Hilda Furacão

Hilda Furacão Roberto Drummond




Resenhas - Hilda Furacão


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Ivana M. 14/02/2024

Didático
"Hilda Furacão" é uma obra literária fascinante escrita por Roberto Drummond, um dos grandes nomes da literatura brasileira contemporânea. Publicado em 1991, o romance retrata a história de um jovem estudante de direito, vivendo em Belo Horizonte na década de 1950, que se envolve com uma prostituta de luxo chamada Hilda.

Vamos abordar essa obra literária em termos de contexto histórico, análise de personagens, estilo literário e temas principais:

Contexto Histórico:

A história se passa na década de 1950, um período marcado por mudanças sociais e culturais no Brasil.
O país estava saindo de um período de autoritarismo com o governo de Getúlio Vargas e avançando para a democracia com a eleição de Juscelino Kubitschek.
A urbanização e modernização das cidades brasileiras estavam em ascensão, o que influenciou as transformações nos costumes e nas relações sociais.
Análise de Personagens:

Hilda: É a personagem central, uma mulher misteriosa e enigmática, cujo magnetismo atrai as atenções do protagonista. Ela representa a liberdade, a rebeldia e a busca pela autenticidade em uma sociedade conservadora.
Vadinho: O protagonista, um jovem estudante de direito que se apaixona perdidamente por Hilda. Ele simboliza a juventude, a impulsividade e a busca pelo amor verdadeiro.
Dr. Artur: Representa a moralidade e a racionalidade, contrastando com o impulsivo e apaixonado Vadinho.
Estilo Literário:

Drummond utiliza uma linguagem envolvente e fluida, mesclando elementos do romance de formação com o realismo fantástico.
A narrativa é marcada por diálogos ágeis e situações inusitadas, criando um ritmo cativante que prende a atenção do leitor.
Temas Principais:

Amor e Liberdade: A relação entre Vadinho e Hilda é marcada por uma intensa busca pelo amor verdadeiro e pela liberdade de ser quem são, apesar das convenções sociais.
Contradições da Sociedade: O romance explora as contradições e hipocrisias da sociedade brasileira da época, especialmente em relação à moralidade e aos papéis de gênero.
Redenção e Transformação: A trajetória dos personagens principais envolve redenção e transformação pessoal, à medida que enfrentam seus próprios demônios e buscam uma vida mais autêntica.
Ao abordar "Hilda Furacão" em sala de aula, é possível explorar esses elementos para promover discussões ricas sobre questões sociais, morais e psicológicas, além de incentivar os alunos a refletirem sobre a relevância da obra no contexto histórico e cultural brasileiro.
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Elispector 31/08/2014

Divertido, surpreendente e histórico
Roberto Drummond me conquistou de vez!
Se você julga essa obra pela minissérie da Globo (com o padrão global de sempre) se surpreenderá com o livro. O autor R. Drummond como narrador é divertido, fofo e cativante. Adorei.
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João Victor 26/05/2024

O livro todo senti como se estivesse sentado numa sala com o autor, num domingo chuvoso enquanto este me conta toda sua vivência antes do golpe militar de 1964, e em como o Brasil nunca mais foi o mesmo após a ditadura.
Hilda Furacão, ou a Garota do Maiô Dourado, é uma grande incógnita neste livro, e como pontuado no livro, talvez ninguém pudesse explicar a mente dessa mulher. Ela, vinda de família classe alta, com beleza extravagante e propostas de casamento de homens milionários, decidiu que, em 1º de Abril de 1959 tornaria-se prostituta, e por quê?
?pede sherloques, pede analistas freudianos e não-freudianos para desvendá-la, pede repórteres, e é um desafio;?

Se você for ler o livro, peço que baixe as expectativas quanto ao romance que protagoniza a minissérie de 1998, esta história foca não só na paixão mútua entre a garota e um frei, mas também em questões políticas (tão fluídas que não são maçantes), preconceito, religião e conservadorismo, além da vida cotidiana dos personagens.
Inclusive, para estes possíveis leitores que vieram após ver a adaptação televisiva, adianto que os finais têm suas diferenças, leia para descobrir?

O autor também mistura os fatos e ficções com tanta naturalidade que me questionei diversas vezes sobre quantos personagens e enredos ali descritos eram verídicos. Finalizo esta resenha pedindo que ?Deixe nossos maridos em paz, Hilda Furacão!?
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ViagensdePapel 22/10/2015

O começo da década de 60 no Brasil foi bastante intenso, política e socialmente falando. Nesse período, os militares ocuparam o poder e estabeleceram uma ditadura que duraria mais de vinte anos e o conservadorismo ganhava território. É neste contexto que se passa a história de Hilda Furacão, contada por Roberto Drummond.

