O Chalé No Fim do Mundo

O Chalé No Fim do Mundo Paul Tremblay




Resenhas - O Chalé do Fim do Mundo


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Coisas de Mineira 10/05/2023

O CHALÉ NO FIM DO MUNDO, PAUL TREMBLAY – O QUE SERÁ QUE ELES QUEREM?
“O Chalé no Fim do Mundo é um livro que não consegui definir bem seu gênero. Ele poderia ser um terror slasher, às vezes. Ele tem questões LGBTQIAP+ também. E fala sobre uma espécie de seita, ou crença estranha. O leitor fica todo o tempo tentando descobrir o que está acontecendo naquelas páginas.”

O autor Paul Tremblay foi premiado com o prêmio Bram Stoker Award por seu livro “Na Escuridão da Mente”, considerado um dos livros mais assustadores do seu ano de lançamento. Dessa forma, a expectativa dos leitores a respeito de “O Chalé no Fim do Mundo” foram sim, altas. Alguns dizem que o terror mais sossegado, quieto, vagaroso… é que é o terror de fato. Que assusta.

RESENHA DO LIVRO O CHALÉ NO FIM DO MUNDO

Então, nasceu “O Chalé no Fim do Mundo”. O que pode ser considerado um terror extremamente devagar. Nada aqui tem pressa ou é acelerado. E isso já percebemos desde o início quando Wen, uma pequena criança, conhece o grandalhão Leonard. Ele se apresenta logo a ela, porque é inadimissível que crianças conversem com pessoas desconhecidas, não é mesmo?

Wen estava caçando e catalogando gafanhotos. Ela os colocava dentro de um vidro, e escrevia sobre eles. Dando nome e tudo! A garota se empenhava muito nessa atividade. Era algo bastante importante para ela. Assim iremos embreando aos poucos nessa trama que pode ser tanto psicológica, quanto paranoica. Não há como saber com cem por cento de certeza o que está acontecendo no momento que estamos lendo.

Papai Andrew e papai Eric, resolveram viajar com sua filha adotiva. Temos, durante a narrativa, flashs de como essa adoção aconteceu, e de como eles, como família, passaram por distintas adversidades. E venceram. Pois naquele momento, tudo estava perfeitamente bem, do jeito que eles sempre sonharam. Todavia, precisarão em breve, enfrentar o poder da crença versus o potencial do ser humano pra violência.

UM PASSEIO QUE NÃO DEU CERTO

Os pais de Wen queriam estar em um local totalmente deserto. Por isso, é que eles resolveram ir para New Hampshire. Ali onde não há vizinhos, nem recepção de celular. Onde eles pensavam que somente os três iriam passar dias agradáveis e desconectados. Vivendo um pelo outro. Mas, obviamente, tanto pelo viés da fama do autor, quanto da supracitada presença de Leonard conversando com a garota, já sabemos que as coisas não serão assim!

Leonard apesar de ser um homem gigantesco, é bastante cordial, gentil. Ele aparenta ser agradável e se importar com Wen. Ele conversa com ela, e explica que agora, ele e alguns amigos seus, precisam conversar com seus pais. E até a pequena menina acha que algo de errado está acontecendo. Porque os amigos de Leonard que vêm chegando, são muito estranhos!!!

Leonard apresenta seus amigos, e eles são Redmond, Sabrina e Adriane. Eles se vestem de forma simples. Também possuem instrumentos de trabalho que parecem estranhamente modificados. Algo que não dá pra entender muito bem. Quando a menina vai até eles, e começa a achar tudo bastante estranho, os pais resolvem averiguar os recém chegados ao chalé. E não é que a galera é excepcionalmente esquisita?

PODEREMOS REVERTER ISSO?

