Pedagogia da Autonomia

Pedagogia da Autonomia Paulo Freire




Resenhas - Pedagogia da Autonomia


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Erick 31/12/2012

Não sou esperançoso por pura teimosia, mas por exigência ontológica
Paulo Freire, a partir de uma filosofia plenamente fundamentada, discursa acerca dos saberes necessários à prática docente, além de articular uma série de ensinamentos transformadores da ordem social, política e econômica. Sua teoria gira em torno de uma ética universal que deveria nortear as ações de todo ser humano, tendo em vista a solidariedade entre as pessoas, a construção de uma sociedade justa e democrática, sensível aos problemas humanos, tanto culturais, quanto políticos. No entanto, as imposições do sistema econômico impossibilitam sua prática, principalmente o condicionamento social a que toda a sociedade está submetida, tendo como ponto crucial a educação que prioriza um conteúdo hegemônico baseado numa história que desconsidera a humanidade como seres culturais, possuidores da ação como forma de intervir na construção do futuro.

Por isso, o autor afirma "a história é o tempo da possibilidade", para demonstrar que não é só possível, como necessária a educação como centro das relações sociais, tomando os educandos como seres históricos e culturais, conscientes de suas responsabilidades como cidadãos e de que a tranformação social é resultado da vontade de cada indivíduo que a constutui.

A partir da força e clareza de suas ideias, P. Freire edifica uma nova maneira de educar, quando "educar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para sua produção ou sua construção". Ele discorre sobre a relação que se deve estabelecer entre educadores e ducandos, uma relação afetiva, mas sempre visando um rigor metódico para que o conhecimento se realize, não de forma autoritária e sim respeitando os saberes e experiências prévias do educando, não para que eles sejam engolidos pela cientificidade técnica, mas superados conforme a ingenuidade inicial ganhe novas formas de expressar-se e incorpore novos elementos cognoscíveis. O autor esclarece: "toda prática educativa demanda a existências de sujeitos, um que, ensinando, aprende e, outro que, aprendendo, ensina".

Sua pedagogia funda-se no princípio da incompletude dos seres. Logo, o professor tem o papel de instigar a "curiosidade epistemológica" de cada um, além de buscar a apreensão dos objetos constituintes da realidade, para que cada individuo conscientize-se da necessidade das mudanças. Para ele " não haveria existência humana sem a abertura de nosso ser ao mundo, sem a transitoriedade de nossa consciência".
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Haroldo 18/04/2015

Pedagogia da Autonomia - Uma abordagem sobre a ética docente
O escritor Paulo Freire é mundialmente conhecido através dos seus trabalhos destinados a educação, trazendo novas perspectivas para uma pedagogia pautada na liberdade. O livro Pedagogia da Autonomia foi a sua ultima obra publicada em vida, tornando-se leitura obrigatória para todos aqueles que acreditam na educação como principal instrumento de transformação social e autopercepção da práxis pedagógica.

Utilizando uma linguagem bastante clara o autor divide a obra em três capítulos. O primeiro é destinado a “prática docente”, onde o educando é visto como um sujeito histórico capaz de intervir no ambiente do qual ele está inserido. É importante dar atenção na relação aluno e professor, já que o docente deve respeitar os “saberes socialmente construídos” dos seus alunos, e ao seu lado, ambos como pesquisadores, estimulá-los metodologicamente a reconhecer o seu papel na sociedade e assim conduzi-los na construção de valores mais humanitários. Nesse primeiro capítulo Paulo Freire faz considerações sobre a formação docente numa perspectiva intitulada por ele mesmo como “progressista”, onde o mesmo define que (...) “o saber ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou sua construção” (FREIRE 2011. p.47).

A partir do segundo capítulo podemos ver com mais clareza, talvez a ideia central do livro, uma abordagem sobre a importância da ética na prática docente. O capitulo intitulado como “Ensinar não é transferir conhecimento”, traz reflexões sobre o inacabamento, condicionamento e consciência do sujeito. O ser inacabado do qual Paulo Freire se refere, trata-se dos nossos constantes processos de transformação, ou seja, onde há vida, há inconclusão. Diferente das outras espécies, para nós humanos boa parte desses processos ocorre de forma consciente, sendo assim, somos capazes de criar complexos e profundos mecanismos que deram origem a cultura, linguagem, comunicação, etc. A ética surge então como algo inerente ao sujeito, que teve a sua origem resultante da nossa presença no mundo e das relações humanas, logo, valores éticos devem servir primeiramente a humanidade, e não a uma lógica de mercado que beneficia uma minoria. Com o neoliberalismo houve uma inversão nos valores éticos, cujo livre mercado tornou-se mais importante que a liberdade da consciência, criando desigualdades sociais de tamanha proporção que acabamos banalizando a miséria alheia e as agressões sofridas cotidianamente pelas classes menos favorecidas.

