Capitães da Areia

Capitães da Areia Jorge Amado




Resenhas - Capitães da Areia


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Matheus656 01/01/2024

Capitães da Areia
No fim, a obra dá voz às ruas, à massa brasileira, às prostitutas, aos pivetes e aos malandros. Jorge Amado despiu às metrópoles do Brasil, sobretudo a sociedade baiana, em tom crítico, realista, e por vezes, militante. Na mesma intensidade deu voz à cultura negra. Tratou de falar das religiões de matriz africana sem estigmas. Dialogou com o povo, entendeu-o.
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Igor.Almeida 31/12/2023

Tão antigo e tão atual ao mesmo tempo.
Em Capitães de Areia, acompanhamos um bando de crianças abandonadas que se intitulam como capitães da areia, os mesmos, praticam roubos e furtos para sua sobrevivência.

Esse foi um daqueles livros em que terminei, e precisei de um tempo para digerir toda a história. Pois é uma história muito pesada, muito crua, muito triste. E ainda pior, muito real.

Aqui temos vários personagens, mas com certeza os mais marcantes são: Pedro Bala, Dora, Sem-Pernas, João Grande, Pirulito, Volta Seca. E ao longo do livro, acompanhamos suas individualidades, seus traumas, e suas esperanças. E é muito triste ler isso, e imaginar que em fato possa ter crianças nesse mesmo momento, desprovendo de tal sentimento.

Jorge Amado foi crucial nesse livro, com todas as suas críticas em volta deste. É um livro difícil de se ler, não por sua escrita (que é muito boa e clara, inclusive), mas por ser tão atual e cruel. Recomendo esse livro a todos, jamais esquecerei esses personagens e essa história.
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Chanks0 31/12/2023

Lindo do começo ao fim
Como não gostar dos capitães da areia? Crescendo vítimas, sujeitos ao crime e a maldade das pessoas mesmo tão jovens. Amadurecidos rápido demais, vivendo no perigo, sendo perseguidos por autoridades (quando no fundo são só crianças que perderam sua infância) - esses são os capitães da areia.

Não tem como não sentir empatia e carinho pela complexidade de cada capitão. Desde Pedro Bala com seu senso de justiça, o Professor com todo o talento mas sem a oportunidade, Sem-Pernas e sua falta de amor que o leva à amargura à Dora, que tão jovem vive como uma mulher adulta que sofre com o machismo e perigo da malícia dos homens?

Cada capítulo é uma dor, um grito e uma conquista. Cada palavra é uma realidade, e cada personagem, mesmo fictício, é a representação de uma voz que é oprimida. Tão atemporal, tão profundo.
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Amaedron0 11/01/2024minha estante
Concordo




Kako 31/12/2023

Um clássico memorável
Capitães da areia retrata a história do grupo de jovens e crianças que vivem na rua, suas aventuras e também seus crimes.
Jorge Amado não transformou as crianças em heróis, porém durante a narrativa nos mostrou a ferocidade da vida do crime, ao mesmo tempo que trazia a empatia pela dor daquele ser precoce, cuja a existência é a mais miserável, também apresentou o lado obscuro de cada personagem, sem diviniza-los e sim apontando a sua condição de vítima baseado nas diferenças de classe.
Através do livro conseguimos observar a sociedade baiana que contribui para a condição dos Capitães da areia:
O cônego que só se preocupa com a imagem da igreja, não para pra observar que a religião é um "espaço" de transformação social e que a ajuda do clero pode aliviar ou reduzir significativamente os casos de furto e roubo derivados dos Capitães de areia.

O diretor do reformatório, cujo seu principal deleite é 'açoitar'(torturar, bater) nas crianças "problematicas", nada acrescenta na vida desses meninos(as) somente o ódio e isso não é o suficiente pra tira-los da vida do crime.

O delegado, só busca o status do seu batalhão ao tentar capturar os Capitães da areia, ele não quer eliminar o crime e sim aumentar as celas, sua equipe e o próprio foram subornados pelo diretor do reformatório para alcançar a fama de benfeitores, quando na verdade só precisariam garantir que os meninos fossem bem tratados e educados no reformatório, pois como eles poderiam sair da condição do crime se não há outra opção.

As beatas da igreja, seu papel é ir na igreja rezar só isso, tanta reza sem salvação não vale nada, se todas as senhoras ricas da igreja organizassem um grupo de doações pra crianças carentes seria mais benéfico do que criticar o trabalho do padre José Pedro, visto que o próprio Jesus andou entre ladrões e prostitutas, as senhoras da igreja nada aprenderam com as lições católicas e contribuem para demonização da condição dos Capitães da areia.

