A crônica de vida de uma adolescente com pitadas de romance policial e o melhor do universo místico – são estes os ingredientes que prometem agradar o público jovem em As cores do mal, escrito pela norte-americana Jennifer Lynn Barnes quando tinha apenas 19 anos. Na trama, Lissy – ou Felicity, nome que ela mesma esquece – vê, de repente, todo seu mundo, na ideal e maravilhosa Califórnia, ficando para trás quando seus pais se mudam para Oklahoma. Oklahoma? Exatamente: O-kla-ho-ma! Um lugar onde as pessoas aindam dançam quadrilha e levam panelas umas para as outras. Definitivamente um pesadelo! Ou uma tragédia? Nem Lissy sabia como qualificar.
Na família da jovem, as mulheres possuem um dom especial: ler a aura das pessoas, cuja cor muda de acordo com a situação. A jovem não fugiu dessa “especial” sina. E como se já não bastasse ter que se adaptar à nova cidade, rotina e colégio, Lissy também precisa tomar cuidado para não revelar seu poder na Escola Emory, onde as garotas são Douradas (perfeitas) ou Renegadas (um ser humano normal até dizer chega e, portanto, desprezível). Uma hierarquia cruel que julga uma menina pelo gloss que ela usa e cuja complexidade restringe-se à futilidade. Qualquer passo em falso e você pode ser taxado de nerd por toda a eternidade!
Sendo assim, Lissy tenta não “queimar o seu filme” com a tríade “dourada”, Lilah, Tracy e Fúcsia. Mas ela acaba descobrindo, logo no primeiro dia de aula, que seu professor de Matemática – além de um benemérito cidadão exemplar, o gato supremo de toda a escola – carrega o Garn – a ausência de cor, sem vida por completo, o reflexo de algum ato tão monstruoso que matou a aura. Como pode, um homem tão lindo como esse? As aparências enganam, como diz o ditado, e ela sabe disso como ninguém.
O inferno astral adolescente já se instaurou na vida de Lissy, mas ela sabe que grandes poderes demandam grandes responsabilidades e precisa atender ao chamado do seu dom sobrenatural. O professor, por mais gato que seja, precisa ser impedido – não pode mais continuar fazendo o que quer que seja de maligno. E somente Lissy sabe o que fazer.