O Homem Eterno

O Homem Eterno G. K. Chesterton




Resenhas - O homem eterno


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Agnon 30/01/2013

Uma apologética cristã incrível
Como enfatiza Chesterton logo no começo do livro, ele pretende falar da criatura chamada homem e do Homem chamado Cristo. Mas foi a maneira como ele fez isso que surpreende, como já é bem característico do autor. Na primeira parte onde ele fala do homem, Chesterton traça um panorama do desenvolvimento do paganismo, fazendo, inclusive, uma tremenda análise da mitologia. Faz diversas refutações ao evolucionismo e à "história da pré-história", o que ele chama de um contrasenso. Os capítulos permeiam diversos assuntos interessantíssimos, como os homens das cavernas, os estudos chamados de religiões comparadas, fala do misticismo oriental e muitas outras coisas.

Na segunda parte do livro, Chesterton pretende mostrar que Cristo é diferente disso tudo, e se quisermos tratá-lo como semelhante a todas essas coisas, Chesterton demonstra que ele se tornará ainda mais diferente.

Enfim, um livro indispensável! Um livro ao qual meu predileto C. S. Lewis afirma ser "a melhor apologética popular que eu conheço"!
Guga 11/02/2013minha estante
Quero muito ler esse livro, acho-o interessantíssimo, mas não encontro em lugar nenhum. Conhece algum site que o forneça?


Lari :) 21/05/2014minha estante
Guga, se ainda não tiver lido, corre aqui e aproveita a edição é linda e tá com desconto :} http://www.chestertonlivros.com.br/index.php?option=com_virtuemart&Itemid=53


Pittspin 01/12/2022minha estante
Quer ler




Pedróviz 03/11/2023

O Homem Eterno
O livro 'O Homem Eterno' de G. K. Chesterton é uma das maiores obras de apologética cristã já escritas e é uma resposta a uma obra de H. G. Wells sobre a origem do mundo escrita num período de ascensão do evolucionismo e do relativismo moral. G. K. Chesterton aborda a história da humanidade e do cristianismo mostrando a relação e influência entre eles. Diferente do pregado pelo evolucionismo, o autor defende que o homem é uma criatura única, dotada de alma e de uma busca por significado e propósito na vida. Ele também argumenta que o cristianismo é diferente de outras religiões, pois se baseia na revelação de um Deus pessoal que se fez homem em Jesus Cristo. O livro é dividido em duas partes: a primeira fala sobre a evolução cultural e civilizacional do homem, com destaque para o papel do cristianismo nessa história. A segunda fala sobre a natureza humana e o sentido da vida, discutindo os conceitos de divino, alma, martírio e ressurreição.
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almeidalewis 02/05/2020

A obra que provocou lewis
Chesterton e suas obras falam por si só. O que dizer desse clássico: O homem eterno ? E o que dizer do seu escritor ? Escritor,filósofo,palestrante, Biógrafo, crítico de artes inglesas, poeta,Dramaturgo,jornalista.
um escritor prá lá de multifacetado que escreveu sobre diversos assuntos ( 4 mil artigos,mais de 40 livros ).

Esse homem que viveu nos mais diferentes movimentos culturais da sua época ( era vitoriana e era Eduardiano ) adquiriu sua formação cultural independente dos paradigmas que temos hoje em dia,aprendeu com seu alto didatismo.O paradoxo foi uma das suas marcas.

Carpeux fez questão de introduzir chesterton na história do ocidente.deixou sua marcas em grandes mestres literários como García Márques, T.S.Eliot dentre outros no campo de líderes de libertação seus textos influenciaram MARTIN LUTHER KING,GANDHI,MICHAEL COLLINS

O HOMEM ETERNO

Uma resposta a um livro ( História universal 1920 ) escrito pelo Historiador Wells ,somo convidados a uma visão Histórica da humanidade.