O estilo de escrita de Drummond mistura a realidade com a ficção e usa a si mesmo como um dos personagens. Hilda conquistou o coração do público e chegou a ganhar uma minissérie produzida pela Rede Globo, cujo o papel da protagonista foi interpretado por Ana Paula Arósio.

O livro começa com a história de Roberto (alter-ego do autor), discorrendo sobre sua vida em Belo Horizonte, "uma cidade que cheirava jasmim e gás lacrimogêneo". Ele era um jovem comunista que participava de grupos de extrema esquerda e via sua cidade se transformar em um lugar tomado por religiosos fervorosos e uma elite conservadora. Roberto mora com duas tias católicas e trabalha como repórter em um jornal, que aliás quase nunca paga seu salário.

Eis que surge a figura de Hilda Furacão, cujo o sobrenome verdadeiro é Gualtieri Von Echveger, filha de uma italiana com um alemão. Ela era uma jovem de beleza hipnotizadora para os homens e que causava ódio nas mulheres mineiras, que a viam como uma ameaça para a família tradicional.


Continue lendo a resenha aqui:

site: http://www.viagensdepapel.com/2015/10/hilda-furacao-roberto-drummond.html
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Rafaella86 31/03/2023

Hilda,
Você sempre será maravilhosa!!
.....................................................................
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Gustota 20/03/2023

Um enredo muito favorecido por uma série incrível
Recentemente eu revi Hilda Furacão, por isso me deu vontade de reler o livro do Roberto Drummond. São perspectivas muito diferentes e a Globo não só aumentou o leque e tempo de tela de personagens, como também focou muito mais na Hilda Furacão e no Frei Malthus, personagens que não são os protagonistas do livro. Na verdade, trata-se de um livro de memórias da passagem dos anos Juscelino para a Ditadura Militar e como isso impactou Belo Horizonte entre o final da década de 1950 e a primeira metade de 1960. Mas esse é só o pano de fundo histórico para uma história deliciosa de realismo fantástico extremamente exagerado. Aqui, Roberto Drummond luta contra a ditadura com os comunistas armados ocupando a Serra do Curral como se fosse Sierra Maestra, Hilda Furacão faz a cidade parar com seus programas, as disputas entre Maria Tomba-Homem e Cintura Fina tem ares de guerra civil, o autor invade Santana dos Ferros com Hilda num monomotor com uma faixa de pedido de casamento para a Bela B., greves de fome no interior por causa de uma pintura de Adão bem-dotado feito pela Iara Tupinambá e o grande vilão, o milionário especulador e depravado Antônio Luciano compra a virgindade de meninas todos os dias do ano.
São esses exageros que tornam a obra tão maravilhosa e você conhecer cada ponto da cidade faz a coisa ser melhor ainda, quando a política e as fofocas jornalísticas aconteciam no Café Palhares e a Tradicional Família Mineira se reunia no Minas Tênis. É uma obra inclusive que dialoga profundamente com os tempos atuais, com diálogos sobre falso moralismo, fantasma do comunismo, especulação imobiliária em Belo Horizonte e tantas outras coisas que volta e meia ressurgem.
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zezinhaaa 22/02/2024

"sua madrasta vai ser sua vida."
Assisti a minissérie antes de ler o livro e posso afirmar que ela é muito mais interessante que o livro. na narrativa, só se fala da política e a personagem principal, que dá nome ao livro, fica de lado em sua própria história.
apesar disso, foi uma leitura até que rápida e bem fácil de ler.

"... e foi você quem abriu meus olhos, foi você quem me fez descobrir o povo e os trabalhadores do Brasil. foi você."
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Maria 04/03/2023

