Manu, A MENINA QUE SABIA OUVIR, tem seu lugar assegurado junto ao PEQUENO PRÍNCIPE, de Saint-Exupéry, e O MENINO DO DEDO VERDE, de Maurice Druon. São personagens - ou melhor, são personalidades - que se tornaram amigas íntimas daqueles leitores, de aguda sensibilidade, que conservam o senso do maravilhosos transformando o convencional.
Vinda não se sabe de onde, morando nas ruínas de mármore de um anfiteatro antigo, Manu sabe ouvri e irradia uma influência que desperta em cada um sua fonte própria de criatividade;
A essa qualidade - tão rara no mundo em que cada qual quer falar por si e falar mais alto - Manu junta sua integridade simples mais inabalável, seu conhecimento intuitivo do verdadeiro e do falso.
Assim, decide lutar contra os homens cinzentos que, pouco a pouco, envenenam a vida da cidade, persuadindo cada um a poupar Tempo e tornar-se milionário de um Banco singular.
Reduzidas as criaturas a máquinas de atividades estritamente condicionada, a decisão heroica de Manu não seria suficiente para salvá-las da asfixia total, não fosse a intervenção do poder sobrenatural que surge em seu auxílio, levando-a às fontes do Tempo.
Nesta estória à qual não faltam humor e suspense, entra a crítica da nossa época, a análise psicológica feita por entre as linhas, e, sobretudo, o lirismo da concepção poética que ilumina todo o relato.