Ela disse

Ela disse Jodi Kantor...




Resenhas - Ela disse


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Cheiro de Livro 04/05/2020

Ela Disse
Desde sempre adoro ler sobre bastidores de grandes reportagens, de grandes coberturas jornalísticas. É desses gêneros literários que sempre me atraem. Quando vi “Ela disse” (tradução Débora Landsberg, Denise Bottmann, Isa Mara Lando e Julia Romeu) de Jodi Kantor e Magan Twohey estava para sair, corri para colocar na lista de desejos. As duas repórteres do New York Times escreveram sobre os abusos de Harvey Weinstein e colaboraram com a crescimento do movimento MeToo. Daquelas reportagens que empurram o mundo para outro rumo.

Todo o livro que conta bastidor de reportagem me deixa intrigada em conhecer mais o tempo em que tudo aquilo estava sendo investigado. Mesmo que o MeToo tenha sido “ontem” em termos históricos é um “ontem” distante onde um outro normal era o normal. É preciso ler com esses olhos, compreender o tempo e os riscos que tudo o que estava para ser revelado representavam naquele momento.



O livro se divide em dois momentos: primeiro a investigação sobre o caso Harvey Weinstein e depois o depoimento de Christine Blasey Ford no congresso americano.

A primeira parte é mais eletrizante e há momentos que chegam ao inacreditável. Harvey contratou uma firma israelense para se inserir na investigação e tentar desacredita-la, por exemplo. É também mais envolvente porque sabemos o que aconteceu com Harvey e as mudanças encadeadas pelo corajoso depoimento de um punhado de mulheres. Como se repete no livro a exaustão ser a primeira é sempre o mais difícil. Conhecia pouco da investigação em si e me surpreendi com a importância de Gwyneth Paltrow na construção da matéria. Essa primeira parte tem grandes lances de investigação e dá quase para montar um filme.

A segunda parte nos traz de volta a realidade. Christine Blasey Ford denunciou e se expôs para denunciar um indicado a suprema corte americana e apenas ela sofreu as consequências. Ela deu entrevistas, foi ao congresso e mesmo assim o homem que a assediou tornou-se membro da suprema corte. Ainda temos um caminho a percorrer e isso faz o livro terminar em uma nota para baixo, mesmo que no final das contas toda a jornada das duas jornalistas tenha derrubado Harvey Weinsten, mudado práticas da indústria do entretenimento e dado voz a um movimento.

É um livro importante de ser lido. Mostra que é possível mudar estruturas e ao esmo tempo mostra que ainda há muito ser melhorado.

site: https://cheirodelivro.com/ela-disse/
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Michelle 11/05/2020

Indico
Livro perfeito. Uma história real e revoltante.
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Ludy @emalgumlugarnoslivros 16/01/2020

Ela disse - Jodi Kantor e Megan Twohey
376 páginas/Companhia das Letras


"Não posso mudar o que aconteceu com você no passado, mas juntas talvez possamos usar sua experiência para ajudar a proteger outras pessoas."

Quem é Harvey Weinstein?
Até meados de 2017, alguns diriam se tratar de um renomado produtor de Hollywood, mas será que podemos considerá-lo assim até nos bastidores?
O passado de Harvey vem à tona através de um jornalismo investigativo.
Um passado desprezível revelado por mulheres corajosas e admiráveis.

Esse livro foi uma grata surpresa - até porque me tirou da zona de conforto.
Em 2017, duas jornalistas se uniram para investigar um suposto caso de assédio cometido pelo produtor Harvey Weinstein.
A obra traz o início e o fim da investigação, além de descrever o momento exato em que o artigo foi publicado.
Me vi imersa na leitura.
Os relatos de assédio e abuso são repulsivos e revoltantes, ainda mais quando as vítimas - desde atrizes a funcionárias da produtora - e as jornalistas são desacreditadas.
Foi intrigante acompanhar essa investigação.
Um início turbulento, cheio de obstáculos e medos. O medo da exposição e das consequências; visto que muitas foram silenciadas.
Esses homens ficaram impunes por muito tempo - alguns ainda estão -, as leis são frágeis e falhas, mas é lindo ver uma voz feminina puxando a outra.
E assim foi criado o movimento #metoo.
Apesar de tudo, o fim é repleto de sororidade.

Jodi e Megan trazem um texto envolvente, mas a leitura não é fácil; tanto que fui lendo com calma para absorver cada detalhe.
Elas são incríveis e imparciais, fica nítido a dedicação e o respeito que tiveram com esse trabalho e com as mulheres envolvidas.
Sinto uma profunda admiração por elas e por todas as outras que se fizeram presentes nessa leitura. Que ousaram denunciar em um mundo tão machista.