O livro é um clássico modernista queimado em praça públicado durante a ditadura de vargas (estado novo), as expressões que vão contra a norma culta fazem parte desse movimento que tinha o objetivo de criar uma literatura para a população, literatura do povão.
O livro tem tendências comunistas visto que no período do livro Jorge Amado fazia parte do partido comunista brasileiro, e infelizmente se exilou inúmeras vezes.
Sua neta dirigiu o filme Capitães da areia baseando-se no livro do avô está disponível na internet.
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hemily 31/12/2023

Uma estrela no lugar do coração.
O que posso falar sobre capitães de areia? Começando por uma perspectiva pessoal, eu não poderia ter escolhido um livro melhor para fechar o ano de 2023.

Se engana quem acha que por tratar de crianças, esse livro seria uma leitura fácil. Amado aborda temas complexos, como a desigualdade social, a violência, a exploração infantil e temas problemáticos envolvendo sexualização de menores. O último tema citado foi o que impediu que a leitura se tornasse cinco estrelas, mesmo com o intuito de crítica, é um comentário estritamente pessoal, porém eu não gostei do jeito que foi tratado, e o assunto afinal fez com que mesmo no final da leitura, eu não conseguisse me conectar tanto com certos personagens, atrapalhando a experiência.

"Capitães da Areia" não é apenas uma obra literária, mas uma jornada emocional que mergulha nas profundezas da condição humana. E todos deveriam realizar esta leitura, por pelo menos uma vez na vida.
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França 31/12/2023

Esse foi uma das melhores leitura do ano
Um espetáculo que mostra um realidade completamente diferente da qual a gente conhece. O tanto que meu coração ficava apertado com eles não tá explicado. São só crianças que tiveram que crescer rápido demais para sobreviver e isso claramente é culpa do governo e da sociedade que os deixam nessa situação tão vulnerável.
Acompanhamos personagens únicas e o final de cada um é surpreendente e exclusivo para ela. Alguns se dão bem, mudam de vida, outros morrem cedo demais ou continuam nessa vida de crimes. Só podemos tirar dessas páginas que o amor é a cura para um coração ferido que precisa de uma mão incentivando e guiando para um futuro melhor.
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Eduard.Santana 01/01/2024minha estante
Parece chaaaatoooo


Coruja Leitora 02/01/2024minha estante
Não é não!! É realmente muito bom e é impressionante como vemos os mesmos problemas sociais tantos anos depois. Nessas horas parece que a gente não evoluiu em nada como sociedade.


Eduard.Santana 02/01/2024minha estante
Você lê em livros físicos ou em PDF???


Coruja Leitora 03/01/2024minha estante
Eu leio físico e ebook...esse foi e-book




AnaJúlia 30/12/2023

Há ou não liberdade?
Meninos que apesar de serem ?livres? e serem ?donos de si?, buscam incansavelmente e insaciavelmente algo que preencha suas vidas; Gato nos seios de Dalva; Pirulito no seu chamado eclesiástico; Professor nos seus livros e desenhos.
Acredito que Jorge Amado quis mostrar as diversas faces da liberdade, pois você pode ser livre e estar preso dentro de si mesmo ou ser escravo de seu próprios anseios e dores. É intrigante como o autor mostrou de diversos pontos de vista oque a liberdade representa, e oque os meninos estavam dispostos ou não a pagar por ela. Pois ao contrário de muitas crianças que não precisavam ter essa responsabilidade dura, pois tinham casas, mães, pais, brinquedos, os capitães da areia nunca obtiveram a escolha de agir como uma criança ?normal?.
Então Jorge Amado nos faz refletir, sobre, quem realmente te o poder da liberdade, pois ter liberdade não é uma simples escolha, é algo que deixa cicatrizes na sociedade que muitos tentam maquiar, é uma revolução ou e as vezes pode se tornar um mar turbulento no qual você pode se afogar.
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Lucas 30/12/2023

A liberdade é como o sol
Gigante. É como eu me sinto agora, encarando o teto e as teclas do celular enquanto escrevo isso depois de concluir a leitura. Inúmeras passagens do livro estão marcadas no meu peito e na minha cabeça, fico pensando sobre esses trechos o tempo inteiro, sobre o quanto dizem a respeito de nós, dessa sociedade miserável, que tanto falhou e continua falhando com as crianças de ontem e hoje, especificamente as pretas e pobres. Ler Capitães da Areia sempre foi uma meta minha, que queria ter concluído antes e já ter esse livro andando comigo a tempos, talvez muita coisa tivesse sido menos solitária se eu já conhecesse esse livro do jeito que conheço agora - porque essa é a sensação, que me tornei íntimo, dos personagens, dos cenários, das canções, das histórias, do nordeste ancestral, que também é pai e mãe, avô e avó de quase todo pobre periférico daqui do sudeste. Conhecer o nordeste e especificamente a Bahia é um sonho que vai esperar, mas sinto que Capitães da Areia de alguma forma me fez realizar essa viagem um pouquinho, em suas passagens mais aquecedoras e brilhantes - a cena do carrossel foi a primeira a me fazer sentir, repito, gigante - e também nas suas cenas mais cotidianas.

