Que eu seja a última

Que eu seja a última Nadia Murad




Resenhas - Que eu seja a última


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Oliver 30/09/2019

Pungente relato de um genocídio
Não é à toa que em 2018 Nadia Murad venceu o Prêmio Nobel da Paz, junto com o médico obstetra Denis Mukwege. A sua comovente história traz detalhes do cerco realizado pelo grupo terrorista Estado Islâmico à pequena aldeia de Kosho, refúgio de uma tribo do povo iazidi. Os terroristas do EI sequestraram as mulheres jovens. Os meninos que ainda não tinham pelos nas axilas foram poupados e encaminhados para lavagem cerebral. As mulheres maduras tiveram o mesmo destino que os homens. Em seguida, Nadia conta seu calvário nas mãos dos sequestradores. O modo detalhista e corajoso como ela narra a sua experiência provoca no leitor um misto de náusea e admiração. O livro é estruturado em três partes. A Parte I trata de como Kosho foi cercada, do medo e do terror de não saber o que iria acontecer. Culmina com o dia em que toda a população da aldeia é levada até a escola, e as pessoas terão que enfrentar o seu inevitável destino. A Parte II é talvez a mais aterradora, com Nadia e suas conterrâneas nas mãos dos membros do EI. Rebelde por natureza, a jovem de 21 anos precisou de muita fibra e determinação para superar as humilhações e os estupros, até conseguir escapar. A Parte III é a mais esperançosa, uma espécie de "road-movie" pelas estradas desoladas do Iraque rumo a um local seguro, livre do jugo do Estado Islâmico. Nessa parte, há uma aura de esperança em um futuro melhor, de reencontro com a família, e revelações surpreendentes sobre a política interna iraquiana. No geral, "Que eu seja a última" é um livro imprescindível para quem deseja conhecer um pouco da história contemporânea, sobre o genocídio de um povo estigmatizado por sua religião e por seus hábitos. Também é um grito contra as injustiças e a violência, um apelo para que isso não volte a acontecer.
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Aninha 09/04/2020

Testemunho perturbador e real
"Ainda não se deram conta do motivo pelo qual pegamos vocês? Mas vocês não tem escolha. Estão aqui para serem sabaya (escravas sexuais), e vão fazer tudo que dissermos."
(página 138)

Nadia vivia com a mãe e os irmãos na pacata comunidade rural de Kocho (Iraque), num reduto de iazidis, povo com cultura e religião próprios, e basicamente se dedicava à lavoura e ao cuidado das ovelhas. Tinham suas festas e rituais, celebrados com alegria e viviam em paz entre si e com as comunidades vizinhas. Pelo menos, era o que parecia.

A vida de Nadia até seus 21 anos era bem simples: ajudava na lavoura, mas sonhava em se casar um dia e ter seu próprio salão de beleza. À noite, subia no telhado com suas irmãs e irmãos para contemplar o céu e dormir sob as estrelas.

Porém, em Agosto de 2014 tudo mudou: o Estado Islâmico invadiu sua comunidade, massacrou todos os homens (embora, tenha havido alguns sobreviventes) e mulheres idosas e levou as jovens para Mossul e Síria, basicamente, para serem escravas sexuais dos líderes e colaboradores do E.I. Nadia foi do céu ao inferno, e não foi sozinha. Centenas de jovens incluindo suas irmãs, cunhadas e sobrinhas também foram capturadas, vendidas, estupradas, violentadas, separadas umas das outras e humilhadas.

No livro, ela conta da divisão dos grupos no Iraque, da omissão dos povos vizinhos e de como o E.I as capturou e vendeu. Aliás, vendeu e revendeu. Elas não ficavam muito tempo com um dono, principalmente ela que "causava" e lutava pra manter sua dignidade.

Porém, um dia aparece uma chance real de fuga e ela não perde tempo! E aí a trama te prende de tal forma, que fica impossível largar o livro até saber o desfecho final.

Hoje, Nadia vive na Alemanha (aliás, perto de um amigo meu) e tenta refazer sua vida, contando sua história e lutando para que o E.I pague por tudo que fez pelo seu povo, dos sequestros ao genocídio.

