Barbara Sant 18/11/2010Oie Gente,
Quem frequenta o blog e me conhece sabe que eu detesto preconceitos (sejam eles literários, religiosos, sexuais ou qualquer outro tipo...) e que saber que eu os tenho me enerva...
Por conta disso, tento combater os meus com todas as forças. vide a resenha da "biografia" do Facebook
Mas vocês sabem como eles são teimosos e turrões. Para conseguir desalojar um da mente é preciso muito esforço e exercício.
E um dos mais difíceis de combater, no meu caso, é com a série Crepúsculo.
Eu nunca li, eu não vi os filmes e eu me recuso terminantemente a fazer qualquer uma das duas coisas.
Já olhei no espelho e disse "que feio, Barbara, julgando um livro sem ler!", já entoei mantras dizendo que "preconceitos são tão sem atrativ-uuunnnssss"... mas não resolveu.
Por conta disso, quando ganhei da Intrínseca "A Breve Segunda Vida de Bree Turner" me bateu aquele desespero típico.
Quando vi o livro, minha primeira frase foi: "Nãooo! Não quero ler Crepúsculooo!!!". E por isso fiquei enrolando, enrolando e enrolando a leitura.
Eu simplesmente não consigo ler uma série fora de ordem. É algo inerente ao meu DNA. Tem la um gene dominante que determina que "toda série deve ser lida do primeiro livro ou você ficará louquinha da silva". rs
Mas, como eu leria o livro da Bree sem ler Crepúsulo? Fui contra todos os meus conceitos e manias e tentei ler o livro sozinho. Aí dei de cara com um super spoiler logo nas primeiras páginas.
Se você me conhece, você também sabe o quanto eu odeio spoilers.
Então, para ser justa com o livro, eu resolvi fazer uma resenha... diferente.
Aproveitei que eu sabia que não iria ler o livro da Bree com boa vontade e criei uma seção nova no blog, a In Death Convida. Nela uma vítima convidada (ou convidado, quem sabe??) irá responder perguntinhas sobre um determinado livro ou evento, dando aos leitores oportunidade de conhecerem coisas que não fazem parte das minhas leituras/aventuras costumeiras.
A primeira vítima boa alma que topou fazer isso comigo foi a Fe, do blog "O Fantástico Mundo da Fran", respondendo um punhado de perguntas e aturando meus comentários politicamente incorretos sobre o livro, dando uma ideia geral do que vocês irão encontrar na leitura.
Para diferenciar uma coisa da outra, meus comentários estão todos riscados hehehe
Abaixo, segue a mini-entrevista que eu fiz com a Fe.
Fefuxa, minha doce vítima, primeiro de tudo, obrigadinha pela ajuda!! Sem você, essa resenha ia ficar empacada o resto da vida!
Agora, hehe, diga-me, o que você achou do livro como um todo? Ele manteve sua atenção? Te empolgou durante a leitura?
Fenana: A história se desenvolve relativamente bem... é bem coesa e coerente, tem lógica entre as cenas.
Mas nada do tipo "se parar de ler agora vou ficar louca para saber o resto."
É aquelas... da vontade de ler, mas não te deixa curiosa. a não ser que você seja um fã pirado por crepúsculo
Os personagens são diferentes dos da saga. Ela tenta colocar os vampiros "malvados" e os recém-criados como máquinas mortíferas incontroláveis. Nesse ponto chega a ser quase patético, porque basicamente os recém-criados são um bando de loucos que vivem se destruindo; são inconsequentes e irresponsáveis e só querem "matar matar matar". jura que tinha sangue?? nossa! rs
Mas não é de uma forma bem escrita/descrita. É uma noção primitiva da violência, que eu não curti.
Além disso, nós temos os "personagens principais", como a Bree, o Diego e o Kelvin que são vampiros comportados. Tem a "sede de sangue que faz matar tudo", mas não são primitivamente violentos. Isso a Meyer defini pela pré-personalidade de cada um, mas é meio bizarro existirem só 3 num bando de 20 que pensam bem, sabe?! E a diferença entre os personagens chega a ser gritante - os três vampiros "comportados" e o resto "primitivo" ¬¬ hum... confesso, estou ficando curiosa hahahaha
E tem chove não molha também?
