Silvestre

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Resenhas - Silvestre


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Emily 22/08/2021

Muito bom, não entendi nada
A história é meio confusa e demora um pouco pra pegar corpo. Não sei se o autor tinha o intuito de fazer um desses livros que você tem que pensar muito para entender, mas tenho a impressão de que mesmo se eu o lesse várias vezes, ainda ficaria meio perdida, parece que tem partes faltando.
Mas no geral, é uma leitura rápida e o folclore brasileiro é abordado de uma maneira muito interessante. As ilustrações são maravilhosas, pra quem gosta de quadrinhos, o livro vale a pena só pelos desenhos.
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forbidden404 12/04/2021

"Tudo o que for indomável, que está em seu habitat natural sem sofrer qualquer intervenção humana, será Silvestre."

Uma história crua, despida de excessos, e mesmo assim com muito a dizer. Não sei se qualquer pessoa estaria preparada para a avalanche de imagens apresentadas nessa obra, só vendo para crer.
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Tico Menezes 16/02/2024

Lindamente terrestre, brutalmente selvagem
Com um primeiro ato poético, repleto de contos que se conectam e formam uma narrativa que, aos poucos vai se tornando linear, já somos arrebatados com um turbilhão de sensações. Pensamentos sobre o envelhecer, sobre o caos do mundo moderno, a paz da natureza e os mistérios escondidos no breu da noite. O texto ora escrito a mão, ora datilografado com letras escapando das palavras é estilizado e inteligente. Dá pra se demorar por horas nessas páginas.

O segundo ato vem carregado de personagens interessantes, lendas vivas e histórias fascinantes. Da boca dessas lendas saem provocações, reflexões sobre o sobrenatural e críticas justas aos humanos. Tudo numa amálgama de pinturas a óleo, desenhos com grafite, tinta no dedo e outras técnicas que dão forma à narrativa. É uma bagunça belíssima!

Mas é a reviravolta que abraça a brutalidade que o quadrinho sugeriu durante a maioria das páginas. A bagunça fica ainda mais intensa e novos e imprevisíveis sentimentos surgem nessa reta final.
A proposta é atingida com louvor e fica aqui minha promessa de buscar ler novas obras de Wagner William!
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Marcelo Rissi 29/12/2022

Sombrio, enigmático e, em certa medida, perturbador.
Sou padrinho da página de literatura Ler Antes de Morrer, da Isabella Lubrano, projeto no qual acredito e, justamente por isso, com ele contribuo.

Duas vezes ao ano - em julho e em dezembro -, a Isabella envia livros de presente aos padrinhos. Os títulos são surpresas (ela apenas pergunta antes, por e-mail, o gênero que o padrinho deseja receber).

Dessa vez, decidi mudar um pouco. Escolhi algo no gênero de Graphic Novel (história em quadrinhos), inclusive depois de ouvir tanta coisa positiva sobre esse segmento num clube de leitura de que participo.

O presente chegou ontem: Silvestre (Wagner Willian). Hoje, terminei a leitura.

Esteticamente, o material é de capricho incomparável: livro com capa dura, envolto num box e com um pôster de brinde. Trabalho primoroso

As imagens dessa história em quadrinhos beiram a perfeição.

Quanto ao conteúdo da obra, meu resumo, em poucas palavras: sombrio, enigmático e, em certa medida, perturbador.

É evidente que eu não captei toda a complexa mensagem. Não na sua inteireza. Aliás, penso que esse aspecto misterioso é da própria essência da obra. Objetivo, por certo, do autor.

De todo modo, por diversos motivos, a leitura resgatou à minha memória, em várias passagens, uma frase que li uma vez, que diz mais ou menos assim: ?A Terra é morada para todos. Cuide bem de todo mundo?. Essa frase é ilustrada por uma imagem, em desenho, de uma menina junto com diversas espécies de animais, todos num pacífico convívio. Confesso que gostaria de reencontrar essa imagem/frase.

Gostei muito de conhecer outro segmento, fora do meu habitual, e pretendo me aprofundar nesse gênero.

Recomendo a leitura.
Laís Maria Guilherme de Almeida 04/01/2023minha estante
Fiquei com vontade de lee


Laís Maria Guilherme de Almeida 04/01/2023minha estante
Ler*


Marcelo Rissi 05/01/2023minha estante
Tenho certeza que você vai gostar, Laís. Depois me conte o que você achou!!




Pablo Paz 08/05/2022

Silvestrando...
Um velho vive isolado nas florestas de alguma selva, ruminando algumas caras lembranças do passado (como a falecida esposa). Em sua cabana, ele é visitado por seres míticos do folclore brasileiro e mundial (animais falantes, espíritos ameríndios, mula-sem-cabeça, baba yaga etc.), com os quais conversa, bebe, come torta, mas não sem atritos, afinal, ser visitado por tantos seres ilustres ao mesmo tempo só pode gerar embates.