Eric e Andrew entram em parafuso, e começam a fechar o chalé da forma que conseguem. Os “visitantes” indesejados começam a forçar sua entrada, até que acham uma maneira de adentrar o local. Eles amarram os pais de Wen em cadeiras. Mas, ao mesmo tempo, pedem desculpas por terem causado aquela bagunça, e por terem assustados a eles e a menina. Umas figuras muito estapafúrdicas mesmo. Parecem até contraditórios.

Quando Andrew e Eric estão lá, indefesos e presos, o grupo começa a passar a mensagem tão especial a qual foram encarregados de entregar. O motivo de estarem ali é porque o mundo está acabando. Uma espécie de apocalipse está à porta. E a única forma de se impedir que tantas e tantas pessoas morram, e que esse mundo conhecido possa continuar a existir, depende da família que está naquele chalé.

QUANTA DOR ELES SERÃO CAPAZ DE SUPORTAR…

Então, Andrew e Eric precisam tomar uma difícil, mas inevitável, decisão. Eles precisam escolher uma pessoa como sacrifício. E somente os pais e Wen podem decidir quem será essa pessoa. Não poderia ser, no caso, uma escolha dos quatro esquisitões empunhando armas quase medievais. Obviamente os dois pais se desesperam, entram em colapso com suas próprias crenças, tentam desacreditar a fala dos “enviados” e por aí vai.

Nesse momento o livro se torna eternamente lento. Parece que ficamos presos em meio a lembranças dos pais de Wen, a cenas pré-programadas pelos quatro que chegaram sabe Deus de onde, por algumas coisas que Wen se recorda sobre sua vida maravilhosamente bem (mesmo sendo tão criança ainda), e por aí vai. A pressão psicológica acontece durante esse momento. Leonard é o responsável em ficar lembrando Eric e Andrew que existe um relógio correndo, e que o tempo está passando.

Os quatro estranhos explicam a forma que chegaram até àquele chalé, e como cada um acabou fazendo parte daquela espécie de “chamado”. Wen e seus pais querem dissuadir Leonard e seus amigos dessa ideia horrível, e das consequências apocalípticas (com o perdão do trocadilho) caso não se decidam por sacrificar nenhum dos dois. Será que esses quatro são apenas lunáticos que tiveram o azar de se encontrar em algum fórum on-line?

O FIM DESSA HISTÓRIA NÃO É PARA QUALQUER UM

Em suma, isso é tudo que eu tenho para te apresentar a respeito de “O Chalé no Fim do Mundo”. Não posso falar mais, pois como essa é uma história que praticamente acontece quase toda em um local só, qualquer escapulida minha, poderá acarretar em um possível spoiler para você. E são poucos que conheço que se sentem estimulados com os spoilers. Então te deixo aqui agora, tentando entender o que esse bando de gente, dentro de um chalé, no fim do mundo, irá conseguir resolver a respeito do fim de tudo.

Finalizando, confesso que fiquei interessada em conhecer a obra do autor que foi tão bem premiada. Gostaria de entender se o estilo do autor é diferente do que ele mostrou pra gente em “O Chalé…”, ou se ele está mantendo uma fórmula. Também estou curiosa se darei uma terceira chance a Tremblay, ou se encerraremos nossos negócios com “Na Escuridão da Mente”.

Por: Carol Nery
Site: www.coisasdemineira.com/2023/05/o-chale-no-fim-do-mundo/
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Ana Ceci 06/05/2023

Bom desenvolvimento, péssimo desfecho
Em primeiro lugar, já gostaria de avisar que esse livro tem cenas bem gráficas de t0rtura, de agressã0 e de v!iolência, então atenção a isso!

Bom, o começo da história é muito bom! É o momento em que conhecemos a fofíssima Wen, seus pais Andrew e Eric (sim, a representatividade LGBTQIA+ está on por aqui!), mas também Leonard, que já começa a levar o terror para dentro da casa dessa família que só quer ser feliz!

