam uma rede de solidariedade pela Angela, e isso é algo emocionante de se ler.

Angela, ao contar sobre sua infância, também está narrando sobre o racismo de seu tempo (e como aquele racismo impacta no racismo estrutural de hoje, o que mudou? O que não mudou?). Ela fala sobre as diferenças de lugares frequentados por brancos/as x lugares frequentados por negros/as, incluindo a condição das escolas no sul estadunidense para a população negra, sendo condições terríveis em instalações caindo aos pedaços. Ao mesmo tempo, discutiam sobre pessoas que fizeram história e que eram apagadas em vários locais, como Harriet Tubman.
O fato de Angela ser do sul dos Estados Unidos a fez desde sua infância entender o racismo de modo escancarado, em absoluto nada velado. Quando foi pra Nova York, no entanto, era como se ela descobrisse um outro tipo de racismo, pois apesar de não haver lei segregacionista, havia o segregacionismo prático, caindo por terra a ilusão de lá ser menos racista que no sul.

Eu gostaria de dizer sobre cada detalhe minucioso da narrativa da autora. Mas acho que vale entender que a autobiografia de Davis é sempre pensando coletivamente, justamente por isso a obra é rica. Ela cita diversas lutas, como a dos irmãos Soledad e de tantos/as presos/as políticos. Sua autobiografia é a autobiografia de um povo e sobre as conquistas de um povo. Ao não individualizar a sua trajetória, ela foge da lógica liberal de individualizar tudo e transforma o individual no coletivo, algo muito importante em tempos que permanecêssemos assistindo a exaltação do jogo perverso e falso da meritocracia.

Ela é uma figura histórica de extrema importância, que atravessa fronteiras, porque a partir de um feminismo que pauta raça, classe e gênero, discutindo os sistemas institucionais arbitrários, ela alcança outros países, com realidades tão violentas quanto.
Estados Unidos, anos 60: crianças negras morrendo assassinadas, jovem adolescente morre com um tiro na nuca, algemado, indefeso, pela polícia. Brasil, anos 2020: Ágatha Felix, João Pedro, Kauê Ribeiro dos Santos e mais uma infinita lista de jovens negros/as assassinados pelo Estado.

Leitura fundamental para todas e todos.

comentários(0)comente



cinthyaarruda 30/12/2021

Um mulherão sim
Nesta autobiografia Angela Davis nos conta desde sua infância até pouco depois de ser acusada por conspiração, sequestro e homicídio. Passamos por alguns momentos de luta da Angela e temos uma pequena noção da força, inteligência e articulação dessa mulher.
Foi uma leitura respira e tranquilo, com uma linguagem acessível (pelo menos para mim). Inclusive, é um livro que te encoraja muito a se filiar para algum tipo de luta e estar mais presente nas manifestações.
Amei conhecer a Angela Davis por esse livro, e lerei outros.
comentários(0)comente



Bianca1771 06/04/2021

Inspirador
Este livro entra para a minha lista de leitura obrigatória, ler a vida política de Angela é entender como o racismo e o sexismo estão presentes na nossa realidade e como agem. As ideias, suas dúvidas, indignações e força servem como inspiração para lutar por um mundo livre e justo.
comentários(0)comente



duda 30/04/2021

Essa devia ser uma leitura obrigatória pra entender sobre racismo, sobre política e o mundo. Angela conta parte de sua trajetória como mulher negra e comunista, o livro deixa nítido a falha no nosso sistema, uma falha que existe ainda hoje. Precisamos ler Angela Davis, falar sobre ela e lutar contra esse sistema de merda.
comentários(0)comente



62 encontrados | exibindo 16 a 31
1 | 2 | 3 | 4 | 5


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR