Que eu seja a última

Que eu seja a última Nadia Murad




Resenhas - Que eu seja a última


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Aninha 09/04/2020

Testemunho perturbador e real
"Ainda não se deram conta do motivo pelo qual pegamos vocês? Mas vocês não tem escolha. Estão aqui para serem sabaya (escravas sexuais), e vão fazer tudo que dissermos."
(página 138)

Nadia vivia com a mãe e os irmãos na pacata comunidade rural de Kocho (Iraque), num reduto de iazidis, povo com cultura e religião próprios, e basicamente se dedicava à lavoura e ao cuidado das ovelhas. Tinham suas festas e rituais, celebrados com alegria e viviam em paz entre si e com as comunidades vizinhas. Pelo menos, era o que parecia.

A vida de Nadia até seus 21 anos era bem simples: ajudava na lavoura, mas sonhava em se casar um dia e ter seu próprio salão de beleza. À noite, subia no telhado com suas irmãs e irmãos para contemplar o céu e dormir sob as estrelas.

Porém, em Agosto de 2014 tudo mudou: o Estado Islâmico invadiu sua comunidade, massacrou todos os homens (embora, tenha havido alguns sobreviventes) e mulheres idosas e levou as jovens para Mossul e Síria, basicamente, para serem escravas sexuais dos líderes e colaboradores do E.I. Nadia foi do céu ao inferno, e não foi sozinha. Centenas de jovens incluindo suas irmãs, cunhadas e sobrinhas também foram capturadas, vendidas, estupradas, violentadas, separadas umas das outras e humilhadas.

No livro, ela conta da divisão dos grupos no Iraque, da omissão dos povos vizinhos e de como o E.I as capturou e vendeu. Aliás, vendeu e revendeu. Elas não ficavam muito tempo com um dono, principalmente ela que "causava" e lutava pra manter sua dignidade.

Porém, um dia aparece uma chance real de fuga e ela não perde tempo! E aí a trama te prende de tal forma, que fica impossível largar o livro até saber o desfecho final.

Hoje, Nadia vive na Alemanha (aliás, perto de um amigo meu) e tenta refazer sua vida, contando sua história e lutando para que o E.I pague por tudo que fez pelo seu povo, dos sequestros ao genocídio.

Leitura perturbadora, mas imprescindível!


site: http://cantinhodaleitura-paulinha.blogspot.com/2020/03/que-eu-seja-ultima.html
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Daniel Lucca 17/09/2021

EI - Extremismo Islâmico
Novamente em plena tomada do Afeganistão pelo Talibã, leio o relato de Nadia Murad sobre as atrocidades que o EI (estado islâmico) realizou na sua tomada do Iraque com a saída de Hussein, o livro não se resume ao genocídio dos Iazidis religião de minoria, mas também uma porta para se conhecer essa comunidade que vem sofrendo a séculos e que é cheia de cultura e ensinamentos.

"Quero ser a última moça no mundo com uma história como a minha"
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Vitoria Milhomes 17/09/2020

"Que eu seja a última" - releitura
Nadia teve sua vida destruída aos 21 anos. A jovem fazia parte de uma comunidade cuja religião (iazidi) era perseguida pelo Estado Islâmico. O grupo extremista invadiu a aldeia de Nadia, matando 6 de seus irmãos, sua mãe e vendendo as jovens como ela para serem escravas sexuais.
....
Em sua autobiografia, Nadia descreve em detalhes todo seu sofrimento enquanto foi prisioneira do Estado Islâmico e toda a crueldade que não só ela, como muitos outros da sua comunidade sofreram.
E uma história muito forte e tocante. É difícil ler tudo o que aconteceu com Nadia, porque, infelizmente, o genocídio é uma realidade e ela o descreve com clareza.

É uma livro muito bom, nos ensina muito e nos faz refletir sobre muitas coisas.

"Quero ser a última moça no mundo com uma história como a minha".
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Alicia147 13/06/2023

Um livro que nos traz uma história real e triste, que vale a pena a leitura para que possamos refletir sobre a situação de alguns países que são bem diferentes do que a gente vivi.
Nadia conta sobre a tomada do ISIS em seu tranquilo vilarejo que se chama Kocho e que fica em uma zona de conflito. Quando a guerra chega até a sua comunidade, todos são levados. Os homens adultos são brutalmente assassinados e as mulheres levadas para serem escravas sexuais. As crianças não foram tiradas de suas mães, porém isso não tornou as coisas menos difíceis.
Nadia conta como se deram os abusos sexuais e de como ela, tentou, lidar com isso da melhor forma que poderia. Conta também como foi possível a sua fuga e de toda a ajuda que conseguiu nesse caminho, e por fim os momentos de tensão até conseguir se ver livre da condição de escrava sexual.
Nadia ainda nos fala da saudade dos entes queridos e de como a crença das pessoas pode motivar coisas tão terríveis.
Uma das coisas que me surpreendeu foi o ISIS ter, como se fosse, uma diretriz norteadora sobre como as mulheres seria compartilhadas e gerenciadas enquanto escravas sexuais pelo grupo.