Conforme a trama vai avançando, a resistência e o desespero de Wen e seus pais é palpável e me deu MUITA agonia! Contudo, os “invasores” acabam entrando no chalé e é aí que o verdadeiro terror começa! Sem muitas informações para não dar spoilers, o que posso dizer é que a interação entre todos vai ficando cada vez mais nerv0sa e os acontecimentos são frenéticos a partir daí, o que me agradou muito e me fez querer continuar lendo a todo custo!

No entanto, depois de um certo acontecimento em específico, o qual não gostei, a história desandou! Infelizmente, o encaminhamento para o desfecho e as cenas finais não me agradaram! Nada fez sentido ali e ficou completamente “sem graça” se comparado a todo o resto da história!

Enfim, a trama é boa, principalmente por tratar de temas como fanatism0, s4crifíc!o, apresentar cenários apocalípticos e por ter sido adaptada recentemente (Batem à porta), mas deixa a desejar em sua conclusão!

>>> Vejam mais resenhas no Instagram de @Territoriodoslivros!

site: https://www.instagram.com/territoriodoslivros/
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Clau Melo 08/04/2023

Vencedor do Prêmio Bram Stoker 2019.
Literatura americana, 2019. Classificado como Terror. Vencedor do Prêmio Bram Stoker 2019.
A adaptação "Batem à porta" tem algumas diferenças e final diferente.

Novo livro do autor do premiado livro de suspense Na Escuridão da Mente.
A menina Wen, de sete anos, está de férias com seus pais, Eric e Andrew, em um chalé isolado perto de um tranquilo lago em New Hampshire. Numa tarde, quando Wen está caçando gafanhotos no jardim à frente da casa, um estranho aparece inesperadamente. Leonard é o maior homem que Wen já viu, mas ele é jovem e amigável, e a conquista quase de imediato. Leonard e Wen conversam e brincam até Leonard de repente pedir desculpas. “Nada do que vai acontecer é culpa sua.” Outros três estranhos chegam ao chalé carregando objetos não identificáveis de aparência ameaçadora. “Precisamos de sua ajuda para salvar o mundo.”
Assim começa uma narrativa insuportavelmente tensa e envolvente sobre paranoia, sacrifício, apocalipse e sobrevivência que se intensifica até culminar numa conclusão devastadora, na qual o destino de uma família inseparável está, possivelmente, entrelaçado ao futuro de toda a humanidade.
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Homero 07/04/2023

Imagine.
Uma trama direta ao ponto, suspense interessante e incomum, te coloca na dúvida sobre o que é realidade ou ilusão ou mentira.

A leitura é fácil, mas embora apesar de curto, a impressão é que deveria ser um pouco mais e que deram uma alongada desnecessária para valorizar.

O final é daquele tipo que desagrada muita gente por ser aberto. Mas eu curti, fico com minhas interpretações e coloco minha imaginação para fluir! (E meus finais imaginativos são terríveis hehehe)

P.S.: Não consegui me apegar aos personagens (nem a Wen).
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Ricc 05/04/2023

Nadou, nadou... e morreu na praia
Andrew e Eric são os pais adotivos de Wen. Eles decidem passar uns dias em família num chalé isolado dos grandes centros. O que eles não esperavam é que teriam péssimas visitas.

***PODE CONTER SPOILERS***

A premissa é interessante e, pelo menos nos capítulos iniciais, a escrita prende a atenção do leitor. Começa bem, apresentando os fatos diretamente no ponto, criando um suspense e mistério em relação às motivações dos malfeitores.

A ideia é ótima. Soa original e intrigante. Porém, a execução deixa a desejar.

O autor se utiliza de descrições e flashbacks na tentativa de ambientar o leitor, mas peca pelos excessos. Páginas de descrições e flashbacks vazios, sem utilidade alguma para o desenvolvimento da história e até mesmo dos personagens, tornam a leitura maçante e arrastada.

A trama central é rasa em sua execução, tornando apenas mais um livro sobre sequestro. Temos uma história que promete ser pós-apocaliptica, mas só promete mesmo.

