Retrato em Sépia

Retrato em Sépia Isabel Allende




Resenhas - Retrato em Sépia


41 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3


Ana Clô 10/05/2024

Sobreviver é que é difícil?
Mais uma história que leio de Isabel Allende. Sua escrita é memorável e a forma como conduz suas histórias nos deixa sempre com vontade de mais.
É incrível como ela consegue sempre mostrar como nossa vida está entrelaçada a construção de nosso país - e aqui uso o ?nosso? porque a condição de latino americano é fundamental e nos identifica cada vez mais.
Retrato em sépia é sobre despir-se do passado e se reencontrar a ele ao mesmo tempo.
É sobre as nuances da mulheridade que nos arremata em uma vivência perpassada pelo patriarcado. Ao mesmo tempo que é sobre amor, dor, paixão e memória.
Enfim, leiam! É encantador!
??
comentários(0)comente



vanessaetraud 02/05/2024

Segunda vez em que faço essa leitura, amo a capa desse livro e todas as nuances que ela pode entregar. O livro é narrado por uma chilena, a senhorita Del Valle. Ela tem uma profissão um tanto incomum para sua pequena cidade, Aurora é uma fotógrafa. Aurora vive com sua avó, Paulina, uma figura de grande influência e imponência, cujo controle sobre a vida de Aurora molda-lhe o destino de forma profunda. A relação delas por vezes é complicada, com uma demanda de altos e baixos, refletindo os dramas familiares e os laços emocionais.


O enredo desdobra-se em torno de personagens divertidos e intrigantes. Aurora me fez refletir muito sobre as mulheres no dia de hoje, no que buscam mas não conseguem obter por conta de pessoas que mandam em suas vidas como se não valessem nada. Aurora tem uma determinação inabalável e força ímpar, cuja trajetória se vê entrelaçada por desafios e conflitos, isso é apenas a sua época, mas poderia ser a nossa. 


Retrato em Sépia é uma homenagem ao afeto e à persistência, enfatizando a importância de buscar a própria essência e encontrar sentido em meio às complexidades da nossa mente. Até onde podemos ir para satisfazer os outros e deixar nossa mente em paz?
comentários(0)comente



MilenaSales00 14/03/2024

Mais uma intensidade da minha escritora favorita.
Segundo livro da trilogia. Tive a sorte de iniciar pelo volume 1, antes mesmo de saber que existia uma ordem. Todas as respostas que ficaram em ?Filha da fortuna? chegaram em ?retrato em sépia?.
Mil estrelas !!!!!!!
comentários(0)comente



Bia 06/03/2024

?Procuro a verdade e a beleza na transparência de uma folha de outono, na forma perfeita de uma concha na praia, na curva das costas de uma mulher, na textura de um tronco de árvore milenar, mas também nas formas indescritíveis da realidade.?
comentários(0)comente



Carla 19/02/2024

A continuação perfeita
Esse livro retoma a história de "A Filha da Fortuna", contando a história de Aurora del Valle, a neta de Paulina del Valle e Eliza Sommers.
Uma história emocionante, onde o filho de Paulina engravida Lynn Sommers, a filha de Eliza e Tao, mas se recusa a assumir e vai embora para a Europa. O sobrinho de Paulina, Severo del Valle se casa com a jovem, que morre no parto . A criança, Aurora é criada por Eliza e Tao , enquanto Severo volta ao Chile e vai a guerra.
Quando Aurora tem cinco anos ocorre a morte do Tao e Eliza deixa a menina com a Paulina e vai até a China levar o corpo do Tao para ser sepultado em sua terra Natal, conforme ele havia pedido.
A jovem é educada por Paulina e seu passado e suas origens são suprimidos.
Mais tarde ela irá em busca disso.
Uma história emocionante, de amor, segredos de família e também do Chile, das muitas guerras e revoluções acontecidas.
comentários(0)comente



Januska 14/02/2024

Eu amo Isabel Allende
Nada do que essa mulher escreve é ruim.
Retrato em Sépia se passa antes de A Casa dos Espíritos e depois de A filha da Fortuna. Não li nessa ordem, mas se tivesse sido assim, minha experiência de leitura teria sido ainda melhor.
comentários(0)comente



Bija 24/01/2024

Releitura necessária.
Resolvi reler alguns dos livros da Isabel Allende agora, mais madura. Comecei pela ?A Filha da Fortuna?, no ano passado, e segui com o ?Retrato em Sépia?. Gostaria de dar uma pausa, antes de iniciar o ?A Casa dos Espíritos?, mas acho que não dá, vou ter que me atirar.
Esses livros são um trilogia sobre a mesma família, e as personagens aparecem aqui e ali. ?O retrato em sépia? é a continuação exata e necessária para o Filha da fortuna. Está é a sequência cronológica dos livros, mas a Isabel Allende escreveu primeiro A Casa dos Espíritos, e eu li no início da década de 90. Os outros dois saíram no início dos anos 2000.

