Pedagogia da Autonomia

Pedagogia da Autonomia Paulo Freire




Resenhas - Pedagogia da Autonomia


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Cris 01/01/2017

Pedagogia da Autonomia
Livro essencial para nós que assumimos, eticamente, o lugar social da docência, em especial, em uma época na qual a ideia de fatalidade é tão intensificada em nossa sociedade.
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Diario_de_leitura 11/05/2017

Muito útil
Sou professor a favor da decência contra o despudor, a favor da liberdade contra o autoritarismo, da autoridade contra a licenciosidade, da democracia contra a ditadura de direita ou de esquerda. Sou professor a favor da luta constante contra qualquer forma de discriminação, contra a dominação econômica dos indivíduos ou classes sociais.(...)Sou professor a favor da esperança que anima apesar de tudo. Sou professor contra o desengano que me consome e imobiliza.(Pág 100).
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Sou professor a favor da boniteza de minha própria prática, boniteza que dela some se não cuido do saber que devo ensinar, se não brigo por este saber, se não luto pelas condições materias necessárias sem as quais meu corpo, descuidado, corre o risco de se amofinar e de já não ser testemunho que deve ser de lutador pertinaz, que cansa mais não desiste. (Pág 101).
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O desrespeito à educação, aos educandos, aos educadores e às educaduras corrói ou deteriora em nós, de um lado, a sensibilidade ou a abertura ao bem-querer da própria prática educativa, de outro, a alegria necessária ao quefazer docente. (...) É esta força misteriosa, as vezes chamada VOCAÇÃO (...) apesar da imoralidade dos salários. (Pág 139).
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Um livro que fala da realidade da profissão de professor o que devemos mudar em nós mesmos para que a educação do país melhores, isso não se deve apenas a prática educativa mas devemos lutar por melhores condições de trabalho, e nos permitir sempre o diálogo em sala de aula, não só ouvir mas também expressar nossos pensamentos e opiniões frente ao mundo.
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Amanda Silva 09/10/2017