Do meio pro fim, tive a sensação de que o próprio autor desistiu do livro. Finalização corrida, sem grandes explicações, deixando a cargo da interpretação de cada um (se a intenção aqui foi trazer uma reflexão mais filosófica, o autor falhou miseravelmente).

Enfim, foi frustrante. Tinha potencial, mas acabou se tornando denso e sem profundidade. Uma pena!

***

Precisamos falar sobre gafanhotos... (risos)

#1: A coisa já não ia bem, mas a morte da Wen foi a gota dágua pra mim. A única personagem cativante do livro foi totalmente desperdiçada. Que ódio!

#2: Que apocalipse foi esse? E as visões aleatórias? Origens? O que justificam os eventos? PI-A-DA! Explicar pra quê né, sr. Paul? VOCÊ ME PAGA!

#3: Eric e Andrew foram um casal tão sem carisma, tão chatos... Deu até preguiça!

#4: Os malfeitores foram tão rasos que, mesmo com as cenas de violência, não chegaram a me assustar. Talvez seja pela falta de argumentação nas ações. Fracos.

#5: Ainda não assisti a adaptação recente mas pretendo assistir somente pela direção do M. Night Shyamalan. 'Batem à porta' pode ser um raro caso em que a adaptação se sai melhor do que o livro.
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Felipe @quarta.capa 05/04/2023

O Chalé no Fim do Mundo por @quarta.capa
"O Chalé no Fim do Mundo" tem uma proposta que me conquista fácil. Imagine um local isolado, sem sinal de celular, culminando em uma invasão domiciliar. Terrível. Como se não fosse suficiente, os invasores, devido a sua fé cega, exigem um sacrifício. Não há conversa, barganha ou saída. Isso porque o destino da humanidade depende desse ato.

Paul Tremblay, com essa premissa, consegue entrar em nossa mente e causar um horror inexplicável, similar a situação em que coloca seus personagens. A tensão se estende do início ao fim e, devido a dualidade dos protagonistas, um cético e um crente, uma crescente de dúvidas vai se instaurando em nossa cabeça.

São tantas dúvidas que você nunca sabe em que ou quem acreditar. Os invasores falam a verdade? Eles tiveram mesmo visões apocalípticas? Ou estão sendo movidos por ódio e preconceito? São perguntas que você precisará interpretar e responder por conta própria. Nada nessa obra é entregue de mão beijada.

E é nesse confluente de dúvidas, paranoia, sacrifícios e apocalipse, que o autor entrega uma história que flutua entre o gore e o horror psicológico, sobre a condição do homem moderno oscilando entre o misticismo alienado e a razão analítica. Utiliza, para isso, pavores contemporâneos como ingrediente básico e motivador da narrativa - dramas de refugiados, preconceitos, catástrofes, tsunamis, epidemias.

É uma história tensa, reflexiva, desoladora. Porém, não deixo de me questionar se todo o horror que se passa n'O Chalé nada mais é do que uma metáfora de todo o absurdo que vivenciamos ou assistimos diariamente.

site: https://www.instagram.com/p/CqJZEjLrIOP/
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Pollyana 22/03/2023

Uma leitura eletrizante!
Imagine-se no seguinte cenário:
Você está com sua família curtindo as férias ao norte de New Hampshire, há poucos quilômetros da fronteira com o Canadá, num chalé vermelho que se encontra longe da civilização, mas próximo do lago Gaudet.
É um dia ensolarado e os raios de sol cintilam sobre a copa das árvores. ☀️
Tudo parece perfeito e você tem a absoluta certeza de que esses dias lhe renderão boas lembranças. No entanto, tudo muda com a chegada de quatro estranhos que batem à sua porta, carregando armas assustadoras e dizendo palavras desconexas. 😬
Eles acreditam que o fim do mundo está próximo devido a uma mensagem misteriosa que receberam. Só há uma forma de impedir o apocalipse: sua família deverá escolher sacrificar por vontade própria um de vocês para impedir que o planeta Terra acabe.

