Urupês e outros contos

Urupês e outros contos Monteiro Lobato




Resenhas - Urupês


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Aline 15/06/2015

Urupês é a primeira produção literária de Lobato. A história que nele esta presente retratam basicamente a rotina do caipira que habita a região rural de São Paulo, e revelam suas opiniões e hábitos. As histórias se passam na pequena cidade de Itaoca, região do interior de São Paulo. A última parte, Urupês, introduz a imagem de Jeca Tatu, o sertanejo característico, lento e desprovido de cultura. É assim que o autor descreve o caboclo, um pequeno cogumelo, daí o título Urupês, que traduz esta espécie de fungo.
As demais narrativas é sobre os personagens que vivem no campo, relatam suas aventuras, apresentam sua fala e seus hábitos cotidianos.
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z..... 31/12/2014

É uma obra crítica da vida no campo, que é apresentado sem o frescor bucólico comum na literatura. As histórias são tristes, com dramas diversos (coletivos ou individuais) resultantes da ingenuidade, passividade ou exploração dessa sociedade, que às vezes é caracterizada também com um fatalismo inerente.

Os textos dessa coletânea foram publicados entre 1914 e 1917, iniciando-se com "Velha praga" e "Urupês". Ambos apresentam o Jeca Tatu, caracterizando-o com uma mentalidade condenável, expressa no manejo inadequado da terra (através das queimadas) e na postura acomodada diante das adversidades. A crítica é pejorativa, pois o caboclo é comparado a um parasita na terra.
Outros contos de destaque são: "Bocatorta" (surreal, com a triste solidão e rejeição de um sujeito disforme que acaba por praticar a necrofilia), "O engraçado arrependido" (tragicomédia de um gaiato que tenta levar a vida mais a sério), "Um suplício moderno" (mostra o jogo de poder e exploração dos menos favorecidos), "Pollice verso" (a banalidade da vida diante da sórdida cobiça) e "Bucólica" (fala da rejeição por conta de saúde debilitada).

São 14 os textos. No geral tem uma linguagem muito formal, ainda que na transição do pré-modernismo, tornando a leitura cansativa em alguns momentos.
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Thiago F. 31/08/2014

Brevíssima análise geral.
Composto de 14 textos - 12 contos e 2 artigos - Urupês, "fazedor de desertos", de Monteiro Lobato foi publicado, originalmente, no ano de 1918, dentro de um contexto literário pré-modernista.

A obra ambienta-se espacialmente, na grande maioria dos contos, exceto nos dois primeiros: "O faroleiro" e "O engraçado arrependido", na região rural paulista do Vale do Paraíba, cenário da infância do próprio autor. Os contos são narrados em 1° e 3° pessoas a partir de um narrador observador, aquele que conta o que ouviu, tão comum no meio rural. Temporalmente, temos um nítido retrato do Brasil agrário das primeiras décadas do século XX.

De modo geral, as histórias apresentam de maneira bem transparente - valorizando a crítica em detrimento da exaltação - a vida e o universo da população do campo. Têm-se temáticas como: os conflitos familiares e entre vizinhos; o sonho de um filho bem sucedido; a saga por casar a filha ainda moça; a atuação dos coronéis; os causos do interior; entre outras que pincelam bem quem é e como vive esse homem tão destoante da sociedade tradicional.

Lobato, com seu estilo particular - um misto de grafia e arcabouço erudito com pitadas de referências regionais - traz à tona, antes dos famigerados modernistas, a figura do caboclo. Utiliza-se de influências expressionistas, ironias e elementos coloquias, especialmente a fala do caipira, para retratar de maneira mais fidedigna esse "ser" quem sempre esteve presente, mas nunca foi notado pela sociedade.

Há, portanto, uma grande importância residente nesta obra. Discussões de viés mais sociológicos, sobretudo na ideia de que o homem, no caso o caboclo, seria fruto do meio, no caso o ambiente hostil do campo. No campo da História do Brasil, a política dos coronéis durante a República Velha pode ser constatada. No que tange a literatura, por fim, nasce a abordagem analítica regionalista - que fora feita no Romantismo, todavia de forma menos criteriosa - que, de fato, serviu como suporte às pesquisas modernistas, posteriormente.

Com certeza é digno de ser lido, relido e nunca esquecido

Frases que me marcaram:
- " Só ele não fala, não canta, não ri, não ama.
Só ele, no meio de tanta vida, não vive..."
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Gabi 11/12/2013

Analise Literária do Conto Urupês de Monteiro Lobato

O Autor
Monteiro Lobato vive em processo evolutivo de idéias e neste processo ele tem flertes, os quais são refletidos em seus artigos. Ele se refaz, pois volta a trás de idéias já confirmadas porque ele vê a informação como salvadora, esta ideologia é muito presente em suas obras.

