Hilda Furacão

Hilda Furacão Roberto Drummond




Resenhas - Hilda Furacão


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João Victor 26/05/2024

O livro todo senti como se estivesse sentado numa sala com o autor, num domingo chuvoso enquanto este me conta toda sua vivência antes do golpe militar de 1964, e em como o Brasil nunca mais foi o mesmo após a ditadura.
Hilda Furacão, ou a Garota do Maiô Dourado, é uma grande incógnita neste livro, e como pontuado no livro, talvez ninguém pudesse explicar a mente dessa mulher. Ela, vinda de família classe alta, com beleza extravagante e propostas de casamento de homens milionários, decidiu que, em 1º de Abril de 1959 tornaria-se prostituta, e por quê?
?pede sherloques, pede analistas freudianos e não-freudianos para desvendá-la, pede repórteres, e é um desafio;?

Se você for ler o livro, peço que baixe as expectativas quanto ao romance que protagoniza a minissérie de 1998, esta história foca não só na paixão mútua entre a garota e um frei, mas também em questões políticas (tão fluídas que não são maçantes), preconceito, religião e conservadorismo, além da vida cotidiana dos personagens.
Inclusive, para estes possíveis leitores que vieram após ver a adaptação televisiva, adianto que os finais têm suas diferenças, leia para descobrir?

O autor também mistura os fatos e ficções com tanta naturalidade que me questionei diversas vezes sobre quantos personagens e enredos ali descritos eram verídicos. Finalizo esta resenha pedindo que ?Deixe nossos maridos em paz, Hilda Furacão!?
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naticeccato 23/05/2024

Que livro maravilhoso, li mais rapido do que vi a serie mas achei mt melhor. O santo é um personagem muito melhor no livro, com muito mais personalidade, alem disso o proprio roberto é maravilhoso, não só como autor mas como narrador e personagem, todo o relato do contexto historico da epoca foi tao bem feito que eu me esqueci que tava lendo um livro sobre A hilda furacão, qur tambem é uma personagem linda e maravilhosa, mas na minha opiniao não recebe tanto destaque no livro quanto recebe na serie
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duda 22/05/2024

Sou obcecada com a política dessa etapa do brasil
Muita gente não gosta desse livro por justamente falar mais sobre a política em si, do que o romance. mas eu amei justamente por causa que retrata a política da época, não que o romance da hilda e do santo seja ruim.. eu amo esse romance também, mas porque saber o contexto social e político da época é muito importante pra mim e me interessa.

nessa mesma linha do contexto social e político da época, é visto no livro o governo de jânio quadros, com muita gente reclamando do seu governo e aí mostra sua renúncia, depois com a chegada do jango como presidente, e todo seu governo até 64, quando foi deposto pelo golpe militar. também é mostrado o pré golpe com muitooos detalhes, como: o que se passou em belo horizonte no dia anterior e no próprio dia e também mostra alguns detalhes da ditadura em si.
também fala de muitos jornalistas influentes da época, muitos políticos de esquerda que roberto conhecia?
também gosto muito da parte que retrata o comunismo do roberto, é muito engraçada as reuniões secretas que estudam o comunismo, o pôster do che, os livros do jorge amado que roberto menciona, e que inclusive coloquei muitos na lista de quero ler.
a história dos camaradas e a sierra maestra que o roberto queria fazer?

porém não é só a política que me interessa no livro e na novela, sou APAIXONADA no romance da hilda e do malthus que é muito lindo, muito complexo, muitas divergências e muitos extremos? mesmo não falando muito do romance no livro, dá pra entender nas entrelinhas o que estava se passando com os dois! como a adoração de malthus pelo sapato perdido da hilda, e eu achei interessantíssimo que o santo parou de lutar pela direita brasileira conservadora e passou a ser militante da JOC (juventude operária católica) só por causa dela, e ele mesma afirma que a hilda abre os olhos dele pro povo mais pobre e marginalizado do brasil.

e não deixando de lado os outros personagens da história, que eu também sou encantada, ri muito com as histórias de santana dos ferros, e a história de aramel e a gabriela m, todas essas histórias são incríveis e dá a narrativa um brilho à mais que faz ficar mais especial!

enfim, recomendo muito esse livro! mas também sou suspeita pra falar porque tem tudo que eu gosto! hahaahahah
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Lê<33 20/05/2024

Atemporal
O que falar desse livro? eu amei cada detalhe, a narrativa é incrível e o toque de acontecimentos engraçados... e ainda mais o peso dos acontecimentos sérios. em alguns detalhes senti falta de aprofundamento, na verdade de muitas coisas mas o livro continuou sendo amado, vou assistir a novela agora!! recomendo muito embora o final não tenha me deixado tão tão feliz?
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Zé Guilherme 15/05/2024

O mito da garota do maiô dourado!
Ahhh, Roberto Drummond que livro envolvente. Tudo nele tem aquele ar mítico e atmosférico do interior, mas o maior trunfo são as figuras emblemáticas que ele nos apresenta!!