Um livro humanizado.
Dividido em três capítulos: Não há docência sem discência; Ensinar não é transferir conhecimento e Ensinar é uma especificidade humana. Paulo Freire analisa, crítica e dá sugestões as práticas educativas, fazendo o leitor refletir quais praticas são favoráveis ou necessárias para a construção da autonomia do aluno, enfatizando sempre o respeito ao conhecimento que o mesmo traz de casa, visto que somos seres sócias e históricos. Enfatiza também que o professor precisa em sua postura ter ética, que cita várias vezes ao decorrer de sua escrita, chamando-o de “Ética universal do ser humano” (pag. 16), assim entendemos que a ética humana nos torna não só profissionais, mas pessoas progressistas e honestas que procura além do seu bem-estar, o de todos, elevando a justiça e a igualdade, programadas para aprender, logo para ensinar, para conhecer, para intervir, que faz entender a prática como um exercício constante em favor da produção e do desenvolvimento da autonomia de educadores e educando.
É um livro pequeno com apenas 148 páginas, porém é muito rico de conhecimento, de esperança que nos faz refletir sobre a postura que temos dentro e fora da sala, docentes ou não, pois Freire critica este fatalismo ao qual estamos habituados: “é assim mesmo, o que podemos fazer? ” ou “tinha que assim, paciência. ” É preciso negar esse fatalismo pois só assim sairemos dessa cadeia de determinismo neoliberal e do sistema dominante que nos aprisiona.
No Capitulo 1, Freire diz que ensinar não é apenas a de transferir conhecimento, mas criar possibilidades para a sua produção ou construção, assim eu aprendo enquanto ensino e meu educando ensina enquanto aprende. A Arte de ensinar e a de quebrar paradigmas, é fazer o aluno além de ser crítico, ser inquieto e ter uma rigorosa curiosidade, isto é pensar certo (que Freire menciona com frequência) e para pensar assim, é preciso procurar e querer saber, olhar o seu aluno no mesmo nível de igualdade e conhecimento.
Para ter este ensino libertário (construtivista) ao qual Freire se refere, o docente precisa ser humano, para poder se colocar no lugar do outro, ser na pratica o que diz na teoria, ter criticidade, estar sempre em busca de conhecimento, ser aberto, rejeitar qualquer tipo de discriminação e principalmente mostrar e ensinar o reconhecimento de sua identidade cultural levando-o a assumir com orgulho quem é. Ensinamento libertário é igual um ensinamento humanizado, ético e questionado.
No segundo capítulo além de reforçar o capítulo anterior diz que estamos em constante aprendizado e construção, não como objeto, mas como sujeito da história, e é dessa inconclusão do ser que precisamos assumir e ter consciência, assim ao pensar certo temos a capacidade de estar em constante transformação e movimento pois no contexto social, político e cultural que vivemos, não podemos apenas se adaptar e sim mudar, se inserir. Mudar é preciso e difícil, mas não impossível.
Esse condicionamento que tomamos consciência e entendemos que, diferente do determinismo, podemos ir mais além, nos faz perceber que condições matérias, econômicas, sociais e políticas, culturais e ideológicas, tendem a colocar barreiras para a construção histórica do ser e do mundo, porém são obstáculos que podemos e devemos ultrapassar.
“Não é na resignação, mas na rebeldia em face das injustiças que nos afirmamos” pág. 78.
Já o último capitulo Paulo Freire trata da generosidade, da humildade como qualidade indispensável no ensino libertário. Enfatiza que não há como separar pratica da teoria, autoridade da liberdade, ensinar do aprender. Que é necessário do docente a compreensão, a avaliação enquanto instrumento de apreciação para se fazer sujeitos críticos para não aceitar a domesticação e sim a libertação. “ Lavar as mãos em face da opressão é reforçar o poder do opressor, é optar por ele”. Pág. 112.