Leitura perturbadora, mas imprescindível!


site: http://cantinhodaleitura-paulinha.blogspot.com/2020/03/que-eu-seja-ultima.html
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Beta Oliveira 19/04/2020

Um livro que compartilha a dor de sobreviver ao extermínio do povo, à perda das pessoas que ama e da comunidade onde cresceu, à violência física, moral, psicológica.

Tudo que disser aqui é pouco diante do que Nadia passou e sobreviveu para contar ao mundo. Dói muito em quem lê, mas precisamos conhecer histórias como a de Nadia para que não se repitam.

Precisamos conhecer para mostrar o quanto ainda precisamos evoluir e respeitar as mulheres, sem diferenciá-las por crença, idade, aparência, profissão. Dar voz à dor das iazidis que viram familiares serem mortos, suas comunidades dizimadas e garantir que elas sigam em frente, com a devida justiça. Leiam sobre elas, reflitam e compartilhem.

O texto completo está no Literatura de Mulherzinha.

site: https://www.literaturademulherzinha.com.br/2020/03/cap-1668-que-eu-seja-ultima-minha.html
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Ana 25/04/2020

Que eu não seja a última
Nadia nasceu em uma Aldeia no Iraque, em uma família Iazidi que é vista pelos xiitas e sunitas como ?infiéis sem religião.? Nádia narra a história da sua família, infância na Aldeia e seus sonhos.
Porém, chega o estado islâmico e acaba com o sonhos dos Iadiz, homens e mulheres. E ela, por se tratar de uma acaba virando escrava sexual do estado islâmico. Nádia narra a trajetória dela durante o período em que viveu em cárcere e como conseguiu fugir. Hoje, uma das maiores ativistas do mundo na luta contra os extremistas.

Livro recomendadíssimo, história pesada porém necessária de ser lida.
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Isa 31/05/2020

Profundo
A vida de Nadia foi e é dura. Devorei as páginas do livro horrorizada e emocionada com a sua história e de muitas outras mulheres Yazidis que foram feitas de escravas pelos membros do Estado Islâmico. Eu chorei do início ao fim com os relatos de Nadia. Um livro extremamente profundo, por vezes duro de ser lido, mas essencial para entendermos mais sobre o genocídio Yazidi que aconteceu em 2014.
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@LendocomAB por Ana Bove 06/06/2020

“Escrevi esse livro para documentar os crimes cometidos contra as yazidis”, “Para que estejam por escrito, detalhadamente, as provas da tragédia e de nosso genocídio.”
Nota: 10/10

Esse livro é espetacular! Eu adoro ser confrontada por histórias reais que eu não ainda não conhecia. Está sendo muito interessante ler mais sobre o Oriente Médio e suas batalhas recentes, e a figura das mulheres nesses conflitos. Vale já deixar claro desde o começo que a Nadia não teve uma história de vida fácil, e que o livro retrata um período da sua vida que passou longe de feliz.

Nadia nasceu em 1993 na aldeia de Kocho, no Iraque, em uma família pobre, e é a mais nova entre 11 irmãos. A região do Vale do Sinjar, onde Kocho está localizada, no norte do Iraque era conhecida por ter famílias Yazidi, a religião de Nadia. Kocho era uma aldeia pequena, onde todo mundo se conhecia e frequentava as casas uns dos outros sem pedir licença para entrar e que vivia uma vida simples basicamente da lavoura e da criação de ovelhas.

Em agosto de 2014, quando a Nadia tinha 21 anos, o Estado Islâmico invadiu sua aldeia e matou 600 pessoas, incluindo seis de seus irmãos e capturou mais de 6700 mulheres Yazidi da região. Nadia começa então a narrar seus momentos como escrava do Estado Islâmico na cidade de Mossul, onde foi mantida prisioneira. Ela foi espancada, queimada com cigarros e estuprada diversas vezes, até conseguir fugir alguns meses depois.