Este livro fala da busca de Aurora para entender a sua vida, e montar suas origens. Na primeira parte, ela traz a continuação da história da Eliza e de Tao Sc?hen. Depois, segue pela infância da Aurora , trazendo a Personagem Paulina Del Valle, e Severo e Nívea del Valle, que já estavam lá no livro ?A casa dos espíritos?. O entrelaçamento com a história e com os costumes do Chile é feito de uma maneira natural, poética e fácil de imaginar os fatos, pois as descrições são ótimas.

O jeito que essa mulher escreve é de uma beleza. É de uma delicadeza, de uma humanidade, o texto, que a gente chega a voltar para ler de novo, um parágrafo, uma frase.
MilenaSales00 05/03/2024minha estante
Eu sou apaixonada pela Allende e pela sua escrita




spoiler visualizar
comentários(0)comente



Mari 14/12/2023

Embora só não tenha lido Filha da Fortuna ainda, este é o último da trilogia iniciada com o clássico A Casa dos Espíritos. Contudo, essas histórias não precisam ser lidas na ordem, pois são independentes, a conexão entre elas é a menção a personagens que já conhecemos.

Neste livro, por exemplo, conhecemos mais sobre Severo e Nívea, os pais de Clara Trueba, mas a protagonista é Aurora, neta da protagonista do livro anterior.

Ao acompanharmos décadas das vidas desses personagens, mergulhamos também na história do Chile, através de episódios como a Guerra do Pacífico e a Guerra Civil que culminou com a queda de Balmaceda. Outro aspecto interessante foi abordar a vida da comunidade chinesa em São Francisco, a situação de jovens chinesas que eram vendidas para serem prostituídas, a comunidade como um todo sempre à margem dos americanos, reflexos da xenofobia que acontece até hoje.

Esse livro é mais uma prova do inquestionável talento de Allende que consegue envolver e emocionar até a última página. Amei!
comentários(0)comente