Cap 1- vai se desenvolver a questão da origem do homem das cavernas ( título do cap O homem na caverna )

Cap 2 -Se desenrola a exposição da desonestidade intelectual dos cientistas sociais do seu tempo que retiraram conclusões na ausência de fato ou de provas de suas afirmações/teorias ( titulo do cap catedráticos e homens pré-históricos )

Cap 3 - Se discute que o selvagem evoluiu e nele temos o homem civilizado....reflexão a respeito do barbarismo ( titulo do cap A antiguidade da civilização )

Cap 4 - Vai tratar das religiões como é uma falácia e que essas ciências manipulam seus conceitos em questão da religião comparada como esses conceitos são enlarguecidos até perder seu significado ( titulo Deus e a religião comparada )

Cap 5 - ( O homem e as mitologias) considerados um dos mais espinhosos e mais difícil ele desenrola como a ideia de Deus foi mudando até chegar nos deuses...

O livro tem a segunda parte : O homem chamado Cristo que são mais 6 capítulos ( o primeiro tem 8 capítulos)

Cada capítulo do livro se divide em 3 movimentos e 3 partes

1 - conceitos, coisas que aparentemente não tem nada haver com o título do livro 2/3 do capítulo explana o assunto do livro e na terça parte final ele parece fundir a introdução conceitual e vemos pq ela existiu fazendo assim sua conclusão ou catarse.

O livro não é dos mais fáceis dele se recomenda começar por tremendas trivialidades ou o essencial de chesterton.
Li ortodoxia em 2008,O que há de errado com o mundo em 2020 e agora reli o homem eterno ( o livro q ele fez quando realizou a mudança do anglicanismo para o catolicismo.

QUANDO A HUMANIDADE COM QUASE TODA CERTEZA ERA HUMANA,NÓS SÓ PODEMOS FAZER CONJECTURAS COM O MÁXIMO DE DUVIDA E CAUTELA. ESSA CULTURA ESTÁ SATURADA DE CURIOSIDADE;E O QUE ELA NAO SUPORTA É A AGONIA DO AGNOSTICISMO. PAG 45

Ass : Alexsandro G. Almeida 27/12/2020
Leituras e Reflexões 28/12/2020minha estante
??

Preciso ler o meu exemplar ?


almeidalewis 28/12/2020minha estante
Essa segunda leitura desanuviou muito o entendimento da obra ??


Leituras e Reflexões 28/12/2020minha estante
Confesso que agora eu fiquei receosa de ler e não entender nada ?


almeidalewis 28/12/2020minha estante
Porque ? O objetivo não é gerar medo e sim esclarecer mais pontos a respeito da obra.


Leituras e Reflexões 29/12/2020minha estante
Rsrs. Sim sim. Eu que fiquei mesmo. Mas vou com medo mesmo esse ano kkkkk


almeidalewis 29/12/2020minha estante
Eu na primeira vez entrei de gaiato,não sabia quase nada apenas que tinha influenciado Lewis ? e que por isso já era digno de leitura. ?


Leituras e Reflexões 29/12/2020minha estante
Por isso também que fiz questão de tê-lo na minha estante




Guilherme.Augusto 29/08/2022

Denso e profundo
Sinceramente falando não sou digno de resenhar sobre esta obra. Não porque eu não entendi o que li, não é isso. A sua densidade, o seu peso é grande demais. É como carregar um fardo às costas a cada capítulo, muito pela responsabilidade que nos é impingida, mesmo que seja de uma forma sutil.
Os argumentos são como uma locomotiva em uma velocidade assustadora, passando sobre os trilhos de nossa mente mal parando nas estações de raciocínio. Esta obra é magistral, e a sua carga não é leve.

Dito isto, de forma honesta e sincera, recomendo com certeza a leitura, porém, desde que tenha lido outras obras do autor. Pois o arcabouço usado nesta, muito tem das outras tantas que realizou. Há uma ligação, mesmo que intrinsecamente, do pensamento do Sr. Bigode por entremeios dos seus escritos tão ricos e bem elaborados.

