Tati.Grutt 04/03/2020
Me senti amada por tabela.
Ai ai !!!!
Devo começar dizendo que estou me apegando muito a escrita dessa autora, e sua forma de escrever sobre amor e descrever pessoas. Amo como ela brinca com idiossincrasias deliciosas de se ler.
Bem, Dito isso...
Elijah e Dorothy nasceram para se amar. Eli, como prefere ser chamado, é um pai maravilhoso, oncologista pediátrico exemplar, marido perfeito e um ser humano admirável. Ele é sexy, brilhante, fiel, inteligente, irônico, bem humorado, sabe planejar, paciente, sensível e maravilhoso.
Dory(Estou dando esse apelido pq ela queria um e esse é a cara dela), é meiga, inteligente, trabalhadora, determinada, altruísta, gentil, sincera, diligente, e muito muito engraçada.
Apesar de todas as diferenças entre o casal, eles realmente se amam. E como não amar?
Eli está passando por uma fase "Mais que um coração partido", sua esposa decidiu que sua vida era perfeita demais, tinha um marido perfeito demais e eram felizes demais, até que ELA não era mais. Então Julie decide se juntar a nós aqui na fila do pão. Com essa péssima decisão por motivos óbvios, ela entrega seu " Marido perfeito" para Dory ?.
Os dois começam bem desajeitados, porém, nos rende boas risadas. Até que a coisa pega e flui mas continuamos rindo.
É linda a forma como o Eli ama, tão intenso e despretensioso. Ele é tão apaixonado e atento aos detalhes que passam despercebidos por tantos. Como ele prioriza a felicidade de quem ele ama, como ele respeita suas decisões, como ele ouve o que as pessoas dizem e não apenas escuta, não.
Ele ouve, processa, entende e guarda.
Eli ama de jeito tão forte e puro que sentimos esse amor em nós e eu acabei me sentindo amada por tabela.
Dorothy está no Espectro autista, e por eu ter um filho a quem amo muito, muito, muito... Que tb é autista, acho que não preciso pôr em palavras como é maravilhoso ter alguém com TEA na sua vida.
Mas ela vai além de tudo, pois, estuda sobre o assunto, lê bastante e não se acomoda. Ela escolhe ser o melhor ser humano que pode ser, ela escolhe a melhor versão de si mesma e nos inspira a querer fazer o mesmo.
Foi uma linda, emocionante e engraçada história. Jewel escreve muito bem e aborda lindamente o Autismo. Só não dei 5 estrelas por uma questão muito pequena mas importante no final. Como dizer sem spoiler???? Eu gostaria que Eli tivesse tomado a decisão de "estar Ok" sem que precisasse da Dra Hathaway lhe mostrar que ele estava "Apenas Bem". Parece que sem alguns acontecimentos ele teria vivido apenas "Bem" para o resto da vida, o que seria um desperdício, pois, eles merecem viver OK. ?