A Obra
O oposto da escrita de José de Alencar de Alencar que enaltece o índio com uma visão romântica, Urupês de Monteiro trás a tona o mesmo cenário com as informações darwinistas; mostra o caboclo como o macaco que quer dizer “ainda não evoluiu”* conforme a teoria de Darwin. A escrita Lobatiana tem fortes influencias do sociólogo Silvio Romero que também era professor de literatura que dizia; “se somos mestiços somos degenerados” e em Urupês vemos esta idéia refletida num trecho da narrativa: “Só ele não fala, não canta, não ri, não ama. Só ele, no meio de tanta vida, não vive ...”. Então ele gira sempre no questionamento:” Quem somos? De onde viemos?”; o ideal purista que busca a pureza da raça trás uma série de questionamentos e analisamos historicamente que temos origens cristãs e celtas**. A narrativa faz, também, uma comparação da crendice cabocla com a mitologia grega, há Santo pra tudo assim como os Gregos tem deuses para tudo. E toda a descrição do cabloco não é de um cientista, mas de um amante dela. Monteiro tira do leitor o patriotismo idealista para que ele adote um patriotismo consciente.

*Metáfora da mandioca:“A mandioca já é um pão amassado pela natureza” para Monteiro esta comodidade não permitia a evolução, pois ele permanece ali de cócoras como macaco e se os americanos tivessem sob o mesmo ambiente estariam também de cócoras.

**Viemos dos Visigotos, povo medieval cristianizado por Arino (bispo do século III) apoiado pelo imperador Constantino que gostava da idéia de que Deus e Jesus não era a mesma coisa, e sim que Jesus é filho de Deus, mas também temos uma linhagem celta que é pagã.
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Spalidoro 24/05/2013

Sou um mero mortal para falar desta obra, mas foi muito difícil terminá-la mesmo tendo menos de 100 páginas, as histórias são pouco aprofundamento, e cerca de 80 porcento do livro ele soltra frases desconexas e usa palavras complexas que tem pouca ligação, frases em latim, e termos científicos, falta base e desenvolvimento a história principal, para min o livro é muito valorizado porque o único conto bem explicado e com boa formação é Urupês que conta a história de Jeca Tatu, que salva o livro e o torna um clássico.


Dhay 15/05/2013

Um ótimo livro. Amei essa realidade de Monteiro Lobato escrever, denunciando o "caboclo" em dois principais artigos: Velhas Pragas e Urupês, que logo acabaram virando conto e formando um livro... Os contos a maioria pautado na realidade, a cada conto a atenção é prendida de tal forma tipo: O que será que vem dessa vez. Gostei em especial do conto O Estigma, irrealidade interessante.
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Garcia 05/07/2011

Literatura brasileira
Livro que reúne vários contos de Monteiro Lobato, ícone da nossa literatura infantil.
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Ariadne 13/04/2011

Urupês
Quem for ler este livro pensando encontrar aqui o Monteiro Lobato autor daquelas fábulas encantadoras, corre o riso de se decepcionar amargamente. Digo isso por experiência própria. Teria abandonado o livro no primeiro conto (que a meu ver é o mais perturbador) se não precisasse apresentar uma análise sobre ele, no ensino médio. Os contos retratam principalmente a vida cotidiana do caboclo no interior de São Paulo, como as tradições, os costumes e a linguagem. Monteiro Lobato emprega uma escrita de fácil compreensão e ao mesmo tempo "capricha" na ironia, intolerância e humor ácido. Geralmente todas as histórias têm um final trágico e meio macabro. Pra mim não serve. Mas há quem possa gostar!
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Fábio 18/01/2011

o unico conto de que gostei deste livro foi "Bucólica",que não é nada alegre e também de "Os faloreiros" que este sim é bom os outros são os outros apesar de ser "Urupês".
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Luis Netto 28/10/2010

Urupês
O livro, de Monteiro Lobato, narra os acontecimentos com nosso povo, as diversas histórias contadas por caipiras e índios, realmente é um livro que teve a capacidade de mostrar para o mundo como somos, como surgimos e como vivemos, mostrou nossas diversidades, raciais e culturais. E como ilustre personagem, Monteiro Lobato deu vida a Jecá Tatu, caboclo brasileiro responsável por nos mostrar este pais lindo em que vivemos.
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Marcos 13/04/2010

Minha opinião
É um bom livro de contos, principalmente considerando as críticas indiretas feitas pelo autor. O que pode ser inconveniente para alguns leitores é que em todo conto acontece pelo menos uma morte.
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Glauce 22/11/2009

Mundo estranho...
O livro é um tanto complexo nas palavras, linguagem rebuscada, muitas vezes difícil de entender. As histórias são interessantes, estranhas até, na sua maioria chocantes, com final imprevisível. O que me surpreendeu foi a visão ecológica de Monteiro Lobato, ao antever problemas ambientais, como o desmatamento. Infelizmente, tão atual!
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