Ana 16/05/2024
Forte
Digo ?forte?, porque me faltam palavras para descrever este livro. Havia visto o filme, que me deixou uma fortíssima impressão. Arquivei-o na memória com medo. Houve a pandemia e não tive coragem de lê-lo, na época. Agora, por ocasião das enchentes no RS, algo me moveu para essa leitura, pois sabia o quão forte, contundente, visceral é este livro. O quanto conecta com o sofrimento humano. Li-o. Com dor, ânsias, misturas de sentimentos. A que ponto chega a humanidade quando todos os códigos, leis, ordem são derrogados? O que somos capazes de fazer para mantermo-nos vivos? Por um pouco de comida? Quando só sobra o animal que existe em nós, tentando sobreviver? De que valem os conhecimentos e a civilização? Um livro que amedronta, choca, causa náuseas, mas sobretudo nos põe a refletir. Que possamos suportar os ?males brancos? que venham a se abater sobre a humanidade e que nunca percamos o que verdadeiramente nos caracteriza como criaturas pensantes, racionais e dotadas de sentimentos. Enfim, verdadeiramente humanos.