Carla.Parreira 16/10/2023

Retrato em sépia
Escrito por Isabel Allende, de nacionalidade chilena.
Melhores trechos ??Ninguém com dois dedos de juízo admite haver cometido uma infidelidade, mesmo que o surpreendam embaixo dos lençóis?
Não há pobreza pior do que as pessoas que desceram de posição, pois sentem necessidade de mostrar o que não têm?? - Nem todas as pessoas são assim, mas infelizmente isso ocorre com muitos.
??Para vencer neste mundo é preciso fazer os cálculos antes de agir?? - E como isso é complicado!
??A memória é ficção. Selecionamos o mais brilhante e o mais obscuro, ignorando o que nos envergonha, e assim bordamos o extenso tapete de nossa vida. Mediante a fotografia e a palavra escrita tento desesperadamente vencer a condição de minha existência, reter os momentos antes que se desvaneçam e limpar a confusão do meu passado. Cada instante desaparece em um sopro e logo se transforma em passado, a realidade é efêmera e migratória, pura saudade. Com estas paginas e estas fotografias mantenho vivas as lembranças; é com elas que retenho uma verdade fugitiva, mas, apesar de tudo, verdade, elas provam que esses fatos aconteceram e que esses personagens passaram pelo meu destino?
A luz é a linguagem da fotografia, a alma do mundo. Não existe luz sem sombra, tal como não existe alegria sem dor?
A fotografia e a escrita são uma tentativa de guardar os momentos antes que se desvaneçam, de fixas as lembranças para dar sentido a vida?
Uma boa fotografia conta uma historia, revela um lugar, um evento, um estado de animo, é mais poderosa que paginas e paginas de escrita?
Escrevo para elucidar os velhos segredos de minha infância, definir minha identidade e criar minha própria lenda. Afinal, tudo que temos com plenitude é a memória tecida por nós mesmos. Cada um escolhe um tom para contar a própria historia; gostaria de optar pela durável clareza de uma fixação em platina, mas nada em meu destino tem essa luminosa claridade. Vivo entre difusos matizes, velados mistérios, incertezas; o tom adequado para contar minha vida se ajusta melhor ao de um retrato em sépia?? - Não é a toa que também amo fotografias e do mesmo modo exalto minha enlouquecida paixão pela escrita.
Mais alguns trechos que concordo plenamente: ??A uva mais saborosa, a que produz os vinhos de melhor textura e mais vivo aroma, a mais doce e mais generosa, não cresce na abundancia, mas em terreno pedregoso; a planta, com teimosia de mãe, vence obstáculos para ir bem fundo com suas raízes e aproveitar cada gota d?água, e é assim que os sabores se concentram na uva?
Descobri que por carta sou capaz de expressar aquilo que jamais me atreveria a dizer cara a cara; a palavra escrita é profundamente liberadora?
A responsabilidade de ser feliz era exclusivamente minha?
Nada é casual, nada é banal. É assim que ocorre no aparente caos vegetal de uma floresta, onde em tudo se manifesta uma estreita relação de causa e efeito, para cada arvore há centenas de pássaros, para cada passaro há milhares de insetos, para cada inseto há milhões de partículas orgânicas?
Ninguém pode jamais pertencer a outro ? o fato de ser sua esposa não me dava direitos sobre ele ou seus sentimentos, o amor é um contrato livre, que se inicia com uma faísca e pode terminar do mesmo modo. Mil perigos o ameaçam, e se o casal o defende poderá salvar-se, mas isso ocorre apenas quando ambos participam?
Não tenho de agradar o mundo inteiro, mas apenas às pessoas que me importam e que na verdade não são muitas??
comentários(0)comente



soubarroca 11/09/2023

Retrato em Sépia, de Isabel Allende
Sem palavras para descrever a perfeição desse livro.
Romances históricos, dramas familiares, uma narrativa que perpassa gerações....

Alguns pontos que me chamaram atenção :
? a história do Chile narrada de forma tão poética. se não fosse por essa obra literária talvez nunca soubesse dos infortúnios chilenos menos conhecidos. das guerras, das revoluções. amei a sensibilidade com que Isabel tratou das questões indígenas, do olhar que teve para esses povos de terras expropriadas

? a questão feminista. cheia de personagens femininas fortes, retrato em sépia fez um recorte histórico da luta por direitos. sem "feminismo radicais", Isabel criou personagens encantadoras e inspiradoras. senti em mim o desejo ardente por mudanças, por empoderamento perante a sociedade. "seria necessário acrescentar à maldição divina de parir com dor, a de amar sem gozo?"

? redenção. a doença como redenção de matias perante o abandono da filha

? nivea esperando severo e tendo a certeza de que ele voltaria para ela

? PAULINA DEL VALLE e seu faro para os negócios

? Frederick Willians e sua sensibilidade com a família

definitivamente pronta para mais de Isabel Allende e sua literatura eloquente e transcendental.
comentários(0)comente



Rebecca.Valenca 09/08/2023

Lindo. Recomendo para aqueles que gostam de se sentir parte do enredo. O livro, ajuda e muito com sua narrativa a participar desta viagem. Foi uma delícia.
comentários(0)comente



Elaine 17/06/2023

Uma narrativa apaixonante e arrebatadora
"Escrevo para elucidar os velhos segredos de minha infância, definir minha identidade e criar a minha própria lenda. Afinal, tudo que temos com plenitude é a memória tecida por nós mesmos" (Isabel Allende).

Sempre recorro à obra de Isabel Allende quando estou num limbo em que não consigo me prender às leituras e ela nunca me deixou na mão. "Retrato em sépia" reúne grandes temas da obra dessa autora: política e história chilenas, saga familiar e, principalmente, a presença de mulheres incríveis que constroem suas próprias histórias de vida.

