Um Dia na Vida de Ivan Deníssovitch

Um Dia na Vida de Ivan Deníssovitch Aleksandr Solzhenitsyn
Aleksandr Soljenítsin


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Um Dia na Vida de Ivan Deníssovitch





Ivan Deníssovitch Chukhov era um zek (abreviatura de prisioneiro, em russo), condenado a dez anos de trabalhos forçados num G.U.L.A.G (Administração Central dos Campos de Prisioneiros) siberiano onde, no inverno, as temperaturas podiam atingir marcas abaixo de 41 graus negativos, um dos poucos fatores que poderia livrar os prisioneiros do trabalho. Soldado recrutado em 1941, deixara sua pequena aldeia e a família para combater na frente noroeste até que, em fevereiro de 1942, as tropas russas se encontraram sitiadas pelas tropas alemãs. Não tinham munição nem provisões e os soldados alemães faziam constantes incursões na floresta, quando capturavam pequenos grupos de soldados russos. Ivan Deníssovitch foi aprisionado nesta ocasião e esteve em poder dos alemães por um dia ou dois quando, com mais quatro camaradas, lograram escapar. Perdidos na floresta e nos pântanos conseguiram, por sorte, alcançar as próprias linhas. Foram recebidos a tiros e três deles abatidos. Os dois restantes, Chukhov e um outro, não convenceram seus interrogadores, que os acusavam de deserção e de estarem em missão para os alemães. Portanto, foram julgados e condenados por alta traição.

No campo de trabalho, a rotina era a da sobrevivência. As condições eram as mais adversas. Os prisioneiros tentavam se aquecer como podiam, tendo que trabalhar nas estepes abertas e cobertas de neve, sem disporem de roupas, abrigos ou refeições decentes. O toque de alvorada era dado às cinco horas e um prisioneiro podia dar graças quando, após onze horas de trabalho, voltava ao campo para uma parca refeição e uma noite de sono enregelante.

Assim decorre mais esse dia, um dos três mil seiscentos e cinqüenta e três dias que Chukhov passara nos campos. Entre artimanhas para obter uma ração extra, o orgulho de um tijolo bem assentado numa parede corretamente aprumada ou a pausa no trabalho que lhe permite o prazer de enrolar um pouco de fumo emprestado num pedaço de folha de jornal e se entregar ao incomparável prazer de uma tragada profunda, Ivan Deníssovitch Chukhov supera a fome, o frio, a fraqueza física, o medo e sobrevive a mais um dia no G.U.L.A.G.

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on 13/10/22


"E se a vida dele seria melhor aqui do que lá ? quem poderia dizer? Liberdade significava uma coisa para ele: casa! Mas eles não o deixariam ir para casa." Acompanhamos um dia na vida de Ivan Denissovitch Shukrov, prisioneiro de um campo de trabalho soviético, condenado a dez anos de reclusão. Conhecemos como a sobrevivência está além dos limites do próprio corpo físico; está na resignificação da liberdade, da alegria e das relações humanas.... leia mais

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