Sâmara 25/02/2021Com uma proposta diferente e inovadora, Lara Prescott nos leva a conhecer os dois lados da Guerra Fria. No lado do oriente, conhecemos Olga, amante de Pasternak - escritor russo renomado e de extrema importância para a literatura soviética. Já no Ocidente, vamos adentrar A Agência, a Divisão Soviética é responsável por achar estratégias de derrubar o poder da URSS.
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? Olga foi condenada a 5 anos de exílio por acobertar Boris Pasternak no seu novo romance. O livro ia contra as ideologias soviéticas, e o Estado faria de tudo para impedir sua publicação.
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? Do outro lado temos Irina, ela havia se formado mas precisava de um emprego para ajudar a mãe nas despesas domésticas. Se candidatou à vaga de datilógrafa na Agência, mas não esperava que ia ganhar o cargo de agente secreto.
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?Sob o ponto de vista de diversos personagens, cada um vem mostrar suas fraquezas e virtudes, pode parecer estranho no primeiro momento, mas que deu super certo comigo e ajudou no entendimento da leitura.
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?É fácil nos apegarmos aos protagonistas, uma vez que a autora vem abordar a história de cada um de modo particular, nos fazendo parte da vida deles.
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?? Temas sociais são abordados e bastante discutidos no livro, como: o machismo dentro do espaço de trabalho, homens levando crédito por feitos que partiram de mulheres; o racismo, a homofobia e a xenofobia.
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? Olga se mostrou uma mulher com um apego emocional muito grande a Pasternak, onde cedia muitas vezes à vontade dele. Muitas vezes amando mais a ele que a si mesma, esquecendo e deixando de lado seus próprios filhos. Já o autor, se mostrava egocêntrico por demais, muito manipulador e egoísta, colocando sua obra prima em um pedestal e querendo tudo do seu jeito.
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? A autora acertou em tudo nessa obra. É impossível não sair comovida com as dores da Olga e de tantos outros personagens, além de ver o quanto a liberdade de expressão foi vítima dos ditames do comunismo na Rússia.