No terceiro e ultimo capítulo, Paulo Freire retoma algumas ideias relacionadas à prática pedagógica, assumindo uma postura progressista. O autor deixa claro algumas competências fundamentais que devem ser adotadas pelo docente para que a arte de ensinar ocorra de forma efetiva. Torna-se necessário que estejam presentes na formação do professor a humildade, segurança, pesquisa, generosidade, e também autoridade e posicionamento político. É de fundamental importância que o professor fuja da neutralidade, ou seja, adote uma postura politizada com o propósito de evitar fatalismos. Apesar do estímulo a liberdade, não é deixada de lado à disciplina, já que através do exemplo dado pelo professor, consequentemente conquistará o respeito dos seus alunos e assim a eticidade será trabalhada reciprocamente.

Pode-se constatar na leitura da “Pedagogia da Autonomia” que existe uma forte intenção de romper com as estruturas vigentes na educação, onde se utiliza de um modelo “bancário” pautado quase que exclusivamente para uma formação mecanicista direcionada para o mercado de trabalho. O que vemos constantemente nas palavras de Paulo Freire é o desejo de que o professor possa agir reciprocamente com o educando, estimulando-o a ter uma visão crítica da realidade e que o mesmo possa se enxergar como um sujeito histórico e não determinado; político e não passivo; condicionado, mas consciente do seu inacabamento; livre, mas responsável; sendo que todos esses valores convergem na esperança de criar uma sociedade mais ética, onde pessoas sejam mais importantes que o mercado.
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Clara Mítia 21/11/2012

Pedagogia da Autonomia
Não sou da área da Educação, mas não posso de deixar de indicar esse livro surpreendente a todos os profissionais que desejam trilhar um caminho ético e coerente. Paulo Freire é instigante e nos faz questionar a respeito da retidão ética com que os profissionais devem ser construídos. Uma ética que exige autonomia, olhar crítico e atento às necessidades que o envolvem, esperança de que se pode colaborar de alguma forma. Paulo Freire descreve a beleza de educar e ser educado, a escuta, o respeito pelos saberes do outro. É uma leitura instigante e recomendadíssima. Espero que desperte sua atenção! Grande abraço!
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Volnei 15/02/2016

Pedagogia da autonomia
Ao dar inicio ao curso de Pedagogia, nada melhor do que ler um dos maiores pedagogos dos últimos tempos como Paulo Freire. Sua linguagem é simples e direta, sem muitos rodeios ou palavras rebuscadas. Foi o único pedagogo brasileiro a apresentar uma proposta diferente daquelas apresentadas pelos demais pedagogos. Esta obra de Freire mostra a importância de se formar o cidadão por inteiro e não de forma parcial. Segundo o autor, formar é muito mais que puramente treinar o educando no desempenho de suas destrezas. O ideal é formar o cidadão como um todo e não simplesmente depositar informações em sua mente sem dar um direcionamento a estas informações. Freire denomina isto como educação bancaria. Ao ensinar de forma lógica, promovendo o raciocínio de forma lógica e consciente,o docente faz com que o aluno se torne um ser pensante e autônomo na aquisição de novos conhecimentos. Ensinar é bem mais que um verbo transitivo- relativo. Não há como ensinar sem também aprender. A curiosidade parte da educação, cabendo ao docente dar respostas e aguçar ainda mais a curiosidade de seus alunos para que este aprendizado seja constante. Sem a curiosidade epstemiológica não há como alcançar o pleno conhecimento. O professor que poda a curiosidade de seus discentes esta fadado a colher os fracassos de seus alunos. A sala de aula é como a seara sendo preparada e semeada, onde o professor é o seareiro e seus alunos a seara. O docente que busca sempre novos conhecimentos para apresentar a seus alunos tem sempre bons resultados. Fazer com que o aluno seja um pensador autônomo cabe ao professor. Graças a professores mal preparados e de m[á vontade, temos hoje uma geração que não tem educação suficiente nem mesmo para falar de forma correta e no que dependermos de apoio do governo, a situação tende só a piorar. Precisamos urgente de uma nação autônoma e pensante.

site: http://toninhofotografopedagogo.blogspot.com.br/ https://twitter.com/volneicampos
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Daniel.Simoes 25/04/2016