Às vésperas de um Golpe Militar, somos apresentados as desventuras e aventuras de três amigos de infância: o narrador Roberto, Aramel o Belo e Frei Malthus o Santo. Daí em diante, a chegada da misteriosa Hilda Furacão na zona boêmia de Belo Horizonte, vai nos deixando a par do universo plural que percorre as ruelas da capital mineira e da pequena Santana dos Ferros, cidade de origem do nosso trio.

Divertido, emocionante, sensual e político! Impossível não terminar a obra máxima do autor com os olhos marejados. Adorei.
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stephany :) 14/05/2024

? Por que a garota do Maiô Dourado trocou o Minas Tênis Clube pela Zona Boêmia?

"Hilda Furacão" é uma obra fascinante, o livro retrata de forma única o cenário político e social de Belo Horizonte na década de 1950, entrelaçando os destinos de vários personagens em meio a uma trama cheia de simbolismos e críticas sociais.

A política desempenha um papel significativo no enredo, o Roberto que além de autor, também narra a história, é um jovem jornalista, que simpatiza com ideias comunistas e que está envolvido em atividades políticas de esquerda. Na minha opinião, ele conseguiu apresentar uma visão crítica e perspicaz sobre a política da época, a abordagem dele permite a nós leitores várias reflexões, não apenas sobre o passado histórico do Brasil, mas também sobre questões políticas atuais.

O relacionamento entre Hilda e Malthus também é importante para o enredo, apesar de ser bem menos trabalhado do que na minissérie de tv, continua sendo um romance complexo. Inicialmente, Malthus é apresentado como um homem de fé e moralidade rígidas, um Santo, um líder espiritual que encontra em "Hilda" o seu milagre, ele quer "salvar" Hilda do mundo de devassidão em que ela vive.

Já a figura de "Hilda Furacão", na minha opinião, é apresentada como uma representação da libertação feminina em meio a uma sociedade conservadora e opressora.

O relacionamento deles evolui ao decorrer da trama, mas o principal acontecimento do romance é o sapato de Hilda que ela acaba perdendo, e que Malthus encontra, guarda, e passa a "adorar" às escondidas.

Por um lado, a presença de Hilda na vida de Malthus é uma ameaça às suas convicções, e ao seu papel social como líder espiritual. Por outro lado, ela desperta nele compaixão, empatia, e até mesmo desejo, coisas que estão além de fé e moralidade.

Acho importante ressaltar que o relacionamento deles não se limita apenas ao aspecto romântico ou sexual, mas também abrange questões mais profundas como liberdade e aceitação. Hilda, sendo uma personagem multifacetada, desafia não apenas Malthus, mas também os padrões sociais e religiosos da época.

Enfim, "Hilda Furacão" é uma leitura pra quem gosta de política e romance, continua sendo uma obra relevante mesmo décadas depois de sua publicação. A escrita pode causar estranheza, mesmo sendo poética é um pouco densa, necessito também dizer que a minissérie romantizou muito dos acontecimentos, aqui no livro, nós temos apenas o relato cru do Roberto, já na série temos cenas lindas e sensíveis entre Hilda e Malthus, portanto, não esperem nada de cenas bonitas, pois é tudo na visão do nosso querido Camarada Lima (KKKKKK). Independente de qualquer coisa é uma leitura que vale à pena.
Evy The Creator 14/05/2024minha estante
Gostei demais da resenha! ?? Você nem citou o Aramel né, coitado kkkkkkkkk, mas assim concordo com você em todos os pontos, dei 3,5 também, mas eu gostei mais do livro do que da série, pois trás uma visão mais realista.


