Um dos mais brilhantes romancistas ingleses da atualidade, Jonathan Coe é um escritor hipnótico. Uma das suas principais habilidades é fazer com que o leitor se torne íntimo dos personagens e se sinta parte da trama. Em A casa do sono não é diferente. Vencedor do Writers’ Guild Best Fiction Award, do Prêmio Médicis Etranger e do I Prêmio Europeu de Jovens Leitores, o livro é tudo o que um romance deve ser: corajoso, desafiador, engraçado e triste. E com protagonistas inesquecíveis.
Na década de 1980, a propriedade de Ashdown era uma república de estudantes. Entre seus ocupantes cativos estão Sarah, que sofre de narcolepsia, não distinguindo os sonhos da realidade; seu namorado, Gregory, que só atinge o orgasmo se pressionar com os dedos os olhos de Sarah; Terry, um pretensioso crítico de cinema que dorme pelo menos catorze horas por dia e nunca se recorda o que sonhou; e Robert, que ama Sarah e está disposto a tudo para conquistá-la.
Doze anos depois, a propriedade é transformada numa casa de saúde especializada em perturbações do sono. Estranhamente, os ocupantes da clínica são os mesmos que aí estiveram nos seus tempos de estudante. E nem sempre se lembram dos laços complicados que ligaram as suas vidas.
Divertido, como tudo o que Coe escreve, A casa do sono é uma comédia de hábitos e costumes. Movendo-se entre o passado e o futuro, e com narradores alternados, é uma estranha e pungente história de amor sobre a realidade e o sonho, sobre a memória e a identidade.
Ficção / Literatura Estrangeira / Romance