Só tenho elogios à arte, aos desenhos e ao seu projeto editorial. Mas quanto ao roteiro, o autor parece não ter muita firmeza se pretende um texto mais narrativo ou poético. Com "mais narrativo" quero dizer que, para mim, faltou um pouco mais de lógica ao explorar as personagens folclóricas e fazerem-nas conversarem entre si. O roteiro tem uma forte influência da poesia (neo)concreta, com o intuito de fazer com que imagens e texto dialoguem, formando um todo coeso, numa espécie de fusão. Nesse ponto achei que a "proposta" se perdeu no caminho porque a fusão ficou um pouco confusa com alguns textos desnecessários... As imagens e ilustrações são tão belas e se sustentam por si mesmas que os efeitos pretendidos pelo texto poético (poesia concreta) não funcionam. Ficou uma escrita muito carregada.

Mas no todo a obra é muito criativa e merece mais elogios do que ressalvas. É uma ótima HQ. Tanto para ter quanto para presentear.
Ana Sá 10/05/2022minha estante
Esta capa é linda!!


Pablo Paz 10/05/2022minha estante
Demais, Ana! Foi um dos motivos para eu comprá-la.




Beatriz 22/06/2021

Silvestre e visceral
Que obra linda, as ilustras são magníficas, me prenderam muito! A história que as acompanham não é diferente, homem e natureza são retratados aqui de forma brutal. Além de trazer criaturas do folclore brasileiro de forma interessante e diferente de como elas são apresentadas. Um livro pra reflexão do nosso eu nesse mundo.
Manezera 23/06/2021minha estante
Quero ler esse




Luna 02/12/2020

Lindíssimo
Aquele livro que eu já queria reler antes de terminar!

O livro usa de recursos visuais no texto, o que eu AMO de paixão ♡♡

Achei a mistura de narrativa, poesia e quadrinhos uma coisa inusitada e complementar de um jeito muito bonito.

Gostei muito, recomendo, relerei com certeza!
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ThayAvalon 29/04/2024

Uma brisa ....
Então é uma HQ, com ilustrações bonitas e algumas abstratas e bem gráficas mesmo. Começa com um velho indo caçar e aí ele decide retornar para a cabana dele e fazer uma torta, e esse aroma de torta no forno começa a atrair todos os tipos de deuses , desde a mula sem cabeça o curupira a CUCA, até os deuses mais diferente nórdicos, e outros muito estranhos, e nesse ínterim , eles acabam se mostrando cruéis, e assassinos. Tem um tom sexu@l, e tbm umas frases de consciência bem fortes e ao mesmo tempo que tem outras que não fazem sentido algum.... Enfim é uma história bem fumada.
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Pedro Picoli 19/08/2021

Visceral e Filosófico
Um quadrinho diferente de tudo que já vi. Uma qualidade de ilustrações tremenda e uma infinidade de reflexões. Mistura seres de diferentes culturas, numa situação completamente maluca e hipnótica que mexe com o interior do leitor e abala completamente os pensamentos em cada reviravolta. Literatura fantástica que vale a pena a releitura até por motivos de maior compreensão, que às vezes são desnorteadas devido à alta loucura.
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L.A.Gonçalves 11/06/2021

Uma experiência visceral
Silvestre é uma obra fora do padrão de narrativa comum. Descrevo essa obra como uma experiência. Uma obra de arte que está além da narrativa linear e ?mastigada?, feita para ser sentida e digerida.
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Ana Aymoré 07/03/2020