Um livro com passagens pesadas e que te fazem refletir.
Gostei e vale a pena!
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Marcelo1145 26/10/2021

Humanidade
Sim, o que falta no mundo é humanidade. É a aceitação e respeito as diferenças. Cada ser humano vive seus demônios. Cada um sabe o que gosta e o que quer... A grande questão é aceitar e respeitar as diferenças. Isso faz o mundo ser melhor. Esse livro é bom e bem escrito. Uma pena que trata das indiferenças e desrespeito ao ser humano. Vale a pena ler para repensarmos. E as mudanças começam mesmo dentro da gente.
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Emanoel 08/02/2022

Outra surpresa que me ensinou demais.
[O LIVRO TEM GATILHOS PARA VIOLÊNCIA SEXUAL]

"A minha história, contada de modo honesto e direto, é a melhor arma que eu tenho contra o terrorismo, e pretendo usá-la até que os terroristas sejam levados a julgamento".

Um daqueles livros que "engoli". Claro, fazendo várias pausas pra por as ideias no lugar e perceber que existe uma parte do planeta a qual os direitos - em pleno século 21 - são tirados por causa de sua etnia, religião e origem.

A história de Nadia é algo que eu particularmente não conhecia até ler o livro. A única coisa que me lembro foi de ver no noticiário, em algum momento de 2018, que uma mulher iraquiana havia recebido o Nobel da Paz. Não conhecia sua luta pelos direitos humanos e também não conhecia a história de violência.

Acompanho a situação do oriente médio desde que comecei a ler sobre a Primavera Árabe e o surgimento do Estado Islâmico em 2014 na guerra Síria - Iraque.

Na época em que eu estava na faculdade, Nadia e seu povo estavam sendo arrancados de sua terra pelo Estado Islâmico, que matou a maioria dos homens, mulheres mais velhas e contrabandeou as mulheres mais novas para serem escravas sexuais do califado. Nem se passava pela minha cabeça que algo assim estava acontecendo.

Os relatos sobre os estupros e agressões que Nadia e outras mulheres sofreram são aterradores. Anos depois, após sua fuga, ela a ainda ressaltar e conseguiu convencer a líderes mundiais de que aquilo foi genocídio contra o povo Iadizi - que também vim a conhecer lendo a obra.

É uma leitura importante, para entender o quanto coisas do tipo tem que acabar, pois nesse momento, o Estado Islâmico e outros grupos terroristas, continuam fazendo massacres, tirando a religião, a identidade e os lares de muitos povos do oriente médio.
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mrsllopes 22/05/2022

Um dos melhores!!!
Simplesmente um dos melhores livros que eu já li! Não tem muito como avaliar livro de história real, principalmente biografia, mas o livro é muito bem escrito e te faz viajar real. A história é hipersensível e tem vários gatilhos (estupro, violência de quase todos os tipos, intolerância religiosa) e pra você ler é melhor estar bem da cabeça. Me revoltou, me inspirou e me ensinou. É isso.
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Ana Luísa 01/09/2022

O que um sobrevivente realmente sente
Que eu seja a última narra a história dw Nadia, uma mulher iaziri que foi alvo de genocídio pelo Estado Islâmico.

A escrita pode não ser das mais elaboradas, mas a narrativa ganha força com a honestidade do relato.

O livro mostra o que o EI fez com esse povo e você pode perceber como os setimentos da Nadia influenciam na narrativa.

Esse não é um livro feliz. Ele é repleto de tristeza, dor, saudade e culpa. Culpa por ter sobrevivido, culpa por ter escapado, culpa por sair do Iraque e culpa por não conseguir ajudar mais.
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Oliver 30/09/2019

Pungente relato de um genocídio
Não é à toa que em 2018 Nadia Murad venceu o Prêmio Nobel da Paz, junto com o médico obstetra Denis Mukwege. A sua comovente história traz detalhes do cerco realizado pelo grupo terrorista Estado Islâmico à pequena aldeia de Kosho, refúgio de uma tribo do povo iazidi. Os terroristas do EI sequestraram as mulheres jovens. Os meninos que ainda não tinham pelos nas axilas foram poupados e encaminhados para lavagem cerebral. As mulheres maduras tiveram o mesmo destino que os homens. Em seguida, Nadia conta seu calvário nas mãos dos sequestradores. O modo detalhista e corajoso como ela narra a sua experiência provoca no leitor um misto de náusea e admiração. O livro é estruturado em três partes. A Parte I trata de como Kosho foi cercada, do medo e do terror de não saber o que iria acontecer. Culmina com o dia em que toda a população da aldeia é levada até a escola, e as pessoas terão que enfrentar o seu inevitável destino. A Parte II é talvez a mais aterradora, com Nadia e suas conterrâneas nas mãos dos membros do EI. Rebelde por natureza, a jovem de 21 anos precisou de muita fibra e determinação para superar as humilhações e os estupros, até conseguir escapar. A Parte III é a mais esperançosa, uma espécie de "road-movie" pelas estradas desoladas do Iraque rumo a um local seguro, livre do jugo do Estado Islâmico. Nessa parte, há uma aura de esperança em um futuro melhor, de reencontro com a família, e revelações surpreendentes sobre a política interna iraquiana. No geral, "Que eu seja a última" é um livro imprescindível para quem deseja conhecer um pouco da história contemporânea, sobre o genocídio de um povo estigmatizado por sua religião e por seus hábitos. Também é um grito contra as injustiças e a violência, um apelo para que isso não volte a acontecer.
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anselmo.pessoal 12/08/2023