Hoje, Nadia mora na Alemanha, onde conseguiu asilo político, e se tornou ativista dos direitos humanos e em 2018 ela ganhou o Prêmio Nobel da Paz. Nas palavras da própria Nadia, “Escrevi esse livro para documentar os crimes cometidos contra as yazidis”, “Para que estejam por escrito, detalhadamente, as provas da tragédia e de nosso genocídio.”.

site: https://instagram.com/lendocomab
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25/07/2020

Biografia
Os livros baseados em histórias reais são uma preferência! Principalmente quando narram uma realidade tão diferente da nossa. As atrocidades cometidas pelo Estado Islâmico relatadas pela autora são aterrorizantes, mas a mensagem de força e superação se sobressaem. Excelente!
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Vitoria Milhomes 17/09/2020

"Que eu seja a última" - releitura
Nadia teve sua vida destruída aos 21 anos. A jovem fazia parte de uma comunidade cuja religião (iazidi) era perseguida pelo Estado Islâmico. O grupo extremista invadiu a aldeia de Nadia, matando 6 de seus irmãos, sua mãe e vendendo as jovens como ela para serem escravas sexuais.
....
Em sua autobiografia, Nadia descreve em detalhes todo seu sofrimento enquanto foi prisioneira do Estado Islâmico e toda a crueldade que não só ela, como muitos outros da sua comunidade sofreram.
E uma história muito forte e tocante. É difícil ler tudo o que aconteceu com Nadia, porque, infelizmente, o genocídio é uma realidade e ela o descreve com clareza.

É uma livro muito bom, nos ensina muito e nos faz refletir sobre muitas coisas.

"Quero ser a última moça no mundo com uma história como a minha".
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Carolina.Marco 11/10/2020

Um livro necessário, mas não para qualquer uma.
Se você tem gatilhos com temas como abuso sexual, este livro não é para você.

A leitura de "Que eu seja a última" é triste, e faz com que nos sintamos impotentes a cada capítulo que conhecemos mais do que é vida de homens e mulheres que são torturados e desrespeitados simplesmente por serem da religião que são.

Chorei e perdi o sono com a história de Nádia e principalmente por saber que segue acontecendo com milhares de meninas, mulheres e famílias todos os dias. É um livro extremamente explicativo para que busca entender de que maneira surgiu e iniciou o EI, e como suas mentes doentias dizimam vilas e famílias.
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van.cazarotto 27/12/2020

Distante e recente
Um livro que me marcou profundamente. Uma história extremamente recente que fala de realidades distantes. Forte e delicado ao mesmo tempo. Fala de situações terríveis sem cair em "sensacionalismo". Não são os adjetivos que revoltam. São as situações narradas. Super recomendo a leitura
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Bensi 30/01/2021

Pesado, mas necessário.
O livro aborda a história de uma Iazidi que perde tudo, uma vez que o EI ataca sua aldeia. Por ser auto-biografia a autora é capaz de trazer toda a cultura Iazidi que é pouco conhecida e difundida no mundo. Além disso, os relatos de cárcere, assédio e, posteriormente, luta contra o EI são extremamente necessários para mostrar o poder de uma organização extremista e genocida e a força e comprometimento dos que conseguiram fugir para com o movimento oposicionista. É uma leitura pesada, mas indicaria fortemente.
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Luciana 21/02/2021

Livro pesado, mas essencial para nos tirarmos da zona do conforto e vermos que ainda existem situações como a de Nádia em pleno século XXI. Apesar de ser uma história verídica e muito pesada, a autora consegue dar uma leveza na narrativa, que faz com que você leia o livro quase que de uma vez só. Super recomendo a leitura.
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studies and whatever 03/03/2021

Relato emocionante
O livro mais triste que li este ano, provavelmente um dos livros mais tristes que li na minha vida. É inacreditável a forma como nós (a famigerada comunidade internacional) ainda não aprendemos com os erros do passado, e dia após dia os mesmos erros e atrocidades são repetidos
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Daniel Lucca 17/09/2021

EI - Extremismo Islâmico
Novamente em plena tomada do Afeganistão pelo Talibã, leio o relato de Nadia Murad sobre as atrocidades que o EI (estado islâmico) realizou na sua tomada do Iraque com a saída de Hussein, o livro não se resume ao genocídio dos Iazidis religião de minoria, mas também uma porta para se conhecer essa comunidade que vem sofrendo a séculos e que é cheia de cultura e ensinamentos.

"Quero ser a última moça no mundo com uma história como a minha"
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