Se me acho superior aos outros, não consigo entendê-los, logo me recuso a escuta-los. Se aceito apenas o meu modo e jeito de pensar, tudo que for diferente disso terá uma recusa de minha parte, me fecho ao novo e principalmente ao outro. Isso não me faz melhor, nem humilde. Humildade é entender que não há superioridade e muito menos uma única verdade, entender que há diversas possibilidades, nós abre ao novo, nós faz escutar, nós faz aprender a ouvir, a mudar e a dizer não a qualquer tipo de injustiça e discriminação.
Ensinar é um trabalho árduo e constante. O autor quando trata da ética em seu texto, principalmente quando se fala de questões sociais, ele diz da necessidade de ser um bom profissional, independente da área, que este deve saber que é indispensável ser e ter ética humanizadora, veja bem, há uma diferencia entre ética humanizadora e ética globalizada pois a segunda visa lucros enquanto a primeira as pessoas em suas diferentes condições.
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Mari_Finco_Favero 15/05/2018

Pedagogia da Autonomia
A autora que vos escreve, encontra-se extremamente desgostosa com essa última leitura. Um livro que tinha tudo para ser um guia para os professores acabou por se tornar algo extremamente maçante de ler, de compreender. O autor é muito repetitivo e prolixo.
Apresenta boas ideias, contudo essas ideias são apresentadas de maneira errônea.
Desejo de todo o coração que os profissionais que necessitaram de ler este livro, tenham captado a mensagem profunda e nobre que ele propõe, porem não sabe transmitir de forma prática e didática.
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Rosana 09/10/2018

Em "Pedagogia da Autonomia", o autor Paulo Freire nos faz repensar e refletir a responsabilidade que há na docência, no ato de educar. Nesse diálogo, pois é de um modo informal que a discussão ocorre, o autor busca fazer com que o leitor possa perceber novas nuances necessárias ao ensino dos anos 90.
Em oposição ainda a uma forma tecnicista de ensino, sem perspectivas críticas, a presente obra vem descentralizar o professor da sala de aula, reiterando que a docência não é mais um ato de transmissão de conhecimentos e o professor não é mais o único detentor dos saberes.
A prática do professor, deve ser, acima de tudo, ética. O profissional docente deve mediar o conhecimento por meio e para a formação ética dos sujeitos. Para Freire, a docência não se dá longe da ética, o que significa conduzir aos seres na arte da reflexão crítica de suas realidades. Assim, a formação deve-se realizar de uma maneira crítica, reflexiva, tanto do professor como a dele para com seus alunos.
Sendo assim, a pedagogia de Freire relata as habilidades e as práticas pedagógicas consideradas como inerentes e necessárias para a educação, visando proporcionar, por meio dessas, a autonomia do educando, respeitando sua cultura, seu conhecimento de mundo, suas vivencias e sua maneira de pensar. Para isso, o autor discorre sobre questões como rigorosidade metódica, ética e estética, criticidade, reflexão sobre a prática, curiosidade, especificidade humana, liberdade e autoridade etc., questões mais do que importantes para a formação dos indivíduos, questões que são conhecimentos exigidos para o ato de ensinar.
Considerando tais aspectos, é possível afirmar que a obra compactua com saberes indispensáveis com uma prática educativa que seja coerente com os valores éticos que regem as diferentes sociedades.