O Homem Eterno é afirmação não só de um argumento, mas da história da humanidade. Não é a história em si que é eterna, mas quem a fez, pois, Ele é a própria.
O homem rasteiro em sua ambição desenfreada, não necessariamente sua, mas por intermeio dos maus agouros e espírito da soberba e tantos outros espíritos malignos, acreditou (alguns muitos ainda acreditam) piamente que a humanidade em si é absoluta. Ungidos seres de sabedoria própria, ditando regras, conceitos e tudo mais, tendo plena certeza de sabedoria, inatingíveis.
Aqui, através da simplicidade, honestidade, ironia e um toque doce de sarcasmo, Sr. Bigode mostra cristalinamente que, de tanto estavam não só errados, mas condenados. No entanto, a salvação dos loucos veio e se faz presente, e eles, como que cegos ou simplesmente não querendo enxergar flertaram dia e noite com ela. Enquanto seus impérios, "religiões", suas loucuras ruíram, ela permaneceu incólume, branda e alva, límpida e celeste, apenas aguardando a volta dos seus para a eternidade.
Aryana 29/08/2022minha estante
????????




LangDLivia 01/06/2021

Bão demais?
Na primeira parte, Chesterton fala sobre um paganismo bom e um paganismo ruim, e faz um paralelo entre Roma e Cartago. Me sinto minúscula diante desse livro, segunda vez que li e ainda assim não entendi muito do que ele escreve. Na segunda, sobre a diferença entre o paganismo bom e esse mesmo paganismo após se tornar cristão. Chesterton nos faz, pra dizer o mínimo, desconfiar dos cientistas quando dão explicações sobre a vida do homem pré-histórico com base em suposições do comportamento do próprio homem pré-histórico.

Esse livro é muito mais do que qualquer coisa que eu diga.

"Ora, se examinássemos o que está sob a superfície da história, coisa que não é minha intenção fazer aqui, suspeito que acharíamos vários casos em que a cristandade foi assim, pelo que tudo indicava, internamente esvaziada pela dúvida e a indiferença, de modo que só sobrava a casca do velho cristianismo assim como subsistira por tanto tempo a casca do paganismo. Mas a diferença é que, em todos os casos em relação à fé, os filhos eram fanáticos quando os pais haviam sido relapsos."

"A resposta é que, exatamente como alguns poderiam ter pensado que a Igreja era simplesmente uma parte do Império Romano, outros mais tarde poderiam ter pensado que a Igreja era apenas uma parte da Idade das Trevas. A Idade das Trevas terminou como terminou o Império, e a Igreja deveria ter desaparecido com eles, se também tivesse sido uma das sombras da noite. Foi outra dessas mortes espectrais ou simulações da morte. Quero dizer que, se o nominalismo houvesse prevalecido, teria sido o começo de uma confissão de que o cristianismo havia fracassado. Pois o nominalismo é um ceticismo muito mais fundamental que o simples ateísmo. Essa era a pergunta que abertamente se fazia à medida que a Idade das Trevas se abria paulatinamente naquela luz diurna que chamamos de mundo moderno. Mas qual foi a resposta? A resposta foi Tomás de Aquino ocupando a cadeira de Aristóteles, transformando todo conhecimento em seu território; e dezenas de milhares de rapazes, descendo até as classes mais baixas de camponeses e servos, vivendo em trapos e alimentando- se de migalhas em volta das grandes faculdades para ouvir a filosofia escolástica."
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Cristiano 11/06/2022

Para mim não deu certo
Possivelmente essa é a resenha que a maioria não quer ler. Mas lá vai.

Reconheço a importância do livro. O texto de Chesterton influenciou muitas pessoas, dentre as quais Lewis, uma referência para mim. Sem dúvida, o livro é extremamente profundo.
Mas para mim foi uma leitura terrível. Fiz questão de persistir até o fim, mas só segui por me impor a obrigação. Uma leitura demorada e enfadonha. Tão profunda quanto inalcançável.

