Todos nós viemos de um útero. Crescem cabelos dourados, castanhos, morenos... que escorrem até a epifania que nos recorda de antúrios num vasto campo. Pedacinhos de liberdade conquistamos, pequenos ajustes fazemos, nós não estamos sozinhos nessa. Assim fui criando um poema, dois poemas e... outro estúpido poema novamente. Fui longe nessa aventura, imaginando-me até mesmo como um provedor de uma família, em algum lugar diferente. Viajei até Santa Maria, Londres e comicamente percebi que foi um sonho. Os meses correram num único dia, ultrapassando cones fantasmas e às vezes a sensação de um novo lar: O domingo azul. Essa é uma visita ao duplo gume da meia-noite, quando o burnout te faz sonâmbulo até o último joule armazenado em seu corpo. Mais que um livro de lobos na estrada ou de se ler numa sala de espera: É um grande desejo meu, análogo a qualquer momento nirvana que possa fluir em tanto tempo.
Literatura Brasileira / Poemas, poesias