Escrito por Paul Tremblay, este cenário perturbador inspirou o filme M.Night Shyamalan, "Batem à Porta".

"— A mensagem é clara, e nós somos os mensageiros, ou um mecanismo por meio do qual a mensagem deve ser transmitida."

Embora tenha um ritmo lento até a página 100 aproximadamente, a história conseguiu me prender pela narrativa exuberante, que me transportou de tal forma que em certos momentos consegui ouvir os sons, imaginar a iluminação como o nascer e entardecer do sol, e as feições dos personagens nos diálogos.
A ambientação é descrita de forma bem vívida, o que ajuda a trama a parecer realista. Sem sombra de dúvidas, a característica (na minha opinião) mais forte da obra.

Wen, Eric, Andrew compõe o núcleo de protagonistas. Uma família imperfeita, onde cada membro possuía seus próprios dilemas, medos e tramas, mas que se amavam e demonstravam isso todos os dias com pequenas e sutis atitudes. A relação que ambos os pais tinham com sua filha era surreal. Vê-los juntos é lindo; seja nas lembranças do passado antes da desgraça acontecer e todos estarem numa situação de extremo perigo, seja no presente, onde Eric e Andrew fazem de tudo para mantê-la em segurança, preservando sua inocência.

"O Chalé no Fim do Mundo" vai muito além de uma história de terror clássica. Claro, é digna sim de todos os aplausos e elogios devido a excelente construção narrativa, as cenas emocionantes e a temática central envolvendo apocalipse e sacrifício. Porém, a obra para mim vai muito além do horror. Ela representa o que a sociedade está buscando ultimamente quando nos referimos a uma boa história: realismo, críticas sociais e políticas, mensagens de reflexão, diversidade e inclusão.
Com representatividade LGBTQIA+, os protagonistas da obra, Andrew e Eric são homossexuais, pais adotivos amorosos e personagens fortes, que não se deixam abalar mesmo quando tudo parece não haver mais solução. Eles são resilientes e não digo isso só pelo que ocorreu no chalé.
Andrew foi vítima de um ataque brutal num bar, oito anos antes dos acontecimentos nas férias. Mesmo tendo sofrido uma agressão, ele deu seu melhor para seguir em frente (mesmo que não tenha conseguido 100%). Ele arranjou formas que o fizessem se sentir mais seguro e evoluiu muito no quesito autoconfiança. O problema nunca foi quem ele era, ou sua opção sexual. O problema sempre esteve nas pessoas que se achavam no direito de atacar alguém por puro ódio e preconceito, não enxergando o quão ridículo, arcaico e bárbaro é seu pensamento/comportamento.
Eric, por outro lado, enfrentou seus pais para ser livre e assumir quem verdadeiramente era. Teve que morar de favores na casa de amigos para pagar a mensalidade da universidade que os pais deixaram de pagar após ele revelar ser gay. Passou anos sem falar com eles. Não imagino o quão sofrível deve ter sido. E mesmo seus pais visitando-o de vez em quando, seu relacionamento com eles não é mais o mesmo.

Já Wen é uma garotinha chinesa adorável, esperta demais para sua idade, como o livro sempre reforça. Dona de uma personalidade forte, ela sempre sabe o que quer. Corajosa e destemida, ama seus pais mais do que tudo no mundo e dá para perceber isso.
No entanto, ela não é inteiramente feliz como demonstra. Ela ama seus pais, mas vemos um outro lado dela que ela nunca comentou com Andrew e Eric: o sofrimento que ela carrega por ter sido abandonada. Ela se questiona sobre isso, em certos momentos, chega a se culpar.

Quantos Andrew, Eric e Wen não existem no mundo? "O Chalé no Fim do Mundo" talvez seja um grande sucesso pelos personagens tão marcantes e realistas, que nos fazem não só se colocar em seus lugares, como também em compará-los com casos reais, estes que passam nos jornais e documentários onde ocorrem LGBTQIAfobia e abandono de crianças por exemplo.