Entendi os argumentos do autor? Múltiplas respostas aqui.
Sim, alguns argumentos, a maioria explicada maravilhosamente e de grande proveito.
Ao mesmo tempo: não tenho certeza. Pois certas questões fiquei de fato na dúvida de ter ou não compreendido e, caso sim, possivelmente discordo.
E não. Pois para tratar de um grande tema, o autor passeia por uma infinidade de outros temas usando abordagens que nem de longe dialogam comigo. O que acho que causou isso? Palavras rebuscadas. E a pressuposição de que o leitor tem certos conhecimentos prévios muito distantes da realidade atual. Ou da minha vivência pessoal.

Veja bem, Lewis é apenas um exemplo, dentre tantos, de alguém que viveu em outra sociedade e época, e que escreveu livros que com facilidade e profundidade me alcançam.

Obviamente, não sou nenhum erudito. Mas se tendo diploma, sendo interessado por teologia, e tento considerável conhecimento geral sou quase inalcançável por esse livro... como posso tomá-lo como referência apologética para pessoas com formação mais simples? Devo entender que trata-se de apologética exclusivamente acadêmica? Será que foram as minhas expectativas que estavam erradas? Será que de todos os leitores aqui sou o mais inculto?

E talvez eu até tenha lido uma tradução mal feita. Mas com sinceridade não penso que a melhor tradução teria me ajudado tanto assim a ter outra percepção sobre o livro.

Mas essa foi apenas a minha experiência. E não pretendo dizer a alguém que deixe de ler. Ao contrário, desejo boa sorte.
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Parmenas.Hudson 20/04/2022

Sinceramente não gostei do livro. Acho que ainda não estava pronto para ler esse livro.....................
Hudson 20/04/2022minha estante
Macho era para você ter falado comigo sobre.




Anna 02/08/2020

Chesterton é genial!
Em suas palavras fica claro que o autor trás consigo uma boa bagagem cientifica e histórica, principalmente histórica. Demorei um pouco para me conectar com o fluxo de raciocínio desse livro, então ele acabou sendo um desafio para mim. As notas dessa edição me ajudaram bastante na compreensão do texto, mas mesmo com elas senti a necessidade de parar a leitura em alguns momentos e pesquisar sobre o que estava sendo falado. Por conta dessa minha limitação acho que acabei deixando algumas informações passarem então pretendo relê-lo em algum momento. Por ser adepto da doutrina católica, Chesterton insere alguns desses preceitos no livro, mas no geral ele aborta o cristianismo na humanidade de maneira abrangente tornando essa obra muito interessante para quem estar começando a se aprofundar no tema.
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Thayane Oliveira 16/02/2022

???
O livro é incrível é mais um daquelas respostas do Chesterton ao mundo. Existe na história algo comparável ao Cristianismo? Existe um evangelho eterno e imutável em outro lugar? Existe outro homem único como Cristo que ao mesmo tempo era mortal e imortal?
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Lucio 28/05/2019

A História como Testemunha da Singularidade do Cristianismo
Esta é uma obra já de maturidade de Chesterton. Completa sua celebrada trilogia - que começa em 'Hereges', passa pela 'Ortodoxia' e finalmente chega aqui, cerca de duas décadas depois do segundo título. E o filósofo mantém o brilhantismo.

