Uma soma de imagens, um mosaico de reflexos. É na percepção do outro que se borda a própria individualidade, mas e quando se é uma folha em branco? Quando não há nada? Nenhuma representação?
Stephen passou a vida do lado de fora, olhando para dentro. Sempre um forasteiro. Amaldiçoado desde o nascimento, ele é invisível, não apenas para si mesmo, mas para todos. Não sabe como é seu próprio rosto. Sem o olhar do outro, é incapaz de desenvolver o seu.
Ele vaga por Nova York, à deriva, em um esforço contínuo para não desaparecer completamente. Sua mãe morreu, e o seu pai é apenas um cartão de crédito. Sua essência está cada vez mais fraca, quando um milagre acontece. Um milagre chamado Elizabeth.
Recém-chegada à cidade, a garota procura exatamente o que Stephen mais odeia. Uma certa invisibilidade. A possibilidade de passar despercebida, depois de sofrer com a rejeição dos amigos à orientação sexual do irmão.
Perdida em pensamentos, Elizabeth não entende por que seu vizinho de apartamento não mexe um dedo quando ela derruba uma sacola de compras no chão. E Stephen não acredita no que está acontecendo... Ela o vê! Alguém, finalmente, consegue enxergá-lo.
Logo, ambos se tornam mais que amigos, e são jogados em um mundo fantástico de feitiços e sortilégios. E tanto Elizabeth como Stephen precisam decidir o quão longe irão para quebrar a maldição. Estariam dispostos a enfrentar a maior de todas, a morte?
Ficção / Literatura Estrangeira