O fascínio religioso foi outro fator que marcou presença na trama. Na obra não fica claro se tudo não passou de um delírio por parte dos quatro visitantes misteriosos: Leonard, Redmond, Adriane e Sabrina; ou se de fato o apocalipse estava acontecendo, embora fosse pouco provável na minha opinião.
O que não deixa dúvidas é a forma doentia como todos os quatro acreditam veementemente no que viram em seus sonhos, chegando a se sacrificarem por uma crença, algo que nem eles sabem 100% da veracidade.
Trazendo para a realidade, podemos fazer uma analogia às pessoas extremistas que agem em nome de uma religião (seja ela qual for) e pregam por amor e paz, enquanto cometem atos cruéis e perversos.

Por fim, não poderia encerrar minha resenha sobre "O Chalé no Fim do Mundo" se não falando sobre o final. Afinal, ele é bom?
Eu não assisti o filme (ainda), mas sei que alguns de vocês detestaram os acontecimentos que se sucederam do ápice até a conclusão. O que posso dizer é que o final DO LIVRO foi bem condizente com a proposta do autor. Claro, eu não gostei de certa coisa que aconteceu (não vou citar devido a spoiler), mas entendi que se não tivesse ocorrido, o final não faria sentido, tudo mudaria.
Acho que o final foi como uma centelha de esperança após dias de tempestade. É como ver um raio de sol, bem pequeno, começando a afugentar as nuvens cinzentas. Não foi feliz, contudo não foi inteiramente triste.
Recomeço é a palavra que define melhor a conclusão de "O Chalé no Fim do Mundo". Como disse o próprio Andrew:

"A tempestade rodopia diretamente acima de nós. Mas nós já passamos por várias outras tempestades. Talvez seja diferente. Talvez não. Seguiremos."

site: https://www.instagram.com/thefawkes_/
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Colares.Marietto 20/03/2023

O chalé no fim do mundo
Leitura chata, final péssimo. Demorei demais pra terminar essa leitura por ela ser muito arrastada. O final é péssimo pois te deixa sem as respostas para as principais questões apontadas no livro.
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Welington 14/03/2023

Poderia ter sido muito bom.
Um livro que funcionária muito bem se fosse um conto, mas como um romance, deixa muito a desejar. Ele tem uma prremissa muito interessante, mas falta um desenrolar, uma exploração melhor do que nos foi apresentado, só que o autor opta em gastar as páginas com repetições.
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Valerya insta @leslivres_ 05/03/2023

Seguiremos....
Um livro instigante demais lido em apenas 01 dia e meio...
Um livro que nos deixa cheios de dúvidas durante sua leitura e acabamos praticamente sem respostas.... pois difícil dizer o que foi verdade ou não ...
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Gab' 05/03/2023

Péssimo.
Esse é um daqueles livros que deixam a gente com raiva quando termina. Para dizer a verdade foi tão ruim que eu nem lembro direito o final que ele teve, apenas sei que foi péssimo.

A trama foi razoavelmente construída, personagens pouco carismáticos e nada aprofundados, história envolvente, mas que peca no excesso e o pior de tudo, a motivação. Até agora fiquei sem entender esse livro. Não recomendo para ninguém.
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Jhulidriel 03/03/2023

Enrolação
Esse livro quase me deu ressaca literária hehehe. O enredo tinha muito potencial, mas o autor resolveu detalhar coisas demais. Era irritante ter que passar por 1 ou 2 páginas de detalhamento de episódios de desenhos infantis e objetos que não faziam diferença pro contexto.
O final deixou muitas pontas soltas e não respondeu algumas perguntas que ficamos desde o início se perguntando. Sei lá, foi simbólico e fofinho, mas ficou aquela sensação de vazio :/
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