A obra é dividida em duas partes. Nas duas notamos uma 'redução ao absurdo' que no fim se converte em discurso positivo em prol da tese pretendida. Na primeira, começa mostrando como as noções naturalistas do homem, que o concebem como mero animal, e interpreta a história dessa forma, cai em teorias ridículas, como a nada evidente história do homem das cavernas com seu porrete a espancar mulheres. Antes, vemos no que realmente temos de concreto, o homem sendo homem desde o início, demonstrando habilidades artísticas que não se encontram em animal algum. Então, o homem não só era homem desde o início, como podemos contestar se ele emerge mesmo da barbárie politeísta para a civilização monoteísta, como presumem os especialistas (céticos) em religião. E o que temos de concreto é que desde cedo nos deparamos com civilização. E que é muito plausível conceber que o monoteísmo escapou aos homens por sua concepção transcendente demais. Os homens ainda demandavam sentido para o mundo e a sensação de que havia algo mais os fez criar seus mitos. Mas sabiam que seus mitos eram poesia. Não logravam o mesmo estatuto da fé. Lado outro, lá estavam os filósofos. Mas essas coisas coexistiam, pois não tinham a mesma pretensão, o mesmo estatuto gnoseológico.
As nações se organizam, os paganismos de várias espécies se estabelecem. Mas o maior de todos, aquele mais elevado, a grande realização humana, foi Roma. Ela passou por maus bocados enfrentando uma das piores formas de paganismo - a de Cartago e sua adoração infanticida a Moloque. Roma resistiu bravamente e subsistiu até subjugar os cartaginenses e isso foi obra da providência para que o melhor da humanidade fosse preservado.
Mas esse melhor não tinha fôlego. Envelheceu. Faltava-lhe algo. Faltava-lhe esperança. E o motor poético nos campos foi sucumbido pela crescente urbanização. Sem poesia, não havia mais mitos. Também estavam cansados de 'fingir'. Logo, a degeneração os espreitava.
Eis, então, a mudança súbita. O segundo livro. Aqui, Chesterton tenta mostrar a tolice de se conceber Jesus meramente como homem. Ele começa pela impressionante afirmação de que o criador estava ali, paradoxalmente, no singelo estábulo numa gruta. O homem das cavernas agora encontrava seu contraponto no menino na caverna. As mãos que criaram o mundo vistas nos dedos de um bebê indefeso. E sem considerar os milagres - perfeitamente plausíveis, apesar da contestação materialista -, tudo o que temos naquele homem - que sai da manjedoura, cresce e passa a ensinar por todo o Israel - eram ensinos extremamente intrigantes e profundos, longe das banalidades comuns nos espiritualistas em geral. Se isso não prova que ele era quem dizia, ao menos demonstra que não se tratava de um maluco megalomaníaco. Sensatez e sabedoria profunda exalavam de suas palavras.
Mas não devemos tomá-lo meramente como um mestre, um filósofo. Esses vagavam por aí a falar. Sua tarefa, no entanto, ultrapassava falar. Ele veio com uma missão, veio com um objetivo fixo. Ele veio fazer algo - morrer pelos seus.
Eis, então, que surge a Igreja. Não há explicação plausível para o seu surgimento e permanência, e esse é o tom do restante do livro. Ela não pode ser deduzida pela continuidade e fluxo de pensamento, i. e., das doutrinas que estavam em voga, nem como evolução delas e nem como reação a elas. De fato, ele surge e até as destrói. A descontinuidade é assustadora.
Além disso, teorias de seu surgimento e permanência dadas por racionalistas mostram justamente a ignorância a respeito do que é e sempre foi o cristianismo. Acusam-no de ser mero pessimismo asiático - pessimismo dedutível como reação ao hedonismo vigente, emergindo do desencanto místico com a morte dos poetas -, quando ele foi quem destruiu o pessimismo maniqueísta e gnóstico e propôs seu próprio pessimismo que não detestava o mundo e sim visava santificá-lo, bem como aos homens. Acusam-no de mera religião do Estado, como imposição dos poderes políticos. Mas o que aconteceu foi que uma religião mais 'racionalista' surgiu do cristianismo e tentou sucumbi-lo - trata-se do arianismo. E assim percebemos que os hereges em geral vão dando testemunho da singularidade do cristianismo, e negando aquelas identificações equivocadas que os críticos do cristianismo fizeram.
O cristianismo surge como que para entregar aos homens o que seus espíritos ansiavam, e que ficou demonstrado por seus próprios empreendimentos. Eles queriam uma história do mundo, que lhe conferisse sentido, e ao mesmo tempo queriam não se manter sonhando, mas queriam a verdade. Ganharam uma história verdadeira, e uma história que realmente explicava o mundo como ele realmente parece ser, sem banalidades ou reducionismos. Ele foi capaz de falar sobre o mal como ele realmente é, e dar uma teoria que pudesse lidar com ele, bem como uma teoria realmente humana da história, que não fizesse do mundo algo sem sentido plausível, incluindo os homens como seus agentes responsáveis. Fez da história do mundo uma aventura, mas não como uma fantasia e sim como um desvelamento do que realmente é.
E, o mais incrível, essa história admirável, incluindo a aparentemente absurda alegação sobre Jesus, permaneceu apesar de todas as circunstâncias. Sobreviveu a perseguições e ataques ferrenhos. Muitas vezes pareceu morrer. Pareceu principalmente por ter se harmonizado com as várias situações vigentes e, assim, ter passado a impressão que iria embora com o passar dos tempos e eras, e ascensões e quedas das sociedades e impérios com os quais se identificou. Mas ele surgia novamente. Superava as críticas e retomava a boa e velha ortodoxia. Algo, de fato, impressionante. Impressionante o bastante para parecer um milagre.

