Clau @meuescapeliterario 22/12/2021Convence como entretenimentoApós o divórcio dos pais, os irmãos Ronnie e Jonah continuam a morar com a mãe em Nova Iorque, enquanto o pai se muda para a cidade litorânea Wrightsville, onde nasceu na Carolina do Norte. Aos dezessete anos, a garota sente raiva do pai por tê-los abandonado e vive em pé de guerra com a mãe, agindo de maneira imprudente e rebelde. Com a proximidade das férias de verão e das possibilidades de diversão trazidas pela estadia na metrópole, os planos da garota caem por terra quando a mãe anuncia que excepcionalmente naquele ano os irmãos passarão alguns meses junto ao pai. As férias de verão de Ronnie não poderiam ser piores.
A vida de Steve é pacata e gira em torno de consertar o vitral da igreja local, o qual foi danificado durante um incêndio e tocar piano. A ansiedade para receber os filhos é grande, mas Steve imagina que terá um período difícil especialmente com Ronnie, que o culpa pela desintegração da família.
“A última música” é uma bela história sobre o amor familiar e a importância da comunicação dentro do núcleo familiar. Além disso, é mais uma obra que nos lembra o quão limitado é o tempo com nossos entes queridos, e que devemos aproveitá-lo ao máximo. Apesar de ser um livro com um grande desenvolvimento da personagem principal, que no início é apenas uma adolescente rebelde agindo como tal, foram os personagens secundários que mais me cativaram: Steve e Will são definitivamente os destaques do livro para mim, afinal, ambos possuem boa construção de personagem, narrativas que prendem a atenção do leitor e histórias interessantes, ao contrário de Ronnie, a qual passou de uma personagem insuportável para apenas tolerável.
Inclusive, um dos pontos negativos do livro para mim foram as partes narradas pela jovem, afinal, não consegui me conectar a ela, apesar de compreender o contexto que a fazia agir do jeito como agia, ao passo que nos pontos positivos de minha leitura constam as narrativas de outros personagens, intercalando com as de Ronnie.
No geral, foi uma boa leitura que cumpriu o papel de entretenimento, mas ainda prefiro a adaptação cinematográfica. Dos livros do autor, este segue como um dos que gostei, mas passei longe de favoritar. Minha nota: 3,5/5.