O inverno apresenta-se tão rigoroso que aquela tribo nômade de índios da região ártica não tinha mais esperanças de sobreviver. A comida era insuficiente e muitos morriam de inanição. O frio matava igualmente mulheres e crianças. Em todos, percebia-se medo e desespero.
Com o bando viajavam duas mulheres velhas que viviam reclamando de dores no corpo e fraqueza nas pernas. Elas dependiam dos mais jovens para tudo - erguer suas tendas, transportar seus pertences, encontrar água e alimentos. Apesar do estorvo ninguém reclamava delas, até o dia em que o chefe reuniu o grupo e anunciou que os membros improdutivos da tribo seriam deixados para trás, abandonados à própria sorte.
Duas mulheres de fibra é a história dessas mulheres, que se descobrem, de uma hora para outra, enfrentando todos os obstáculos para garantir mais algum tempo de vida.
Narrativa de coragem e força, essa lenda dos povos atabascos da região do rio Yukon chega até o leitor no registro emocionado e simples de Velma Wallis, herdeira das tradições de seu povo. O livro ganhou o Western States Book Award para não-ficção criativa, em 1993.