Livro difícil mas necessário
Os primeiros 2/3 do livro descrevem uma realidade totalmente diferente da nossa. Laços familiares, cotidiano, valores, ? Aí começa o horror. Não tem como ler o que aconteceu com ela e não ficar chocado com o que algumas pessoas são capazes de fazer com outras por acharem que estão certas e o resto são indignas.
Creio que algo parecido aconteceu durante a escravidão.
O mais assustador é perceber que, guardadas as devidas proporções, algo similar aconteceu recentemente por aqui, quando a radicalização de considerável parte da população também dividiu o país e separou famílias, amigos, etc.
Um livro difícil, mas necessário.
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Robson.Silva 11/07/2022

Esse livro nos faz despertar mais ainda sobre o quanto a ?cultura? e Religiosidade pode acabar com a vida das mulheres. É chocante, mas necessário.
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Isa 31/05/2020

Profundo
A vida de Nadia foi e é dura. Devorei as páginas do livro horrorizada e emocionada com a sua história e de muitas outras mulheres Yazidis que foram feitas de escravas pelos membros do Estado Islâmico. Eu chorei do início ao fim com os relatos de Nadia. Um livro extremamente profundo, por vezes duro de ser lido, mas essencial para entendermos mais sobre o genocídio Yazidi que aconteceu em 2014.
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@LendocomAB por Ana Bove 06/06/2020

“Escrevi esse livro para documentar os crimes cometidos contra as yazidis”, “Para que estejam por escrito, detalhadamente, as provas da tragédia e de nosso genocídio.”
Nota: 10/10

Esse livro é espetacular! Eu adoro ser confrontada por histórias reais que eu não ainda não conhecia. Está sendo muito interessante ler mais sobre o Oriente Médio e suas batalhas recentes, e a figura das mulheres nesses conflitos. Vale já deixar claro desde o começo que a Nadia não teve uma história de vida fácil, e que o livro retrata um período da sua vida que passou longe de feliz.

Nadia nasceu em 1993 na aldeia de Kocho, no Iraque, em uma família pobre, e é a mais nova entre 11 irmãos. A região do Vale do Sinjar, onde Kocho está localizada, no norte do Iraque era conhecida por ter famílias Yazidi, a religião de Nadia. Kocho era uma aldeia pequena, onde todo mundo se conhecia e frequentava as casas uns dos outros sem pedir licença para entrar e que vivia uma vida simples basicamente da lavoura e da criação de ovelhas.

Em agosto de 2014, quando a Nadia tinha 21 anos, o Estado Islâmico invadiu sua aldeia e matou 600 pessoas, incluindo seis de seus irmãos e capturou mais de 6700 mulheres Yazidi da região. Nadia começa então a narrar seus momentos como escrava do Estado Islâmico na cidade de Mossul, onde foi mantida prisioneira. Ela foi espancada, queimada com cigarros e estuprada diversas vezes, até conseguir fugir alguns meses depois.

Hoje, Nadia mora na Alemanha, onde conseguiu asilo político, e se tornou ativista dos direitos humanos e em 2018 ela ganhou o Prêmio Nobel da Paz. Nas palavras da própria Nadia, “Escrevi esse livro para documentar os crimes cometidos contra as yazidis”, “Para que estejam por escrito, detalhadamente, as provas da tragédia e de nosso genocídio.”.

site: https://instagram.com/lendocomab
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van.cazarotto 27/12/2020

Distante e recente
Um livro que me marcou profundamente. Uma história extremamente recente que fala de realidades distantes. Forte e delicado ao mesmo tempo. Fala de situações terríveis sem cair em "sensacionalismo". Não são os adjetivos que revoltam. São as situações narradas. Super recomendo a leitura
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Luciana 21/02/2021

Livro pesado, mas essencial para nos tirarmos da zona do conforto e vermos que ainda existem situações como a de Nádia em pleno século XXI. Apesar de ser uma história verídica e muito pesada, a autora consegue dar uma leveza na narrativa, que faz com que você leia o livro quase que de uma vez só. Super recomendo a leitura.
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