Divertido
Nesse romance, temos a história de Hilda Furacão, jovem mulher que, cobiçada por todos os homens da cidade, decide abandonar sua vida de "filha da família tradicional mineira" para se prost1tu1r (ou, nas palavras do autor, "fazer os homens subir pelas paredes") no quarto 309 do Maravilhoso Hotel. O motivo de tal mudança em sua vida é o cerne do mistério que ronda a personagem principal e que move o leitor a guiça de informações.
Tendo como pano de fundo a Ditadura militar no Brasil, acompanhamos, também, o envolvimento de Hilda com Frei Malthus, padre que enfrenta fortes crises quanto a sua vocação para o título.
Longe de ser uma grande obra, Drummond traz elementos interessantes: enredo envolvente, personagens caricaturais, humor ácido e críticas pertinentes. É o tipo de romance que, quando se percebe, lá se foram 100 páginas.
Mas, apesar de ter gostado, reconheço que o autor falhou em alguns pontos da narrativa (personagens e situações mal desenvolvidas, colocações problemáticas, narrador insuportável). Recomendo a leitura para aqueles que não são muitos críticos quanto a forma e conteúdo e que só querem ler algo "fácil" para passar o tempo.
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Dani 23/06/2021

Eu peguei esse livro para ler achando que leria um livro sobre Hilda Furacão, mas na verdade ela é só mais uma de tantos personagens e histórias que o autor vai contar ao decorrer do livro
O próprio autor é o personagem principal e narrador, e todos os acontecimentos são situações que ele viu ou que contaram para ele, e agora ele está nos contando (sempre muito preocupado o que a tia vai achar, haha)
É uma história fictícia com personagens reais em um momento político muito delicado no Brasil. É incrível como Roberto consegue passar para nós como estava os ânimos no momento pré- golpe. A atmosfera política do livro é sensacional, e na minha opinião, é o que salvou o livro. Apesar de termos personagens interessantíssimos, a história parece que não desenrola, fica naquele chove e não molha, sempre com um ?mas vamos deixar isso para mais adiante?. No começo achei até engraçado, mas depois de um tempo isso me enervou de uma maneira que tive que dar um break dessa leitura, porque ele fez isso com todos os personagens, então ficou aquela sensação de leitura estagnada onde nada realmente acontece. Se não fosse a narrativa quebrada e sem fluidez do Roberto, o livro seria maravilhoso porque ele realmente me fez sentir que eu estava em Minas Gerais.
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Clara2718 21/07/2023

O livro se passa nos 5 anos antes da deposição de João Goulart. Narrado por um jornalista e escritor conta alguns acontecimentos daquela época, tendo como centro a personagem fictícia Hilda Furacão, uma mulher muito desejada, antes uma inocente menina que vira prostituta, pelo motivo que ninguém sabe. Dessa forma, o romance busca desvendar o mistério de Hilda, trazendo com sigo outras histórias e outros personagens.

O livro em si é muito bom, a escrita muito boa, a história muito boa, porém esperava mais.
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mahfranxx 31/03/2024

A prostituta mais famosa do país
Três amigos e uma bela prostituta.

Um jornalista comunista ativista na luta;

Um frade, religioso incentivado pela família;

Um jovem ator com o sonho clássico Hollywoodiano.

Roberto Drummont foi sagaz na escrita de Hilda Furacão, que é praticamente uma fofoca sendo contada na época mais difícil do militarismo brasileiro, recriando o cenário social moralista-conservadora da época e a tensão política que agitava os últimos anos que antecederam o golpe militar de 1964.

A garota pura do maiô dourado, se tornar a maior prostituta de Belo Horizonte, e o motivo então desconhecido. O santo, o frei mais amado pelas religiosas e senhoras de idade, largar a batina, por um amor que nunca sentiu em sua vida.

O surgimento de Hilda Furacão coincide com uma manifestação para acabar com os prostíbulos da Zona Boêmia, e transferir seus habitantes. O projeto precisava ser votado na câmara e dividia opiniões e pós em confronto, de um lado, os defensores da Zona Boêmia, sobretudo os habitantes do grandioso Hotel ? entre eles Hilda, a prostituta Maria Tomba-Homem e o travesti Cintura Fina ?, e, de outro, a Sociedade Defensora da Moral e dos Bons-Costumes, liderados pela moralista Loló Ventura, e é aqui que nosso querido Santinho entra, prometendo exorcizar Hilda Furacão.

Porém, ao contrário do que se é induzido pensar, Hilda não é a principal personagem. O livro vai misturando realidade e ficção, centrando-se na história do seu próprio narrador.
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Clau Melo 28/06/2022

Muita política e pouco Hilda Furacão...
Decepcionante: Muita política e pouco Hilda Furacão...
Escolhi a leitura deste livro com a expectativa que seria melhor que a série produzida pela Globo em 1998, mas infelizmente não foi o que eu esperava.
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Maria 15/09/2022

Clássico
Narrativa peculiar de uma história sensível. A escrita do autor é brilhante. A condução da história e a ambientação de encher os olhos!
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