Dando continuidade ao romance de formação "Filha da fortuna" e anunciando personagens que conheceremos em "A casa dos espíritos", "Retrato em sépia" é narrado por Aurora Del Valle, neta da protagonista de "Filha da fortuna", Eliza Sommers, e de Paulina del Valle, personagens que reencontraremos, agora, em outro momento de suas histórias e a partir de novos elementos de suas vidas. Isso me trouxe um sentimento confortável em relação à narrativa que, desde o começo, me pôs em contato com personagens que não eram estranhas para mim e, mais que isso, já eram mulheres queridas e admiradas. A protagonista, neta dessas mulheres incríveis e do apaixonante Tao Chi'en, a partir do trauma, rememora o seu passado na busca de se apropriar de sua própria história de vida, num percurso que é libertador para ela e para quem a acompanha. A memória e a fotografia, arte/profissão a qual a protagonista ousadamente se dedica no início do século XX, são elementos fundamentais na construção dessa trama apaixonante e permeada por uma diversidade de perfis femininos, como só Allende conseguiria construir. São muitas as personagens femininas abordadas nesse livro, todas apresentadas em suas complexidades e em suas singularidades. Cada uma é única, todas são inspiradoras e cativantes a seu modo, assim compõem um painel rico e fascinante.
comentários(0)comente



Vitor.Cruz 01/02/2023

Oque falar sobre esse livro? Eu simplesmente não sei descrever os sentimos tão verdadeiros e profundos que ele me proporcionou. Me apaguei tanto a todos os personagens, todos eles tão reais e tão humanos que você se identfica com um pouco de cada um deles. A Isabel descreve tão bem os erros e acertos de cada um dos personagens que você quase não questiona oque eles fazem por esse algo tão real e tão humano de se ver, apesar de muitas atitudes e muitas coisas no livro não serem certas. Me surpreendi muito com um livro onde tem poucos diálogos mas eu amei. Acho que todos devem ter o prazer de ler isso, e se sentirem tentados a não terminar o livro, resistam... pois valerá a pena.
comentários(0)comente



Gabriela 12/12/2022

Reconstrução da memória
Libertador. É esse o adjetivo propício para este romance.

A princípio, os fatores que me motivaram a ler Retrato em Sépia foram a própria autora, pois gosto muito de Isabel Allende, e saber que muitos personagens de Filha da Fortuna seriam retomados ? com isso, eu saberia o que aconteceu com alguns deles. No entanto, a história de Aurora Del Valle me prendeu ainda mais do que a de sua avó Eliza, protagonista de Filha da Fortuna.

Devido às condições de seu nascimento, a vida de Aurora é um grande apanhado de apagamentos. O fio de suas memórias se perdeu na primeira infância e tudo de que ela se lembra é dos cinco anos em diante, pois um grande trauma fez com que as memórias anteriores se perdessem. Criada pela avó paterna, Aurora cresce em um ambiente de luxo, mas com regalias incomuns para as mulheres de seu tempo, visto que sua avó não se prende muito a algumas amarras sociais, embora insista na necessidade de um casamento.

É muito difícil fazer uma resenha desse livro sem dar spoilers e, ainda que o Skoob tenha um alerta de spoiler, gosto de escrever para que todos leiam. Por isso, não me prenderei muito ao que o livro conta, mas sim às lições interessantíssimas que ele traz.

Muitos acontecimentos históricos, como a Guerra do Pacífico e a Guerra Civil do Chile, permeiam a narrativa de forma a desvelar o caráter, a ideologia e os pensamentos das personagens. Vejo isso como um recurso muito enriquecedor que Allende sabiamente sempre utiliza em seus romances. Ler Allende e criticá-la pelo pano de fundo histórico me parece inconcebível; ela sempre trata da história: geral, pessoal, emocional. Nisso, a história pessoal da protagonista se entrelaça com alguns acontecimentos históricos na Califórnia e no Chile.

O que Aurora faz é uma tentativa de reconstrução da memória, utilizando-se da escrita e da fotografia para tal. É uma leitura menos apaixonada do que Filha da Fortuna, mas muito mais envolvente ? ao menos, na minha opinião. A relação de Paulina, a avó paterna, e Aurora é tão bonita, forte e libertadora que nos inspira. Da mesma forma, o amor guardado na memória que Aurora tem por Tao Chi?en, seu avô paterno, traz ternura para a narrativa e nos faz perceber o quanto os anos iniciais de nossa vida são cruciais para o nosso desenvolvimento.

Nessa grande colcha de retalhos em que os retalhos aparecem em formato de fotografias ? a grande paixão de Aurora ?, a protagonista registra sua história em ?difusos matizes, velados de mistérios, incertezas?, como um retrato em sépia.
comentários(0)comente



41 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR