Silvestre

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Resenhas - Silvestre


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sizifu 19/02/2021

Silvestre: Natureza e Solidão como Personagens
O escritor e artista visual brasileiro Wagner Willian, autor de Bulldogma e Martírio de Joana Dark Side — obras pelas quais foi vencedor do Troféu HQMIX em 2016 e 2018 — aposta em uma história epopeica permeada de símbolos e reflexões em seu mais novo grande trabalho lançado pela editora Darkside Books.

Em “Silvestre”, Wagner nos apresenta um personagem sem nome, já velho e assombrado pelo luto de sua falecida esposa. Nosso protagonista reside em uma pequena cabana isolada no meio da natureza, onde vivenciará uma estranha viagem onírica que o fará discutir assuntos a respeito da natureza humana, a passagem do tempo e a efemeridade da vida.

Em entrevista para A Pista, sondamos Wagner sobre a essência de sua obra, logo o autor afirmou:
“Um dos temas principais em Silvestre é a decadência física e solidão na velhice. O corpo pedindo trégua. Nada há mais humano do que compreender seus limites e se adaptar a eles. Fazer o velho tendo de se virar sozinho no meio do nada, foi uma forma de ressaltar a maior de todas as batalhas, quando tudo se resume a lutar contra você mesmo.”

Assim como dito pelo artista, nas primeiras páginas somos diretamente apresentados a este cenário de desolação e abandono sugeridos pela idade do personagem central. Nós o vemos em uma caçada infrutífera, sufocante e selvagem, que alude ao seu estado mental e físico: sua incapacidade é evidente, ela representa o homem tendo que resistir ao tempo e lutando internamente contra si e contrariando seu derradeiro fim.

Wagner nos apresenta a história inicial de uma forma magistral, que remete a ideia de um sketchbook: os quadros propositalmente assimétricos e soltos pelas páginas — característica já bastante conhecida do desenhista em obras anteriores — e os traços inacabados com rápidas e despretensiosas pinceladas.

Toda essa estética, mesclada ao lirismo que compõe cada passagem, nos auxilia a imergir na obra de uma forma impressionantemente catártica, captando toda condição proposta e fazendo a solidão do personagem se tornar cada vez mais palpável, opressiva e sufocante ao virar de cada página.

Leia a matéria completa na nossa página no médium: https://medium.com/a-pista/silvestre-natureza-e-solid%C3%A3o-como-personagens-953f04025b24
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Corvus 16/07/2021

Senhor! Sempre quis perguntar...
"Seu povo dá valor ao que tem, e quer sempre mais e mais. O meu dá valor ao que não pertence a ninguém, só pertence à Nyata, à terra, ao céu, ao rio... Nunca demais, nunca de menos. Mas seu povo quer extrair tudo da terra... E tudo dos outros até não restar mais nada. Não entende que, se pesca todo peixe na piracema, não terá mais peixe. Não se mexe um fio sem mover toda a teia. A Terra tem sua própria razão. Tudo é terra e sopro, fogo e chuva. Como manhã e noite... Uns vivem distante, outros mais perto. Mas todos aqui existem juntos! Nosso péka é o mesmo! Não seu Povo. Ele é arrogante e cheio de si, quer existir separado. Não divide e ainda quer que tudo seja igual a ele. Como é isso? Como pode ser igual se não divide?"
Cristiano.Cruz 01/04/2022minha estante
Soubera o Curupira com quem falava... algoz...?




Gabriela.Steindorf 10/02/2021

Quietude selvagem
Essa HQ, assim como outras da Darkside, é um experiência sobre a qual você precisa refletir quando acaba. A proposta da história é incrível: um velhinho viúvo que mora sozinho no meio da floresta. Ele é cercado por tudo que é silvestre e sua vida funciona em sincronia a isso. O autor faz analogias muito bonitas sobre como a natureza age e consequentemente a vida deste homem. Na segunda parte da história há uma profusão de imagens e criaturas mitológicas, todas relacionadas ao folclore "silvestre". E no que poderia resultar uma reunião de animais, homens, seres e deuses selvagens? Selvageria.

Acho que a mensagem principal gira em torno deste diálogo:
" - Senhor, sempre quis perguntar! Seu povo dá valor ao que tem e quer sempre mais e mais. O meu dá valor ao que não pertence a ninguém. (...) Seu povo é arrogante e cheio de si. Quer existir separado. Não divide e ainda quer que tudo seja igual a ele. Como é isso? Como pode ser igual se não divide?
- Há pedras dentro de um homem que o rio não pode levar."
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LetAcia716 17/08/2023

O que foi isso q eu li mds n sei nem como descrever a sensação q eu tive, quero reler para ver todos os detalhes que perdi
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Biblioteca Álvaro Guerra 23/09/2022

Nesta edição da Darkside, temos a Graphic Novel de Wagner Willian, que buscou como inspiração a temporada sabática tirada pelo filósofo, poeta, naturalista Henry David Throeau, podemos ver várias reflexões sobre a vida e memória. Com ilustrações sensíveis ambientadas em paisagens naturais.

Livro disponível para empréstimo nas Bibliotecas Municipais de São Paulo. Basta reservar! De graça!

site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/9788594541918
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Bruna 14/10/2022

O bagulho é doido. Uma história visceral que aborda uma diversidade cultural gigante. Porém não sei se entendi o conceito kkkkkkkkkkkk
Mas com certeza é uma experiência única. As ilustrações do autor são bem interessantes e bonitas.
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Joao366 03/09/2021

Silvestre
Bom, vamos lá
Eu não sei se eu não li direito, ou não sei o que houve mas no começo não tava entendendo nada, no fim piorou kkkk
As ilustrações são simplesmente perfeitas!!!!
Pretendo reler e ver o que perdi, pretendo ver resenhas e me orientar mais sobre essa história muito doida (no bom sentido).
Cristiano.Cruz 01/04/2022minha estante
Releia, caso continue sem entender, dê um tempo e depois volte para dar uma nova chance. Esta obra e você merecem.