“[...] quem forma se forma e reforma ao formar e quem é formado forma-se e forma ao ser formado. É neste sentido que ensinar não é transferir conhecimentos, conteúdos nem forrar é ação pela qual um sujeito criador dá forma, estilo ou alma a um corpo indeciso e acomodado. Não há docência sem discência, as duas se explicam e seus sujeitos, apesar das diferenças que os conotam, não se reduzem à condição de objeto, um do outro". (FREIRE, 1996, p. 13).

"Quando vivemos a autenticidade exigida pela prática de ensinar-aprender participamos de uma experiência total, diretiva, política, ideológica, gnosiológica, pedagógica, estética e ética, em que a boniteza deve achar-se de mãos dadas com a decência e com a seriedade". (FREIRE, 1996, p. 14).
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Thaise66 31/10/2018

Pois ser professor é muito mais do que ensinar <3
Escrever sobre um dos livros do renomado autor Paulo Freire parece ser logo de início, um desafio enorme, pois se vê a grandeza do que ele escreve, a importância do olhar crítico que ele tem sobre a realidade e principalmente ver que mesmo ao passar do tempo as formas de educação mudaram tão pouco.
Logo no início do livro, Freire destaca na introdução intitulada “Primeiras Palavras” o real objetivo de ter escrito o livro, quais são os seus meios e seus desafios, colocando de forma clara que ao perceber que não nascemos prontos, ao contrário de todos os outros animais, temos a tarefa de refletir sobre nossas escolhas (as já feitas e as que serão feitas), sobre se mantemos essas escolhas ou não, sobre as consequências delas em nossas vidas e nas vidas de outras pessoas.
O livro está dividido em três capítulos, sendo que em cada capitulo Freire analisa, critica e oferece sugestões ás praticas educativas. As análises e sugestões do autor são relevantes para uma reflexão sobre a prática educativo-progressista em favor da autonomia do ser dos educando.
No primeiro capítulo, “Não há docência sem discência”, o autor cita a importância de não só transferir conhecimento como também de criar possibilidades para a sua produção ou construção, sendo assim eu aprendo enquanto ensino e o educando ensina enquanto aprende. Freire destaca repetidas vezes que o modo de ensino segue o que é de conhecimento comum, sendo que é necessário fazer o educando além de ser crítico, ser inquieto e ter uma rigorosa curiosidade, esse modo de agir o autor refere-se em grande parte do livro como “Pensar Certo” que é o mesmo que procurar e querer saber o que está ao seu redor e além dele.
E para que isso aconteça é crucial que o discente seja um ser ético, colocando- se no lugar do outro, ser na prática o que diz na teoria, ter criticidade, estar sempre em busca de conhecimento, ser aberto, rejeitar qualquer tipo de discriminação e principalmente acreditar e exibir com orgulho sua identidade cultural.
No segundo capitulo, “Ensinar não é transferir conhecimento”, as análises giram em torno do ser professor, Freire reforça a ideia de que estamos em constante aprendizado, mas não como objeto e sim como sujeito da história, e é esse jeito inconcluso do ser que se precisa assumir e ter consciência, agindo assim estaremos sempre capacitados a constantes transformações, pois no contexto social, político e cultural em que vivemos, não podemos simplesmente nos adaptar mas sim mudar e se inserir na sociedade, sendo sempre o protagonista da história.
O autor menciona a dificuldade de mudar, os desafios impostos pela sociedade, como por exemplo as condições materiais, econômicas, sociais, políticas, culturais e ideológicas que tendem a colocar barreiras para a construção histórica do ser e do mundo, mas aponta que são obstáculos que já temos consciência e entendimento, e que são somente contratempos, ou seja, são momentâneos.
Freire ainda expõe que o docente deve respeitar as opiniões, seja essa quais forem, dos educandos, interagindo lado a lado, para que só assim o discente tenha sua própria identidade, ou seja, o professor não deve em hipótese nenhuma submeter suas convicções para que seja aceita. O professor tem a responsabilidade e sensibilidade de avaliar os seus educandos para que se possa desenvolver o modo mais prático de ensino, ficando de possível entendimento os assuntos passos em sala de aula.
Além disso o educador deve ter bom senso, isto é, para o autor não se pode falar no respeito à dignidade do educando se o professor discrimina e intimida os discentes, a pratica de cumprir os seus deveres deve ser vista dentro e fora da escola, para que só assim tenha êxito nos seus ensinos.
No terceiro capitulo, “Ensinar é uma especificidade humana”, Freire trata da generosidade, da humildade como qualidade indispensável no ensino libertário, enfatiza que não há como separar prática da teoria, autoridade da liberdade, ensinar do aprender. Traz inclusive o pensamento de que se é vital a compreensão enquanto instrumento de apreciação se criando sujeitos críticos para negar a domesticação e aceitar a libertação, o autor ao mesmo tempo que estimula a liberdade também cita o valor da disciplina, já que é através dela que o docente conquistará o respeito dos seus educandos.
Ademais, o autor evidencia que o professor deve acima de tudo revelar a sua identidade, para Freire uma das maiores preocupações centrais deva ser a de procurar a aproximação cada vez maior entre o que se diz e o que se faz, entre o que parece ser e o que realmente é.
Por conseguinte, o autor constata que os docentes devem ao longo de sua jornada estar sempre disponível para o diálogo, ou melhor, ser aberto não somente a falar como também saber escutar, em um dos seus exemplos Freire narra uma conversa que ouviu em uma exposição de fotografias tiradas perto da escola entre os professores em que um destes revelou que nunca observou o lado de fora da escola em que ensina e viu o quão precária era. Sendo assim o autor afirma que não se pode ensinar ou formar um educando sem estar aberto ao contorno geográfico, social deles, pois as condições materiais em que e sob que vivem lhes condicionam a compreensão do próprio mundo, sua capacidade de aprender, de responder aos desafios.
Em suma, o livro Pedagogia da Autonomia traz um novo meio de pensar, declara por meio de poucas palavras a dimensão de se formar um cidadão por inteiro e não de forma parcial. Exibe o modo mecanizado com que os professores lidam com seus educandos, e reflete quais procedimentos são favoráveis ou necessárias para a construção da autonomia do discente.
É um livro que deve ser lido não só somente pelos professores, mas também a todos que tem a curiosidade de aprender e olhar o ensino com outra visão, ampliando seu conhecimento para além do senso comum.
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LisboaPB 12/12/2018