Como já dissemos noutras resenhas do Chesterton, ele não é um autor fácil de se ler. É fácil no sentido de escrever muito bem - extraordinariamente bem. Mas é difícil acompanhar seu raciocínio, as digressões e os vínculos entre as partes. É preciso ler com atenção. E é preciso notar contra quais tipos de objetores ele está lidando - embora, em muitas partes ele mesmo os declare. É preciso ter uma noção básica não só dos céticos liberais como de um esboço da história do Ocidente e das teorias da religião comparada e afins.
Passada essa dificuldades - e as provocações aos protestantes em geral e calvinistas e puritanos em particular -, o livro se torna extraordinário. Qualquer cristão que se pretenda como pensador responsável deveria ler esse livro. A sagacidade para discutir os temas parece afiar nossa própria mente. Não apenas para a discussão da história a respeito do cristianismo, mas para nortear as próprias reflexões sobre ela, bem como para discutir antropologia filosófica, filosofia da religião (particularmente em religiões comparadas) e até mesmo o Novo Testamento, o livro é formidável!
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migaindicaumlivro 07/04/2020

Um livro para pensar.
?"O ser humano não é apenas um ser econômico, nem puramente material, suas conquistas históricas não se ligam apenas ao materialismo". Esta citação de G.K. Chesterton, feita no clássico cristão, "O Homem Eterno", parece casar perfeitamente com o momento que vivemos, cheio de questionamentos, em que muita coisa que temos ou conquistamos perdeu o valor ou não faz o menor sentido.

Este livro narra a história da humanidade a partir da figura de Cristo, contrargumentando as críticas feitas a época a fé cristã.

Confesso que foi um livro difícil de ler por ser muito denso, mas que me fez repensar muita coisa neste período de quarenta.
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Alejandro.Jonathas 29/12/2020

Para cristãos amantes de história
Quando comecei a ler pensei que se trataria de um livro somente com teor cristão, mas estava errado. O autor mostra o crescimento da civilização e crítica o excesso de suposições naquilo que não pode ser explicado.
O livro mostra as crenças dos povos antigos, assim como o porquê de sua criação. Mitologia, filosofia, credos e ateísmo. O livro explana sobre isso e muito mais.
Porém é necessário um conhecimento prévio a respeito de história. Demorei muito a entender daquilo que o autor fala, pois não tenho muito conhecimento sobre história.
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anoca 22/07/2020

Excelente
A capacidade de argumentação do autor é desnorteante, assim como sua fluidez em expor pensamentos complexos de maneira tão simples
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André 26/05/2021

O homem eterno
Cheterston é realmente dotado de muito bom senso e raciocínio privilegiado. Esse livro é bem fundamentado pela razão e demonstra como o cristianismo é realmente um ma forma de se manter a sanidade mental. Mas no curso da narrativa ele enveredou em temas que não me interessavam muito e fez digressões muito grandes em temas como mitologia e outros temas secundários. Todavia é uma narrativa muito inteligente, um passeio histórico sobre história da humanidade.
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