Rimas da vida e da morte

Rimas da vida e da morte Amós Oz


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Rimas da vida e da morte





Com o tom cálido e a singular destreza narrativa que conquistaram milhões de leitores em todo o planeta, Amós Oz exalta neste pequeno livro o poder da ficção como meio de aproximação com o outro e antídoto à opacidade do mundo.

Um romancista medianamente famoso se prepara para dar uma palestra e participar de um debate sobre sua obra num centro cultural de bairro, em Tel Aviv. Enquanto faz hora num café, passa a imaginar uma história para cada indivíduo que vê à sua volta. A atraente garçonete que o serve, por exemplo, vira ex-namorada do goleiro reserva do time de futebol Bnei Iehudá. Dois homens que conversam numa mesa próxima se convertem, na sua fantasia, em mafiosos discutindo a situação de um terceiro homem, um ricaço que agora definha na UTI de um hospital.

A compulsão ficcional do escritor prossegue durante e após a palestra, resultando numa teia de histórias imaginárias que começam a se embaralhar com a trajetória do protagonista, a ponto de não sabermos, por exemplo, se ele foi ou não para a cama com a moça solitária que leu para o público trechos de suas obras no evento do centro cultural.

Ficção e realidade se confundem nesta narrativa singular e envolvente, cujo próprio título, Rimas da vida e da morte, é tirado do livro fictício de um autor também inventado, o poeta Tsefania Beit-Halachmi, cujos versos o protagonista e outros personagens vivem citando.

Com discrição e astúcia, Amós Oz parece nos dizer que por trás de cada indivíduo anônimo existe um manancial de dramas e comédias possíveis. Na sua dicção calorosa, de conversa íntima com o leitor, o autor israelense reafirma sua crença na literatura de imaginação como meio de conhecimento e de superação da distância entre os homens.

Ficção / Literatura Estrangeira / Romance

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Seu amor e também seu ciúme já se perderam, já são coisas, vã, O pó de suas páginas já há muito no colo do silêncio estão o pomar de seus figos e seu rubro florir de romã Escureceram, feneceram. Não mais Aleluia dirão. Inquietante Talvez, ou simplesmente uma janela aberta na mente de um autor que sabe trabalhar muito bem sua imaginação. Assim, eu embarco nesse contexto elaborativo. Talvez seja uma leitura para se apreciar fora da caixa e totalmente dentro, imerso no oceano de Amós... leia mais

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Hugo R
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Jenifer
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02/11/2021 19:22:11

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