A dor de acompanhar a trajetória de cada menino e menina também se fez presente, pensando muito nos rostos que passaram pela minha vida e que também tiveram seus destinos interrompidos ou dificultados pelo contexto em que vivemos, e a nitidez da escrita de Jorge Amado fez com que a acidez de cada experiência manchada pelo sofrimento me atingisse em cheio, especificamente nos capítulos finais, não só pelos acontecimentos mas porque tudo o que tem gosto de despedida faz minha boca amargar - a sensação de que haviam poucas páginas restando, de que aquelas vidas estavam se esgotando, de que assim como fora do livro nossas histórias se separam e tomam rumos inimagináveis, trágicos e espetaculares, fatais e eternos. Mas essa sensação que mora em mim agora, essa grandiosidade da luta, da resistência, do poder de mudar a vida de outras crianças - a missão de Pedro Bala, que também sempre foi a missão dos grevistas, lutando por um mundo melhor não só para si mesmos mas também para seus filhos e os filhos dos seus filhos - é como um suspiro que vem antes de você se levantar e continuar o que tava fazendo, é aquela sensação de bateria recarregada, de reerguer um corpo abatido pelo cansaço e colocá-lo de volta de pé.

Por todas as vivências malditas. Não é o ódio e muito menos a bondade. É a luta!
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_cardosinho 30/12/2023

Liberdade
Comecei esse livro com expectativas baixas porque imaginei que seria pesado. Apesar de ter assuntos muitos delicados é uma história surpreendente e emocionante em muitos momentos. Ver a desigualdade do Brasil escancarada nas primeiras páginas do livro me deixaram empolgadas pra ler. Eu me apeguei muito aos meninos, sério, queria poder cuidar de todos. Os relatos em vários momentos são bem tapa na cara porque apesar de serem crianças eles vivem como homens, é perturbador. É um livro necessário.
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Lara1935 29/12/2023

Bahia!
Uma das primeiras obras nacionais que li e fora indescritível a reação que me desencadeou.
Toda a cultura presente nos textos faz você se apaixonar mais e mais pela Bahia, a primeira capital do país e um estado rico nesse aspecto.
Fiquei encantada em ver cidades do meu estado, inclusive a qual eu nasci, sendo apresentadas também, mostrando como o estado vizinho da Bahia, Sergipe, merece mais visibilidade na literatura nacional, assim como todo o Norte e Nordeste.
Jorge Amado retrata bem situações que despertam um choque de realidade, além de divulgar mundos os quais muitos não conhecem.
A obra é condizente com o período em que fora criada, mas continua sendo tão realista quanto foi em sua época.
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Iraiane 29/12/2023

E eram apenas meninos
Jorge Amado escreveu de tal forma sua obra que me perguntei muitas vezes se não era real. Talvez por sua escrita, talvez pelo infeliz realismo dos fatos.
Não descreveria o livro como arrastado, por mais que tive uma certa dificuldade em lê-lo por muito tempo a início. É um livro detalhado, o cenário, os personagens, seus sentimentos... É tudo tão bem descrito que se tornou quase que palpável na minha mente.
Como o comentário de Zélia Gattai Amado ao fim do livro diz: Jorge Amado dormiu com as crianças no trapiche, por isso a riqueza em detalhes, a empatia e olhar de dentro dos personagens. Faço de suas palavras as minhas.
A história apesar da ficção seria facilmente real, o que é triste. Meninos abandonos a sua própria sorte, sem família, lar ou amor. Meninos que roubam e cometem outros delitos para sobreviver. Crianças que encontram em seus desejos a necessidade de ser amados. Meninos que vivem como homens mas que são apenas meninoa. É dramático e tocante.
O personagem que mais me marcou foi Sem-Pernas. Pra mim é um dos que mais foi marcado pela violência, miséria e pelo ódio.
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Giovanna 29/12/2023

Maravilhoso.
Tão lindo, tão bem escrito, tão emocionante e tocante.
Um livro rico, rico em personagens cheios de personalidade, que se desenvolvem e se transformam ao longo da narrativa. Rico em conteúdo, maravilhosamente escrito por Jorge Amado.
Aqueceu meu coração.
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Sem estante 28/12/2023

Segue sendo real de uma certa forma
Li esse livro a primeira vez eu ainda era adolescente, na época não tinha maturidade pra entender a profundidade desse tema e de tudo que acontece nessa história.

Hoje em dia mais madura e sendo mãe, eu senti o peso dessa história, dos personagens e das ações deles. É uma crítica social absurda e segue sendo tão real, mesmo depois de tanto tempo. O autor foi cirúrgico em todas as feridas em que tocou. O Bala apesar de tudo se doou a vida toda pelas crianças que protegeu, mesmo ainda sendo criança.

Apesar do sofrimento eles nunca abandonaram a sua própria essência e mesmo diante da prática de coisas absurdas eles ainda mantiveram uma certa inocência e um senso de certo e errado.

É um livro doloroso, pesado e necessário ainda nos dias de hoje.
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