[O Monasticon #1 de Alexandre Herculano] "- "(...) o próprio autor se define em seu prólogo, como um cronista-poeta , ou seja, o guardião da memória, da identidade portuguesa. (...) É importante ressaltar também, na obra de Herculano, algumas influências teóricas propostas por Rousseau, tais como a volta à natureza, na busca pelo autor romântico de uma purificação, por meio do afastamento de uma sociedade que o desagrada. Herculano ao reconstruir o ideário da Idade Média, criou também uma intertextualidade entre seu romance e o de Bernardim Ribeiro, que era muito apreciado em seu período, o que evidencia que, como Bernardim, Herculano queria que seu romance de amor fosse lido em dois planos: um crítico e outro amoroso. Defendemos, portanto, que no romance, há a idealização de uma reconstrução do eu, pautada na relação homem versus natureza, por esta ser purificadora da sociedade em processo corruptivo, de modo que a intenção do autor não se limita à de guardião da memória, mas sim, incentivador da criação de uma nova identidade portuguesa". -- In: Celina Rosa de Souza, Tempo memorial e tempo histórico: uma leitura de Eurico, o Presbítero - PUC/SP.
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Ficção / Literatura Estrangeira / Romance