bia prado 19/11/2020okay[SPOILERS]
ok. eu entendo agora pq esse livro é problemático. ele fala de um tópico muito delicado e tem horas que a autora não trata do tema com tanto tato quanto deveria. é bem triste quando a Kristen fala que não é mulher/ que é menos mulher porque ela não pode ter filhos, que ela não pode cumprir o que o Josh espera dela como mulher. eu entendo que ela pode até se sentir assim às vezes, mas a autora deveria ter colocado algum personagem pra falar "NÃO. O FATO DE VOCÊ NÃO PODER TER FILHOS NÃO TE TORNA INFERIOR OU MENOS MULHER". porque no final das contas aquele "bebe milagroso" ficou parecendo não apenas meio impossível depois de ver toda a história da Kristen, mas também é como se o valor dela estivesse no fato dela, finalmente, conseguir engravidar. e não deveria ser assim. toda a trajetória pra se aceitar durante o livro meio que foi por água a baixo, pq agora ela não é mais uma mulher infértil, e AGORA sim está tudo bem. mas não deveria ser assim meu deus.
tem uma nota da autora no final que esclarece tudo isso que eu falei, mas ainda sim a mensagem que o *livro* passa não é tão clara assim. pode ser harmful e eu entendo as criticas.
algumas outras observações aleatórias:
- o josh é perfeito
- a kristen me irritou um pouco com a teimosia dela. mas tudo pelo drama na ficção né. acho que me entretenho com os personagens sofrendo (isso soa meio horrível, mas só isto explica como eu não conseguia parar de ler)
- além do drama da infertilidade, mano, aquele acidente foi HORRIVEL. odeio quando pessoas que se amam se separam assim. mesmo eles sendo personagens secundários, foi bem triste ler as cenas do hospital, e principalmente a Kristen não apoiando o Josh (isso foi meio imperdoável). o livro 2 é sobre a Sloan na verdade. mas não sei se tenho estômago pra ler ele no momento
- todas as cenas são muito boas, do começo ao fim.
- recomendo apesar da mensagem estranha que o livro passa.
- acho que vou dar 5 estrelas, apesar de reconhecer sim os pontos problemáticos. EU FIQUEI MUITO CATIVADA como a muito tempo não ficava.
trechinhos:
“You know what I think the trick to dealing with family is? I’ve been thinking about this a lot lately.”
“What?” I said, spreading strawberry jam on my toast.
“Marrying your best friend.” He wiped his mouth with a napkin. “You marry your best friend, and at family gatherings you deal with your shitty relatives together. You laugh about it and have each other’s backs. Share looks and text each other from across the room when everyone else is being an asshole. And nobody else really matters because you have your own universe.”
He held my eyes for a moment. “That’s what I want. I want someone to be my universe.”
“I’ll orbit around you and be your universe, because you’ve always been my sun.”