AliJu 14/05/2024minha estante
Ótima resenha, Ste! ? Com certeza vai ajudar quem estiver em dúvida sobre ler ou não. Eu acho que não é meu estilo, mas parece um livro bom de toda forma ?


stephany :) 14/05/2024minha estante
Evy, fico muito feliz de você ter gostado ?, não citei o Aramel porque não gosto dele KKKKKK e mana não sei como você prefere o livro, a série é simplesmente uma obra prima, reconheço que fantasiou muitas coisas, mas mesmo assim é perfeita.


stephany :) 14/05/2024minha estante
Ali, obrigada amg ?, eu também acho que não é seu estilo, apesar do autor ser comunista e o livro ter um foco em política (que eu acho que você curte), também tem muito romance, e lembro que você disse que não gosta.




daphnemerces 10/05/2024

Eu não esperava gostar tanto de ler Hilda furacão!! pra mim, foi uma escrita totalmente nova, o Roberto sabia como fazer uma fofoca literária auhaha o jeito que ele consegue conversar com o leitor é d+

confesso que fui esperando ser mais sobre Hilda e frei Malthus, mas a história consegue ser melhor ainda com todos os personagens secundários, além da ditadura de fundo e claro: BH como cenário

me aperfeiçoei tanto, moro em BH e pude reconhecer varios dos lugares citados e com certeza foi o que me fez amar ainda mais. Um livro que se passa na ditadura de 64, mas que em alguns nuances consegue ser tão atual. Incrível acompanhar o Roberto comunista auauhshshsuauaa o final foi realmente uau!! Eu não esperava :c confesso que desejava a Hilda sendo feliz com o malthus

Ai Roberto, quao impactante foi ler sua obra...obrigada
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Cat 09/05/2024

Envolvente
Achei muito engraçado a relação dos dois,e o foco não só na Hilda mas no aramel e no Rodrigo Hilda é icônica e memorável
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astereads 06/05/2024

Que final, meus amigos...
Primeiro queria começar essa resenha elogiando a escrita do autor. Eu considero muito um estilo experimental, porque genuinamente nunca li nada assim e senti que tudo foi muito bem conectado, mesmo os plots secundários sendo tão diversos. A questão de política, no livro, foi muito bem feita, e me resta perguntar o impacto que teve na época que foi lançado. Um livro sobre hipocrisia, conservadorismo, putaria e sacrilégio; a experiência que eu nem sabia que precisava tanto ter.

Mas esse final, Jesus... foi impactante e inesperado, mas ainda assim completamente verossímil. Me fez pensar em como a literatura brasileira é diversa e linda, e precisa muito ser panfletada.

Enfim, virou um dos meus livros favoritos e recomendo muito porque, mesmo sendo um livro até grande, tem uma escrita muito gostosa de se ler por diversão.
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Lelê 06/05/2024

PERFEITO
Meu senhor Jesus cristinho, que livro perfeito. Isso é uma obra prima da atualidade e não é atoa que virou até série. Cada palavra, cada expressão, cada hipótese levantada. O final trágico é o auge. EU AMO
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Carole 01/05/2024

Livro espetacular que se passa na ditadura militar de 64
Algumas pessoas buscam este livro imaginando que ele todo é sobre um romance de um padre e uma prostituta, mas lhes digo, isso pode até estar no livro, mas não é nem de perto seu foco. Porém, isso não é um problema! O livro é absolutamente fantástico. Tornou-se a melhor obra que li em minha vida até o momento.
O autor do livro é também narrador e traz relatos reais misturados com ficção, sendo Hilda Furacão uma pessoa real, assim como alguns outros personagens.
Os personagens são muito interessantes, cada um com sua história diferente, que de alguma forma estão interligadas. De uma história que se inicia sendo uma interessante narrativa sobre muitos personagens variados, a polaridade entre pessoas mente aberta e conservadores e experiências jornalísticas do autor, chega até o fatídico primeiro de abril de 1964. Quem dera fosse uma mentira: começava ali a ditadura, que inclusive barrou o tão esperado romance entre um padre e uma prostituta. Como? Bom, isso é spoiler. Recomendo a todos que leiam o livro de mente aberta, se deliciem com histórias muito curiosas do povo mineiro e criem consciência dos horrores e torturas que passaram os opositores da ditadura.
Por fim, muito além da garota do biquíni dourado, prostituta do quarto 304 do maravilhoso hotel e mulher que fez um padre ficar totalmente apaixonado e mudar o rumo de sua vida, Hilda é uma mulher inteligente, que inclusive gosta muito de geografia e foi a favor da reforma agrária no Brasil.
Finalizo minha resenha com uma fala muito inteligente de Hilda:
"Responda, Frei Malthus: alguma vez, você que é Santo, soube como vive um operário brasileiro? Pois eu, que você diz que sou o demônio, sei como vive o operário brasileiro. Sei da fome do povo brasileiro, a fome dos operários, dos favelados, dos subempregados, dos desempregados, e dos que nada têm e que sentem uma fome muito além do pão nosso de cada dia, Frei Malthus. Sentem uma fome de carinho, fome de esperança, meu querido Frei Malthus."
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