Jack 03/06/2024

8 ou 80
Ou você irá gostar ou você irá odiar, de fato o livro é uma obra de arte.

é uma obra que se destaca por seu estilo visual impressionante. O autor e ilustrador combina elementos de realismo mágico e folclore brasileiro, criando uma história que é tanto poética quanto visceral. Através de sua arte detalhada e cheia de vida, ele nos transporta para um mundo onde a natureza e os seres humanos se entrelaçam de maneira fascinante e, por vezes, assustadora.
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emlindh 22/08/2021

foi bom tipo tomar um soco no estômago
É bem difícil definir essa leitura, cheguei no final sem nem saber o que fazer com o restante do meu dia.
Toda a parte artística e a diagramação do livro são fascinantes, e a leitura segue em um esquema que vai crescendo e se intensificando a cada página de uma forma de te deixar sem fôlego.
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Monique 16/04/2020

No início do ano resolvi ler Silvestre, uma HQ de aparência imponente e que já deixa o leitor avisado do que está por vir, entretanto, eu não imaginava o que estava guardado entre essas páginas.
Logo nos primeiros capítulos vemos ilustrações tão bem detalhadas, mas ainda sim precisamente contidas.
-
?Começamos acompanhando um caçador que vive isolado, no meio de uma floresta. Vemos claramente a relação homem e natureza!
É então que o protagonista resolve assar uma torta e acaba atraindo muitas visitas peculiares à sua cabana, alguma dessas até conhecemos por fazerem parte do folclore brasileiro.
-
?A selvageria ganha cada vez mais destaque e as ilustrações se tornam viscerais de uma forma densa e sombria. A vida na natureza pode ser recompensadora, mas nunca sabemos o que ela reserva para nós!
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Leonardo Lemes 19/07/2022

SILVESTRE
Um romance gráfico nacional, pandemônico, culturalmente enriquecido e sagaz em sua narrativa. O texto verbal e não-verbal se comunicam de maneira mútua, trabalhando a história em uma só perspectiva, capaz de transpor arte em palavra e vice-versa. A poesia concreta e outros recursos linguísticos carregam a sinestesia que o autor propõe. As linguagens do livro trazem a índole SILVESTRE do ser humano, já madura. Uma selvageria contida e mascarada por preceitos da civilidade, prestes a ser liberta. O livro é sequencialmente apresentado em três momentos: a paz, o caos, e novamente a paz; podendo ser traduzido para as três fases da vida. O autor elenca a mitologia, a ancestralidade e o ser folclórico, em analogia ao ser humano, sua fúria, sua brutalidade, sua calmaria e seu expurgo. Wagner Willian coloca em suas páginas, natureza e solidão, grito e silêncio, e o ser humano como mais uma figura a ser encarada como mítica. "Quando minha pele criou rugas como a casca daquele carvalho? Quando meu peso mudou sua marca? Quando me tornei o calor do aço que carrego e amei a terra onde nada é inútil?"
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julia.roberta 31/12/2020

Um Conto Marcante
Primeiramente, que ilustrações maravilhosaaaas. A composição desse livro é muito bonita e poética, no entanto, o livro caminha para um final deveras contrastante com o encanto e atmosfera amigável que aparenta ter.
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Andressa Contreira 22/11/2020

Silvestre
Essa HQ é uma obra prima. Eu achei que fosse gostar, mas a verdade é que me apaixonei.O autor é Wagner Willian, que por sinal é brasileiro, fez um excelente trabalho e as ilustrações são belíssimas. Vale a pena ter essa obra na estante. Super recomendo!
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Alê 19/07/2020

Um pandemônio maravilhoso
Fiquei simplesmente no chão com a arte dessa HQ. Fora que a história já toma teu fôlego lá no começinho e vc termina tentando voltar a respirar. Que loucura mais maravilhosa isso aqui. Autor brasileiro ainda por cima que orgulho!
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Danilo 08/07/2020

Visceralidade com conteúdo
Fiz a leitura dessa HQ (e/ou Livro Ilustrado)numa tacada só, pois a história é muito instigante.
Pelos materiais que andei vendo na internet, já ter lido outros trabalhos do autor tende a enriquecer a trama, mas é uma história fechada em si, portanto não ter esse background não atrapalhará em nada a leitura e o entendimento (ou melhor, interpretação) da obra.
O livro em determinado momento se torna algo catártico, não preciso dizer o que ocorre pois quem ler esta obra saberá exatamente de qual momento estou falando, e pelo fato de o autor se chamar Wagner, me veio à mente o Maestro Wagner, que compôs A Cavalgada das Valquírias, e olha, colocar esta música para tocar durante a leitura desse momento foi muito bom, fez o momento se tornar apoteótico.
A arte dessa HQ tem uma personalidade bem própria e condiz totalmente com a narrativa,apesar disso, me incomodou o artista ter pesado a mão no abstrato de algumas cenas onde os personagens executavam ações, isso me tirava da imersão em que eu estava na história para tentar compreender o que os personagens estavam fazendo em cena. Não é algo que vá prejudicar a experiência, mas eu gostaria de um pouquinho menos de poluição visual em certas passagens.
No mais, é com certeza uma obra que merece ser vista, literatura nacional que foge do nosso convencional e nos deixa muito instigados a querer saber mais sobre aqueles seres, aquela floresta, todo aquele universo.
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