Publicado pela primeira vez no diário parisiense La Presse entre março e julho de 1844, "Os três mosqueteiros" nasceu folhetim e passou à posteridade como um dos clássicos obrigatórios de língua francesa. Homem de seu tempo, Alexandre Dumas encarnou em sua vida e obra as transformações de um século que assiste ao ocaso do "homem letrado" e ao nascimento de uma cultura de consumo. Por isso, "Os três mosqueteiros" combina o apelo de um capa & espada com a influência duradoura da melhor literatura.
A história de d'Artagnan, jovem recém-chegado a Paris, que conhece Aramis, Porthos e Athos - mosqueteiros de Luís XIII -, e do seu envolvimento na luta contra o cardeal Richelieu e a agente Milady de Winter, é repleta de reviravoltas, suspense e diálogos brilhantes. O contexto é o da França do século XVII (a trama começa a ser contada em 1648, no fim da Guerra dos Trinta Anos), em meio à guerra civil entre católicos e huguenotes, intrigas palacianas e instabilidade política. Misturando ficção e fatos históricos, Dumas coloca o bravo d'Artagnan para salvar a honra da rainha Ana de Áustria, envolvida em um imbróglio amoroso com o duque de Buckingham, braço direito do rei Carlos I da Inglaterra. Os mosqueteiros também participam do cerco a La Rochelle (1629), mas fracassam ao tentar salvar a vida do duque, que acaba sendo assassinado pela fugitiva Milady, aliada de Richelieu. Os heróis elegantes e as donzelas inatingíveis de "Os três mosqueteiros" são representantes de um mundo onde palavras como "glória" e "honra" não eram simplesmente figuras de retórica.
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