Angela Davis - Uma autobiografia

Angela Davis - Uma autobiografia Angela Davis




Resenhas - Angela Davis - Uma autobiografia


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Aila Cristina 24/10/2021

Uma vida de luta, uma luta pela vida
Quem é Angela Davis? Esta autobiografia responde e vai muito além. A obra, prefaciada por Anielle Franco (irmã da Marielle Franco), me apresentou uma série de questões e reflexões. Apesar de ser uma autobiografia, a Angela Davis extrapola a sua experiência individual e nos apresenta o contexto ao qual ela cresceu, se formou, se organizou, lutou, amou, sofreu, foi perseguida, presa e liberta. Ela faz isso tudo sem individualizar seu caso e sua situação. Conta sua história, na medida que fala sobre racismo, machismo, política, opressões e lutas nos EUA. Me emocionei em diversos momentos da leitura. A força revolucionária da Angela é de uma seriedade inspiradora. Mesmo presa, ela seguiu fazendo, sempre que possível, a formação política das "irmãs e irmãos" (como ela chamava), mobilizando para a luta coletiva. A obra também fala sobre o sistema penitenciário e jurídico dos EUA e como são espaços pensados e estruturados a partir do racismo. Ela deixa evidente como as prisões são insensatas, mortais e cruéis. Por isso, ela diz, que quando fosse libertada, dedicaria sua vida na luta pela libertação de outras pessoas. Me doeu muito ler como ela ficou no cárcere. Ao mesmo tempo, percebia como aquela condição não tirou dela a chama revolucionária, pois apesar de tudo que passou, ela sempre tecia diálogos com as presas sobre o que era comunismo, racismo e outras questões no geral. Foi muito lindo perceber como aconteceu o encontro da Angela com o marxismo e o comunismo. Em suas palavras "O Manifesto do Partido Comunista me atingiu como raio" (a mim também, Angela!). Foi muito lindo o relato dela sobre sua viagem para Cuba onde "negros, pardos e brancos construíram uma sociedade socialista", "o primeiro território livre das Américas". Conheci o caso dos Irmãos Soledad através desse livro. Outro ponto que me marcou na leitura foi a forma como Angela destaca que a formação política fora da academia ensinou ela a conversar com seus irmãos e irmãs. Enfim, foram inúmeros os ensinamentos que esta obra me ofereceu. Por esses e muitos outros motivos, recomendo a leitura. Angela é uma inspiração imprescindível, viva e pulsante. Uma mulher negra, revolucionária, comunista, forjada na luta. Minha principal referência para pensar gênero, raça e classe.

"(...) Falamos sobre racismo e sobre como ele não é apenas a atitude de tratar as pessoas negras como inferiores. O racismo é, em primeiro lugar, uma arma usada pelas pessoas abastadas para elevar os lucros obtidos ao pagar menos pelo trabalho do operariado negro."
Isabela 25/10/2021minha estante
Esse livro é sensacional né? Primeira biografia que li e amei!


Aila Cristina 25/10/2021minha estante
Demais, Bela! Demais!




Fabi Miranda 04/10/2021

Que mulher foda!!!
Quanta resiliência!! No lugar dela eu já teria desistido rsrs
Sempre ouvi falar superficialmente de Angela Davis, mas nunca tinha lido nada a respeito dela. Antes de ler os seus livros, resolvi ler a sua autobiografia pra conhecê-la, saber quem é essa mulher que diz que "quando a mulher negra se movimenta, toda a estrutura da sociedade se movimenta com ela". Eu terminei esse livro inspirada e um pouquinho mais esperançosa.
Muitos relatos me lembraram os da Michelle Obama. Os olhares desconfiados, o excesso de perguntas, a precariedade dos bairros, o ensino de baixa qualidade e outros. Outros me chocaram, como o atentado que matou 4 meninas e o rapaz que foi morto por um policial branco (mais um).