O pai da educação brasileira. Bom não é por esse título que não possa ser criticado. Gostei do que ele apontou sobre a pedagogia mas odiei quando ele reprimiu idepologias políticas distintas das do comunismo com um discurso de ''ódio'' em um livro sobre pedagogia. Criticou sobre a globalização, o capitalismo e muitas outras coisas que brincadeira não mas para um livro sobre pedagogia.... Para.
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davidplmatias 13/12/2018

Em forma bem resumida e com ótima narrativa o autor pontua acertadamente pontos chave para a pedagogia moderna. Mas vejo problema na clara militancia progressista que banha o texto. É de um peso acadêmico ímpar mas deve ser filtrada a influência político partidária.
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Simone.Barros 22/12/2018

Ensinar não é transferir conhecimentos
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: Saberes necessários à prática educativa/ Paulo Freire. São Paulo: Paz e Terra, 1996. (coleção Leitura). 166 p.

Paulo Freire publicou a obra Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à Prática Educativa no ano de 1996. O livro faz parte de uma coleção de litura compostas por outros autores. A obra é dividida em três capítulos: Não há docência sem discência, Ensinar não é transferir conhecimento e Ensinar é uma especificidade humana. Esses três capítulos estão subdivididos em nove itens nos quais Paulo Freire aborda de forma simplória, porém elucidativa a questão da prática educativa cotidiana e os métodos e saberes essenciais para o aperfeiçoamento da prática docente. O objetivo geral da obra é apontar os saberes necessários à prática educativa de professores formados e em formação.
No capítulo I, o autor defende que a reflexão crítica sobre a prática deve ser uma exigência da relação Teoria/Prática e enfatiza que os futuros professores devem saber reconhecer, desde cedo, que ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua construção e esse é um dos saberes indispensáveis que o docente deve incorporar a sua prática desde o início da sua formação. Essa postura resalta o papel do educador de despertar o senso crítico do aluno, não deixando, para isso, de levar em consideração os conhecimentos prévios do educando. Paulo freire afirma, ainda neste capítulo, que “não existe ensino sem pesquisa e pesquisa sem ensino p.52”. Segundo ele, ensinar efetivamente exige pesquisa e essa deve ser uma prática inseparável do fazer didático- pedagógico, exige também que o educador abandone qualquer que seja a forma de descriminação, além do respeito à autonomia, à liberdade e aos saberes dos educados. É fundamental que o professor tenha um comprometimento com a sua prática pedagógica, buscando permanecer sempre em constate formação, ampliando e diversificando seu conhecimento o que, sem dúvidas, possibilitará um exercício contínuo da reflexão crítica.
No capítulo II, Paulo Freire retoma a afirmação elencada no capítulo I que ensinar não é transferir conhecimento. Para tanto, o professor deve criar oportunidades para que o aluno construa seu próprio conhecimento. Freire afirma que, ao entra na sala de aula, o docente deve estar aberto a indagações, às curiosidades dos alunos, porém pensar dessa forma é uma tarefa difícil, exige do docente um pensamento centrado no verdadeiro papel da educação e acima de tudo um amor desmedido pela profissão de educado. Ensinar, para Freire, exige consciência do inacabamento do ser, portanto é fundamental empregar uma prática educativa Progressista que seja capaz de preservar e respeitar a autonomia, a dignidade, a curiosidade e a identidade do aluno e deixa claro que essa atitude compõe a ética do professor e, por conseguinte, não deve ser entendido como um favor que o professor pode ou não conceder aos alunos. Portanto, o professor deve estar disposto, não apenas a ensinar, mas a ouvir, dialogar, a fim de que se concretize uma troca de experiências entre educando e educador.
No terceiro capítulo, intitulado Ensinar é uma especificidade humana, Paulo Freire defende que “umas das qualidades essenciais que uma autoridade docente democrática deve revelar em suas relações com as liberdades dos alunos é a segurança de si mesma” que deve ser expressa não só na firmeza da sua atuação e na forma como o professor delibera, como também no respeito às liberdades dos alunos e na forma como ele discute suas próprias opiniões. Segundo Freire, há ainda outras qualidades indispensáveis à autoridade docente como a sua competência profissional e a sua generosidade. E indispensável e até uma forma de respeito para com o aluno que o educador procure sempre se preparar para poder repassar os conhecimentos com segurança e de poder satisfazer também a curiosidade dos alunos. Essa atitude revela outra exigência no processo de ensino “ensinar exige comprometimento”. Freire compreende a educação como uma forma de intervir no mundo
O livro resenhado está repleto de ensinamentos elementares para o exercício diário da profissão educador. Para a reflexão dos futuros professores, os apontamentos, bem como as sugestões do autor são de grande relevância e contribuem para uma prática docente reflexiva. Paulo Freire expõe na sua obra propostas de práticas pedagógicas mandatórias para proporcionar a autonomia dos alunos.
A temática central do livro está fundamentada na necessidade de uma formação docente atrelada a uma prática-reflexiva que valoriza a educação progressista e a autonomia dos alunos. No livro, apesar das poucas páginas, o autor apresentou grandes ensinamentos repletos de otimismo e esperança, reunindo todas as suas experiências e transformando-as em pensamentos valiosos. Além disso, evidencia-se, ao longo de todo o livro, uma visão de respeito e reconhecimento da importância da educação e do papel do professor. Paulo freire demonstra em determinadas passagens do livro, um perfil político e ideológico, também fica evidente a sua intensa defesa em prol dos interesses dos educandos e educadores e de um ensino progressivo e democrático fundamentado nos valores étnicos e nos direitos sociais.
A obra resenhada pode ser conceituada como sendo uma bússola para todos os envolvidos com o fazer educacional, dessa forma, o livro é indicado não só para professores e futuros professores, como também para todas as pessoas envolvidas com a arte de educar.






