O Círculo da Cruz -

    Iain Pears

    Livros do Brasil
    2004
    756 páginas
    1d 1h 12m
    ISBN-10: 8501050563
    Português Brasileiro

    Inglaterra, século XVII. Um professor universitário é encontrado morto em circunstâncias suspeitas. Um jovem é acusado de assassinato e quatro testemunhas são convocadas, cada qual apresentando uma versão diferente para o fato. Apenas uma, no entanto, conhece a verdade

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    Carla Silva23/04/2010Resenhou um livro
    4 (Muito bom)

    Intriga Policial em Estilo Cuidado

    Um crime. Uma suspeita, demasiada suspeita. Testemunhos que reforçam sua culpabilidade. Um julgamento. Uma condenação. E contudo, anos mais tarde, existem quatro depoimentos sobre o caso. Cada testemunha, com seus interesses pessoais e personalidades díspares, atenua pontos, exacerba outros, oculta mais alguns. Diferentes ângulos mostrando a verdade, ou o que são capazes de enxergar dela. É difícil dizer que estejam mentindo; quase sempre, como leitores vamos percebendo - visto que cada relato lança luz sobre os anteriores, e o último ainda mais sobre todos - que cada observador é cegado por suas próprias idiossincrasias, preconceitos, e, claro, ignorância do quadro maior. Ian Pears constrói um relato empolgante e convincente do século XVII inglês, com suas tensões religiosas, políticas, sociais, usando para isso algumas figuras reais em segundo plano, como o filósofo John Locke; bom desenhista de personagens, não se pode afirmar com certeza que o autor tome partido; narra com segurança sua história; dá-nos vontade de ler outras obras suas. O desfecho conseguiu me comover e causar surpresa (embora eu tivesse uma leve desconfiança, a certo ponto, da "solução" que Pears acaba nos dando); apenas um ponto incomodou-me: que os personagens, afinal, mais simpáticos e humanos da trama fossem representantes de uma antiga heresia cristã. Excetuando isso, o romance é primoroso: em estilo, em construção da trama, em caracterização das figuras, em reunir, neste tempos tão amantes da tragédia em nome da 'seriedade literária', um final que, malgrado minhas reticências, não deixa de ser feliz.

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