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Tatá 24/05/2020

Agradeço a Toni Morrison por ter incentivado Angela Davis a escrever essa autobiografia, de um caráter político fundamental para entendermos a lógica do sistema prisional racista estadunidense, da violência contra um povo e das semelhanças dessa lógica que atravessa fronteiras e atinge países como o Brasil.
Ela conta sobre sua infância, sobre antes da prisão e sobre depois, narrando todo o processo de julgamento.
Ao contar sobre o período que ficou presa, Angela explicita as recorrentes faltas de direitos das presidiárias, como ao narrar o cotidiano das detentas e como tudo lhes era proibido: livros, papel higiênico etc. Ela conta o absurdo da ala conhecida por “ala das loucas”, onde as detentas eram dopadas com drogas para ficarem imersas dentro de si, num estado lastimável e desumano, agravando qualquer problema que aquelas mulheres poderiam ter, ou a falta de cuidados básicos de saúde, entre tantas outras questões. Ainda diante de tanta desumanidade, as detentas criam uma rede de solidariedade pela Angela, e isso é algo emocionante de se ler.

Angela, ao contar sobre sua infância, também está narrando sobre o racismo de seu tempo (e como aquele racismo impacta no racismo estrutural de hoje, o que mudou? O que não mudou?). Ela fala sobre as diferenças de lugares frequentados por brancos/as x lugares frequentados por negros/as, incluindo a condição das escolas no sul estadunidense para a população negra, sendo condições terríveis em instalações caindo aos pedaços. Ao mesmo tempo, discutiam sobre pessoas que fizeram história e que eram apagadas em vários locais, como Harriet Tubman.
O fato de Angela ser do sul dos Estados Unidos a fez desde sua infância entender o racismo de modo escancarado, em absoluto nada velado. Quando foi pra Nova York, no entanto, era como se ela descobrisse um outro tipo de racismo, pois apesar de não haver lei segregacionista, havia o segregacionismo prático, caindo por terra a ilusão de lá ser menos racista que no sul.

Eu gostaria de dizer sobre cada detalhe minucioso da narrativa da autora. Mas acho que vale entender que a autobiografia de Davis é sempre pensando coletivamente, justamente por isso a obra é rica. Ela cita diversas lutas, como a dos irmãos Soledad e de tantos/as presos/as políticos. Sua autobiografia é a autobiografia de um povo e sobre as conquistas de um povo. Ao não individualizar a sua trajetória, ela foge da lógica liberal de individualizar tudo e transforma o individual no coletivo, algo muito importante em tempos que permanecêssemos assistindo a exaltação do jogo perverso e falso da meritocracia.

Ela é uma figura histórica de extrema importância, que atravessa fronteiras, porque a partir de um feminismo que pauta raça, classe e gênero, discutindo os sistemas institucionais arbitrários, ela alcança outros países, com realidades tão violentas quanto.
Estados Unidos, anos 60: crianças negras morrendo assassinadas, jovem adolescente morre com um tiro na nuca, algemado, indefeso, pela polícia. Brasil, anos 2020: Ágatha Felix, João Pedro, Kauê Ribeiro dos Santos e mais uma infinita lista de jovens negros/as assassinados pelo Estado.

Leitura fundamental para todas e todos.

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codinome.villanelle 02/06/2020

A história de uma mulher, militante, negra, comunista, filosofa. Este livro não conta apenas a história da militante Angela davis, mas também a de muito de seus companheiros presos políticos, mostrando a triste realidade do sistema prisional norte americano.
O livro é bom, mas lento. Alguns detalhes eu considerei desnecessário mas outras partes me deixou curiosa, deixando a desejar mais explicações. Mas ainda é um livro muito interessante, e emocionante, pois em suas jornadas Angela perdeu muito de seus companheiros para o racismo, e sua narrativa me emocionou.
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Aline 13/09/2020

