Pinóquio, o famoso boneco de madeira que queria ser um menino de verdade, ficou mundialmente conhecido a partir da animação da Disney de 1940, mas sua história tem uma origem muito mais sombria e travessa, diferente da versão promovida nas telas do cinema. Sua jornada começa nas mãos do escritor italiano, Carlo Collodi, que em 1883 publicou As Aventuras de Pinóquio. Sua história original é tão diferente que o editor de Collodi, na época, pediu que ele escrevesse mais capítulos para que o enredo pudesse ser direcionado a um final feliz. Pinóquio, por ser um boneco, era livre de amarras sociais: podia sair da linha, quebrar protocolos de hierarquia e desferir golpes na rígida moral imposta ao Ocidente em plena era vitoriana. O boneco é cínico, desobediente e, o que lhe confere em especial a fama, mentiroso.
Quem diria que um simples pedaço de madeira seria capaz de tantas estripulias? Com um nariz que cresce a cada mentira contada, e um trejeito um tanto quanto desengonçado, Pinóquio é um boneco de madeira levado, trapaceiro e aventureiro. Ele foi esculpido por Gepeto, a quem chama de pai, e que pretendia ganhar a vida tendo Pinóquio como sua atração. Porém, nem todas as marionetes nasceram para serem controladas.
Ilustrador: Charles Copeland
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