Ela disse é uma leitura de não-ficção. É real, forte e frenética.
Uma leitura sobre assédio e abuso sexual, e que não se resume apenas ao mundo do entretenimento e corporativo.
Me proporcionou diversas sensações, conscientização e orgulho.
Eu digo para que leiam esse livro, pois é extremamente necessário.

#resenhaemalgumlugar

site: @emalgumlugarnoslivros
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julia 12/06/2020

Resenha: Ela disse
Um livro muito muito importante que dá voz à sobreviventes.
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Ana | @anacarolinafl 07/07/2020

Uma aula de jornalismo investigativo
Jodi Kantor e Megan Twohey são jornalistas especializadas em investigações polêmicas. Em Ela Disse – Os bastidores da reportagem que impulsionou o #MeToo, as repórteres investigaram uma série de assédios cometidos pelo renomado produtor de Hollywood Harvey Weinstein. A obra detalha o padrão horripilante de Weinstein, fala quem foram as suas vítimas, como ele escondeu por 25 anos o que fazia e como ele comprava o silêncio das mulheres que tentavam lutar na justiça.

Ela Disse é uma aula de jornalismo investigativo. O leitor aprende como chegar a fonte, como a convencer de falar publicamente sobre algo tão delicado e quando é necessário manter a ética e se afastar da fonte quando ela não aceita de jeito nenhum estar na matéria. Jodi e Megan também dão outras recomendações no decorrer da obra e ensina sobre certos conceitos do Jornalismo para quem não vive neste universo.

O livro é impactante, mas também tem um ar de esperança. Jodi e Megan contam como depois da reportagem, outras vítimas e casos de assédio cometidos por grandes empresários apareceram. Ela Disse mostra a importância das mulheres continuarem usando a voz para lutar contra o assédio no ambiente de trabalho.

A escrita dos fatos é bem detalhada, cada palavra colocada no livro foi severamente apurada por se tratar de acusações de assédio e envolver a vida de muitas mulheres. O texto não consegue se desprender totalmente da característica jornalística, mas isso não é um problema. Ela disse foi produzido para jornalistas e para quem deseja conhecer mais de perto a dificuldade do trabalho jornalístico.

Resenha inteira no blog!

site: http://submundoliterario.com/
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Bi Sagen 27/07/2020

Em outubro de 2017 as jornalistas Kantor e Twohey publicaram uma reportagem investigativa bombástica, acerca dos crimes sexuais de Harvey Weinstein, um homem importante na indústria cinematográfica norte americana.

Esse trabalho levou meses e meses de preparação e investigação. Nesse livro acompanhamos cada percalço, reviravolta e angústia. Desde os contratos confidenciais, as vítimas silenciadas, as empresas coniventes, e até mesmo advogadas que se dizem a favor da causa das mulheres mas acabam as explorando também. Além dos questionamentos sobre qual a mudança prática que a matéria causará.

Preciso dizer que não estou acostumada a ler não ficção por hobby, essa tem sido uma experiência recente, e ainda um pouco complicada para mim. Nesse caso foi ainda mais, isso porque as jornalistas descreveram minuciosamente o caminho que percorreram, de modo que até quase o meio, a leitura foi um pouco arrastada. Mas ainda sim, foi muito proveitoso.

Ao mesmo tempo que tudo aquilo que enojava, me dava também esperança de um futuro melhor. Precisamos nos posicionar, e o momento é agora!
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Ana do Café com Leitura 30/07/2020