Obra inspiradora
Esta autobiografia narra apenas os primeiros 28 anos de vida da ativista Angela Davis, mas já é o suficiente para nos surpreender com a força desta mulher que, desde muito cedo, se dedicou à luta antirracista nos EUA. Mais do que narrar sua própria história, Davis também nos ajuda a conhecer e entender melhor o racismo estrutural americano e a perseguição sofrida por revolucionários e comunistas nesse país que se diz democrático e livre, mas onde Davis passou 18 meses presa injustamente.
Recomendo demais.
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Bianca1771 06/04/2021

Inspirador
Este livro entra para a minha lista de leitura obrigatória, ler a vida política de Angela é entender como o racismo e o sexismo estão presentes na nossa realidade e como agem. As ideias, suas dúvidas, indignações e força servem como inspiração para lutar por um mundo livre e justo.
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Levi_Motta 20/10/2022

O que dizer?
Eu gosto da Angela desde Mulheres, raça e classe. Comecei a acompanhar outros pensamentos dela e fui percebendo que eram muito parecidos com os meus. Mas eu nunca, nunca, tinha visto a história dela e o que ela passou, eu já imaginava que ela tinha passado por muita coisa, mas não tanto. O que ela fez, o que ela representa, as suas ações... O que ela era e o que ela se transformou, acho que isso transforma ela em uma das pessoas mais importantes da história do movimento negro, e causa tanto impacto em uma pessoa como eu, que não nasci nos Estados Unidos, mas conheço vários casos como o relatado no livro. E assim como o livro já citado por mim anteriormente, esse livro também é uma aula de história, pois ela traz informações(envolvendo ela), que eu nunca li em nenhum livro de colégio. Eu vou continuar lendo ela, pq ler ela é aprender o tempo todo, viva Angela Davis.
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Laura Cazarini 01/10/2021

Suas ideias e experiências me deram, por um lado, esperança e, por outro, me mostraram como eu sou acomodada hahaha seu exemplo de vida e de luta são muito inspiradores. Viva Angela Davis!
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LeftLu 11/03/2023

Uma bela forma de conhecer alguns capítulos da vida desta grande figura da história. Uma leitura revolucionária e esclarecedora sobre uma época conturbada da história estadunidense e a luta pela igualdade racial e a garantia dos direitos políticos.
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Biblioteca Álvaro Guerra 15/01/2020

Mais que um relato da juventude de um ícone da história contemporânea, este livro entrelaça lutas sociais e trajetórias individual par aprovocar uma reflexão sobre o caráter estruturalmente violento do sisterma carcerário, do machismo e do racismo, em libelo pelo direito à dignidade e à emancipação.

Empreste esse livro na biblioteca pública.

Livro disponível para empréstimo nas Bibliotecas Municipais de São Paulo. Basta reservar! De graça!

site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/9788575596838
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Aldenir.Ferreira 02/03/2023

A revolução é feminista
Sempre que leio Ângela Davis recebo um soco no estômago, um carinho na cabeça, é uma vontade imensa de fazer algo para melhorar o mundo ao meu redor. A história de luta dessa mulher é muito inspiradora.
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ari 20/03/2020

me fez pensar e repensar sobre o feminismo {o que mudou completamente a minha opinião, aliás}. após ler esse livro, vejo o quão necessário se fez/faz a luta das mulheres por seus direitos. o livro é ótimo.
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Dave 27/04/2020

Mulher Inspiradora
Angela é o tipo de pessoa que possui razões sólidas pra ganhar minha admiração:

- ações que vem antes das palavras;
- solidariedade como obrigação;
- estudo como base para esclarecimento.

Entendo ainda mais meu papel na sociedade. Obrigado, Angela.
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tinoco 04/03/2023

Angela: minha figura materna
Incrível. maravilhoso. sensacional. essencial. uma inspiração. você fica chocado como uma pessoa consegue ser tão inteligente e corajosa.
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