A fábula ecológica de Wagner Willian
É possível aprender com os próprios erros? Quando o caçador já está velho demais para não afugentar precocemente a presa, ainda assim ele deixou de sê-lo? Ou resta apenas questionar "quando me tornei o calor do aço que carrego [...]?"
.
Silvestre, híbrido de história em quadrinhos, livro ilustrado, sketchbook e livro de arte, é um dos lançamentos originais mais belos e ousados da editora Darkside, com o mérito adicional de publicar um autor nacional (escritor e artista visual) inspiradíssimo como Wagner Willian. Sua fábula, uma alegoria complexa e visualmente impactante da relação entre o humano e o natural, parte da solidão da vida de um velho caçador, quebrada quando ele tem seu lar invadido por divindades ctônicas, entidades mágicas de diversos e antiquíssimos registros culturais, animais dotados de saber ancestral - e, entre esse panteão telúrico, também os espectros da humanidade histórica, que construiu seu aparato civilizacional à custa da destruição da harmonia ecológica. Apartado daquilo que é também sua essência - como parte da ordem telúrica - para a adoração do deus único de seu próprio egoísmo, é o humano que se torna pura materialidade irracional, desprovida de empatia e atormentada somente pela antecipação de sua própria destruição, que, afinal, já se deu.
.
Entre todas as imagens que permeiam e imbricam-se à narrativa, talvez uma das mais paradigmáticas seja a que se repete na folha de guarda e no final (uma luta entre um cervo propriamente dito e outro antropomórfico), e que remetem, por sua vez, à lenda relatada nas primeiras páginas: é justamente porque o jovem cervo macho, em sua arrogância, empreende disputas mortíferas com suas galhadas, que ele as perde e ganha, em seu lugar, outras maiores e mais exuberantes, mas que também vão se tornando, enquanto envelhecem, inúteis.
.
A arte do livro, que mistura diversas técnicas como nanquim, lápis e tinta à óleo, é composta por camadas e camadas de atração visual, que convida a uma experiência de leitura atenta e absorvente, para se observar detalhes que, de outro modo, podem passar despercebidos. Finalmente, mas não menos importante, a tipografia também acompanha a sinuosidade, a surpresa e até a aparente ilegibilidade do espaço silvestre, com encurvamentos, rasuras, espelhamentos, quebras. Uma experiência multissensorial, como a de se atravessar um bosque isolado - mas densamente povoado, acima, abaixo e ao redor de nossa altura, por seres visíveis e invisíveis.
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Greice Kelly 16/03/2020

PROFUNDO
?... recordações são como floresta fechada, criam um padrão e se tornam iguais.?

Eu já previa que iria gostar dessa HQ, mas não que mexeria tanto comigo. É uma leitura bastante confusa, filosófica, onde você tem que ler, enxergar e sentir de maneira profunda e bilateral. Pretendo logo logo fazer uma releitura, porém sinto que não absorvi tudo que a história tem a oferecer.
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Mialle @mialleverso 24/04/2022

Conversas bizarras, cenas estranhas
O cara lá na floresta é aí aparece uns trem louco pra falar com ele e ele de boa colocando o jantar no forno.

Conversas bizarras, cenas estranhas.

Alguma coisa meio Thoreau, mas eu não li Thoreau então fiquei sem a referência.

De modo geral eu não entendi direito o rolê que estava lendo, mas muito bom.

Recomendo pra achar bacana e não entender nem metade.
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Bruna2012 26/05/2021

É uma HQ muito boa, porém um tanto difícil de entender por conta dos desenhos. Algumas partes estão escritas a mão, o que pode dificultar a leitura e o entendimento para algumas pessoas
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sizifu 19/02/2021

Silvestre: Natureza e Solidão como Personagens
O escritor e artista visual brasileiro Wagner Willian, autor de Bulldogma e Martírio de Joana Dark Side — obras pelas quais foi vencedor do Troféu HQMIX em 2016 e 2018 — aposta em uma história epopeica permeada de símbolos e reflexões em seu mais novo grande trabalho lançado pela editora Darkside Books.

Em “Silvestre”, Wagner nos apresenta um personagem sem nome, já velho e assombrado pelo luto de sua falecida esposa. Nosso protagonista reside em uma pequena cabana isolada no meio da natureza, onde vivenciará uma estranha viagem onírica que o fará discutir assuntos a respeito da natureza humana, a passagem do tempo e a efemeridade da vida.

Em entrevista para A Pista, sondamos Wagner sobre a essência de sua obra, logo o autor afirmou:
“Um dos temas principais em Silvestre é a decadência física e solidão na velhice. O corpo pedindo trégua. Nada há mais humano do que compreender seus limites e se adaptar a eles. Fazer o velho tendo de se virar sozinho no meio do nada, foi uma forma de ressaltar a maior de todas as batalhas, quando tudo se resume a lutar contra você mesmo.”

Assim como dito pelo artista, nas primeiras páginas somos diretamente apresentados a este cenário de desolação e abandono sugeridos pela idade do personagem central. Nós o vemos em uma caçada infrutífera, sufocante e selvagem, que alude ao seu estado mental e físico: sua incapacidade é evidente, ela representa o homem tendo que resistir ao tempo e lutando internamente contra si e contrariando seu derradeiro fim.

Wagner nos apresenta a história inicial de uma forma magistral, que remete a ideia de um sketchbook: os quadros propositalmente assimétricos e soltos pelas páginas — característica já bastante conhecida do desenhista em obras anteriores — e os traços inacabados com rápidas e despretensiosas pinceladas.

Toda essa estética, mesclada ao lirismo que compõe cada passagem, nos auxilia a imergir na obra de uma forma impressionantemente catártica, captando toda condição proposta e fazendo a solidão do personagem se tornar cada vez mais palpável, opressiva e sufocante ao virar de cada página.

Leia a matéria completa na nossa página no médium: https://medium.com/a-pista/silvestre-natureza-e-solid%C3%A3o-como-personagens-953f04025b24
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