Fenana: Sim. ¬¬" aff... como assim, vampiro sem sexo??? Eu sou da época que todo livro de vampiro tinha sangue, suor e sexo!! E eles não brilham ao sol!!
O português era simplificado, pra facilitar a leitura?
Fenana: O português era bem simples, a linguagem era bem superficial."
Faço um adendo aqui... dia desses eu reclamei da simplificação do português em Bellissima. E essa resposta da Fe diz exatamente o que eu queria dizer. Em um livro para adolescentes isso é esperado e desejado, porque adolescentes precisam que os livros tenham uma linguagem parecida com a sua para se manter atento e se interessar pelo livro. Mas "gente grande" não precisa disso, né?
Hunf!
Para quem não leu os outros livros, vai ficar muito perdido se ler só esse ou pode ler numa boa?
Fenana: Pode, mas você perde algumas coisas.
Tipo, a Bree e o Diego flagram os Volturi indo encontrar a Victoria e o Riley. Aí ouvem a conversa deles, que para quem leu Crepúsculo tem muito significado. Mas para quem não leu, você simplesmente fica "perdido" no que eles estão falando sem entender muito, igual a própria Bree.
Nisso a Meyer até foi boa. Ela conseguiu descrever os Cullen e o encontro da Bree como se realmente ela não soubesse nada daquele universo dos Cullen.
Ela separou bem os dois "mundos". O mundo da mente da Bree é da mente da Bree. Hum... então teria dado para eu ler, se não odiasse tanto assim spoilers (e Crepúsculo) hauhauahua
Resume um pouco o livro pra mim... é cheio de desgraça ou tem uma boa dose de aventura?
Fenana: É mais aventura; e a gente fica triste por que sabe o que vem no final... eu terminei o livro querendo q ela tivesse se juntando aos Cullen, sabe.
É envolvente... apesar de eu achar o livro mais caricato na "dose aventura". A forma como a Meyer narra as lutas são meio... nada de quem sabe descrever uma boa luta. E as desgraças existem, nos deixam triste (como a própria morte da Bree), mas não é nada tragicamente trágico que te faz chorar (e olha que eu estou numa fase emotiva).
Me fala um pouco sobre a Bree, como você a descreveria?
Fenana: Uma garota que gosta de ler, gosta de obedecer ordens, inteligente para perceber o que é certo e errado e que só era uma "vampira má" porque foi assim que foi ensinada a ser.... como eu disse, a noção de "vampiro bonzinho". Mas a Bree é uma personagem até envolvente e carismática; é a típica adolescente descobrindo o mundo. Acho que a mesma carisma que as pessoas desenvolvem pela Bella será (ou foi) desenvolvida pela Bree.
No geral, você recomendaria o livro?
Fenana: No geral, eu não recomendaria por ser Meyer... kakakaka oia, oia! Não sou só eu que digo isso!
Mas como uma leitura adolescente, fraca e para distrair, numa tarde em que você não tem nada melhor, eu recomendaria.
A Fe me explicou um montão de coisas que acontece no livro, mas se eu colocar aqui e tiver alguém que não leu ainda eu morro. hahahaha
Então, se você quer se arriscar pelo mundo imaginário da Meyer, onde vampiros não fazem sexo, brilham ao sol e são quase sempre politicamente corretos o que não é o meu caso em nenhuma das alternativas, o livro logo, logo será sorteado aqui no blog!
Esperero que vocês não me matem pelos comentários sobre a série. Apesar das brincadeiras eu realmente pretendo um dia quando meus netos nascerem ler Crepúsculo e poder dizer com todas as forças que eu o odeio. Enquanto isso fica só o preconceito com vampiros que não fazem sexo, que brilham no sol e que são politicamente corretos. hahaha
Até a próxima!