O Professor ensina que a arte da pedagogia é muito mais do que transmissão de informação, requer uma verdadeira interação do mundo do professor com o do aluno. Importantíssimo para todas as pessoas que um dia tiverem que ensinar ou aprender, pois alerta para a importância do professor compreender o mundo do aluno para a aprendizagem se concretizar realmente.
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karyna.lila 24/05/2016

Simplesmente atual
O saudoso Paulo Freire com toda sua experiencia como educador,nos mostra que cada um é sujeito de sua própria autonomia. Com sua opinião esquerdista, nos mostra que em meio as dificuldades, é necessário ter esperança e perceber o educando como um ser importante, que merece atenção quando mostra suas ideias e ideais. É preciso também como educador, se atualizar, respeitar,ouvir atentamente e fazer uma troca " Quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender".
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LisboaPB 12/12/2018

O pai da educação brasileira. Bom não é por esse título que não possa ser criticado. Gostei do que ele apontou sobre a pedagogia mas odiei quando ele reprimiu idepologias políticas distintas das do comunismo com um discurso de ''ódio'' em um livro sobre pedagogia. Criticou sobre a globalização, o capitalismo e muitas outras coisas que brincadeira não mas para um livro sobre pedagogia.... Para.
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Cris 01/01/2017

Pedagogia da Autonomia
Livro essencial para nós que assumimos, eticamente, o lugar social da docência, em especial, em uma época na qual a ideia de fatalidade é tão intensificada em nossa sociedade.
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Diario_de_leitura 11/05/2017

Muito útil
Sou professor a favor da decência contra o despudor, a favor da liberdade contra o autoritarismo, da autoridade contra a licenciosidade, da democracia contra a ditadura de direita ou de esquerda. Sou professor a favor da luta constante contra qualquer forma de discriminação, contra a dominação econômica dos indivíduos ou classes sociais.(...)Sou professor a favor da esperança que anima apesar de tudo. Sou professor contra o desengano que me consome e imobiliza.(Pág 100).
??????????????????.
Sou professor a favor da boniteza de minha própria prática, boniteza que dela some se não cuido do saber que devo ensinar, se não brigo por este saber, se não luto pelas condições materias necessárias sem as quais meu corpo, descuidado, corre o risco de se amofinar e de já não ser testemunho que deve ser de lutador pertinaz, que cansa mais não desiste. (Pág 101).
??????????????????.
O desrespeito à educação, aos educandos, aos educadores e às educaduras corrói ou deteriora em nós, de um lado, a sensibilidade ou a abertura ao bem-querer da própria prática educativa, de outro, a alegria necessária ao quefazer docente. (...) É esta força misteriosa, as vezes chamada VOCAÇÃO (...) apesar da imoralidade dos salários. (Pág 139).
?????????????????.
Um livro que fala da realidade da profissão de professor o que devemos mudar em nós mesmos para que a educação do país melhores, isso não se deve apenas a prática educativa mas devemos lutar por melhores condições de trabalho, e nos permitir sempre o diálogo em sala de aula, não só ouvir mas também expressar nossos pensamentos e opiniões frente ao mundo.
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Henrique 08/05/2012

Grande livro
quantas falhas gravíssimas em salas de aula não teriam sido cometidas se esse fosse um livro refletido por nossos educadores
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Fátima 29/03/2012

Ninguém é sujeito da autonomia de ninguém
Pedagogia da autonomia, como as demais obras de Freire, segue influencias fortes de Pedagogia do oprimido, no qual o autor defende possíveis estragégias de ensino. Levanta questoes como ética no trabalho docente, saberes necessários que não se fazem somente no ambiente educacional. Interessante levantar em questão a sua posição quanto a realidade que se faz mutável. Diz que a realidade não é inexoravelmente esta, mas está sendo e, dessa forma, pode vir e deve vir a ser outra. Fantástico como aborda os maiores problemas sociais e suas possíveis soluções. Vale lembrar a importância da leitura e releitura de Paulo Freire a todos que desejam uma educação de liberdade, autonomia e transformadora de verdade.
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Mari_Finco_Favero 15/05/2018

Pedagogia da Autonomia
A autora que vos escreve, encontra-se extremamente desgostosa com essa última leitura. Um livro que tinha tudo para ser um guia para os professores acabou por se tornar algo extremamente maçante de ler, de compreender. O autor é muito repetitivo e prolixo.
Apresenta boas ideias, contudo essas ideias são apresentadas de maneira errônea.
Desejo de todo o coração que os profissionais que necessitaram de ler este livro, tenham captado a mensagem profunda e nobre que ele propõe, porem não sabe transmitir de forma prática e didática.
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