Friedrich Schelling (1775-1854) viveu entre os séculos XVIII e XIX, quando vicejava a filosofia idealista alemã, irmã gêmea do romantismo, escola literária e filosófica que resistiu à mecanização pura da vida trazida à tona pelo mundo burguês do dinheiro e da ciência newtoniana.
Um dos expoentes desse universo filosófico, ao lado de Fichte e Hegel, Schelling é identificado entre os idealistas como o autor mais preocupado com a dimensão estética da vida e do mundo. Se para Fichte a natureza era mera resistência oferecida a um eu em pura ação, para Schelling ela constitui um ente vivo e autônomo, jamais podendo ser confundida com o universo mecânico e morto das ciências modernas.
Nesse sentindo, Schelling foi um dos pais de toda a reflexão moderna acerca da natureza vista como um ser dotado de vida, inteligência e mistério.
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