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Henrique 08/05/2012

Grande livro
quantas falhas gravíssimas em salas de aula não teriam sido cometidas se esse fosse um livro refletido por nossos educadores
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Aline Teodosio @leituras.da.aline 02/02/2019

Quem aqui chega esperando a exposição de ideias práticas, certamente se frustrará. Paulo Freire é um idealizador da educação e, portanto tem, assume e defende uma ideologia. Mas, mais do que isso, ele nos conduz a uma reflexão acerca dos nossos posicionamentos políticos e ideológicos e como isso reflete em nossas práticas na sala de aula com os educandos.

Segundo Freire, cada professor direciona sua prática com o olhar de certo ponto de vista, um posicionamento no qual ele acredita. Cada um possui o seu e merece respeito. Mas você já parou para pensar se o seu olhar é includente ou excludente?

"O erro na verdade não é ter um certo ponto de vista, mas absolutizá-lo e desconhecer que, mesmo pelo acerto do seu ponto de vista é possível que a razão ética nem sempre esteja com ele."

Ou seja, o que deu certo em algum momento, pode não dar certo em outro. A prática deve ser pensada e repensada criticamente, tendo sempre por base o educando e suas necessidades. Por esse motivo, o autor não coaduna com uma educação meramente bancária, repetitiva e automatizada.

Eu, por exemplo, tive o ano de 2018 dificílimo, que me pôs à prova de todas as formas. Um ano que me fez refletir a minha prática e minha postura como educadora. Cometi erros que só não quero esquecer porque preciso aprender com eles. E esse livro me fez justamente entender que educar é muito mais que algo vazio e mecanizado, que meus conhecimentos e práticas engessadas não são suficientes para provocar uma mudança. Que bom que percebi isso a tempo (de enlouquer e/ou de desistir).

Paulo Freire me fez enxergar o outro de forma mais humanizada, e que o caminho da mudança não pode ser outro, que não seja a luta. Não é justo permanecer nessa empreitada de tamanha responsabilidade de forma neutra e apática. A educação, assim como a vida, quer você aceite ou não, é um exercício político. É pela luta diária politizada que fortalecemos o aprendizado da autonomia e nos afirmamos como seres pensantes e mais conscientes.

"Aprender para nós é construir, reconstruir, constatar para mudar, o que nãose faz sem abertura ao risco e à aventura do espírito."
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Fátima 29/03/2012

Ninguém é sujeito da autonomia de ninguém
Pedagogia da autonomia, como as demais obras de Freire, segue influencias fortes de Pedagogia do oprimido, no qual o autor defende possíveis estragégias de ensino. Levanta questoes como ética no trabalho docente, saberes necessários que não se fazem somente no ambiente educacional. Interessante levantar em questão a sua posição quanto a realidade que se faz mutável. Diz que a realidade não é inexoravelmente esta, mas está sendo e, dessa forma, pode vir e deve vir a ser outra. Fantástico como aborda os maiores problemas sociais e suas possíveis soluções. Vale lembrar a importância da leitura e releitura de Paulo Freire a todos que desejam uma educação de liberdade, autonomia e transformadora de verdade.
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Igor.Gomes 23/02/2019

O Mágico, Paulo, e o escritor, Freire.
Sem sombra de dúvidas, foi o livro de Paulo Freire que mais me deliciei em ler e que terminei de forma mais rápida. Ao tratar de assuntos educacionais tão libertadores, o livro acabou por me prender mais que os outros. Espero que os outros que li não fiquem chateados pela minha preferência, mas, citando o autor dos mesmos, temos que ser críticos.
O livro é vários golpes de taekwondo dados seguidamente no leitor. Não por ser agressivo, longe disso, mas, justamente, por ser crítico sem deixar de ser elegante. Elegante de uma forma tão inexplicável que se torna impossível não parar em certos parágrafos e pensar acontecimentos que já ocorreram em sua vida.
Paulo Freire defendia a idéia de sempre assimilarmos o lido com o que estamos vivendo e se torna fácil quando ele ousa escrever um livro. Parece mágica. Uma mágica gostosa e crítica.
Sobre as cinco estrelas: por Paulo colocar em prática aquilo que escreve. Coisa que ele defende muito durante todas as páginas, durante todos os momentos. Para nós, futuros educadores, ou para os já educadores, a importância de acolher esse conselho: fazer o que é dito em seu discurso.
Agradeço, ao Paulo, pela brilhante magia em forma de livro que acaba por fazer várias mágicas necessárias em nossa mente e abrindo horizontes que passavam despercebidos; ao Freire, agradeço pela sensibilidade que tratou cada assunto escrito.
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