ELA DISSE
Ela Disse é um livro não fictício que toma por base o jornalismo investigativo que tornou as jornalistas Jodi Kantor e Megan Twohey vencedoras do Prêmio Pulitzer.
Nesta obra, trazem aspectos como o padrão de comportamento baseado em relatos pessoais, a exploração no ambiente de trabalho, a manipulação, a pressão e certo terrorismo às mulheres, o que, após muita luta, veio à tona como uma espécie de bomba-relógio aos sentimentos de revolta e repulsa engavetados dentro dessas, pelo mundo inteiro, das diversas camadas das classes sociais, a impulsionar-se através da hashtag #MeToo em desabafos de vivências próximas às das celebridades e de algumas das ex-funcionárias, por exemplo, do então produtor Harvey Weinstein que decidiram revelar o que passava-se nos bastidores e em quartos de hotéis.
Jodi e Megan tinham passado toda a carreira publicando matérias envolvendo mulheres.
Da primavera de 2016 ao ano 2019, do candidato Donald Trump a então Presidente dos Estados Unidos e a forma com que sempre fora acusado de tratar as mulheres, perpassando por décadas de suposto assédio e abuso sexual de Harvey Weinstein até o Juiz Kavanaugh, as jornalistas fizeram um percurso intenso, cansativo, porém bem fundamentado através de relatos que obtiveram pela confiança que adquiriram entre conversas em e-mails, pessoalmente ou por telefonemas com aquelas que se colocaram a apontar situações vividas e que lhes causaram mal, mas que definiram não mais deixar em calado, até mesmo por ajudar a tantas outras vítimas desse tipo de constrangimento.
Ela Disse é uma obra literária que conseguiu e ainda consegue trazer debates sobre gênero, seus desgastes e distorções.
Mostra o machismo e a união corporativista que se formou contra todas aquelas mulheres, em alguns casos, inclusive, através da arrogância, de ameaças e até mesmo da certeza de impunidade em meio a tamanhas afrontas.
(...)
Uma leitura importante, bem construída e que deveria fazer parte não apenas da estante de leitores mundo a fora, mas como uma forma de contribuição no que refere-se à nossa construção social e cultural no que diz respeito ao papel do homem e da mulher nas sociedades.
( Na íntegra no blog)


site: https://www.cafecomleitura.com/2020/07/472020-ela-disse.html
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Heloisa Motoki 01/09/2020

Necessário!!!
A história relatada no Ela disse, os bastidores da reportagem mostram o quão difícil para uma mulher denunciar ter sido vitima de assédio, de estupro.. isso em um ambiente em tese mais rigoroso...

Histórias como elas contaram lembram muito as praticadas no Brasil pelo João de Deus ou por Jeffrey Epstein no documentário no Netflix (Jeffrey Epstein: Poder e Perversão | Site Oficial Netflix)
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Livrismo_ | Por Natacha Agata 30/09/2020

Adorei!!
Esse livro me surpreendeu em todos os sentidos. Eu esperava que ele fosse bom, mas na?o ta?aaaaao bom. Ja? sou uma grande fa? do jornalismo investigativo, grac?as ao Caso Evandro do @mizanzuk e foi por isso que essa obra me chamou atenc?a?o.?
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Judi e Megan detalham aqui, como aconteceu todo o processo da apurac?a?o dos relatos ate? a derradeira publicac?a?o de sua reportagem no New York Times sobre as mulheres que foram vi?timas de viole?ncia sexual de um u?nico homem. Apesar de ser um livro excelente, o tema e? pesado. Quando eu digo que as autoras detalham o todo o processo, elas detalham mesmo, inclusive os relatos das mulheres vi?timas do abusador. ?
?
Apesar de se tratar de um tema sensi?vel, acredito que elas fizeram um o?timo trabalho em deixar toda a histo?ria digeri?vel para o leitor. A sensac?a?o que tive durante toda a leitura foi: a narrativa desse livro e? ta?o envolvente, ta?o bem escrita, que e? compara?vel a?s melhores ficc?o?es que ja? tive o prazer de ler, com o plus de que essa histo?ria e? completamente real. ?
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Na?o sei se com essa resenha, consegui passar pra voce?s a maravilhosidade que foi ler esse livro. Mas mensagem que quero deixar e?: esse livro esta? no meu top3 do ano com certeza e, se voce? der uma chance, acredito que vai estar no seu tambe?m.?

Para mais conteúdos como este, me siga no Instagram: @livrismo_
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Laura.Sanches 21/12/2020

A história que conta a jornada por trás da reportagem que deu grande voz ao movimento #MeToo.
Mais que isso um relato da desvalorização da verdade dita por uma mulher e como a sociedade ainda culpa mais a assediada que o assediador.
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Jessy 11/01/2021

Tenho de saber por qual causa estou disposta a morrer
Uma aula de jornalismo investigativo. Poderia ser uma definição simples do livro, mas ele vai além: é uma aula de serviços à política pública e à proteção e defesa das mulheres. Afinal, se até com as famosas acontece, imagina com as que não são? Sobre criar um elo com as fontes, checar informações e documentos e pensar na publicação com cautela. Mas, também, uma aula e prova da força e potência feminina quando juntas. Quando uma se levanta, traz força para que todas se levantem também.
O tema é difícil, mas a escrita de Jodi e Megan trazem fluidez à história.

"Tenho de saber por qual causa estou disposta a morrer", ela disse. "A igualdade entre sexos é a minha".
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